Esta ajuda será concedida através do programa Rotas Marítimas Críticas do Golfo da Guiné (CRIMGO) e vai permitir aos Governos da África Central e Ocidental tornar as principais rotas marítimas mais seguras graças à formação de guarda-costeiros e à criação duma rede para permitir a troca de informações entre os países e as agências da região.
Segundo o comissário para o desenvolvimento da União Europeia, Andris Piebalgs, "sem segurança as populações nunca beneficiarão realmente do desenvolvimento, por isso o novo projeto que vai contribuir para melhorar a segurança dos transportes na África Ocidental é tão importante".
"Ao tornar as águas mais seguras, o projeto vai contribuir para dinamizar as trocas e o crescimento e oferecer às populações mais possibilidades de garantir a sua subsistência, de que tanto presisam", sublinhou.
Para Andris Piebalgs, os atos de pirataria e os roubos à mão armada, bem como os tráficos de armas e de drogas ou ainda o comércio de seres humanos constituem uma "ameaça real" para a segurança da região. Apenas na Nigéria, 98 atos de pirataria, de roubos à mão armada cometidos no mar e de poluição marítima foram registados entre 2008 e 2012.
Ele acredita que a região sofre atualmente duma ausência de coordenação entre as guardas costeiras e entre os diversos países."Além disso, não há ainda uma norma comum de formação marítima e a partilha de informações entre os países envolvidos é insuficiente", acrescentou.
O projeto será implementado a partir do mês de Janeiro corrente em sete Estados costeiros africanos: Benin, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, Nigéria, São Tomé e Príncipe e Togo.
O Golfo da Guiné representa atualmente, respetivamente, 13 e 6 porcento das importações de petróleo e de gás na UE.Além da UE, os outros parceiros do projetos são França, Portugal, a Espanha e o Reino Unido.