Itália-A demissão de Mario Monti, as eleições antecipadas e o regresso de Berlusconi voltam a rodear de incerteza a vida política da maior economia periférica da zona euro. O prémio de risco exigido pelos investidores, que na semana anterior tinha baixado dos 300 pontos desde Março, disparou para os 350 pontos. Esta situação alastrou ainda à dívida espanhola, com o prémio a subir até aos 435 pontos.
Desta forma, a dívida soberana dos países periféricos volta a estar sob a mira dos mercados e o foco de tensão não é a Grécia, nem a Espanha. A verdade é que a questão italiana apanhou os investidores desprevenidos, uma vez que a trégua alcançada na semana passada até tinha feito baixar os prémios de risco para níveis que já não se verificavam há vários meses.
A indefinição em torno do novo cenário político e económico, provocado pela saída de Monti, já provocou um forte movimento de venda de dívida italiana. Os juros a 10 anos superam os 4,8% e o prémio de risco os 350 pontos base. No caso espanhol, que parece estar a ser contagiado, os juros exigidos a 10 anos estão nos 4,3%, com um prémio de risco a rondar os 435 pontos.