Moçambique-Moçambique é o único país da África Austral com baixa taxa de inflação de 1,2% registada em Setembro de 2012, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), cuja missão da sua sede, em Washington, Estados Unidos da América (EUA), acaba de visitar o país.Segundo esta instituição financeira internacional, ela passou de 16,6%, nos finais de 2010, para 1,2%, em Setembro último, situação que é reflexo dos efeitos de um firme aperto da política monetária, em 2011, preços de alimentos importados mais baixos do que o esperado e estabilidade dos preços administrados.
O FMI sublinha ainda que as exportações e o investimento directo estrangeiro têm permanecido fortes, levando a altos níveis de investimento e ao fortalecimento adicional das reservas internacionais, em 2012, realçando em seguida que a instituição “saúda o cometimento renovado” das autoridades moçambicanas na prossecução de políticas económicas prudentes, no âmbito do programa apoiado pelo FMI.
Regulamentos
Por outro lado, a missão do FMI que acaba de visitar Moçambique recomenda ao Governo para se preparar para “significativos desafios macroeconómicos e de regulamentação” associados às futuras receitas de recursos minerais, especialmente, do carvão e do gás natural.
Ela renovou o apoio do FMI a Moçambique em termos de assessoria de políticas económicas e fortalecimento da capacidade técnica e institucional das autoridades governamentais moçambicanas para análise e gestão económica e exortou o Governo a aumentar a produção e a produtividade agrícola, promover a criação de emprego generalizado e apoiar o desenvolvimento humano e social, através da expansão e implementação determinada do sistema de protecção social básica.
A missão do Fundo Monetário Internacional esteve em Moçambique de 17 a 31 de Outubro de 2012 para efectuar a quinta avaliação no âmbito do Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI), que é o programa de monitoramento económico de três anos que foi aprovado inicialmente em Junho de 2010.
As discussões sobre as políticas económicas foram realizadas com os ministro das Finanças, Manuel Chang, da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, e com o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gouveia Gove, entre outros ministros sectoriais e altos funcionários do Governo, para além de se ter reunido também com representantes da Assembleia da República, do sector privado, parceiros externos de ajuda ao desenvolvimento e da sociedade civil moçambicana.
A missão visitou ainda a fundição de alumínio Mozal, multinacional tida como maior exportadora em Moçambique e maior utilizadora do Porto de Maputo e foi chefiada por Doris Ross.