Angola-Polícias guineenses retornam a Bissau após conclusão de formação de cerca de um ano em Luanda. O primeiro contingente policial, composto por 350 polícias do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) formado em Angola, regressou à Guiné-Bissau na passada sexta-feira , no dia 23/10 partiu outro grupo, completando-se o regresso dos restantes.
Os polícias guineenses regressam num momento marcado por alguma tensão, devido a tentativa de contra-golpe de estado do último domingo, 21/10. As actuais autoridades do país lusófono acusam Portugal, antiga potência colonizadora e a Comunidade de Estados de Língua Portuguesa de apoiarem a intentona golpista.
O ministro angolano das relações exteriores garantiu que a situação não vai inviabilizar a conclusão do regresso dos efectivos guineenses formados em Angola. Georges Chicoti falava à margem do seminário sobre a “A revitalização da cooperação fronteiriça”.
“Houve uma tentativa de golpe de Estado, mas já houve contactos entre o Executivo angolano e o governo guineense para permitir o regresso dos seus efectivos. Esperamos que isso não possa prejudicar o processo da conclusão do repatriamento destes guineenses formados em Angola”, disse. Segundo o ministro, o Executivo disponibilizou os meios de transporte para os efectivos da polícia guineense, mas não revelou os custos da operação e da formação.
O grupo, que chegou a Angola em Dezembro de 2011, é o segundo a ser formado no âmbito do Acordo de Cooperação Militar entre os dois países. A cooperação assentava em dois pilares: assistência técnico-militar, através da Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau, que privilegiou o programa de reforma no sector da defesa e segurança, e o apoio orçamental e financiamento de programas, que se retirou do país após o golpe de estado.