terça-feira, 24 de julho de 2012

WWF Dá Nota Negativa a Vários Países Africanos Por Falta de Proteção à Fauna

Brasília - A caça furtiva de tigres, elefantes e rinocerontes e o tráfico destas espécies continua a ser uma prática comum em África e na Ásia, segundo um estudo do World Wide Fund (WWF) divulgado hoje.

O estudo do WWF, que acusa os governos dos países envolvidos de terem "fracassado" na proteção das espécies, foi elaborado em conjunto com o TRAFFIC e foi apresentado na reunião sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITIES) que decorre em Genebra, na Suíça.

O WWF estudou a situação de 23 países asiáticos e africanos e concluiu que o comércio ilegal destas três espécies animais "permanece em quase todos os países avaliados", mas diferencia aqueles que melhoraram a situação e os cujos esforços não tiveram consequência.

"Entre as piores atuações está o Vietnam", revela o estudo, salientando que o país asiático falhou no cumprimento e na aplicação legal da proteção dos tigres e rinocerontes e continua a ser o principal recetor do comércio ilegal de cornos de rinoceronte.

O estudo indica também que é tempo do Vietnam enfrentar a realidade de que o "consumo ilegal de corno de rinoceronte está a levar a aumento da caça furtiva em África" pelo que se considera que o país asiático deveria rever as penas, considerou a do programa global de espécies, Elisabeth McLellan.

Outro dos pontos preocupantes é a inadequada situação dos mercados de marfim da China e Tailândia onde são comercializadas muitas das presas de elefantes que são caçados em África.

Para o WWF, a China "falhou" na supervisão dos mercados de marfim e a Tailândia "não conseguiu suprir o vazio legal" em torno destas atividades.

A maior parte dos países de África incluídos no estudo receberam 'nota' negativa pelo seu trabalho na proteção da fauna, especialmente dos elefantes.

Zâmbia, Moçambique, Egipto, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Camarões obtiveram as avaliações mais negativas enquanto que o Quénia, Zimbabwe e África do Sul conseguiram alguns avanços na proteção das espécies.