Bandeira do Senegal |
Paris – O Senegal “não prevê enviar tropas ao Mali” para participar na reconquista do norte, declarou o presidente senegalês Macky Sall, exaltando que os soldados senegaleses já estavam mobilizados em diferentes países de África.
“A Comunidade económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO), em ligação com a União africana (UA) e o Conselho de segurança da ONU, trabalham para a planificação e organização de uma força africana que deve intervir no Mali com vista a estabelecer a unidade territorial”, declarou o presidente senegalês, durante uma conferência de imprensa em Paris.
“O Senegal está implicada fortemente mas não prevê enviar tropas ao Mali”, precisou claramente o novo presidente.
“O nosso país tem tropas na Côte d’Ivoire, na República democrática do Congo (RDC), no Sudão e estamos igualmente na força da Guiné – Bissau, não podemos estar no Mali(…). Já estamos em todas as frentes e mal temos para nos cobrir”, insistiu.
Todavia pareceu convencido que uma força africana será colocada no local nas próximas semanas” para uma intervenção no Mali.
Segundo o chefe de Estado, essa força africana “deverá, com o exército maliano, com todas as forças engajar o combate para a reconquista do norte”.
Estejam certos que todas as medidas que devem ser tomadas para que o Mali recupere a sua integridade territorial estão a ser planificadas, mas não posso dizer mais por razões de segurança”, disse.
Um golpe de Estado havia derrubado a 22 de Março o presidente maliano Amadou Toumani Touré e precipitando a queda do norte do país para as mãos de grupos armados, principalmente islamitas.
A CEDEAO prepara há semanas o eventual envio de uma força ao Mali, cujo efectivo será de mais de 3.000 homens.
Macky Sall efectua desde o último fim - de - semana uma visita oficial à França. Sexta-feira encontrou-se com o seu homólogo francês, François Hollande.