África Ocidental considerou impossível o regresso ao poder das autoridades depostas
Guiné-Bissau-A CPLP defendeu no Conselho de Segurança da ONU o retorno à legalidade na Guiné-Bissau, mas a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) insurgiu-se contra isso e considerou impossível o regresso ao poder das autoridades depostas.
O representante permanente da Costa do Marfim e da CEDEAO na ONU afirmou, no Conselho de Segurança, que “o processo de transição na Guiné-Bissau está a ser dificultado pela facção pró-Carlos Gomes Júnior do PAIGC e apoiantes internacionais, apesar dos esforços do Governo saído do golpe de Abril para alcançar a inclusão e consenso”.Youssoufou Bamba disse que “o novo ambiente em Bissau é de paz política, segurança e estabilidade, em vez do caos, anarquia e outras formas de desinformação propaladas por alguma comunicação social”.
A estabilidade na Guiné-Bissau, sublinhou, deve-se aos “esforços incansáveis da CEDEAO para encorajar o diálogo e a comunidade internacional não deve precipitar-se em julgamentos, mas permitir que os actores dialoguem entre si”.
Bamba disse lamentar “que alguns países persistam na rejeição de reconhecer e de lidar com o Governo de transição”. O representante do bloco ocidental africano acusou “a facção dura do PAIGC e figuras internacionais” de continuarem “a apoiar Carlos Gomes Júnior” e de insistirem no que considerou “a impossível exigência de reposição do governo deposto” por um golpe militar. A CEDEAO, concluiu, “lamenta que o Presidente deposto Raimundo Pereira tenha sido convidado a participar na cimeira da CPLP de 20 de Julho, que decorreu em Moçambique.