Mali-O Conselho de Segurança da ONU afirmou que não está pronto para apoiar uma força de intervenção no Mali, que teve vários monumentos e mesquitas históricas destruídos nos últimos dias por militantes islâmicos.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, quer enviar 3 mil soldados ao Mali, mas um diplomata da ONU disse à BBC que o Conselho de Segurança quer mais detalhes sobre o plano de envio dos soldados e o objetivo da operação.
Os países vizinhos do Mali estão pressionando para que a ONU dê apoio ao envio de soldados pois temem que a militância islâmica que dominou o norte do Mali se espalhe para além das fronteiras.
O Conselho de Segurança da ONU condenou a destruição, que atingiu o patrimônio da cidade de Timbuktu, afirmando que é um crime de guerra. Os monumentos históricos de Timbuktu estão sendo destruídos pelos combatentes da milícia extremista Ansar Dine, que teria ligação com a Al-Qaeda.
Contra os Islã
A milícia tomou o controle da cidade em Abril e já destruiu vários templos, afirmando que as construções vão contra as interpretações mais severas do Islã. O porta-voz do Ansar Dine, Sanda Ould Bamana, disse à BBC que a lei islâmica não permite a construção de mausoléus com mais de 15 centímetros de altura.
A cidade de Timbuktu, no norte do Mali, é conhecida por abrigar várias construções históricas, tidas como patrimônio da humanidade pela Unesco. A cidade é famosa internacionalmente por causa de seu papel como centro de aprendizado islâmico, baseado nas três grandes mesquitas da cidade, durante os séculos 15 e 16.
Timbuktu também é conhecida como a "Cidade dos 333 Santos", da qual se origina a tradição sufista islâmica. No entanto, o Ansar Dine segue a vertente islâmica salafista, que condena a veneração de santos.A Unesco e o governo do Mali pediram para que o Ansar Dine pare com a destruição na cidade. A organização da ONU também teme que artefatos valiosos e manuscritos estejam sendo contrabandeados para fora da região.