quinta-feira, 5 de julho de 2012

Eleições Gerais no México

México-As eleições gerais no México terminaram com a vitória da direita. O presidente eleito foi Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI). Ele teve 38,15% dos votos, mas como no país não há segundo turno, esta porcentagem foi suficiente para vencer a eleição. Na segunda colocação ficou Andrés Manuel López Obrador, o candidato mais à esquerda da eleição, da coalizão Movimento Progressista, com 31,64% dos votos. Na terceira colocação ficou Josefina Vázquez Mota, do Partido Ação Nacional (PAN), com 25,4% dos votos, e na quarta colocação, Gabriel Quadri, do partido Nova Aliança (PANAL), com 2,3%.

Além da eleição presidencial foi realizada a eleição parlamentar, para a Câmara de Deputados e para o Senado. No parlamento, o PRI, do presidente eleito Peña Nieto, não conseguiu maioria absoluta nem na câmara baixa nem na câmara alta. Na Câmara de Deputados, o PRI conseguiu cerca de 230 dos 500 assentos (ainda não foram divulgados os resultados exatos), o Movimento Progressista conseguiu cerca de 140 assentos e o PAN conseguiu cerca de 120 assentos. No Senado, de um total de 128 assentos, o PRI conseguiu cerca de 58 assentos, o PAN, 40 assentos, e o Movimento Progressista, 29 assentos.

A vitória de Peña Nieto acabou sendo com uma porcentagem relativamente baixa de votos. Desta forma, a soma de votos dos outros candidatos foi muito maior do que a quantidade de votos que recebeu. Outro fator relevante é o desempenho de seu principal adversário, López Obrador, que ficou a somente 6,5% de Peña Nieto, muito menos do que previa a maioria das pesquisas.

Somando-se a isso o fato do PRI não ter conseguido maioria parlamentar absoluta, pode-se dizer que a vitória da direita no México apresenta o desafio ao novo presidente de mostrar resultados à vasta maioria dos eleitores (61,85%) que não votaram nele.

Quanto à esquerda, abre-se agora um novo período de renovação que é relativamente longo, de 6 anos, até a próxima eleição presidencial. Tudo indica que o ciclo de López Obrador como o candidato presidencial da esquerda deve chegar ao fim se confirmar-se a ascensão da liderança do atual chefe de governo do Distrito Federal, Marcelo Ebrard, como uma alternativa mais viável politicamente. De qualquer modo, os trabalhos de politização nacional e de fiscalização da votação realizados com a liderança de Obrador serão essenciais para uma eventual futura vitória da esquerda na eleição presidencial mexicana