Reunidos sexta-feira passada em cimeira em Yamussukro, capital política da Costa do Marfim, os líderes dos Estados da CEDEAO querem a autorização do órgão máximo da Organização das Nações Unidas (ONU) para enviarem uma força miluitar contra os grupos que controlam o Norte maliano.
Um destes grupos, o Movimento para a Unicidade e a Guerra Santa na África Ocidental (MUJAO), que controla a região com a Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI), da qual é considerado uma dissidência, e o Ansar Dine (Defensores do Islão), já ameaçou atacar os países que integrem a expedição.
"Os ramos do MUJAO em vários países estão prontos para atacar os interesses dos países que tiverem a intenção de participar na força da CEDEAO", acusada de querer "fazer a guerra aos 'mujahidine' [combatentes] no Norte do Mali", afirmou o porta-voz deste movimento, Adnan Abu Walid Sahraui, em mensagem escrita enviada à agência noticiosa francesa na capital do Mali, Bamako.
Os chefes de Estado da CEDEAO renovaram o seu "empenho na resolução pacífica" do conflito, mas reiterou a sua vontade de recorrer a uma intervenção armada se necessário, segundo o comunicado lido pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Kadré Désiré Ouédraogo.
Para acelerar o processo, foi decidido "o envio imediato de uma missão técnica de avaliação ao Mali", composto por militares, para "preparar o terreno".