Primeiro-Ministro irlandês, Enda Kenny, descreveu o momento à BBC como o "início de uma nova era entre os dois países baseado no respeito e amizade e o reconhecimento mútuo de dois países que normalizaram relações".
Sky News, afirmou simbolizar "o sanar do passado", referindo-se ao processo de independência da Irlanda, que resultou em muitos mortos e um conflito entre republicanos e protestantes na Irlanda do Norte que demorou a pacificar.
A rainha Isabel II foi a primeira monarca britânica a pisar o solo irlandês desde a independência, formalizada em 1922, e desde que o seu avô, Jorge V, visitou o país, em 1911.
Acompanhada pelo marido, o príncipe Filipe,foi recebida pela presidente da República, Mary McAleese, de quem partiu o convite formal para a visita de quatro dias.
A visita começou com uma cerimónia em que foi plantada uma árvore na áras an Uachtaráin, a residência oficial da chefe de Estado irlandesa, antes usada pelo governador britânico na Irlanda.
Foi depois depositada uma coroa no Jardim da Memória, que lembra aqueles que morreram pela liberdade do país, e visitada a universidade Trinity College, onde está depositado o Livro de Kells, um manuscrito ilustrado por monges celtas dos quatro evangelhos do Novo Testamento.
Na quarta feira houve uma visita aos produtores da cerveja Guinness, ao Primeiro-Ministro irlandês e a Croke Park, estádio na capital Dublin, onde em 1920, durante luta pela independência, as forças britânicas dispararam sobre o público e mataram 14 pessoas.
O dia terminará com um banquete oficial no castelo de Dublin, antiga sede das autoridades britânicas na Irlanda, onde deverá realizar um discurso para mais de dois mil convidados.
Nos dias seguintes viajou ainda até à Coudelaria Nacional, em Kildare, e uma viagem à cidade de Cork, no sul.
A visita da rainha à Irlanda está a ser rodeada de fortes medidas de segurança, especialmente após uma alegada ameaça de bomba em Londres perto do palácio de Buckingham por dissidentes do grupo terrorista IRA.