A União Europeia estava a estudar a aquisição de 750 mil milhões de euros de dívida pública italiana e espanhola, para tentar baixar as taxas de juro que os dois países pagam para se financiarem.
De acordo com uma proposta do Primeiro-Ministro italiano, que os parceiros europeus estão a estudar, o dinheiro viria do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Seria o primeiro caso de utilização das duas estruturas de resgate europeias em simultâneo.
De acordo com o «Daily Telegraph», que cita o comunicado apresentado no final da cimeira que juntou os 20 países mais ricos do mundo, em Los Cabos, México, o objetivo é recorrer aos dois mecanismos para obter o valor recorde de resgate.
Para os líderes presentes na cimeira, o MEE deve contribuir com 500.000 milhões de euros e o FEEF com 250.000 milhões de euros.
O plano pretende aliviar os juros que os dois países pagam pela sua dívida, sem recorrer a um tradicional processo de resgate, como aconteceu com Portugal, Grécia e Irlanda. A ajuda compra tempo aos dois países para que implementem as reformas necessárias e reequilibrem as suas contas, antes de serem «empurrados» para um pedido de auxílio, que esgotaria os recursos europeus em dois tempos. A Espanha e a Itália são a terceira e a quarta economias da Zona Euro e, se precisassem de um resgate tradicional, com um plano de ajuda a três anos, seria praticamente impossível financiá-lo.
Segundo o mesmo jornal, a proposta partiu do primeiro-ministro italiano, Mario Monti e estava a ser estudada pelos parceiros europeus. Este devia ser um dos tópicos abordados na mini-cimeira marcada para sexta-feira em Roma, que reuniu os líderes francês, alemão, italiano e espanhol, e que volta à mesa das negociações na cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, a 28 e 29 de Junho.
«A Itália lançou uma ideia que vale a pena analisar» disse o presidente francês, François Hollande, em Los Cabos, citado pelo jornal britânico. «Estamos a ver formas de usar o ESM para isso. Por enquanto é só uma ideia, não é uma decisão. É parte da discussão», concluiu.
Certo é que os juros da dívida tanto de Espanha como de Itália estavam a aliviar com esta notícia. As Obrigações do Tesouro a 10 anos espanholas saíram do patamar crítico dos 7% e negoceiam agora nos 6,888%.
Também os juros italianos na mesma maturidade, que estavam quase colados aos 6%, descem para os 5,815%.
Bruxelas diz não saber de nada
Apesar da confirmação do presidente francês, a Comissão Europeia disse entretanto desconhecer a existência de negociações para um resgate às economias da Espanha e Itália.
«Não temos conhecimento de qualquer plano nesse sentido», disse o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, citado pela Lusa.
«Não existiram negociações no G20 sobre a compra de obrigações» de Espanha e Itália, garantiu o porta-voz de Olli Rehn.
De acordo com uma proposta do Primeiro-Ministro italiano, que os parceiros europeus estão a estudar, o dinheiro viria do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Seria o primeiro caso de utilização das duas estruturas de resgate europeias em simultâneo.
De acordo com o «Daily Telegraph», que cita o comunicado apresentado no final da cimeira que juntou os 20 países mais ricos do mundo, em Los Cabos, México, o objetivo é recorrer aos dois mecanismos para obter o valor recorde de resgate.
Para os líderes presentes na cimeira, o MEE deve contribuir com 500.000 milhões de euros e o FEEF com 250.000 milhões de euros.
O plano pretende aliviar os juros que os dois países pagam pela sua dívida, sem recorrer a um tradicional processo de resgate, como aconteceu com Portugal, Grécia e Irlanda. A ajuda compra tempo aos dois países para que implementem as reformas necessárias e reequilibrem as suas contas, antes de serem «empurrados» para um pedido de auxílio, que esgotaria os recursos europeus em dois tempos. A Espanha e a Itália são a terceira e a quarta economias da Zona Euro e, se precisassem de um resgate tradicional, com um plano de ajuda a três anos, seria praticamente impossível financiá-lo.
Segundo o mesmo jornal, a proposta partiu do primeiro-ministro italiano, Mario Monti e estava a ser estudada pelos parceiros europeus. Este devia ser um dos tópicos abordados na mini-cimeira marcada para sexta-feira em Roma, que reuniu os líderes francês, alemão, italiano e espanhol, e que volta à mesa das negociações na cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, a 28 e 29 de Junho.
«A Itália lançou uma ideia que vale a pena analisar» disse o presidente francês, François Hollande, em Los Cabos, citado pelo jornal britânico. «Estamos a ver formas de usar o ESM para isso. Por enquanto é só uma ideia, não é uma decisão. É parte da discussão», concluiu.
Certo é que os juros da dívida tanto de Espanha como de Itália estavam a aliviar com esta notícia. As Obrigações do Tesouro a 10 anos espanholas saíram do patamar crítico dos 7% e negoceiam agora nos 6,888%.
Também os juros italianos na mesma maturidade, que estavam quase colados aos 6%, descem para os 5,815%.
Bruxelas diz não saber de nada
Apesar da confirmação do presidente francês, a Comissão Europeia disse entretanto desconhecer a existência de negociações para um resgate às economias da Espanha e Itália.
«Não temos conhecimento de qualquer plano nesse sentido», disse o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, citado pela Lusa.
«Não existiram negociações no G20 sobre a compra de obrigações» de Espanha e Itália, garantiu o porta-voz de Olli Rehn.