A economia africana deverá crescer este ano 4,5%, retomando da quebra de 5% para 3,4% registada em 2011 devido ao efeito da Primavera Árabe nas contas do continente, segundo uma projecção divulgada hoje em Arusha, Tanzânia.
No próximo ano, o continente africano deverá registar um crescimento de 4,8 por cento (%), aproximando-se dos 5% de 2010, de acordo com o relatório Perspectivas Económicas em África 2012 co-produzido pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), OCDE e ONU.
No entanto, mantêm-se as preocupações sobre os efeitos da crise europeia na economia do continente, nomeadamente nos sectores exportador, de serviços e de turismo.
«Poderão também conhecer reduções a ajuda oficial externa, o investimento directo estrangeiro e as remessas enviadas pelos emigrantes», adverte o relatório, que assinala ainda «o perigo de contágio» da crise à banca africana.
O relatório Perspectivas Económicas em África 2012, marcado pelo optimismo «devido ao impressionante crescimento de África durante mais de uma década e a sua capacidade de resistir à profunda recessão global», chama a atenção para os países do Norte de África, bem como para o Sudão do Sul, como possíveis focos de tensões no continente.
No Norte, os governos são chamados a estabelecerem reformas e a melhorarem a situação económica e social das suas populações, enquanto permanecem as «preocupações» sobre o novo estado do Sudão do Sul e as suas relações com o Sudão