terça-feira, 24 de abril de 2012

Golpe de Estado na Guiné-Bissau


A república da Guiné-Bissau assinou protocolo de cooperação técnico-militar e de segurança com a república de Angola em 2010 e, no âmbito deste acordo, a Guiné-Bissau solicitou apoio de Angola para preparação técnica dos militares e polícias guineenses; em suma apoiar a reforma de sector da defesa e segurança da Guiné-Bissau.

Assim, como fruto de acordo, Angola enviou uma missão militar constituído por duzentos e setenta militares,segudo o Ministro de Negócio Estrangeiro agolano (George Chicoti), a Missang (missão militar angolana na Guiné-Bissau), em 2011. Passou algum tempo, Angola começou a enviar equipamentos bélicos para armar a Missang, o que não foi previsto no acordo assinado pelos ambos países segundo, Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, alguns daqueles equipamentos são muito sofisticados e que, a Guiné-Bissau não os tem.

Este facto criou um clima de mal-estar, isto é, de desconfiança  do Estado-Maior General das Forças Armadas guineense em relação a Missang. Uns tempos passaram, o Estado-Maior General das Forças Armadas mandou interrogar a Missang, a razão pela qual foi-lhe enviado equipamentos bélicos de Angola; a resposta da Missang foi esta: "Estes equipamentos foram enviados para serem entregues as forças armadas da Guiné-Bissau e que, não foram entregues até agora porque, estes materiais são de fabrico da África do sul; e as forças armadas guineense só sabem manusear os materiais bélicos da antiga União Soviética, pelo que antes de os ter entregue têm que passar em primeiro lugar, por treino militar de trinta dias que, será realizado pela Missang".

Com efeito, as forças armadas guineense passaram por este treino de trinta dias no Safim. Contudo, ao fim de trinta dias de preparação militar, uns meses passaram e, os materiais bélico não foram entregues aos militares guineense; o Estado-Maior General das Forças Armadas voltou pela segunda vez inquirir a Missang o motivo que até aqui, os munições não foram entregues; a resposta foi esta: "Não é da competência do Estado-Maior General das Forças Armadas, mas no entanto é do Governo".

Conforme auto denominado comando militar, através do seu porta-voz Tenente-Coronel Daba na Walna é o clima de crispação que, reina entre Estado-Maior General das Forças Armadas e a Missang que, começou desde a vinda da Missang que motivou o golpe de estado. Eu tenho para mim que, o golpe de estado foi provocado pela luta étnica cega pelo poder, sem pensar no interesse nacional por um partido politico cujo o ensinamento assenta no tribalismo em que, a maior parte dos efectivos militar da força armada da Guiné-Bissau se simpatiza, conquanto de maneira disfarçada.

Todavia, os guineenses conhecem bem este partido político; nunca vai conseguir pôr em causa o valor mais importante, talvez o mais importante de todos que, há anos foi conquistado pelos guineenses (unidade nacional)  em nome de uma etnia que, supostamente mais lutou pela libertação nacional, sendo que por isso,  tem que governar ainda que, fora de quadro da legitimidade democrática ou da ordem constitucional democrática.

Quem foram os comandantes que, mundialmente e teoricamente são reconhecidos como os mais importantes em quaisquer luta de libertação nacional? Na minha perspectiva, deve haver a libertação imediato e incondicional de todos os prisioneiros (Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, Presidente Interino, Raimundo Pereira, etc.) quer sejam políticos ou não porém, que foram detidos na sequência do golpe de estado de 12 Abril de 2012, quinta-feira, bem como a restituição plena da ordem constitucional democrática. Por conseguinte, a monitorização definitiva de golpe de estado na Guiné-Bissau deve passar pela reforma qualitativa e quantitativa da força armada, assim como, educá-la segundo ética republicana, apoiado financeiramente pela comunidade internacional.