segunda-feira, 18 de junho de 2012

Obama Anuncia Estratégia Para o Desenvolvimento da África

Washington-O presidente americano, Barack Obama, apresentou quinta-feira sua estratégia em favor do desenvolvimento na África, "um continente mais importante do que nunca", com o objetivo de favorecer o crescimento econômico e reforçar a segurança e a democracia.
 
"Ao olhar para o futuro, fica claro que a África é mais importante do que nunca para a segurança e para a prosperidade da comunidade internacional e para os Estados Unidos em particular", declarou o presidente em um comunicado.
 
Esse plano busca incentivar o potencial de crescimento econômico "sensacional" do continente, para tirar milhões de africanos da pobreza, em uma região assolada pela miséria e pelos conflitos.
 
A Casa Branca se concentrará em quatro pontos: reforçar as instituições democráticas, estimular o crescimento e os investimentos, priorizar a paz e a segurança e promover o desenvolvimento.

Essa estratégia é divulgada cerca de três anos depois de Barack Obama, cujo pai é queniano, anunciar as prioridades para esse continente durante uma viagem a Gana, a única de seu mandato a um país da África Subsaariana.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Governo Português Aprova Contratos no Valor de 1,7 Mil Milhões


Lisboa-O Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, oito contratos de investimento, cujo valor global ascende a mais de 1,69 mil milhões de euros. Os projectos permitirão criar quase meia centenas de novos postos de trabalho e assegurar a manutenção de outros 1100 já existentes. O ministro da Economia, Manuel Pinho, que os apresentou, disse: "Voltamos a falar de investimento industrial no País."

Os investimentos variam entre os 750 milhões da petrolífera espanhola Repsol na expansão e modernização do seu complexo petroquímico em Sines e os 27 milhões para a instalção de uma unidade industrial de biocombustível em Vila Franca de Xira, a Biovegetal, da responsabilidade da ENR, SGPS. Destaque, ainda, para os 33,9 milhões da Hikma Farmacêutica (Portugal), SA, destinados à modernização da sua fábrica em Sintra, que inclui a construção de uma nova unidade produtiva para medicamentos sólidos e líquidos. Uma estrutura que terá de obedecer "aos mais elevados padrões de qualidade" para que possa ser certificada pela Food and Drug Administration, entidade reguladora dos EUA, principal mercado dos seus produtos.

Sines receberá ainda um outro projecto, cujo investimento ultrapassa os 360 milhões de euros, da responsabilidade conjunta de La Seda de Barcelona, SA e Artensa, que tem em vista a construção de uma unidade industrial para a produção de ácido tereftálico purificado (com capacidade para 700 mil toneladas ao ano) e que levará à "consolidação do cluster petroquímico da região".

Os restantes projectos destinam-se a sectores tão diferenciados como o da indústria de celulose (Celbi), na Figueira da Foz, os cimentos, em Setúbal (CNE - Cimentos Nacionais e Estrangeiros, SA), as artes gráficas, em Lisboa (Mirandela), ou o turismo, em Viseu (Movida, Empreendimentos Turísticos).

O aumento da capacidade produtiva e da componente exportadora e a diversificação dos produtos são alguns dos objectivos que sustentam grande parte dos projectos de expansão ontem aprovados pelo Governo. Mas há outros factores de competitividade que são tidos em conta, designadamente a necessidade de uma maior eficiência ambiental - é o caso da Celbi -, investimentos tendentes a uma maior racionalização nos consumos energéticos - Cimentos Nacionais e Estrangeiros - e o reforço das componentes de higiene e segurança no trabalho - que é uma das componentes da ampliação e modernização dos Palácios do Gelo, Desportos e de Congressos da Movida.

Reino Unido Injecta 123 Mil Milhões na Banca

Londres-O ministro britânico das Finanças, George Osborne, anunciou quinta-feira à noite, um pacote de ajuda ao sistema financeiro no valor de 100 mil milhões de libras, qualquer coisa como 123 mil milhões de euros.

Este empréstimo é uma injeção de liquidez na economia britânica a dois dias das eleições na Grécia, com o governo inglês a protagonizar uma jogada de antecipação: porque «antes de melhorar, as coisas vão piorar na Zona Euro», acredita Osborne, que avisa para o perigo de Atenas deixar a moeda única.

«O governo - com a ajuda do Banco de Inglaterra - não vai ficar de fora e não fazer nada enquanto a tempestade [da dívida na Zona Euro] se adensa», justificou o governante, segundo a CNN.

Por isso, ambos quiseram «implementar um novo poder de fogo» para evitar que a turbulência na região que partilha a moeda única possa levar a uma grave crise de crédito e a juros mais altos no Reino Unido. A ideia é aproveitar a disciplina orçamental e credibilidade do país nos mercados para desencadear uma política monetária mais agressiva assente na oferta de empréstimos mais baratos às empresas e famílias.


Espera-se que o pacote consiga suportar a concessão de novos empréstimos no valor estimado de 80 mil milhões de libras (mais de 98 mil milhões de euros). Será também ativado um esquema de emergência, que consiste na cedência de seis meses de liquidez aos bancos em parcelas não inferiores a 5 mil milhões de libras por mês (acima de 6 mil milhões de euros).

O Governo e o Banco de Inglaterra vinha trabalhando neste plano, secretamente, há algumas semanas, segundo o «Sun». A injeção de dinheiro na banca numa dimensão destas é a mais ambiciosa iniciativa anunciada por Osborne em direção, assim espera, ao crescimento.

Em suma, o Reino Unido quer combinar uma política orçamental apertada com uma política monetária ativa. E jogar pelo seguro face à nuvem negra que paira na Zona Euro.

ONU e União Africana Debatem Situação na Guiné-Bissau

Nova York - A situação na Guiné-Bissau é um dos pontos que deve dominar a agenda do sexto encontro anual entre o Conselho de Paz e Segurança da União Africana e o Conselho de Segurança da ONU.

A reunião, iniciada quarta-feira (13 de Junho), em Nova York, aborda além da parceria entre ambos, a situação pós-golpe no Mali, a transição na Somália e o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul.

Falando à Rádio ONU, antes do encontro, o representante permanente da União Africana nas Nações Unidas, Téte António, considerou crucial debater o que chamou "situações complexas que trazem zonas obscuras."

"Trata-se, portanto, de concertar com o Conselho de Segurança sobre as posições que a União Africana tem tomado em apoio à (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) CEDEAO.

Portanto, ver como se pode conciliar os pontos de vista de uns e de outros para eliminar algumas diferenças e ver como encontrar uma solução viável para a Guiné-Bissau. É o que está na agenda", referiu.

O representante da União Africana defende que "não é impossível aproximar as posições das partes" na Guiné-Bissau, na sequência do golpe militar de 12 de Abril.

A 22 de Maio, o comando militar que realizou o golpe de 12 de Abril cedeu o poder a um governo civil de transição, após assinar um acordo político e um pacto de transição mediados pela CEDEAO. O novo poder é contestado pelo governo derrubado e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Governantes do Burquina Faso, do Benim, e de Côte d´Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, representam a organização regional no encontro.

Guiné-Equatorial Está a Cumprir Requisitos Impostos Pela CPLP Para Adesão

Praia - Uma das justificativas do movimento denominado "Por Uma Comunidade de Valores", que lançou uma petição de cidadãos dos países de expressão portuguesa contra a entrada plena da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é de que o presidente equato-guineense impôs a língua no seu país.

O director executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Gilvan de Oliveira, afirmou respeitar o posicionamento do movimento cívico, mas defendeu a necessidade rever os argumentos e suas fundamentações.

Oliveira lembrou que a Guiné-Equatorial está a cumprir, à risca, um conjunto de requisitos impostos pela CPLP. A decisão da sua entrada na comunidade lusófona será tomada na cimeira de Maputo, Moçambique, dia 20 de julho.

O movimento cívico "Por Uma Comunidade de Valores" foi criado  e tem como membros organizações não governamentais de diversos países da lusofonia com o intuito de demonstrar, através de uma campanha na internet, a sua posição contra a adesão da Guiné-Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Chipre Poderá Pedir Ajuda Financeira à UE

Nicósia – O Chipre poderá pedir um resgate financeiro à União Europeia (UE) revelou o governador do banco central do país, Panicos Demetriades, em entrevista ao «Financial Times».

De acordo com o responsável, o Chipre está a viver um período conturbado devido à crise do euro e à situação da Grécia, país vizinho, estando a preparar um pedido de resgate, que visa sobretudo estabelecer uma linha de crédito para recapitalizar o sistema bancário nacional.

O plano de ajuda financeira terá de ter um montante superior a 1,8 mil milhões de euros, valor necessário para resolver o problema do Banco Popular do Chipre, segunda maior instituição bancária do país, que enfrenta dificuldades depois de ter sido obrigado a reconhecer perdas avultadas com investimentos gregos.

No ano passado, o Chipre recusou pedir ajuda à UE, optando por negociar um programa de empréstimos bilaterais com a Rússia, na ordem dos 2,5 mil milhões de euros.

Guiné-Bissau: Saturnino Costa Considera-se «Moço de Recados» de António Indjai

Bissau – O primeiro Vice-Presidente do PAIGC, Manuel Saturnino
Costa, considera que durante o período da luta armada de libertação nacional, desempenhava as funções de «moço de recados» de António Indjai, Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas.

António Indjai acusou Saturnino Costa, na passada semana, de ter proferido insultos aos antigos combatentes.

O primeiro Vice-Presidente do PAIGC disse que era o «miúdo de recados que segurava a mochila do General Amónio Indjai e cuidava dos seus sapatos durante a luta armada».

Manuel Saturnino Costa falou a 12 de Junho num encontro que a sua formação política manteve com os antigos combatentes da liberdade da Pátria,  terça-feira, 12 de Junho.

Saturnino Costa pediu longa vida para António Indjai, para que possa contribuir para o bem-estar e o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O PAIGC produziu um comunicado de imprensa que classificou o encontro entre o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e os combatentes, a 6 de Junho, na sede da ANP, como «um esforço infundado e inútil de branqueamento e de deturpação da história, com o objectivo de dividir para reinar».

De acordo com o comunicado, o PAIGC disse ter registado com estupefacção o teor da reunião tida com os antigos combatentes, mas que no entanto foi transformado no tribunal de luta de libertação nacional.

Esta formação política disse ainda que o encontro de 6 de Junho deu-se para dividir os guineenses em etnias, para melhor controlar a população.

A terminar, o PAIGC lembrou Antonio Indjai da condenação do golpe levado a cabo por ele, a 12 de Abril, que passados sessenta dias inverteu a posição, justificando a questão dos antigos combatentes como uma das razões deste golpe.