Nova York - A situação na Guiné-Bissau é um dos pontos que deve dominar a agenda do sexto encontro anual entre o Conselho de Paz e Segurança da União Africana e o Conselho de Segurança da ONU.
A reunião, iniciada quarta-feira (13 de Junho), em Nova York, aborda além da parceria entre ambos, a situação pós-golpe no Mali, a transição na Somália e o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul.
Falando à Rádio ONU, antes do encontro, o representante permanente da União Africana nas Nações Unidas, Téte António, considerou crucial debater o que chamou "situações complexas que trazem zonas obscuras."
"Trata-se, portanto, de concertar com o Conselho de Segurança sobre as posições que a União Africana tem tomado em apoio à (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) CEDEAO.
Portanto, ver como se pode conciliar os pontos de vista de uns e de outros para eliminar algumas diferenças e ver como encontrar uma solução viável para a Guiné-Bissau. É o que está na agenda", referiu.
O representante da União Africana defende que "não é impossível aproximar as posições das partes" na Guiné-Bissau, na sequência do golpe militar de 12 de Abril.
A 22 de Maio, o comando militar que realizou o golpe de 12 de Abril cedeu o poder a um governo civil de transição, após assinar um acordo político e um pacto de transição mediados pela CEDEAO. O novo poder é contestado pelo governo derrubado e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Governantes do Burquina Faso, do Benim, e de Côte d´Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, representam a organização regional no encontro.