sexta-feira, 22 de junho de 2012

Guiné-Bissau: Governo de Transição Implora Regresso da MISSANG

 
O Governo de Transição na Guiné-Bissau, implantado depois do golpe de Estado do passado dia 12 de Abril implorou o regresso da Missão Angolana de Apoio ao Processo de Reforma nos Sectores de Defesa de Segurança (MISSANG).

A intenção foi manifestada quarta-feira passada, 20 de Junho, em São-Domingos, região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, por Basílio Sanca, Secretário de Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública, quando falava na cerimónia de comemorações do Dia Mundial dos Refugiados.

De acordo com o governante, o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, deve superar os sentimentos do passado recente e reafirmar a sua firme vontade em ajudar o povo da Guiné-Bissau.

«Quero aproveitar este acto dos direitos humanos, de solidariedade com as vitimas de intolerância e de incompreensão entre os homens para apelar às instituições democráticas da República de Angola e o seu povo no sentido de ajudar os guineenses a ultrapassarem as suas dificuldades e retomar a sua missão a Guiné-Bissau», disse Sanca.

Referindo-se às obras de construção que estavam em curso na Guiné-Bissau, Basílio Sanca, disse que a sua retoma deve ser de «imediato», na construção e reabilitação do Ministério do Interior, Brigada de Grupo Nacional de Transito, assim como outras obras que estão em curso e actualmente paralisadas com a retirada da MISSANG do país.

A MISSANG retirou os últimos soldados da Guiné-Bissau no início do mês de Junho, incluindo os dois helicópteros que tinha oferecido para à Força Aérea Nacional.

Em relação às comemorações do Dia Mundial dos Refugiados, o governante revelou que cerca de oito mil pessoas se encontram requerentes de asilo e refugiados na Guiné-Bissau.