segunda-feira, 18 de junho de 2012

Príncipe Filipe Recuperado Celebra Aniversário da Rainha


A Rainha Isabel II com o marido
A Rainha Isabel II com o marido( Fotografia )
Inglaterra-A Rainha Isabel II festejou oficialmente o seu 86º aniversário com uma parada militar, em Londres, a que assistiu na companhia de toda a família, incluindo o marido, o príncipe Filipe, já recuperado da doença que o levou ao hospital na semana passada.

A Rainha e o príncipe chegaram numa carruagem de 1881 - a mesma em foram transportados no dia do seu casamento, a 20 de novembro de 1947. Na varanda do Palácio de Buckingham, o príncipe Filipe, de 91 anos, mostrou-se sorridente. O príncipe foi hospitalizado a 4 de junho devido a uma infecção urinária mas já se encontra recuperado.

A rainha nasceu a 21 de Abril de 1926 mas festeja oficialmente o seu aniversário neste dia.

Nave Com 1ª Astronauta Chinesa Acopla em Módulo Espacial


Liu Yang, a primeira astronauta chinesa                                     

China-A nave Shenzhou 9, que decolou no último sábado levando a bordo a primeira astronauta chinesa ao espaço, acoplou nesta segunda-feira no módulo espacial Tiangong 1, lançado em setembro do ano passado para hospedar tripulantes e servir de base para os experimentos científicos.

Aos 33 anos de idade, Liu Yang voa acompanhada do comandante Jing Haipeng, de 46, e do engenheiro Liu Wang, de 42 anos. Os três devem permanecer dez dias em órbita. A acoplagem ocorreu a cerca de 340 quilômetros de altura e a astronauta chinesa operou uma câmera manual que filmou o procedimento, segundo o governo do país comunista. A operação de acoplagem, porém, foi toda controlada por computadores.

Mulheres no espaço – Yang faz parte agora do seleto grupo de mulheres que já viajaram ao espaço desde que a russa Valentina Tereshkova se tornou a primeira cosmonauta em 1963, dois anos depois da histórica viagem do pioneiro Yuri Gagarin. A chinesa passa a ser a 55ª mulher a fazer a viagem – outras seis são russas e 48 americanas.

Esta é a quarta viagem tripulada da China depois das realizadas em 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008. Segundo dados oficiais chineses, a China se situa no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia, embora analistas considerem que o país asiático tem atualmente o nível tecnológico de Estados Unidos e União Soviética na década.

UE Organiza Conferência Internacional Sobre Sahel

Crise alimentar é o foco da conferência.

Bruxelas - Os países do Sahel, representados a nível ministerial, vão participar segunda-feira próxima em Bruxelas numa conferência internacional organizada pela União Europeia (UE) com o objetivo de lutar contra a crise alimentar que assola esta região da África Subsariana.

Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Catherine Ray, foram convidadas para o encontro de alto nível as organizações africanas regionais, as agências humanitárias e de desenvolvimento, bem como as ONG, "com o objetivo de criar uma parceria para aumentar as capacidades de resiliência dos países sahelianos afetados pela crise alimentar".

Em resposta à crise alimentar no Sahel, a UE propõe, entre outros, compras de alimentos nos países excedentários como a Nigéria, o Benin e o Togo, para serem distribuídos nos países deficitários como o Mali e o Níger

CEDEAO Prepara 3.000 Soldados para Intervir no Mali

Logotipo da CEDEAO
Logotipo da CEDEAO


Bamako - Uma força regional de três mil militares está preparada para entrar em Mali e ajudar o governo a retomar o controlo do norte do país, informou hoje (segunda-feira) uma fonte da Comunidade para Desenvolvimento de Estados de África do oeste (CEDEAO).

Segundo o documento da CEDEAO, saído de uma reunião de líderes desse organismo, a missão justifica-se pelo facto do norte de Mali estar sob controlo dos rebeldes tuareg e islamitas armados.

Esses grupos consolidaram as suas posições no território após o golpe de Estado militar de 22 de Março último.

O chefe do exército da Côte d'Ivoire, Soumaila Bakayoko, reafirmou durante a reunião que as forças da CEDEAO vão estabilizar e consolidar os poderes transitórios na capital, juntamente com o exécirto maliano, e vai se engajar na recuperação do norte do país.

A cimeira dos chefes militares oeste-africanos teve como objectivos definir a missão e a composição de uma força regional que eventualmente poderá ser enviada para o norte do Mali.

A reunião aconteceu numa altura em que pelo menos 300 mil refugiados malianos, alojados para as suas zonas de origem, carecem de água e alimentos suficientes, segundo fontes humanitárias.

África-Sahel: O Grande Desafio da Segurança


África-O Sahel é uma faixa de território que margeia o Saara e integram-no quatro países: Mauritânia, Mali, Níger e Argélia, cujos chanceleres se reuniram em Nuakchot, a capital do primeiro, para discutir questões relacionadas com a luta para a erradicação do terrorismo, segundo definiram.

Ao encontro também foi o embaixador da Nigéria, outro dos Estados da África ocidental afetado pela violência extremista, o que o levou a tomar decisões severas, e inclusive arriscadas, para preservar sua segurança frente a um inimigo como a seita islâmica Boko Haram.

Sobre as diretrizes do evento, o ministro mauritano de Relações Exteriores e Cooperação, Hamadi uld Hamadi, precisou que o objetivo foi achar a forma de cooperar para enfrentar o grupo terrorista da Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), no Sahel e o Boko Haram, em solo nigeriano.

Esta reunião ocorreu no âmbito do chamado Fórum do Sahel, integrado pelos quatro Estados mencionados, onde opera AQMI, e abordou temas como o crime transfronteiriço, o sequestro de estrangeiros e o tráfico e a proliferação de armas.

As preocupações sobre a segurança sub-regional ampliaram-se quando o então Ministro malinês de Assuntos Exteriores, Soumeylou Boubeye Maiga, confirmou a existência de vínculos entre AQMI e a organização Boko Haram, que opera na Nigéria, outro contexto africano.

Segundo estudiosos dos assuntos de defesa, a área saheliana não pode ser considerada desvinculada do Magreb nem da África Ocidental. Entende-se que para decifrar os problemas da sub-região deve ser considerado o sistema como um todo, cujas partes se relacionam intrinsecamente e assim evoluem.

Para o coronel espanhol Julio Navas,"as ameaças que se desenvolvem nessa zona não são fenômenos isolados, mas criam um círculo vicioso de insegurança, cujo impacto se materializa principalmente sobre os africanos e cada vez com um impacto direto maior sobre a segurança da comunidade internacional"

Esse critério pode ser inexato, mas expõe a visão da Europa ocidental em relação a sua fronteira geo-estratégica imediata ao sul, uma faixa de atenção da qual suas antigas metrópoles não podem desentender-se, apesar das distorções que caracterizam os vínculos entre as duas partes, uma rica e desenvolvida, a outra pobre e dependente.

E no caso do Sahel, a dependência não é só um tema de segurança no quesito militar e em assuntos civis, senão também de sobrevivência biológica ante a crise alimentar que lhe afeta e constitui um elemento de extrema prioridade.

Mas uma análise valorativa da situação tem que incluir os mais recentes processos que gerou a falta de um poder real na Líbia, onde foi assassinado o chefe de Estado Muammar Gaddafi no curso de uma agressão respaldada pelo Ocidente, que votou a favor da subversão da ordem estabelecida.

"Um forte vazio de poder na Líbia poderia servir para que as redes criminosas e terroristas crescessem na Mauritânia, Mali, Argélia e Níger. A futura estratégia da União Europeia para o Sahel e as políticas relacionadas devem voltar com urgência a examinar as contingencias", aconselhou o articulista Oladiran Bello Manuel Manrique.
 
No final do ano passado um fórum de especialistas analisou na capital argelina aspectos da luta contra o terrorismo no Sahel como parte da segurança global e contra os delitos multinacionais, evento que atraiu o interesse das instituições da sub-região e de representantes dos Estados Unidos e Canadá, entre outros.

Essa reunião foi parte do Fórum Global de Luta contra o Terrorismo (FGLT) criado em setembro de 2011 na cidade de Nova York.

"Devemos ser conscientes de que não estaremos sempre de acordo sobre cada um dos temas, mas todos os presentes aqui reconhecem que há necessidades urgentes e desafios não superados", disse Daniel Benjamín, coordenador estadunidense responsável pela luta contraterrorista no Departamento de Estado, na abertura da reunião.

Esse debate -segundo ponderou- deve abordar cinco temas: a segurança das fronteiras, a cooperação entre os corpos do setor, a luta contra o financiamento do terrorismo, o fator judicial e o reforço jurídico e os compromissos coletivos.

Benjamín tratou de dissipar os reparos dos países do Sahel sobre o incremento de armas e combatentes na sub-região, o que poderia ser um arco do círculo vicioso sobre o que se fez referência anteriormente, ao esboçar a situação de instabilidade a que conduziu a evolução do processo líbio.

O servidor público não pôde convencer ao auditório, pela inabarcável e a indomável realidade política da zona saheliana, onde se presencia a emergência do Movimento de Libertação Nacional de Azawad (MLNA), de guerrilheiros tuareg que se projetam pela secessão de um território ao norte no Mali, o que afeta vários países.

A anunciada separação de um território que reclamam os tuareg (menos de 2,2 milhões de pessoas) como seu assento originário agora parte de quatro países: Argélia, Líbia, Níger e Mali e acrescenta fogo a problemas que incendeiam também outros Estados da zona, direta ou indiretamente.

Por exemplo, são de citar os confrontos entre granjeiros Dogon (malineses) e pastores nômades Fulani, pelo controle de pastos para a pecuária, que resultaram em pouco mais de 30 mortos e mil deslocados. Combates que ocorreram no que se identifica como a região saheliana de Burkina Faso, fronteiriça com o Mali.

Não obstante, neste desenvolvimento da trama sub-regional um espaço aparte tem o AQMI, uma rede que as autoridades da área definem como terrorista e que ao que parece foi um desprendimento do Grupo Salafita para a Predicação e o Combate, que operou na Argélia e que em 2006 foi relacionado a Osama Bin Laden.

A Al Qaeda no Magreb Islâmico porta essa denominação desde 2007 e sua agenda internacional supõe a atuação em várias direções, uma é a do oeste (noroeste argelino e fronteira marroquina), a do leste (centro e nordeste argelinos e a Kabilia) e parte do sul, mais extensa e inóspita, onde opera na Mauritânia, Mali e Níger.

Há muitas versões sobre seu modo de operar e seus encaixes com outros elementos radicais de confissão islâmica, como Ansar Dine, e em seu momento lhe chamou de componente bélico afim ao MLNA, durante sua ofensiva contra o exército do Mali no norte de país, um vínculo que negaram os guerrilheiros separatistas, sem muitos esclarecimentos.

Segundo depoimentos gráficos, a Al Qaeda no Magreb Islâmico participou na ocupação militar da cidade de Tombuctú, declarada patrimônio da humanidade pelas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Se houver coerência na análise integral do palco saheliano deve ser valorizado um tópico transcendente e imprescindível, a crise humanitária que ameaça toda a vida nessa região africana, onde se calcula que cerca de 20 milhões de pessoas sofrem no meio dessa situação de desamparo.

A volatilidade do Sahel também deve ser medida com essa perspectiva, pois a ONU informou que cerca de 18 milhões de pessoas nessa zona africana precisam ajuda alimentar urgente como consequência da seca, das más colheitas e do aumento do preço dos víveres, que açoita à região.

Sem dúvida alguma, esse aspecto medular junto com a calamidade dos conflitos armados, faz pensar que o drama do Sahel só está começando.

 

Socialistas Obtêm Maioria Absoluta nas Eleições Legislativas da França

Presidente François Hollande terá mais autonomia para implementar mudanças no Executivo<br /><b>Crédito: </b> Bertrand Langlois/AFP/CP









França-O Partido Socialista (PS) do presidente François Hollande conquistou neste domingo a maioria absoluta na Assembleia Nacional, após o segundo turno das eleições legislativas, conforme estimativas da agência France Presse. Esta maioria absoluta dispensará o PS do apoio dos Verdes no Parlamento, com os quais tem um acordo de governo e, principalmente, da esquerda radical, cujas posições sobre a economia e a Europa estão distantes das do Partido Socialista.

Os socialistas e dois pequenos partidos aliados devem levar entre 312 e 326 assentos dos 577 disponíveis, o que significa uma ampla maioria absoluta (289). Os verdes devem ficar com entre 18 e 24 e a esquerda radical (Frente de Esquerda) ficará com entre 9 e 11, segundo os institutos Sofres e CSA. O partido conservador UMP e seus aliados devem conquistar entre 212 e 234 assentos e a extrema-direita entre 1 e 4.

Estas eleições são realizadas depois da eleição presidencial de 6 de Maio e apontam o novo viés político do país, depois François Hollande foi escolhido para substituir Nicolas Sarkozy no comando do Estado. Para implementar o seu programa, o primeiro presidente socialista em 17 anos, precisava da maioria parlamentar.

Grécia: Direita Pró-euro Vence e propõe Governo de 'União Nacional'

 
Grécia-O partido de direita Nova Democracia venceu as eleições legislativas deste domingo (17) na Grécia e propôs um "governo de união nacional" para sair da crise econômica e manter o país na zona do euro.

O líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, pediu a "todas as forças políticas que se unam em torno do objetivo de manter o país no euro (...) formando um governo de união nacional". A Grécia "não pode perder mais um minuto".

O chefe da esquerda radical, Alexis Tsipras, admitiu a derrota e negou a participação do seu grupo no eventual governo de união nacional. "Telefonei a Samaras para lhe cumprimentar, ele pode formar um governo", disse Tsipras, cujo partido chegou na segunda posição neste domingo. "Vamos ficar na oposição e representar a maioria do povo contra o memorando" de rigor fiscal imposto por UE-FMI.

Já o líder dos socialistas do Pasok, Evangélos Vénizélos, condicionou a participação do seu partido em um governo de união nacional a uma presença ampla da esquerda, incluindo os radicais de Tsipras.
"Um governo de responsabilidade nacional supõe a participação de todas as forças da esquerda", incluindo os radicais do Syriza.

Após a apuração de 85% das urnas, os conservadores da Nova Democracia obtinham 29,96% dos votos, garantindo 130 das 300 cadeiras do Parlamento. A esquerda radical no partido Syriza chegava na segunda posição, com 26,65% e 71 cadeiras, e os socialistas do Pasok apareciam em terceiro, com 12,46% dos votos e 33 cadeiras.

A diferença entre o percentual de votos e o número de cadeiras se deve ao fato de que a Constituição grega atribui 50 cadeiras suplementares ao partido vencedor das eleições.

As eleições deste domingo foram polarizadas entre a Nova Democracia, sob a promessa de "sair da crise, mas não do euro", e a esquerda radical, que exige a renegociação do pacto de austeridade, após defender seu abandono total.

A dirigente da direita Dora Bakoyannis foi a primeira a proclamar a vitória da Nova Democracia: "somos o primeiro e chegou a hora de formar um governo de união nacional para sair da crise".

A Nova Democracia afirma ser o "fiador" da permanência da Grécia na zona do euro, mas quer "renegociar" o memorando do plano de ajuste acertado com União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

O memorando permitiu ao país obter um socorro financeiro para evitar a falência.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, reagiu aos resultados afirmando que seu país está disposto a discutir os prazos necessários para a aplicação das reformas na Grécia.

"Não deve haver mudança substancial nos compromissos" assumidos pela Grécia com seu programa de reformas, mas "posso imaginar, sem problemas, uma negociação sobre novos prazos".

Para justificar esta flexibilidade, o ministro destacou que a Grécia viveu "uma paralisia política nas últimas semanas devido às eleições". "Os cidadãos comuns não podem ser punidos, especialmente porque já suportaram cortes drásticos".

"Estamos dispostos a assumir a solidariedade na Europa, mas não podemos aceitar a anulação dos compromissos assumidos".

Até o momento, o governo alemão se manteve inflexível sobre o programa de reformas negociado por Atenas com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca do socorro financeiro, tanto em relação ao conteúdo quanto aos prazos decretados.

A chanceler alemã, Angela Merkel, telefonou para Antonis Samaras para cumprimentá-lo "pelo bom resultado nas eleições (...) e declarou que parte do princípio de que a Grécia respeitará seus compromissos europeus", informou um comunicado do serviço de imprensa em Berlim.

O ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders, foi no mesmo sentido ao destacar que "existe a possibilidade de diálogo" sobre a revisão dos prazos, mas "não queremos dar um cheque em branco" à Grécia.

"A Europa está aberta ao diálogo com a Grécia (...). Sempre é melhor ter pela frente gente que deseja negociar".

Os presidentes da UE e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Barroso, esperam "a rápida formação de um novo governo na Grécia" que coloque o país no caminho do crescimento e cumpra com o plano de austeridade acertado com Bruxelas.

"Continuaremos apoiando a Grécia como membro da família UE e da zona euro. Estamos dispostos a manter nossa assistência". "O segundo programa de ajuste econômico acertado é a base sobre a qual vamos construir para favorecer o crescimento, a prosperidade e o emprego para o povo grego", destacaram Van Rompuy e Barroso em um comunicado conjunto.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) assinalou sua disposição de trabalhar com o novo governo grego para "ajudar a Grécia a atingir seu objetivo de restaurar a estabilidade financeira, o crescimento econômico e o emprego".

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, destacou a vitória de Samaras e disse que o presidente americano, Barack Obama, acredita que é do interesse do todos que a Grécia permaneça na zona do euro.

"Felicitamos o povo grego pela condução das eleições neste momento difícil (...) e esperamos que levem rapidamente à formação de um novo governo que possa enfrentar os desafios econômicos".