OUTRAS NOTÍCIAS
Falhas - O relatório preliminar da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde aponta o dedo à secretaria-geral do Ministério da Saúde, tutelado por Ana Paula Martins, que devia ter avisado o INEM da greve dos técnicos de emergência (a 31 de outubro e 4 de novembro do ano passado). Não o tendo feito, foi impossível acautelar os efeitos da greve, é explicado no documento, garantindo por exemplo o cumprimento de serviços mínimos, de forma a manter a resposta do socorro à população. O líder do PS já reagiu, dizendo que o relatvem reforçar a suspeita de responsabilidades políticas do ministério da Saúde na falha de informação ao INEM”, escreveu Pedro Nuno Santos na rede social X.
Tráfico de menores Começou em 2019 a operação policial que recentemente encontrou na Geórgia uma jovem que tinha desaparecido de Portugal há cinco anos, grávida. A investigação levou à descoberta de uma rede de tráfico de menores, trazidos sobretudo da Roménia (algumas crianças foram vendidas por 100 euros), e que depois eram distribuídos por cidades europeias, incluíndo Portugal. Ficavam nas ruas, obrigadas à mendicidade, com vários casos de raparigas adolescentes a terem sofrido abusos sexuais por parte dos angariadores. A rede funciona por toda a Europa. mas só há dois inquéritos abertos, um em Portugal e outro na Roménia. Nove pessoas foram constituídas arguidas, no entanto, estão todas fora de território nacional e em liberdade.
Lei dos Solos - O parlamento aprovou esta quarta-feira, na especialidade, alterações ao diploma em vigor que permite reclassificar solos rústicos em urbanos, para construção de habitação, com a maioria das modificações resultante de um entendimento entre PSD e PS. Chega e IL insistem que esta Lei dos Solos “não é boa” e será “inútil”. Já em defesa das alterações, a deputada socialista Marina Gonçalves sublinhou que, apesar de a lei não resolver a crise na Habitação, pelo menos destina-se à “classe média”, enquanto a coordenadora do Bloco, Mariana Mortágua, sustentou que as mudanças que resultam do pedido de apreciação parlamentar feito pelo partido possibilitaram torná-a "mais equilibrada". André Ventura justificou o voto contra do Chega: "Não ficou uma lei boa, ficou uma lei permeável à corrupção, aos conflitos de interesses e à promiscuidade entre negócios e a política"..
Violênica, perceções e atitudes sociais - Em Portugal, 20% das mulheres consideram aceitável que um homem controle o dinheiro da sua parceira e 35% dos homens pensam o mesmo. Cerca de 23% das mulheres e 28% dos homens “tendem a concordar ou concordam totalmente” que uma mulher que expressa opiniões nas redes sociais deve esperar respostas sexistas, ofensivas ou abusivas, e quase 20% das mulheres e cerca de 30% dos homens acreditam que as mulheres frequentemente exageram ou inventam acusações de abuso ou violação.Vale a pena conhecer os dados apresentados no relatório do European Institute for Gender Equality, que analisa a prevalência da violência física e/ou sexual na União Europeia e as perceções e atitudes sociais em relação ao fenómeno.
Terrorismo - Nigéria e Somália tornaram-se dois pontos críticos no mapa do terrorismo, por conta do novo grupo armado Lakurawa, que se aproveitou do espaço aberto pelo golpe no Níger e consequente interrupção das patrulhas conjuntas com a Nigéria para se expandir e semear o caos na fronteira entre os dois países; enquanto o autoproclamado Estado Islâmico se reagrupa na Somália com ambições de expansão global. O alerta é dado por vários peritos, defendendo que estas duas realidades exigem respostas coordenadas para conter a ameaça.
Médio Oriente - Com o Hamas enfraquecido e o Hezbollah fragilizado, a popularidade dos hutis do Iémen aumentou após o 7 de Outubro, no país e no mundo árabe, muito pela defesa acérrima que têm feito dos palestinianos. Nas fileiras do “eixo da resistência” — a aliança informal de grupos e Estados no Médio Oriente, liderada pelo Irão, que combatem a influência dos Estados Unidos e de Israel na região —, o seu papel saiu reforçado.
FRASES
“A comunicação social tem um papel a desempenhar. Quem escolhe um certo tipo de responsabilidades sabe que, juntamente com coisas que são agradáveis, há coisas desagradáveis, coisas que considera justas e coisas que considera injustas. Isso é o pluralismo próprio da vida democrática”. Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que o escrutínio da comunicação social é um preço a pagar por quem exerce cargos políticos.
“Ainda está a ponderar”, "não sei se é muito provável, mas possível é”. Assunção Cristas, antiga líder do CDS, comentando na SIC Notícias a hipótese de Paulo Portas avançar como candidato à Presidência da República.
“Podem esquecer a NATO (…) acho que essa é provavelmente a razão porque tudo começou”. O Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a pretensão da Ucrânia, a que atribuiu o atual conflito entre o país e a Rússia.
O QUE ANDO A LER
“O Silêncio da Guerra”, de Antonio Monegal. Qual o lugar da guerra na nossa cultura e memória coletiva? Numa altura em que tanto falamos e ouvimos falar de conflitos, este é um ensaio que nos faz pensar sobre a forma como a guerra é representada. “Cada um de nós tem uma visão da guerra que vem de algum sítio”, escreve o filósofo espanhol, que neste livro confere à questão do silêncio um papel central: “A noção convencional é que as guerras são ambientes ruidosos, o que obviamente são. Contudo, nesse contexto de explosões, disparos, motores a rugir e gritos, há um silêncio persistente e estrondoso. Em parte, pertence aos mortos, é o silêncio que se encontra no subsolo e sublinha a elegia”.
PARA OUVIR COM ATENÇÃO
Tempo ao Tempo - É apresentado “uma informação da histórias da História, de passado, presente e futuro, e da mudança da memória no tempo”, e todas as quintas-feiras há um novo episódio para ouvir, escrito e narrado por Rui Tavares. No de hoje, é evocado o filósofo Ibn Tufayl, que viveu no século XII entre a Península Ibérica e o Norte de África, e escreveu o livro ‘Vivo, O filho do Acordado’, sobre a vida de um sábio selvagem, que cresce numa ilha tropical misteriosa sem a presença de outros humanos. Poderá uma criança que cresce na natureza, em comunhão com os animais, ser um sábio? A pergunta dá título ao episódio, que é uma reflexão ”sobre a essência da humanidade, sobre o que nos torna humanos, o que, na natureza, nos distingue pela ascenção da consciência e do pensamento filosófico".
Money Money Money - O nome não engana e esta é uma informação sobre economia, sim senhor. Que esta quinta-feira fala sobre Sines e o que torna a região tão apetecível para atrair tantos investimentos. Um deles, anunciado esta semana, é a nova fábrica de baterias da CALB, um projeto que envolve um investimento superior a 2 mil milhões de euros, ou seja, um dos maiores investimentos industriais em Portugal desde a Autoeuropa. João Silvestre, editor executivo do Expresso, modera desta vez a conversa, onde participam Miguel Prado, editor de Economia do Expresso, e Miguel Matias, gestor e CEO da Keme Energy.
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