quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Seguradoras Temem Disrupção por Concorrentes Digitais

Ameaça ao sector dos seguros- Depois da banca, também o sector dos seguros vê nas empresas digitais – como a Google e a Amazon – uma ameaça crescente ao seu negócio, com muitas companhias a planearem investir em analítica de dados para melhorar o atendimento ao cliente, segundo um estudo recente.
 
Realizado pela Economist Intelligence Unit para a SAP, o trabalho entrevistou 338 executivos séniores numa variedade de seguradoras, e descobriu que a maior ameaça competitiva de entidades fora do sector dos seguros vem de fornecedores de comécrio electrónico, como a Google e a Amazon (32%).
 
Os bancos a entrarem no sector (31%) e o grande retalho (11%) também são vistas como concorrência.
 
A Google, por exemplo, tem investido numa série de serviços relacionados com os seguros nos últimos anos, adquirindo o agregador britânico BeatThatQuote em 2011, e lançou o seu serviço de comparação de seguros automóveis Google Advisor no ano passado. Também investiu em tecnologia da Internet das Coisas que pode afectar o futuro das subscrições, ou na aquisição da Nest, fabricante de termóstatos para “casas inteligentes” por 3,2 milhões de dólares no início deste ano.
 
Outras empresas não-seguros também se mudaram para o mercado, como o criador da aplicação móvel Snupps ou a start-up Sureify, que oferece um guias de compra de seguros online aos clientes.
 
“As seguradoras tradicionais têm de se focar no cliente para batalhar contra a ameaça real que essas empresas representam para o seu negócio”, disse Gilda Stahl, editora sénior da The Economist Intelligence Unit. “A boa notícia revelada no nosso estudo é que as seguradoras já começaram a progredir nessa frente”.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Fundos Europeus à Espera de Orçamento Comunitário

Fundos Europeus-O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional alertou  terça-feira passada que a demora na aprovação do Orçamento da União Europeia pode atrasar a disponibilização de fundos do próximo quadro de apoio comunitário.

Em setembro, após uma reunião do Conselho de Ministros, Poiares Maduro afirmou que a abertura dos primeiros concursos do novo quadro comunitário de apoio está prevista para novembro e que os primeiros contratos de financiamento devem acontecer em dezembro. No entanto, este calendário está dependente da aprovação dos programas operacionais portugueses por Bruxelas e da dotação do orçamento comunitário.

No parlamento, ouvido pela comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e do Poder Local, Miguel Poiares Maduro destacou que Portugal está preparado para ter "5% do quadro executado" já em 2015. "Mas não depende apenas de nós", destacou, realçando que a falta de aprovação do Orçamento comunitário pode atrasar a disponibilização de fundos do Portugal 2020.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Será Uma Sorte se o Banco for Vendido por Metade dos 4,9 Mil Milhões, diz o Financial Times


Portugal-Os investidores já fizeram soar o alarme. A equipa de Eduardo Stock da Cunha que se prepare: vai ter de se esforçar para conseguir atrair ofertas públicas de aquisição superiores a 2,45 mil milhões de euros, mais de metade dos 4,9 mil milhões que o Fundo de Resolução injetou no Novo Banco, diz o Financial Times.
 
De acordo com a informação avançada pela publicação, há um investidor que afirma que os novos gestores do Novo Banco “vão ter sorte se conseguirem metade” dos 4,9 mil milhões de euros que precisam, por causa dos riscos que ainda pairam sobre o banco e das fracas estimativas para a economia portuguesa.
 
Outro especialista em banca disse à mesma publicação que o leilão sobre o banco pode nem acontecer se a instituição não conseguir atrair ofertas suficientemente elevadas. Caso o valor da venda seja inferior a 4,9 mil milhões de euros, os bancos portugueses, que fazem parte do Fundo de Resolução, vão ter de injetar o capital em falta.
“Está fora de questão que o Novo Banco possa ser vendido por um valor próximo dos 4,9 mil milhões de euros”, disse um analista do sector bancário português ao Financial Times, acrescentando que “não existe nenhum banco português que valha o valor contabilístico do seu capital social”.
Se os bancos tiverem de intervir, os contribuintes perdem dinheiro com a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal – a que dividiu o antigo BES no Novo Banco e no bad bank -, porque a Caixa Geral de Depósitos será chamada a intervir, explicou o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal no Parlamento, na semana passada.
 
Os especialistas esperam que a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha recupere parte da linha de crédito do BES Angola, no valor de 3,3 mil milhões de euros. O valor seria aplicado no reforço da capitalização da instituição, o que poderia ter um impacto “crucial” no valor da instituição.
 
Os receios dos analistas prendem-se, agora, com o número de depositantes que podem ter fugido do Novo Banco desde que foi anunciada a medida de resolução, sobretudo depois de os Certificados de Aforro terem atingido níveis recorde nos últimos meses.
 
Entre os possíveis compradores da instituição, que nasceu a 4 de Agosto de 2014, está o espanhol Santander Totta e o português Banco BPI. O processo de venda da instituição vai ser intermediado pelo BNP Paribas e o objetivo é o de que o Governo chegue a um acordo antes das eleições legislativas, agendadas para outubro de 2015.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Guiné-Bissau e FMI Concluem acordo

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Guiné-Bissau-Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu um acordo com as autoridades da Guiné-Bissau sobre um programa de emergência que poderá ser apoiado pela Facilidade de Crédito Rápido (RCF) do Fundo ao custo de três milhões e 550 mil direitos de saque especiais (cerca de dois biliões e 700 milhões de francos CFA ou cinco milhões e 400 mil dólares americanos).
 
Num comunicado a que Cirilo João Vieira teve acesso, o FMI explica que as autoridades da Guiné-Bissau e a Missão do FMI concluíram um acordo a nível dos peritos sobre um quadro macro-orçamental e um conjunto de políticas bem como medidas económicas e estruturais para  restabelecer a estabilidade macro-económica, ajudar a fazer face rapidamente às lacunas orçamentais e à balança de pagamentos e reduzir a pobreza retomando os principais serviços governamentais.
 
A missão do FMI, liderada por Félix Fischer, esteve em Bissau, a capital da Guiné-Bissau, de 15 a 25 de Setembro de 2014 e manteve discussões com o Presidente José Mário Vaz, com o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e com o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins.
 

Outros altos funcionários que se reuniram com a Missão do FMI foram João Fadia, director nacional do Banco Central (BCEAO), deputados e representantes do sector privado e parceiros de desenvolvimento.
 
"O Governo recém-eleito da Guiné Bissau herdou condições muito difíceis", declarou Fishcer, notando que o Produto Inteno Bruto (PIB) diminuiu dois porcento e a pobreza aumentou fortemente depois de dois anos de perturbações económicas, rendimentos desgastados do Governo, uma compressão nas despesas sociais e atrasos externos e internos acumulados.
 
No comunicado do fim de missão, Fisher observou que a parte da população rural afectada por uma grave insegurança alimentar na Guiné-Bissau aumentou 20 a 40 porcento.
 
Segundo o comunicado, o novo Governo de Bissau colocou títulos do Tesouro no mercado regional e começou a reconstruir as receitas públicas, o que permitiu o apuramento de todos os salários em atrasos.
 
A actividade económica deverá recuperar progressivamente dos choques internos e externos dos dois últimos anos e o PIB real deverá aumentar 2,5 porcento em 2014.
 
A inflação em Julho de 2014 foi negativa (-0,6 porcento), mas deverá tornar-se positiva no termo do ano no quadro duma retoma da procura interna.
 
"As exportações de castanhas de cajú e os preços de produção foram praticamente recuperados até agora, mas os níveis de exportação oficial são mais fracas que o ano passado devido ao contrabando acrescido através dos países vizinhos, por um lado devido a uma forte sobretaxa nas exportações de castanhas de caju destinadas a financiar um Fundo de Industrialização da Castanha Mal Gerido (FUNPI)”.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Bombardeamentos Britânicos atigem Alvos de ISIL no Iraque

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Iraque-A força aérea britânica destruiu, nos últimos dois dias, quatro alvos do ISIL, o grupo autoproclamado Estado Islâmico, no Iraque.
 
Os aviões descolam de uma base britânica, situada na ilha de Chipre, para assistir as tropas governamentais iraquianas no combate contra o ISIL.
 
“A ameaça do ISIL afeta-nos a todos. Vencer esta ameaça exige uma abordagem inteligente e paciente por parte dos países da coligação que estão juntos contra o ISIL. Neste quadro, os aviões Tornado GR4 da Royal Air Force , aquartelados aqui na base de Akrotiri, participaram e continuarão a participar no esforço da coligação para destruir o ISIL”, garante Chaz Kennett, comandante da base.
 
Desde sábado – poucas horas depois de o Reino Unido se juntar a coligação, liderada pelos Estados Unidos -, que os aviões britânicos começaram a combater no Iraque.
 
Mas Londres não prevê o envio de tropas terrestres para o terreno, como se depreende das palavras do primeiro-ministro, David Cameron, durante a conferência dos conservadores, em Birmingham: “Enquanto estou aqui a falar, há homens e mulheres ao serviço do Reino Unido a voar nos céus do Iraque. Ontem, viram ação no terreno. E vai haver tropas na linha da frente. Mas serão tropas iraquianas, curdas e sírias que lutarão pelo futuro seguro e democrático que merecem.”
 
Desde Agosto que o Reino Unido tem seis jatos Tornado estacionados em Chipre, antiga colónia britânica na qual mantém duas bases militares.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Financial Times diz que Emergentes Podem ter Futuro Turbulento

FT-O jornal Financial Times  publicou uma reportagem no último sábado (20), onde diz que os mercados estão cada vez mais conectados e que certas mudanças internas nos Estados Unidos podem influenciar em diversos locais, especialmente nos emergentes como Brasil, China e Rússia. Eles destacam um relatório do Banco de Pagamentos Internacionais, que estima que depois da crise de 2008 nos EUA, com a Falência do banco Lehman, cerca de 50 mil empresas em países emergentes sofreram quase U$ 30 bilhões em perdas. 

 “É uma lição de consequências inesperadas do mercado em um mundo altamente interconectado” diz a publicação. O FT ainda diz que analisar essa questão é particularmente oportuno porque o Federal Reserve (Fed) sinalizou esta semana planos para apertar a política monetária no próximo ano. Os Estados Unidos estão com uma política monetária frouxa, o que quer dizer que eles desvalorizam propositalmente o dólar, o que estimula a exportação, e consequentemente uma maior produção e criação de emprego.   
 
A nova política do Fed pode facilmente criar novos choques. Desde 2008, os bancos centrais mantiveram a política monetária tão frouxa que os investidores globais têm devorado ativos de mercados emergentes em busca de qualquer coisa que possa produzir retornos.
 
Isto levou a uma mudança no ecossistema de crédito: enquanto as empresas na Rússia, Brasil, China e Índia costumavam levantar fundos por meio de empréstimos dos bancos, o relatório do Banco de Pagamentos observa que eles têm cada vez mais partido para a venda de títulos para os gestores de ativos.
 
O jornal diz que isso cria um risco: quando as taxas ocidentais sobem, alguns dos fluxos de investimento em mercados emergentes poderiam ir em sentido inverso, criando reações em cadeia. Na verdade, uma versão pequena ocorreu no ano passado, quando os mercados oscilavam muito em especulações de que o Fed estava prestes a "afunilar" a sua política monetária frouxa.
 
Em um mundo interconectado choques têm o péssimo hábito de atingir onde menos se espera. A razão para esta diferença dramática é que muitas empresas têm vendido a dívida por meio de  offshore, ou seja, empresas que tem uma contabilidade num país diferente daquele que atua.
 
Para algumas empresas - por exemplo,os grupos de commodities (produtos  de baixo valor agregado, especialmente matéria prima) na Rússia, África do Sul ou o Brasil - esse descompasso importa pouco, pois têm fácil acesso a dólares. Para outros, um balanço do dólar pode representar grandes riscos, diz o jornal. 
 
Para o FT,  mercados emergentes têm enfrentado os fluxos de investimentos voláteis anteriormente e estão se tornando mais inteligentes. Um detalhe trazido pelo relatório do Banco de Pagamentos é que as empresas de mercados emergentes estão emitir títulos com prazo mais longo. Outra é que eles parecem estar usando menos dos derivativos exóticos que trouxeram prejuízo em 2008.  

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Moçambique com Inflação de 3% em 2014, Segundo a EIU

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Moçambique-A taxa de inflação média anual de Moçambique para 2014 foi revista em baixa de 3,9% para 3,0% pela Economist Intelligence Unit (EIU) que reviu em alta de 10 pontos base para 10,1% a previsão do défice orçamental igualmente para este ano.
 
A média de 3,1% registada na taxa de inflação anual em Agosto, associada a um contexto internacional caracterizado pela redução dos preços dos bens alimentares e uma quebra marginal no valor do petróleo, estará na origem da revisão, segundo sustenta a EIU na sua análise macroeconómica sobre o país relativa a Setembro.
 
O défice orçamental, por outro lado, é alvo de uma ligeira subida, passando de 10% para 10,1% do produto interno bruto (PIB), o que a organização assinala que resulta da combinação da diminuição do apoio dos doadores internacionais ao Estado e o aumento da despesa pública.

No documento, a EIU mantém em 7,3% a sua previsão sobre o crescimento económico de Moçambique em 2014, para um valor real do PIB de 16,2 mil milhões de dólares, com o sector da Indústria a registar uma expansão de 9%, o dos Serviços de 7,2% e o da Agricultura de 6%.

Quanto às exportações, a organização espera que atinjam 4,4 mil milhões de dólares em 2014, subindo gradualmente até 6,8 mil milhões em 2018, altura em que o valor das importações deverá situar-se em cerca de 12,8 mil milhões de dólares, devido à importação de equipamentos para a exploração de recursos naturais, associados sobretudo aos grandes projectos de exploraçãode recursos naturais.