quinta-feira, 31 de julho de 2014

Economia da Guiné-Bissau Deve Crescer nove Vezes Mais Este Ano Que em 2013, Estima FMI

Guiné-Bissau-O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné-Bissau cresça 2,7% este ano, nove vezes mais que os 0,3% de 2013, anunciou o chefe da missão que esteve sete dias no país.
 
"Espera-se que que a actividade económica acelere este ano, no contexto dos melhores preços de exportação de caju e do restabelecimento do apoio de parceiros internacionais", referiu
 
Maurício Villafuerte em conferência de imprensa. A missão estima que, "após um crescimento de 0,3% em 2013, o PIB alcance um crescimento de 2,7% em 2014", sublinhou. Na prática, a taxa de evolução prevista para este ano é nove vezes superior à do ano transato.
 
Um dos pontos de viragem aconteceu nas últimas semanas, com a tomada de posse de um Governo e Presidente eleitos, em substituição dos órgãos que tomaram o poder com o golpe de Estado de 2012.
 
O FMI destacou a confiança dos bancos regionais que já permitiu ao novo executivo a emissão de 22,8 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro e considera que há "uma perspetiva favorável" para se conquistar "o rápido restabelecimento do apoio dos doadores internacionais" - condição essencial para o Governo "alcançar plenas condições operacionais".
 
O executivo espera levar ao parlamento, o mais tardar em Setembro, um orçamento geral do Estado para o que resta de 2014 que, tanto o chefe de missão do FMI, como o ministro das Finanças e Economia, Geraldo Martins, querem que seja "totalmente financiável".
 
"A aprovação de um orçamento totalmente financiável para 2014 constitui um elemento decisivo para que se possa introduzir disciplina orçamental, aliada à complexa implementação de medidas que visam melhorar a gestão de Tesouraria e o controlo da execução orçamental", defendeu hoje Maurício Villafuerte.
 
Nova missão estará na capital guineense em setembro para preparar um programa de apoio ao país, depois de o último empréstimo do FMI, no valor de cerca de três milhões de euros e previsto para o período de 2011 a 2013, ter sido interrompido com o golpe militar de 2012.
 
"Para apoiar financeiramente a Guiné-Bissau, um novo empréstimo terá que ser desenhado com base no programa de médio prazo que o Governo está a preparar", referiu Maurício Villafuerte.
 
Geraldo Martins destacou que o objetivo do executivo "é ter um programa com o fundo o mais rapidamente possível", porque "os parceiros de desenvolvimento vão sentir-se mais confiantes em apoiar o país".
 
"Existem várias janelas no FMI que a Guiné-Bissau pode utilizar, vamos tentar perceber qual a que nos pode facilitar rapidamente a adoção de um programa", concluiu o ministro das Finanças e Economia.

Filha do Presidente da África do Sul Nomeada para Alto cargo no Governo

África do Sul-Thuthukile Zuma, filha do Presidente sul-africano Jacob Zuma, foi indicada recentemente como chefe de pessoal no Ministério das Telecomunicações. Com apenas 25 anos de idade, a filha do Presidente Zuma, poderá ter feito história ao tornar-se na mais jovem líder de um departamento num Ministério da África do Sul.
 
A ascensão de  Thuthukile foi meteórica, até há dois meses era uma simples funcionária pública e agora passou a ser a poderosa chefe que irá receber um salário de cerca de 1 milhão de randes por ano. Esta nomeação no novo Governo do seu pai, reeleito este ano para um novo mandato, está a levantar indignação de vários sectores por suspeita de nepotismo e de favorecimento político no Ministério das Telecomunicações e dos Correios.
 
Apesar dos Ministros gozarem da prerrogativa de nomearem sem a observância de um processo "normal", a vaga para o posto não terá sido sequer publicada em concurso público, como tem sido prática nos restantes Ministérios.
 
Thuthukile é a mais nova das quatro filhas do Presidente Zuma com a sua ex-mulher Nkosazana Dlamini-Zuma, antiga Ministra da Saúde, dos Negócios Estrangeiros e do Interior e, que agora ocupa o cargo de Presidente da Comissão da União Africana.
 
Procedimento ignorados
 
A posição de chefe do pessoal nos Ministérios sul africanos tem sido ocupada por gestores com pelo menos 5 anos de experiência de gestão. O cargo exige compreensão dos serviços ministeriais e parlamentares e também requer conhecimentos de gestão de Serviços Públicos e de Gestão Financeira.
 
A filha de Zuma licenciou-se em 2011 tendo em seguida trabalhado, ou melhor, sido voluntária do partido liderado pelo seu pai o Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês). Depois juntou-se a Agência de Segurança do Estado onde trabalhou durante menos de um ano.
 
A Universidade de Witwatersrand confirmou que Thuthukile terá feito o Bacharelato em Artes em Abril de 2011 e Licenciado-se em Antropologia em Junho de 2012.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Rebeldes Islamitas Tomaram base Militar na Líbia

 
Líbia-Numa das cidades que tem sido palco de intensos combates na Líbia, Benghazi, foi abatido um avião que participava nas investidas contra rebeldes islamistas que tomaram uma base militar. O piloto conseguiu ejectar-se. Os confrontos que antecederam a queda do aparelho fizeram mais de 30 mortos.
 
Os cidadãos estrangeiros continuam a fugir da capital, Trípoli, onde um antigo vice-primeiro-ministro foi raptado. A cidade continua sob a ameaça de uma catástrofe, com as chamas a consumirem dois gigantescos depósitos de combustível. O incêndio foi provocado pelo lançamento de um míssil. As autoridades evacuaram a zona, criando um perímetro de segurança de três quilómetros. Trípoli anunciou que aguarda a ajuda do governo italiano que deverá enviar sete aviões para combater o fogo.

EUA Anuncia Mais Sanções Contra a Rússia

EUA-O presidente norte-americano Barack Obama anunciou terça-feira última mais sanções económicas contra setores chave da economia russa.
 
Obama afirma que as sanções vão afectar o setor energético, o sector financeiro e a defesa, incluindo os bancos principais.
 
“Estamos a bloquear as exportações de produtos e tecnologias específicas para o sector energético russo; estamos a expandir as sanções para a banca russa assim como para empresas de defesa.
 
Vamos suspender o crédito que encoraja exportações para a Rússia e o financiamento de projectos de desenvolvimento económico no país. A União Europeia juntou-se a nós na imposição de sanções à Rússia. Isto não é uma nova guerra fria, trata-se de uma questão muito específica sobre a Rússia não reconhecer a vontade da Ucrânia de traçar o seu próprio destino”, afirmou Obama em Washington.
 
As sanções norte-americanas tiveram lugar após os líderes europeus terem anunciado ainda na terça-feira mais sanções contra a Rússia.
 
Os Estados Unidos e a Europa responsabilizam separatistas pró-Rússia por desestabilizarem o leste da Ucrânia assim como por abaterem um avião de passageiros que transportava 298 pessoas a bordo.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

África Sub-Sahariana: Conjuntura externa e Perspectivas Económicas da Região

África Sub-Sahariana-De acordo com o relatório World Economic Outlook de Abril,
a actividade económica global tem vindo a melhorar progressivamente esperando-se que o crescimento acelere ligeiramente em 2014-15, sobretudo impulsionado pela performance das economias avançadas. Nessa altura, o FMI antecipava que o crescimento global acelerasse de 3% em 2013 para 3.6% e 3.9% em 2014 e 2015 respectivamente, acompanhando a aceleração do crescimento da economia americana e a manutenção de um crescimento robusto por parte das economias emergentes. Este cenário deverá provavelmente vir a ser revisto em baixa, de acordo com indicações da própria instituição, reflectindo informações mais recentes, designadamente relacionadas com o comportamento pior que o antecipado da economia do Estados Unidos, desaceleração da China e desenvolvimentos desfavoráveis noutras economias emergentes (Brasil, por exemplo).
 
O pior desempenho da economia global em 2014 deverá estar relacionado com factores temporários e específicos, relacionados, por exemplo, com condições climatéricas muito adversas nos primeiros meses do ano nos EUA, antecipando- se que a dinâmica de expansão se fortaleça ao longo do segundo semestre. Todavia, continuam a existir alguns riscos de deterioração deste cenário, nomeadamente relacionados com a possibilidade de a inflação ficar aquém das expectativas nas economias avançadas e com a volatilidade nos mercados financeiros das economias emergentes resultante da retirada dos estímulos de política monetária.
 
O cenário macroeconómico para Angola está em consonância com a média regional, com o FMI a projectar um crescimento de 5.3% em 2014 e em 5.5% em 2015. O processo de desinflação deverá também continuar, estimando-se que a taxa de inflação anual caia para 7.7% em 2014 enquanto o excedente da balança corrente tenderá a diminuir. Apesar das fortes relações comerciais com a China, os riscos relativamente ao sector externo parecem não ser elevados já que se espera que a procura por petróleo por parte da China se mantenha relativamente elevada (as ligações entre os dois países são bastante evidentes – Angola exporta cerca de metade do petróleo produzido para a China, e representa o seu maior fornecedor de petróleo). Por outro lado, a actividade económica deve continuar extremamente vulnerável à volatilidade nos preços do petróleo.
 
Paralelamente, aproveitando este período de crescimento económico robusto no médio prazo, o principal desafio das economias da África Subsaariana incidirá sobre a sua capacidade de assegurar que o crescimento se torna inclusivo e sustentável. Tal como foi reconhecido neste estudo, face à melhoria das políticas macroeconómicas e à estabilidade política, muitos destes países conseguiram melhorias substanciais em termos de desenvolvimento humano (apesar de alguns destes países não terem sido capazes de atingir as metas definidas pelos objectivos de Desenvolvimento do Milénio para 2015). Por exemplo, Angola foi um dos países que mais se destacou por ter alcançado melhorias notáveis em termos de desenvolvimento humano comparando com outros países da África Subsaariana (o IDH de Angola avançou de 0.375 em 2000 para 0.508 em 2012, permitindo-lhe subir da posição 22 para 13 entre 37 países da região Subsaariana), apesar destas melhorias ainda esconderem elevadas desigualdades entre a população. Como resultado, de forma a colocar estas economias numa trajectória de desenvolvimento sustentável, estes países deveriam aproveitar esta fase de rápido crescimento para se debruçarem sobre a implementação de mudanças estruturais, tais como a melhoria da eficiência das despesas públicas e a implementação de reformas com vista à diversificação da actividade económica e ao desenvolvimento do capital humano.
 

Líbia: Combates Agravam-se, França Aconselha Cidadão a Sairem do País

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Líbia-Na Líbia, pelo menos 36 mortos é o balanço dos combates na cidade de Bengazi, no leste do país.
 
Forças especiais líbias e militantes islâmicos envolveram-se em confrontos durante a noite de sábado e  manhã de domingo. Fontes governamentais afirmam que nas últimas duas semanas pelo menos 150 pessoas morreram tanto na capital, Tripoli, como em Bengazi.
 
A actual vaga de violência está a ser descrita como a mais grave desde o conflito de 2011 que resultou no afastamento de Muamar Kadaffi.
 
Vários depósitos de combustível situados próximo ao aeroporto da capital foram atingidos por róquetes.
 
No sábado, as autoridades norte-americanas evacuaram a embaixada em Tripoli devido à escalada dos combates na capital. A França também lançou um alerta aconselhando todos os seus cidadãos a deixarem o país. A Turquia ordenou igualmente o encerramento da sua embaixada na capital.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Banco Oeste Africano de Desenvolvimento Vai Financiar Projectos na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-O Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) tem disponíveis 116 milhões de euros para aplicar em projectos na Guiné-Bissau, afirmou quinta-feira passada em Bissau o representante no país daquele banco de desenvolvimento.

À saída de um encontro com o Presidente da República, José Mário Vaz, no Palácio da Presidência, em Bissau, Kuame Armand disse que aquela verba servirá para financiar “acções de desenvolvimento” nos sectores da agricultura, infra-estruturas rodoviárias, energia eléctrica e requalificação do porto de Bissau.
 
O representante do banco africano disse ainda ter garantido ao Presidente guineense que os projectos e o financiamento dos mesmos já estão aprovados, indo-se agora entrar na fase de execução.

Com sede em Lomé, capital do Togo, o BOAD financia projectos de desenvolvimento nos oito países que compõem a União Económica e Monetária da África Ocidental: Benim, Burquina-Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.

Na quarta-feira passada, José Mário Vaz recebeu o director nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) que anunciou um empréstimo de cerca de 22,8 milhões de euros para pagamento de salários em atraso na função pública da Guiné-Bissau.