segunda-feira, 14 de julho de 2014

Presidente da Guiné-Bissau Muda-se para Palácio da presidência

Guiné-Bissau-O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, deve mudar-se da sua residência privada para o Palácio da presidência cerca de um mês após a sua investidura no cargo, disse ao Cirilo João Vieira fonte da presidência.
 
Por indicações do chefe de Estado guineense não houve nenhuma cerimónia oficial que marque a mudança, apenas um jantar informal que José Mário Vaz dará para os funcionários do Palácio e elementos do corpo de segurança. 
 
O Palácio deixou de ser utilizado desde o dia 07 de Maio de 1999 quando foi danificado, ao ser atingido pelos bombardeamentos de Junta Militar que se revoltou contra o então presidente guineense, João Bernardo 'Nino' Vieira, entretanto, assassinado no dia 2 de Março de 2009.
 
Desde então, os chefes de Estado da Guiné-Bissau usaram as próprias residências para viver uma vez que o Palácio ficou em ruínas transformando-se em poiso de morcegos e objeto de curiosidade de turistas até ser recuperado e ampliado pela China.
 
No dia 06 de Julho de 2013 o edifício, recuperado e ampliado, foi entregue com a China a gastar seis milhões de euros nas obras.
 
Desde que foi investido no cargo a 23 de Junho, o presidente José Mário Vaz vinha trabalhando na sua residência privada no bairro do Chão de Papel, onde também recebia as delegações internacionais e membros do Governo.
 
A ocupação do Palácio da presidência por José Mário Vaz marca desta forma a retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau, com a entrada em funções de todos os órgãos eleitos pelo povo.

França Anuncia Nova Ofensiva Militar em África

África-A França vai lançar nos próximos dias uma nova ofensiva militar no norte da África para combater o terrorismo em uma região mais ampla do Sahel, informou o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian, domingo último.

A França vai enviar cerca de 3.000 soldados para a região em uma missão chamada "Barkhane", que irá substituir a operação que os franceses lançaram há mais de um ano para combater o terrorismo no Mali. A França já havia dito, no início do ano, que iria lançar uma nova missão na região.

Milhares de tropas francesas foram enviadas para o Mali, em uma operação chamada "Serval", no início do ano passado, para dispersar militantes islâmicos que haviam tomado vastas áreas do país. O governo do Mali recuperou o território graças ao apoio militar francês, mas alguns grupos extremistas prometeram continuar a luta.

"O presidente da República quis reorganizar nossas tropas na área, para que possamos levar uma nova operação", disse Le Drian à rádio francesa Europe 1. O ministro disse que a França estava preocupada com a possibilidade de os jihadistas se espalhem por toda a região, aumentando a fragilidade de certos países como a Líbia.

"O objetivo é, principalmente, de contraterrorismo", disse Le Drian. A França terá apoio, na nova missão, de tropas da Mauritânia, Mali, Burkina Faso e Chade, disse o ministro. A maioria das tropas francesas projectadas para a operação já está estacionada na África, entre o Níger, o Mali e o Chade, acrescentou.

Alemanha Vai Apoiar o Benim com Noventa e cinco Milhões de Dólares- Economia


Benin-Alemanha vai apoiar, de 2014 a 2016, cerca de 95 milhões de dólares (mais de 46 biliões de francos CFA) ao Benin

Esta subvenção envolve programas de financiamento nos três polos prioritários da cooperação alemã no Benin, nomeadamente a gestão integrada dos recursos hídricos, o abastecimento de água potável e saneamento, a descentralização e desenvolvimento comunal e a agricultura, o apoio macroeconómico bem como a educação básica.



Está previsto ainda um apoio adicional não reembolsável de 40 milhões de dólares (cerca 19 biliões 700 milhões de francos CFA), igualmente concedido pela Alemanha ao Benin no quadro da execução dos programas dos setores da água e da descentralização, no quadro global da 18ª sessão das negociações intergovernamentais realizada em setembro de 2013.


Estes novos compromissos financeiros elevam assim para mil milhões de dólares (cerca de 600 biliões de francos CFA), o volume total do investimento da Alemanha no Benin desde a sua independência.



O Benin, lembre-se, é um dos principais beneficiários da Cooperação Alemã graças à sua decisão política em 1990 de evoluir para uma democracia liberal.
 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

BRASIL, RUSSIA, CHINA, INDIA e AFRICA DO SUL ESTÃO A CRIAR UM BANCO EM COMUM QUE COMPETIRÁ COM O FMI.

Brics-Os cinco países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) chegaram a um amplo consenso, segunda-feira passada, sobre a criação do banco de desenvolvimento de US$ 100 bilhões, embora algumas diferenças permaneçam, afirmou um diplomata chinês  segunda-feira passada antes da reunião de cúpula no Brasil na próxima semana. Os chefes de Estado de cada um dos cinco países que compõem o Brics virão à conferência. Paralelamente ao encontro dos chefes de estado, acontecerão eventos paralelos com autoridades do setor público e privados dos países envolvidos.

O novo banco vai simbolizar a crescente influência das economias emergentes na arquitetura financeira global, há muito dominada pelos Estados Unidos e pela Europa através do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem assinar um tratado para lançar oficialmente o banco quando se reunirem em Fortaleza (CE), no dia 15 de Julho. As negociações para criar o banco arrastam por dois anos, com alguns membros  opondo ao desejo da China de ter uma participação maior no banco, por meio de mais capital.
Um funcionário sênior do governo brasileiro havia dito em maio que as cinco nações do Brics estavam abertas a concordar em financiar o banco da mesma forma, dando-lhes os mesmos direitos. Falando a repórteres antes da cúpula, o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Li Baodong, disse que estava otimista.
– No banco de desenvolvimento dos Brics, todas as partes têm amplo consenso sobre esta questão. Claro que existem algumas diferenças e diferentes pontos de vista sobre questões técnicas. Estamos plenamente confiantes de que podemos chegar a um consenso e criar o banco de desenvolvimento dos Brics nesta reunião. “Neste tipo de problema técnico, os membros devem estabelecer um consenso através de consultas amigáveis​​ – disse Li, referindo-se à emissão de ações do banco.
O banco terá de ser ratificado pelos Parlamentos dos países e poderia começar a emprestar em dois anos, segundo informações dadas por um funcionário brasileiro aos jornalistas
Detalhes operacionais
A reunião, em Fortaleza, terá a coordenação do Gabinete do governador Cid Gomes. Ele acertou, em recente encontro com os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Justiça, Eduardo Cardozo, os detalhes operacionais e a integração das forças armadas e de inteligência estaduais e federais para a realização da VI Conferência de Cúpula do BRICS. O encontro ocorrerá no Centro de Eventos do Ceará (CEC). Paralelamente à realização da cúpula, acontecerão eventos com autoridades do setor público e privado dos países envolvidos.
Os cinco países que integram o BRICS consolidam-se como actores internacionais de crescente relevo, tanto no plano político como na área econômico-financeira. Além de definirem mais de 30 áreas de cooperação entre si, os Brics coordenam atualmente suas posições nas Nações Unidas, no G-20, no Banco Mundial e no FMI, aumentando, em função disso, a sua importância nesses foros. Todos os países do BRICS sediaram pelo menos uma Cúpula. Os encontros precedentes foram realizados em Ecaterimburgo, Rússia (2009); Brasília (2010); Sanya, China (2011); Nova Délhi, Índia (2012) e Durban, África do Sul (2013). E, em 2014, será em Fortaleza.
A ideia do Brics foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic Brics”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla Brics.
O peso econômico dos Brics é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos Brics já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os Brics respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Até 2006, os Brics não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “Brics” passou a existir um grupo que passava a actuar no cenário internacional, o Bric. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o Brics (com “s” ao final).
Como agrupamento, os Brics têm um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas actividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, os Brics têm um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.

União Europeia Envia Missão à Guiné-Bissau para Analisar Reatamento de Relações


Guiné-Bissau-A delegação da União Europeia em Bissau,  integrada por membros do Serviço Europeu de Acção Exterior e da Comissão Europeia, vai permanecer na Guiné-Bissau até hoje.

Restabelecer as relações formais com as novas autoridades guineenses é o objectivo principal da missão, que deve também contactar os responsáveis de Bissau sobre a possibilidade de ser finalizado um novo acordo de pesca com Bruxelas.

A missão tem também como finalidade avaliar com as novas autoridades guineenses quais os mecanismos para um possível apoio orçamental e as prioridades imediatas do Governo.

O representante da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, avalia em 150 milhões de dólares americanos as necessidades imediatas das novas autoridades de Bissau para fazer face aos salários em atraso na função pública e outras despesas do Estado.

Na sequência do golpe militar ocorrido em Bissau no dia 12 de Abril de 2012, a União Europeia cancelou a sua cooperação com a Guiné-Bissau, que agora pretende retomar depois da entrada em funções das novas autoridades saídas de eleições.

Entre os projectos que estavam em curso e que ficaram congelados destaca-se a reforma do sector da Defesa e Segurança.

A missão europeia deverá ser recebida pelo presidente guineense, José Mário Vaz, presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira e por vários membros do novo executivo, entre ministros e secretários de Estado.

Também manterá encontros de trabalho com os responsáveis de instituições internacionais, nomeadamente o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), entre outras.  
  

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Guiné-Bissau: PR DECRETA NOVO ELENCO GOVERNAMENTAL

Guiné-BissauO Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), publicou sexta-feira última 4 de Julho o Decreto presidencial que nomeia o novo governo constitucional da Guiné-Bissau, composto por 16 Ministérios e 15 secretarias de Estado.



O terceiro Vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde Baciro Dja vai ocupar a segunda posição do Governo liderado por Domingos Simões Pereira como Ministro da Presidência de Conselho de Ministros, Boctche Cande Ministro da Administração Interna, Mário Lopes da Rosa Ministro dos Negócios Estrangeiros, Daniel Gomes Ministro dos Recursos Naturais, Geraldo Martins Ministro da Economia e Finanças.

A pasta do Ministério da Defesa Nacional foi confiada a Cadi Mane, oficial militar de carreira, Ministro das Obras Publica José António Cruz Almeida, Ministra da Saúde Valentina Mandes, Ministra da Educação Odete Semedo, Ministro da Agricultura João Aníbal Pereira, Ministra da  Mulher, família e Coesão Social Blone Nhama Namtamba Nhasse, Ministro da Energia Florentino Mendes Pereira, Ministra da Justiça Carmelita Pires, Ministro da Comunicação Social, Ângelo Regala, Ministro da Função publica Admir Nelson Belo e o Ministro da Comercio António Serifo Embalo.

Em relação as secretarias de estado, as Governo de Simões Pereira têm como Secretário de Estado da Juventude e desportos Tomas Barbosa, Barros Bacar Bandjai Secretário de Estado de Ambiente, Vicente Fernandes Secretário de Estado do Turismo, João Bernardo Vieira Secretário de Estado de Transportes e Comunicações, Ildefonso Barros Secretário de Estado das Pescas, Idelfrides Fernandes Secretário de Estado da Cooperação, José Djo Secretário de Estado de Tesouro, Tomasia Mandjuba Secretário de Estado de Orçamento e Assuntos Fiscais, Degol Mendes Secretário de Estado de Plano e Integração Regional, Domenico Sanca Secretário de Estado da Ordem Pública, Abu Camara Secretário de Estado de Ordenamento e Administração de Território, Fernando Augusto Dias Secretario de Estado do Ensino Superior e Investigação, Domingos Malu Secretário de Estado da Gestão Hospitalar e Filipe Quisangue Secretário de Estado de Segurança Alimentar.

Neste governo integram, os partido da oposição ou seja o Partido da Renovação Social com 5 pastas, União para a Mudança, Partido da Convergência democrática e o Partido Unido Social Democrata.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sarkozy "Chocado" com Prisão Preventiva

Sarkozy-O ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy acusa o poder de instrumentalizar a justiça, na primeira entrevista concedida à televisão pública após detenção preventiva para interrogatório.
 
Sarkozy é suspeito de tráfico de influências, corrupção e violação de segredo de justiça. O regime de prisão preventiva que lhe foi aplicado é uma medida inédita para um ex chefe de Estado em França.
 
A acusação formal ocorreu depois de 15 horas de interrogatório,
nos arredores de Paris.
 
“Estou profundamente chocado com o que se passou. Não peço nenhum privilégio. Se cometi erros, vou assumir todas as consequências.” “Estas acusações são grotescas e eu vou dar-lhe a prova. Quando cheguei depois de 15 horas de interrogatório pela polícia, eu não conhecia o dossiê e concordei em responder a todas as perguntas com cuidado. Sentei-me na cadeira em frente a duas senhoras – os juízes de instrução – fui notificado das acusações sem que me tivessem colocado uma única questão”
 
A justiça tenta determinar se o ex-chefe de Estado e algumas pessoas de seu círculo próximo criaram uma “rede” de informações que o deixava a par da evolução dos processos judiciais que o envolviam entre 2007 e 2012.
 
A actual investigação pode complicar seriamente qualquer tentativa de regresso ao cenário político, nas eleições de 2017.