terça-feira, 1 de julho de 2014

Prazo para que Rússia evite sanções da UE e apoie plano de paz venceu segunda-feira

Bruxelas- O prazo fixado pela União Europeia (UE) para a Rússia apoiar o plano de paz do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e tomar medidas que diminuam a tensão no leste deste país termina segunda-feira última, e se Moscovo não avançar nada neste sentido, novas sanções podem ser impostos pelo bloco.
 
"O Conselho Europeu avaliará a situação e tomará as medidas necessárias", disse  a porta-voz comunitária de Relações Exteriores, Maja Kocijancic.
 
A UE "está pronta para implementar uma terceira fase de sanções", acrescentou, sem dar detalhes sobre quais seriam. Espera-se que as novas sanções tenham um caráter econômico, depois das já impostas a um grupo de pessoas da Rússia, Crimeia e Ucrânia.
 
A Rússia admitiu ontem que a repercussão econômica das novas sanções seria negativa. "Certamente o crescimento econômico cairia profundamente", disse o ministro russo de Economia, Alexei Uliukayev.
 
Por enquanto, a UE aplica uma série de medidas restritivas que incluem o congelamento de bens e a proibição de viajar para território comunitário a uma lista de russos e ucranianos envolvidos na crise.
 
"Estamos em contacto regular com os Estados-membros e com a Ucrânia e a Rússia", afirmou a porta-voz comunitária ao ser perguntada pela conferência telefônica de entre os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.
 
"As conclusões da cúpula (de sexta-feira passada em Bruxelas) são muito claras", a UE quer "ver quatro passos concretos".
 
Maja Kocijancic afirmou que neste momento a UE "pede a todas as partes que dêem os passos necessários para diminuir as tensões no leste da Ucrânia".
 
Os chefes de Estado e do governo da UE pediram a Moscovo na sexta passada quatro medidas: em primeiro lugar, a abertura de negociações sobre a aplicação do plano de paz do presidente ucraniano.
 
Em segundo lugar, um acordo sobre o mecanismo de verificação -supervisado pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE)- do cessar-fogo e do controle efectivo das fronteiras.
 
A terceira exigência foi o retorno ao controle das autoridades ucranianas de três pontos da fronteira com a Rússia (Izvarino, Dolzhanski e Krasnopartizansk) e, por último, que se liberte os reféns, incluídos os observadores da OSCE que continuam detidos.

Novo Primeiro-ministro da Guiné-Bissau quer Gestores Públicos Idóneos


Guiné-Bissau-O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, quer que os gestores públicos deem provas de idoneidade para desempenhar os cargos e dá-se como voluntário para ser o primeiro a fazê-lo.
 
Nomeado no passado dia 24 e com posse prevista para os próximos dias, o novo líder quer que cada membro do Governo entregue "uma relação de bens" no início de funções, para que se possa verificar se o património que possui no final do mandato seja justificado.
 
Domingos Simões Pereira quer dar o exemplo, defendendo também um "escrutínio do passado" para assegurar que cada um tem "condições morais para fazer a gestão dos bens públicos".
 
"Já pedi à Assembleia Nacional Popular (ANP) que crie rapidamente a comissão de Ética, porque acho que todos nós devemos submeter à supervisão que essa entidade entender pertinente fazer para clarificar os nossos actos", justificou.
 
A medida contrasta com a corrupção e impunidade diagnosticada por entidades guineenses e estrangeiras e verificável no dia-a-dia do país.
 
"É preciso conquistar o povo guineense para um desafio nacional e isso é um propósito perdido à partida se o povo não acreditar nas autoridades. Nós precisamos do crédito do povo da Guiné-Bissau", sublinhou.
 
Domingos Simões Pereira vai governar uma das nações mais pobres do mundo, com carências a todos os níveis e em que apesar de vários recursos naturais estarem a ser exportados, fontes estatais referem que os cofres do tesouro público estão vazios.
 
O ponto de partida para começar a governar "é fazer uma real avaliação da situação do país", para se fixarem "metas de curto prazo", num plano de emergência que o chefe do próximo Executivo quer ver pronto rapidamente.
 
Nas ruas reclama-se o pagamento de salários em atraso na função pública - seis meses, segundo sindicatos e outros organismos -, algum abastecimento de água e luz e avolumam-se as queixas pelo aumento do custo de vida.
 
"Não tenho cheques na mão, tenho promessas de abertura de diálogo e muitos parceiros disponíveis para trabalharem connosco porque acreditam no programa que apresentámos", referiu o primeiro-ministro.

França: Sarkozy Detido para o Interrogatótrio

França-O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy está detido para interrogatório sobre o alegado tráfico de influências e violação do segredo de instrução judicial.
 
É uma medida inédita para um antigo chefe de Estado francês. O investigadores tentam determinar se Sarkozy e os colaboradores montaram uma “rede” de informadores na polícia e na justiça que os mantinha ao corrente dos processos judiciais que implicavam o político conservador e Presidente francês entre 2007 e 2012. Também detidos estão o advogado de defesa Thierry Herzog e outros dois altos magistrados.
 
O nome de Sarkozy é citado em vários casos, incluindo o chamado “caso das escutas”. Os investigadores procuraram saber se o político recebeu financiamento ilegal para a sua campanha presidencial por parte da multimilionária herdeira do grupo de cosméticos L’Oréal, Liliane Bettencourt, e do deposto líder líbio Muamar Khadafi.
 
Estes desenvolvimentos podem ser um importante revês para um eventual regresso de Nicolas Sarkozy à vida política activa e também para sua força política, a União Para um Movimento Popular, UMP.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Itália Teme Introdução de Novas Sanções Contra a Rússia

Rússia-O britânico Financial Times, maior jornal de economia e negócios do mundo, publicou sexta-feira última, um artigo dizendo que a Itália está tentando retardar as tentativas dos Estados Unidos e da Alemanha em expandir as sanções contra a Rússia. Citando como fonte um diplomata não identificado, a publicação alega que a Itália tem confrontado esta questão de forma cada vez mais intensa e confiante.
 
O jornal destaca que a Ministra das Relações Exteriores italiana, Federica Mogerini, é apontada como a principal adversária do endurecimento das sanções contra a Rússia e que a sua posição recebe o apoio de países como Áustria, Espanha, Chipre, Grécia, Eslováquia, Hungria e Bulgária. Os críticos das autoridades italianas afirmam que o governo do país está especialmente preocupado de que as medidas possam prejudicar a empresa petrolífera Eni e o banco UniCredit.
 
A publicação lembrou que nos últimos dias Washington tem pressionado a União Europeia a introduzir novas sanções contra sectores inteiros da economia russa, incluindo o energético, o financeiro e de defesa. Na segunda-feira última, o Secretário de Estado adjunto norte-americano, Dan Fried, visitou Bruxelas para mostrar que os Estados Unidos estão prontos para aprovar o “terceiro pacote” de restrições contra a Rússia, mas somente se em conjunto com o bloco europeu.
 
Com a escalada do conflito na Ucrânia, a Alemanha reiterou sua posição frente à introdução de maiores sanções contra Moscovo. Segundo a fonte diplomática do Financial Times, a expansão das restrições também foi defendida sexta-feira passada, durante uma reunião da União Europeia, por Grã-Bretanha, Suécia, Dinamarca, Polônia, Romênia e países bálticos.
 
No entanto, a União Europeia também está preocupada com as possíveis consequências econômicas das sanções contra a Rússia, responsável por 30% do fornecimento de gás para a Europa. Afinal, o volume das relações comerciais entre o bloco europeu e a Federação é 12 vezes maior do que o volume de comércio entre a Rússia e os Estados Unidos.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Grã-Bretanha Emite Obrigações Islâmicas

Reino Unido-O Reino Unido tornou-se o primeiro país não muçulmano a emitir obrigações islâmicas.

Segundo constata o jornal Financial Times, os sukuk (tal é o nome dos títulos de valores em língua árabe) britânicos já têm uma procura avaliada 2 bilhões de libras esterlinas. Ao todo, foram emitidas obrigações no valor de 200 milhões, tendo a procura ultrapassado em 10 vezes a oferta. A emissão iniciará ainda antes do Ramadã.
 
Entretanto, as leis de sharia proíbem a cobrança de juros sobre os empréstimos e a participação em lucros. As obrigações sukuk se estruturam como valores que proporcionam ao comprador uma cota nos activos, obrigando a adquiri-la num prazo determinado.
 
De acordo com a agência russa Itar-Tass que cita o Departamento de Gestão da Dívida Pública da Grã-Bretanha, Robert Stheeman, as obrigações islâmicas foram emitidas em regime experimental, sendo difícil encontrar os respectivos activos. A imprensa britânica comunica que os bancos islâmicos de Londres se mostraram descontentes por não terem podido tomar conta de emissão dos títulos referidos.

Juncker Deve Ser Confirmado Presidente da Comissão Europeia

Nomeação do Juncker-Primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu opor-se a Jean-Claude Juncker caso venha a ser confirmado como presidente da Comissão Europeia.
 
Os líderes da UE reuniram-se na cidade belga de Ypres ontem e hoje onde Juncker dever ser nomeado para o cargo mais alto da UE.
“Eu não estou ainda designado presidente. Se o senso comum prevalece isso vai acontecer no final da semana. Mas parece que o senso comum é muito desigualmente distribuído, de modo que vamos ter de esperar”.
 
David Cameron isolado e frustrado pode invocar o chamado “compromisso do Luxemburgo” para vetar a nomeação do luxemburguês durante a sessão da cimeira de líderes dos 28 membros.
Estou na oposição à candidatura do Sr. Juncker; eu acho que é a abordagem errada para a Europa, eu acho que é o princípio errado. Mas vou fazer um referendo, vou renegociar e o povo britânico será capaz de decidir”.
 
Os líderes da União Europeia reuniram na Bélgica para uma cerimónia solene de comemoração do 100 º aniversário da Primeira Guerra Mundial.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Líbia: Baixa Participação nas Eleições Legislativa

Líbia-Na Líbia, a baixa participação e um ataque a militares marcaram as eleições legislativas, realizadas quarta-feira.
 
Espera-se que este acto eleitoral ponha fim à instabilidade existente desde o fim do regime de Muammar Kadhafi.
 
Em Bengasi, a segunda cidade do país, pelo menos três soldados foram mortos durante um ataque de milicianos islamitas.
 
Esta cidade, onde ocorreu em 2012 um assalto ao consulado dos EUA, tem estado sob tensão desde que um antigo comandante rebelde lançou, em Maio, uma ofensiva contra um poderoso grupo islamita, suscitando a adesão de várias unidades militares.
 
Nas últimas semanas, a Líbia tem estado a viver uma crise política, com o exercício do poder executivo disputado por dois grupos, perante um confronto entre islamitas e liberais e a violência a grassar no leste.