quarta-feira, 11 de junho de 2014

Guiné-Bissau: Procurador Geral da República da Guiné-Bissau Demitiu-se

Guiné-Bissau-O procurador geral da república cessante, Abdu Mané, alega ser justo que as novas autoridades possam escolher um novo responsável para o cargo. O novo presidente guineense, José Mário Vaz, deve tomar posse no dia 23.

Abdu Mané pediu a impugnação da candidatura de José Mário Vaz, pelo PAIGC, na corrida rumo às eleições presidenciais de 18 de Maio que este acabou por ganhar.

Supremo Tribunal de Justiça acabou por deixar passar a candidatura daquele que é conhecido como Jomav, não obstante este estar a ser investigado por alegado desvio de fundos provenientes de Angola.

Abdu Mané fora nomeado em Agosto de 2012 pelo presidente de transição, Serifo Nhamadjo, escassos meses após o golpe de Estado que derrubou o governo de Carlos Gomes Júnior, de que fizera parte José Mário Vaz, como ministro das finanças, período que estava a ser investigado pela justiça guineense.
 

Colômbia: O Govrno Abre Diálgo com Guerrilha do ELN

Colômbia-O governo da Colômbia lançou oficialmente as negociações de paz com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional. O processo vem juntar-se ao diálogo aberto há 19 meses com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, principal guerrilha do país, com o objetivo de pôr fim a um conflito que fez mais de 220.000 mortos em meio século.
 
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, defendeu que “um processo integrado de paz que inclui tanto as FARC como o ELN é a melhor garantia para as vítimas e para o país de que o conflito irá terminar para sempre e nunca será repetido”.
 
O anúncio da abertura do diálogo com o ELN foi feito cinco dias antes da segunda volta das presidenciais, nas quais Santos luta por um segundo mandato face a Óscar Iván Zuluaga, vencedor da primeira volta do escrutínio.
 
O ex-ministro e líder da formação Centro Democrático é um feroz opositor do diálogo com as guerrilhas e denuncia uma “actitude desesperada” do governo para influenciar os eleitores.

Hillary Clinton lança Livro

Hillary Clinton-Chegou às livraria nos Estados Unidos o livro de memórias da ex-chefe da diplomacia e ex-primeira-dama Hillary Clinton.
 
A obra intitulado “Hard Choices” conta seus quatro anos à frente do Departamento de Estado norte-americano. A publicação é vista como o início da pré-campanha presidencial de Hilarry.
 
São 635 páginas, os acontecimentos políticos e económicos que marcaram os quatro anos, de 2009 a 2013, em que Hillary chefiou a diplomacia americana.
 
“Eu vou decidir quando me sentir bem para me decidir. Quero passar este ano a viajar por todo o país, ajudar nas eleições intercalares no outono, apesar dos prós e os contras sobre o que vou fazer”.
 
O livro é uma espécie de resposta aos opositores republicanos, que contestam a gestão de Hillary no Departamento de Estado. Clinton, que durante os quatro anos como secretária de Estado visitou 112 países.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Angola e China a Caminho de uma Relação de Longo Prazo mais Diversificada

Angola e China -Angola e China mostram vontade de construir uma relação de longo prazo mais diversificada, com parcerias em novos sectores como a exploração mineira, agricultura ou aviação, de acordo com a Economist Intelligence Unit.
 
A vontade dos dois governos ficou patente durante a recente visita a Luanda do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que deixou “sinais de que a relação bilateral está a mudar”, numa altura em que Angola já é o principal parceiro comercial da China em África.

Durante a visita, foi anunciada a abertura de linhas de crédito no valor de 170 milhões de dólares pelo Banco de Exportações e Importações da China, para financiar a reconstrução de um empreendimento hidroeléctrico e linhas de transmissão de electricidade na província do Moxico, além de um projecto agro-industrial na província do Zaire e da construção no Lubango de um instituto de formação em gestão.

O chefe do governo chinês deixou ainda a promessa de um donativo de 28 milhões de dólares para financiar projectos de desenvolvimento não especificados em Angola, que desde 2002, segundo a EIU, já recebeu mais de 10 mil milhões de dólares em créditos da China, direccionados sobretudo para infra-estruturas.

Li Keqiang antecedeu a visita de declarações indicando que a China está a reajustar o seu envolvimento com África, deixando de se focar tanto no petróleo e outras matérias-primas tendo-se as conversações em Angola centrado em formas de “aprofundar a cooperação prática” e promover negócios “complementares”, de “alto nível” e a “longo prazo.”

Também o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, colocou a tónica nas parcerias, formação e conhecimento, levando a EIU a concluir que os dois líderes reflectiram o desejo de um novo relacionamento tendo em atenção o “crescente estatuto económico e político” angolano, crescentemente capaz de ditar “como os investidores se comportam.”

“Também indica uma abordagem de longo prazo a Angola, que sabe que, embora o seu financiamento de infra-estruturas seja actualmente o cerne da relação com a China, precisa de encontrar novas formas de abordagem a médio prazo para reter o interesse do país asiático no seu petróleo”, refere a EIU.

As empresas chinesas, adianta, estão a envolver-se mais em projectos em novas áreas, estando prevista para o final do ano a abertura de uma fábrica de cerveja em Luanda, além de vários projectos agro-industriais de grande escala liderados por empresas chinesas.

A China também já sinalizou interesse no sector mineiro e foram assinados acordos em áreas como finanças, agricultura, saúde, indústria e energia e também na aviação poderá avançar em breve um projecto a nível regional.

A China Sonangol comprou uma participação na companhia aérea da Sonangol, Sonair, e fala-se também da formação de uma companhia aérea regional baseada em Angola.

Para a EIU “é claro que a China e Angola são parceiros fortes sendo improvável que tal mude no futuro”, em que o “envolvimento económico será mais profundo e vasto”, em particular na exploração mineira e agricultura.

Porochenko Quer Pacificar o Leste da Ucrânia no Espaço de Semana

Ucrânia-O novo presidente ucraniano fixou como objetivo pôr fim aos combates no Leste do país, no espaço de uma semana.
 
Os confrontos entre militantes pró-russos e forças ucranianas fizeram mais de 200 mortos nos últimos dois meses. Os separatistas controlam Donetsk e Lugansk, as duas principais cidades da região mineira de Donbass, e uma parte da fronteira com a Rússia.
 
Preservar a unidade do país, que já perdeu em Março a Crimeia, é a principal prioridade de Petro Porochenko, que assumiu a presidência no sábado.
 
Para tentar obter um cessar-fogo, o chefe de Estado lançou negociações inéditas com a Rússia, decididas durante o breve encontro entre Porochenko e Vladimir Putin.
 
O novo presidente estendeu a mão ao leste russófono, comprometendo-se com a descentralização do poder e com a garantia do uso livre do idioma russo.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Guiné-Bissau: Presidente Recém-eleito Poderá Tomar Posse a 23 de Junho

Guiné-Bissau-O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, recentemente eleito, vai tomar posse a 23 de Junho, data concertada entre o próprio e e Serifo Nhamadjo, Presidente de transição.
                                   
Depois de assumir funções, o novo líder eleito vai dar posse ao Governo que terá como primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) - que apoiou José Mário Vaz à presidência.

Quatro dias depois de tomar posse, no dia 27 de Junho, o presidente da Guiné-Bissau desloca-se a Malabo, Guiné Equatorial, para participar na cimeira de chefes de Estado da União Africana sobre Agricultura e Segurança Alimentar.

A tomada de posse do Presidente vai acontecer 10 dias depois de empossados os novos deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP).
 
 
 
 

Bubo Na Tchuto Ex-chefe da Armada da Guiné-Bissau Assume Culpa de Narco-terrorismo

Guiné-Bissau-O ex chefe de Estado maior da Marinha guineense, José Américo Bubo Na Tchuto, confessou o seu envolvimento em redes de narco-terrorismo operando na África Ocidental. Vai colaborar com as autoridades norte americanas e, viu assim reduzida a sua pena.

José Américo Bubo Na Tchuto, antigo chefe de Estado maior da Armada guineense, foi detido a 2 de Abril de 2013, ao largo da Guiné-Bissau, juntamente com dois cúplices guioneenses: Tchamy Yala e Papis Djeme, numa cilada montada pelo Departamento de Estado Americano.

A justiça norte americana, que os acusa de narco-terrorismo a favor das Forças Armadas Revolucionárias da Colombia - FARC - e de introdução de cocaína nos Estados Unidos, pretende a colaboração de Bubo Na Tchuto e dos seus cúmplices, para desmontar redes de narco-terrorismo que operam na Africa Ocidental.

Os Estados Unidos acusam neste mesmo processo, o chefe de Estado maior general das forças armadas guineeses, general António Indjai, que liderou o golpe de Estado militar de 2012 e sempre negou qualquer envolvimento no tráfico de droga.

Este tema foi abordado com o jornalista de origem cabo verdiana e guineense Nelson Herbert, radicado nos Estados Unidos, que vem seguindo de perto este dossier, que considera que os Estados Unidos pretendem com esta medida a colaboração de Bubo Na Tchuto, para "desmontar a rede narco-terrorista e não apenas de narco-tráfico" em que ele está envolvido e desmantelar as células da rede terrorista existente na Guiné-Bissau e noutros países da África Ocidental.