terça-feira, 29 de abril de 2014

Economist Prevê que Economia Moçambicana Cresça 7,3% em 2014



Moçambique-A economia moçambicana vai registar um crescimento de 7,3% em 2014, devendo fechar o ano com um défice orçamental equivalente a 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB), prevê a Economist Intelligence Unit (EIU), num relatório recente sobre o país.
 
Menos optimista do que o Fundo Monetário Internacional, que apontou, em Março, uma taxa para a expansão do PIB moçambicano de 8,3%, a EIU mostra-se também mais moderada nas suas previsões para 2015, anunciando um crescimento da economia de 7,6%, abaixo da previsão de 7,9% avançada pela organização financeira.

Considerando o recente encaixe extraordinário de cerca de 300 milhões de dólares, resultante da tributação de mais-valias pelo Estado moçambicano à alienação de parte do capital (10%) que o grupo petroquímico norte-americano Anadarko Petroleum detém no projecto de exploração de hidrocarbonetos da bacia do Rovuma, a EIU reviu de 9,9% para 9,2% a sua previsão para o défice orçamental do país em 2014.

No relatório, a organização estima que a inflação média anual se situe em cerca de 4%, devendo acelerar para 4,7% no próximo ano, acompanhando a tendência dos preços internacionais do petróleo.

Notando que as exportações anuais de alumínio da multinacional Mozal vão rondar 1100 milhões de dólares até 2018, a EIU sublinha, no entanto, que o carvão deverá, já a partir de 2015, ultrapassar a posição de liderança que esta matéria-prima tem ocupado no sector exportador.

A organização baseia-se na garantia de que a linha de caminho-de-ferro do Corredor de Nacala, que vai ligar a região carbonífera de Tete ao porto de Nacala, numa extensão de mais de 900 quilómetros, entre em funcionamento no próximo ano, o que irá possibilitar exportações de carvão de cerca 22 milhões de toneladas até 2018, com receitas estimadas de cerca de 3100 milhões de dólares ao ano.

No que se refere ao período compreendido entre 2016-2018, a EIU estima que a economia moçambicana cresça a um ritmo médio anual de 7,8%, suportado por grandes investimentos na área de infra-estruturas e nos grandes projectos de exploração de recursos naturais, sobretudo com o início da construção de unidades de liquefacção de gás natural no norte do país.

No documento, prevê-se ainda a redução do défice orçamental para 7,1% durante essa altura, embora a EIU alerte para o facto de a dívida pública poder alcançar cerca de 50% do PIB, risco este que poderá ser agravado pelas reduções nas verbas atribuídas pelos doadores internacionais ao Orçamento do Estado moçambicano.

Guerra Contra a Pobreza na África

Guerra contra a pobreza na África
África-Dividido em 54 países, o continente africano é reconhecido pela sua grande diversidade, que vai desde as características naturais até as sociais e históricas. A África é atravessada pelo meridiano de Greenwich, pela linha do Equador e pelos Trópicos de Câncer e de Capricórnio, ocupando uma posição singular no mapa do mundo.

Guerras, epidemias, pobreza e fome


Embora possua uma grande diversidade natural e as famosas savanas (tipo de vegetação dispersa, constituída por árvores de médio porte, grande porte e campos naturais que oferecem condições de sobrevivência para mamíferos como girafas, leões e outros), o continente também possui um quadro adverso: 1/3 de suas áreas são desérticas, destacando-se o Deserto do Saara, o Deserto da Namíbia e o Deserto do Kalahari, e de florestas impenetráveis, Além disso, tem o título de pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o maior Índice de Pobreza Humana (IPH) do mundo. Isso significa que o continente africano possui o menor PIB per capita, as mais elevadas taxas de analfabetismo, de subnutrição, mortalidade, natalidade, mortalidade infantil e de crescimento demográfico.
 
Em países como a Somália, Etiópia e Sudão, a população convive com as doenças e a fome; e as guerras civis são comuns em alguns países.

 

Economia de subsistência


A maioria dos países africanos vive da economia de subsistência com um baixo rendimento, passando fome no intervalo entre duas colheitas. Além de problemas como a fome e guerras, há um grande problema na área da saúde com a propagação de epidemias. Uma das doenças mais alarmantes no continente é a AIDS(sida): há duas décadas, mais de 23 milhões de casos em uma população de 760 milhões de pessoas, cerca de 71% dos portadores do vírus HIV vive na região. A malária é outra doença que provoca muitas mortes na África, sendo que cerca de 90% dos casos mundiais da doença ocorre na África Subsaariana. Além dessas doenças, o continente africano tem um número elevado de casos de meningite e tuberculose. Após a descolonização, as guerras civis tornaram-se constantes no continente. Por ser um continente rico em minerais, ouro, petróleo e outras riquezas naturais, a África foi bastante explorada por potências mundiais, além de ter sido fornecedora de mão de obra.

 

Condições de vida


Um dos problemas históricos mais notáveis no continente africano é o apartheid, com a discriminação e segregação dos povos. No continente africano existem faltas de condições de vida em diversas áreas, como na área de saúde, comunicação, comércio, educação, alimentação e moradia. A intervenção humana é também uma grande causadora da pobreza e fome no continente: a escassez de alimentos e falta de água são agravados pela instabilidade política, com políticas agrárias ruins e uma má administração dos recursos naturais. Por todas estas razões, a África é um continente que vive constantemente em guerra contra a pobreza.

Violência na Região Leste da Ucrânia

Ucrânia-Em Donetsk militantes pró-russos atacaram uma manifestação de apoiantes do governo de Kiev.
 
Cerca de mil manifestantes que durante uma marcha no centro da cidade defendiam a unidade da Ucrânia, e militantes pró-russos envolveram-se em confrontos, apesar da tentativa da polícia para os separar.
 
Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, entre as quais um jornalista. O presidente pró-russo da câmara de Kharkiv foi gravemente ferido a tiro por desconhecidos. Segundo agências locais, Guennadi Kernes foi atingido a tiro nas costas e submetido a uma intervenção cirúrgica delicada. As autoridades estão em campo para apurar o autor ou autores do atentado.
 
O edil de 64 anos é membro do Partido das Regiões, que já foi liderado pelo deposto Viktor Ianukovich. O secretário-geral da ONU exigiu a libertação imediata dos observadores da OSCE raptados na sexta-feira por separatistas pró-russos que os classificaram como “prisioneiros de guerra” e pretendem trocá-los por detidos pelas autoridades de Kiev. Um observador foi libertado na noite de domingo, por razões de saúde.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Crescimento de 5,5% na África Subsariana está Sujeito a Riscos - FMI

FMI-O Fundo Monetário Internacional considerou que a previsão de crescimento para a África subsariana está mais sujeita a riscos do que no passado recente, mas mantém a estimativa de uma expansão de 5,5% do PIB.
 
Na apresentação do relatório 'Regional Economic Outlook' - Perspetivas Económicas Regionais, em Washington, a directora do departamento africano, Antoinette Sayeh, disse que "a perspetiva está, no entanto, sujeita a mais riscos do que no passado recente" e explicou que "alguns dos factores que suportavam o crescimento na região começaram a enfraquecer".
 
Entre eles, os economistas do FMI destacam a desvalorização do preço das matérias-primas e as condições financeiras mundiais mais apertadas, que aumentam os custos de empréstimos financeiros que muitos países africanos têm de suportar: "Se estas tendências continuarem, provavelmente vão dificultar o crescimento em muitos países da região."
 
De acordo com a responsável pela análise do FMI à África subsariana, é preciso uma atenção maior à "sustentabilidade da estabilidade macro-económica que suportou as altas taxas de crescimento nos últimos anos" e é necessário aumentar o foco nos défices das contas públicas, que são "elevados tendo em conta as fortes taxas de crescimento e os preços das matérias-primas, ainda altos".
 
Apesar de os desequilíbrios nas contas públicas serem, em muitos casos, justificados pelo elevado nível de despesa pública financiado com recursos a empréstimos com taxas de juro muito baixas ou alicerçados em maturidades bastante alargadas, "nalguns casos tem havido uma marcada expansão dos défices orçamentais devido a fortes aumentos na despesa corrente".
 
No geral, conclui a diretora do FMI para África, o impacto destes "ventos negativos na actividade da região deverá ser limitado na maioria dos países", mas "não há espaço para complacência". A política orçamental precisa de estar mais ligada ao ciclo económico, "e, quando o crescimento está a correr bem, tem de se conter e gradualmente reduzir os défices, com particular ênfase na correcta aplicação das receitas fiscais".
 
O relatório divulgado em Washington mantém os mesmos números apresentados a 8 de Abril no World Economic Outlook, prevendo que Angola cresça 5,3% este ano, acelerando para os 5,5% no próximo ano, depois de ter crescido 4,1% em 2013.
 
O crescimento previsto pelo FMI para Angola é, aliás, o mais baixo no grupo de países que são exportadores de petróleo, com exceção da GuinéEquatorial, que deverá continuar em recessão acentuada neste ano e no próximo ano (2,4 e 8,3%), respetivamente.
 
O grupo de países africanos exportadores de petróleo deverá crescer, em média, 6,7% neste e no próximo ano, liderado pela Nigéria, cuja economia deverá expandir-se perto de 7% neste e no próximo ano.
 
Moçambique, por seu turno, deverá ver a sua economia expandir-se em 8,3% em 2014 e abrandar ligeiramente para 7,9% no próximo ano.
 
Cabo-Verde deverá crescer 3% este ano e 3,5% em 2015, ao passo que a Guiné-Bissau registará crescimentos na ordem dos 3% e 3,9% neste e no próximo ano, bem abaixo de São Tomé e Príncipe, cuja previsão de crescimento do FMI aponta para 5% e 5,5% no mesmo período.

Tecnologias Agilizam os Governos e os Cidadãos-Diz Estudo

 
 
Economist Intelligence Unit-As organizações governamentais são pouco pressionadas para se adaptarem às novas tecnologias, segundo a Economist Intelligence Unit, que diz haver falta de urgência nesta adopção. O seu impacto, contudo, beneficia cidadãos e entidades governamentais
 
A Economist Intelligence Unit divulgou os resultados do seu novo estudo - O Desafio da Rapidez -, onde concluiu que as organizações governamentais não estão a ser suficientemente encorajadas para se adaptarem às novas tecnologias. O estudo foi patrocinado pela Ricoh e baseou-se num inquérito a 461 executivos sénior europeus, de vários sectores e dimensões.
 
As conclusões também sugerem que o recrutamento de novos colaboradores e a melhoria dos processos documentais são essenciais para a evolução das organizações. Dois terços dos executivos governamentais reconhecem que é necessário mudar mais rapidamente nos próximos três anos, mas apenas 27% dos inquiridos sente uma pressão pouco significativa (ou externa) para se adaptar rapidamente a estas mudanças necessárias. Em contrapartida, 55% não prevê grandes problemas relacionados com a tecnologia durante os próximos três anos, comparativamente a apenas 29% dos executivos de todos os sectores.
 
Apesar desta aparente falta de pressão de adaptação, o relatório também indicia que os últimos três anos foram palco para mudanças impulsionadas pela tecnologia: cerca de 71% dos executivos - uma percentagem significativa - admite ter enfrentado mudanças na forma como trabalham causadas pelas tecnologias.
 
Áreas de mudança nos próximos três anos
 
O universo de executivos inquiridos pretende melhorar a sua “agilidade organizacional”, mas também considera que o recrutamento de novos colaboradores (45%) e a melhoria dos processos empresariais (44%) são as duas principais áreas onde vão ocorrer mais mudanças ao longo dos próximos três anos.
 
"A identificação das mais importantes áreas de mudança e as experiências anteriores de problemas relacionados com tecnologia são positivas para os governos europeus, pois aproximam-se mais mudanças", afirma Carsten Bruhn, vice-presidente executivo da Ricoh Europa. "As metas do governo electrónico da União Europeia estão definidas: indicam que 50% dos cidadãos e 80% das empresas interagirão digitalmente com o governo até 2015. A taxa de adopção digital mais recente, medida em 2012, era de 44%.
 
Portanto, o progresso é positivo e pode ajudar a explicar porque é que os executivos do governo não sentem uma pressão extrema nem esperam mais transtornos significativos”.

Activistas Denunciam Terceiro caso de Guineenses mortos ou Desaparecidos em Angola

Guiné-Bissau-O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, disse que subiu para três o número de casos de guineenses mortos ou desaparecidos em Angola em circunstâncias por apurar.
 
Mamadu Bobo Baldé, 45 anos, foi detido a 11 de Março pelas autoridades angolanas e 12 dias depois encontrado morto na cela de uma esquadra de polícia, adiantou a LGDH com base em informações de familiares.
 
A vítima era um engenheiro civil guineense que residia com a família em Portugal e fazia prospeção de negócios em Angola, onde as autoridades dizem que a morte foi causada por malária cerebral, acrescentou.
 
No entanto, a Liga queixa-se de o caso não estar esclarecido e de haver indícios de violação dos direitos humanos. A situação junta-se à da morte em circunstâncias por explicar de António Maurício Bernardo numa das celas na 23ª esquadra da Polícia Nacional de Angola a 19 de Março.
 
Está igualmente por apurar o desaparecimento desde Julho de 2012 da jornalista Ana Pereira, conhecida por Milocas.
 
Estes dois últimos casos já tinham sido recordados pela LGDH numa carta aberta dirigida a 28 de Março ao Procurador-Geral da República (PGR) de Angola e em que o organismo pediu a abertura de "inquéritos urgentes, transparentes e conclusivos" sobre as situações.
 
"Até hoje não houve reação", lamentou Luís Vaz Martins. A sequência de casos pode indiciar "uma espécie de perseguição aos cidadãos guineenses em Angola, eventualmente por parte das autoridades, que fazem as detenções, e outras forças ocultas naquele país", acrescentou.
 
Face ao cenário, o presidente da LGDH considera que as autoridades deviam assumir "uma posição musculada" para resolver os casos e afastar "qualquer responsabilidade que possa depois ser imputada ao próprio Estado angolano".
 
Uma "angústia muito grande" enche os dias de Zaida Pereira, residente em Bissau, irmã da jornalista guineense desaparecida há quase dois anos.
 
"Todas as hipóteses continuam em aberto. Gostávamos de saber como obter informação, qualquer coisa, do lado de Angola" sobre o paradeiro de Ana Pereira. "É como se se tivesse aberto um buraco e ela tivesse desaparecido", acrescentou Zaida.
 
A antiga jornalista da Rádio Difusão Nacional e proprietária de um jornal em Bissau é conhecida de Mamadu Candé, presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau, que aponta o dedo ao próprio país.
 
"Há uma fraca intervenção das autoridades de transição", referiu.Quem devia estar mais implicado nisso eram os responsáveis guineenses, mas há lentidão e desinteresse", concluiu.

Há mais Telemóveis em África que nos Estados Unidos e Europa.

África-Há mais telemóveis em África do que nos Estados Unidos e na Europa, segundo um relatório do Banco Mundial.
 
Em alguns países africanos, há mais pessoas com acesso a um telemóvel do que a água potável ou até eletricidade ou outros bens indispensáveis à sobrevivência.
 
Todavia, segundo o mesmo relatório, estes aparelhos são essenciais para o desenvolvimento do continente africano, nomeadamente compensando a falta de infra-estruturas, daí que estejam a ter uma grande utilização para aceder através da Internet a serviços governamentais.
 
Nos últimos anos, África teve um grande crescimento na utilização das novas tecnologias. Várias operadoras móveis tiveram grande sucesso, entre elas a Vodafone, com receitas superiores a mil milhões de euros. Prevê-se que até 2020 o volume de negócios do ramo das telecomunicações quase quadruplique, atingindo 230 mil milhões de dólares. Está previsto em 2015 África investir nesta área 145,8 mil milhões de dólares que irá representar dois terços de todo o investimento em telecomunicações.
 
As telecomunicações, ao mesmo tempo que empregam 5 milhões de pessoas, apresentam um outro contributo para o mundo empresarial, pois substituem vários serviços, incluindo transações bancárias, jornais, jogos, entre outros.
 
Esta notícia despertou-nos a atenção pelo grande avanço tecnológico que o continente africano revelou, apesar de ter muitos países subdesenvolvidos.
 
Muitos são os aspetos positivos que podemos identificar, designadamente o acesso à informação. Mas continua a impressionar a falta de acesso a água potável e à energia elétrica. Efetivamente, a escassez da água continua a ser um drama. Segundo um estudo da Unicef comprova,  a média de consumo de água por pessoa é de dez a quinze litros por pessoa. Já em Nova Iorque, o consumo da água é em abundância – cada pessoa gasta em média 500 litros por dia.
 
Estes dados comprovam que existe um grande desequilíbrio entre as sociedades. Esperemos que África também possa ter um dia a capacidade de aceder à água como tem à nova tecnologia.