segunda-feira, 21 de abril de 2014

Guiné-Bissau: PAIGC ganha deputados da diáspora

Guiné-Bissau-O PAIGC conquistou os dois deputados eleitos pela diáspora nas eleições legislativas de domingo passado. O anúncio foi feito pela Comissão Nacional de Eleições. Assim sendo, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) terá uma maioria absoluta de 57 deputados na Assembleia Nacional Popular, o Partido da Renovação Social (PRS) fica com 41 deputados, o Partido da Convergência Democrática com dois, o Partido da Nova Democracia com um e também com um deputado fica a União para a Mudança.
 
Sem surpresa o PAIGC conquistou os dois deputados eleitos pelo círculo da emigração, África e Europa, na votação de domingo passado dispondo agora de uma maioria absoluta no novo Parlamento guineense com 57 dos 102 asssento. A indicação dos resultados dos dois círculos, tinha sido protelada no dia do anúncio dos resultados nacionais, na quarta-feira passada, tudo porque ainda estava por se apurar que partido tinha conquistado os dois círculos.

Na conferência de imprensa realizada pela Comissão Nacional de Eleições foi também anunciado que nas eleições presidenciais o candidato independente Paulo Gomes foi o mais votado pelo círculo da Europa e o candidato José Mário Vaz, do PAIGC, ganhou no círculo de África.

José Mário Vaz deve disputar a segunda volta das eleições presidenciais contra o independente Nuno Nabiam, apoiado por várias figuras do PRS, ao que tudo indica a 18 de Maio.

Fonte da CNE disse à Cirilo João Vieira que os resultados definitivos das eleições legislativas e da primeira volta das presidenciais serão divulgados na terça-feira. Tudo indica que não deverá existir alterações significativas dos resultados.

Mais de 600 mil angolanos ilegais serão expulsos da África do Sul

Angola-O Executivo ainda não reagiu, formalmente, à provável expulsão dos angolanos em situação ilegal na África do Sul, mas tudo indica que 600 mil cidadãos correm o risco de serem afectados pela medida anunciada recentemente.
 
Da África do Sul, chegam informações de que grande parte das pessoas atingidas por essa decisão é familiar dos ex-guerrilheiros que pertenciam ao então Batalhão Búfalo e que outras são de antigos oficiais e militares da UNITA que residiam na base do Rundu, na Namíbia. Internamente, o director-adjunto do Instituto de Reinserção Social dos Ex-Militares (IRSEM), Amílcar Chiva, disse ao Agora que a sua instituição está pronta para receber e reinseri-los na sociedade, através de projectos já em gaveta no seu sector, mas adiantou que, primeiro, deve ser o Ministério das Relações Exteriores a intervir e, posteriormente, o da Defesa.
 
Só assim será chamado o IRSEM. Por seu turno, o secretário-geral do MIREX, Eduardo Beny, revelou que a sua instituição fez o que devia e que agora o processo está a ser tratado junto do Ministério da Reinserção Social (MINARS).
 
Segundo dados da Associação dos Refugiados na África do Sul, a situação está a tender para grave, na medida em que alguns angolanos correm o risco de sair do país apenas com a roupa do corpo.
 
As autoridades sul-africanas dizem não temer medidas de retaliação que o Executivo Angolano possa eventualmente decretar contra os compatriotas de Zuma, igualmente em situação ilegal de residência em Angola.
 
No pretérito dia 9 de Abril, o Conselho dos Direitos Humanos pediu às autoridades dos dois estados para encontrarem mecanismos que garantam maior segurança aos angolanos que venham a ser expulsos, sendo que as autoridades sul-africanas foram peremptórias e alertaram que todos os angolanos que forem encontrados em situação migratória ilegal serão detidos e expulsos do país.
 
Refira-se que a decisão surge depois de as autoridades sul-africanas terem suspenso o estatuto de refugiados aos cidadãos angolanos, após dois períodos de moratória, duran- Antigos efectivos do Esquadrão Búfalo.
 
 Mais de cinco mil angolanos receberam os seus passaportes para regressar a Angola, mas a maioria optou pela permanência.
 
A embaixadora angolana acreditada na África do Sul, Josefina Pitra Diakité, foi igualmente citada pela imprensa como tendo admitido dificuldades em apoiar os cidadãos visados pela nova medida dos sul-africanos, por não estarem registados tanto pela embaixada como pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados ou ainda pelo governo do país acolhedor.
 
A diplomata disse desconhecer o número total de angolanos em situação irregular, mas deu conta que está em curso um processo de cadastramento em colaboração com o Ministério do Interior da África do Sul.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Risco da Recessão na Rússia



Rússia-A economia russa desacelera e as autoridades já não escondem a preocupação. No primeiro trimestre, o PIB contraiu 0,5% face aos três meses precedentes. É a primeira desaceleração desde a crise de 2009. Em termos anuais, o crescimento foi de 0,8%.
 
A crise na Ucrânia exacerbou os problemas internos, tais como a ausência de reformas, a elevada corrupção, a falta de investimento em infra-estruturas e os elevados custos dos Jogos Olímpicos. E o rublo sofreu uma forte desvalorização.
 
Os números foram anunciados pelo ministro russo da Economia. No parlamento, Alexei Ulyukayev defendeu: “Aos fatores internos, juntaram-se incertezas nos mercados financeiros, importantes fugas de capitais e reticências dos investidores em tomar decisões, tendo em conta a situação internacional, que se deteriorou nos últimos meses”.
 
Na semana passada, o Kremlin baixou a previsão de crescimento de 2,5% para uma fasquia entre 0,5% e 1,1%. E o FMI cortou a estimativa de 2014 em seis décimas para 1,3%. O cenário pode ainda agravar-se com eventual reforço de sanções europeias e norte-americanas.
 
Entre Janeiro e Março, o fluxo de capitais da Rússia atingiu cerca de 45 mil milhões de euros, tanto como o valor perdido no conjunto de 2013. Os analistas evocam o risco de recessão este ano, apesar dos elevados preços do gás e do petróleo, que são a base das exportações do país.

Eleições na Guiné-Gissau: JOSÉ Mário Vaz e Nuno Gomes Nabian na Segunda Volta



Guiné-Bissau-JOSÉ Mário Vaz, candidato do PAIGC, e Nuno Nabian, candidato independente, vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Nas eleições legislativas, o partido africano para a independência da Guiné e cabo verde (PAIGC) venceu, conquistando a maioria absoluta, com 55 dos 102 lugares da assembleia nacional popular.
 
Os resultados provisórios foram anunciados ao início da noite por Augusto Mendes, presidente da comissão nacional de eleições (CNE), numa cerimónia num hotel de Bissau sob um forte dispositivo de segurança, com homens armados a guardar todo recinto.
 
O acto eleitoral decorreu no domingo e estão ainda por apurar os votos da diáspora, correspondentes a 22.312 eleitores, que elegem dois deputados - dados que segundo Augusto Mendes serão divulgados dentro de 48 horas. A segunda volta das eleições presidenciais está marcada para 18 de Maio.
 
O presidente da CNE divulgou os seguintes resultados provisórios das Eleições Presidenciais:
 
José Mário vaz, PAIGC: 252.269 votos - 40,98%
 
Nuno Gomes Nabian, Independente: 154.784 votos - 25,14%
 
Paulo Gomes, Independente: 60.783 votos - 9,87%
 
Abel Incada, PRS: 43.293 votos - 7,03%
 
Iaia Djaló, PND: 28.068 votos - 4,56%
 
Ibraima Sori Djaló, PRN: 19.209 votos - 3,12%
 
Afonso Té, PRID: 18.398 votos - 2,99%
 
Hélder Vaz, RGB: 8.516 votos - 1,38%
 
Domingos Quadé, Independente: 8.432 votos - 1,37%
 
Aregado Mantenque, PT: 7.105 votos - 1,15%
 
Luís Nancassa, Independente: 6.815 votos - 1,11%
 
Jorge Malú, Independente: 5.946 votos - 0,97%
 
Cirilo Rodrigues, PS-GB: 2.036 votos, 0,33%
 
Total de votos: 615.654
 
Com base nestes dados e no total de eleitores recenseados (775.508), a taxa de participação foi de 79,38 por cento.
 
Augusto Mendes divulgou também o número de mandatos conquistados por cada partido na Assembleia Nacional popular:
 
PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - 55 deputados
PRS - Partido da Renovação Social - 41 deputados
PCD - Partido da Convergência Democrática - 2 deputados
PND - Partido da Nova Democracia - 1 deputado
UM - União para a Mudança - 1 deputado
 
Na declaração, o Presidente da CNE acrescentou que o povo guineense "fez história e deu um sinal claro de um novo envolvimento, activo e participativo" nos destinos da nação.



 

Lucros da Google Desiludem


Google-A Google anunciou perto de 3500 milhões de dólares de benefício (lucro) líquido entre Janeiro e Março, mais 3% do que no mesmo período do ano passado. No entanto, os resultados ficaram aquém das expectativas dos analistas e as ações da empresa californiana registaram perdas da ordem dos 6% na bolsa de Nova Iorque.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Relatório Aponta que os Negros Ocupam Menos de 20% de Cargos de Direcção na “África do Sul”

África do Sul-A “Comissão para a Equidade no Emprego”, organismo sul-africano criado para assessorar o “Ministério do Trabalho” na implementação do “Employment Equity Act”, revelou em seu último Relatório[1] que os negros ocupam na “África do Sul” menos de 20% dos cargos de direcção, duas décadas depois do fim do Apartheid.
 
O Documento constata que existe ainda uma tendência “chocante e contraditória[1] em termos de promoção de grupos designados para ocupar cargos de alto nível. De acordo com o Relatório, os brancos ocupam 62% dos cargos de direcção, contra 19% para os negros, 8% para os índios, 5% para os mestiços e 4% para os cidadãos estrangeiros. Em relação a representação de gênero e de condição física, 79,4% dos cargos de direcção são ocupados por homens e 20,6% por mulheres. No caso dos deficientes, eles ocupam apenas 1,5% dos cargos.
 
Para a ministra do trabalho da África do Sul, Mildred Oliphant, estes resultados revelam que há ainda muito por fazer para melhorar a equidade social, bem como a equidade em matéria de emprego. A Ministra declarou: “Há ainda um longo caminho a percorrer na África do Sul para avançar. Demo-nos as mãos para que a África do Sul se torne um país próspero, pacífico, não sexista e não racial[2].

GUINÉ BISSAU - Os Bispos na Vigília das Eleições: Votar para Quem Promove o Bem Comum

Guiné-Bissau-“O voto que expressa uma maturidade política e moral dos cidadãos é um voto responsável”: é o que afirmam os Bispos da Guiné-Bissau numa mensagem publicada por ocasião das eleições presidenciais e legislativas que se realizam no domingo, 13 de Abril.

 
Na mensagem, são propostas algumas indicações para a escolha dos candidatos: “Através das eleições, o povo escolhe como seu legítimo representante um cidadão que seja: respeitoso dos direitos humanos; engajado politicamente a favorecer o interesse coletivo; humanamente sábio e moralmente honesto, capaz de diálogo e de equilíbrio”.
 

Os Bispos pedem aos políticos que respeitem as aspirações profundas do povo, traduzindo-as em programas realísticos; lançam um apelo aos militares para que defendam a pátria e a população; convidam os cidadãos a não venderem o próprio voto e pedem à comunidade internacional que continue a ajudar a Guiné-Bissau.