quarta-feira, 9 de abril de 2014

Guiné-Bissau: Vinte e Três Observadores da União Europeia chegaram à Guiné-Bissau terça-feira Passada



Guiné-Bissau-Vinte e três elementos da missão de observação eleitoral da União Europeia chegaram à Guiné-Bissau terça-feira passada, devendo partir no dia a seguir para o terreno.
 
Na nota a que Cirilo João Vieira teve acesso, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) informa que chegaram na terça-feira última, receberam uma formação no mesmo dia sobre a realidade eleitoral e situação sociopolítica do país e no dia a seguir partem para as regiões.
 
Os 23 elementos, integrantes da missão de observação eleitoral de curto prazo, juntam-se aos 16 de longo prazo que já se encontram no terreno desde o passado dia 26 de Março, lê-se na nota.
 
Ao lado dos observadores de longo prazo os 23 elementos vão observar o andamento da campanha eleitoral, os preparativos para as eleições, a votação, a contagem dos votos e o apuramento dos resultados, adianta ainda a nota informativa.
 
Ainda no decorrer da mesma semana chegaram à Guiné-Bissau quatro elementos do Parlamento Europeu que se vão juntar aos outros que se encontram no país . No total serão 49 elementos da missão europeia que já estão no país a convite da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau para uma análise a todo o processo para que decorra de forma imparcial e equilibrada.

PRESENÇA EM 90 PAÍSES, COM AMÉRICA LATINA E ÁFRICA A REPRESENTAR 60% DAS VENDAS


Holcim e Lafarge criam gigante do cimento(Fusão ou Concentração)-Grupo suíço/francês venderá US$ 44 bilhões e no Brasil será a terceiro maior produtor

A suíça Holcim divulgou segunda-feira última um acordo envolvendo apenas ações para comprar a francesa Lafarge, criando a maior fabricante de cimento do mundo, com vendas combinadas de US$ 44 bilhões.

As parceiras fecharam o acordo como uma fusão de iguais, em que os acionistas da Lafarge receberão uma ação da Holcim para cada papel da Lafarge que possuírem, com o grupo resultante da operação sediado na Suíça e listado em Zurique e Paris.

Acúmulo de dívida

A nova companhia terá o controle acionário dividido com uma fatia de 53% para a Holcim e 47% para a Lafarge, disseram as empresas em uma apresentação virtual conjunta, na seqüência do anúncio na sexta-feira de que mantinham negociações, com um acordo sendo fechado durante o fim de semana.

Tanto a Lafarge quanto a Holcim sofrem com investimentos que não produziram os resultados esperados. Ambas acumularam uma dívida considerável para se expandir globalmente, mas foram golpeadas pela crise imobiliária norte-americana em 2008 e a crise da dívida soberana da Europa, que teve um profundo impacto sobre seus negócios, particularmente nos países mais atingidos do sul da Europa.

As empresas também enfrentam uma desaceleração da actividade de construção em alguns países em desenvolvimento, onde investiram pesadamente.

Mundo árabe

A Lafarge foi ainda atingida pela turbulência no mundo árabe em 2011 e 2012, já que tinha feito altas apostas no mercado do Oriente Médio, com a compra da empresa egípcia Orascom Cement.

Com o novo acordo de fusão, ambas poderão compartilhar fábricas, coordenar a produção e fortalecer suas margens de lucro. A fusão também permitiria que a empresa resultante corte custos mais rapidamente.

90 países

O grupo resultante da fusão estará presente em 90 países, com os mercados emergentes como a América Latina e África a representar 60% das vendas, mas com nenhum país, individualmente, a responder por mais de 10%.

“O novo grupo vai oferecer maior crescimento e baixo risco, criando, portanto, mais valor”, disse o presidente-executivo da Lafarge, Bruno Lafont, que irá se tornar presidente da Lafarge-Holcim.

As empresas acrescentaram com a fusão, uma economia anual de 1,4 bilhão de euros após três anos, graças a economias de escala, maior eficiência operacional e redução de custos de financiamento.

Reguladores

O negócio deve atrair escrutínio de reguladores antitruste, com analistas do UBS apontar potenciais questões em mercados chave, incluindo Brasil, Canadá , Equador, França, Reino Unido, Estados Unidos, Marrocos e Filipinas.

“Dado o número de possíveis problemas e soluções necessárias, esperamos um longo processo de aprovação, possivelmente levando até dois anos”, escreveram analistas do UBS.

A fusão dos dois grupos criará a terceira maior produtora de cimento do Brasil em um momento em que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se posiciona para impor medidas punitivas, que incluem multas bilionárias e venda de activos, contra o que considera como prática de cartel pelo setor no país.

Segundo dados mais recentes do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), de 2011, a Lafarge ocupava a quinta posição entre os maiores produtores do país, atrás de Votorantim, João Santos, InterCement e Cimpor. Já a Holcim aparecia na sexta posição no ranking.

Somados, os dois grupos ficariam com produção de cerca de 10 milhões de toneladas, atrás apenas da Votorantim, com 23,38 milhões de toneladas em 2011, no ranking do Snic, e da InterCement, do grupo Camargo Corrêa, com produção de 12 milhões de toneladas no Brasil quando incluída a adquirida Cimpor.

Venda de ativos

Lafarge e Holcim confirmaram que irão vender negócios avaliados em 10% a 15% do lucro do grupo antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para satisfazer as preocupações antitruste, avaliados em quase 5 bilhões de euros.

Dois terços das vendas de activos serão na Europa, disse Lafont em uma teleconferência. As empresas também têm sobreposição de operações de negócios no Canadá, Brasil, Índia e China, afirmou Lafont. Ele não quis dar mais detalhes sobre quais países seriam mais afectados pelas vendas de ativos.

A transação tem o apoio dos principais acionistas das companhias e deverá ser concluída no primeiro semestre de 2015, disseram as empresas.

Sinergias

Em 2013, a Holcim foi a maior fabricante mundial de cimento em receita, com vendas totalizando US$ 22 bilhões, seguida pela Lafarge, com US$ 20,82 bilhões. A Heidelberg ficou em terceiro, com US$ 18 bilhões e a Cemex em quarto, com cerca de US$ 15,2 bilhões.
As duas empresas em conjunto geraram 31,6 bilhões de euros em vendas no ano passado e um Ebtida de 6,4 bilhões de euros. As sinergias conseguidas com a fusão representam mais 400 milhões de euros em receitas e mais 1 bilhão de euros de Ebtida. Descontando os custos com a implementação da operação, as vendas rondariam os 27 bilhões de euros e o Ebtida seria de cerca de 6,6 bilhões de euros.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Venezuela: O Presidente Aceita Diálogo com a Oposição


Venezuela-O presidente da Venezuela aceitou reunir-se com uma delegação da oposição para tentar encontrar uma saída à crise que degenerou em violentos protestos.
 
Confrontado há dois meses com manifestações anti-governamentais, Nicolas Maduro acedeu à proposta de diálogo mediada pela Unasul, a União de Nações Sul-Americanas.
 
A Mesa da Unidade Democrática, principal coligação da oposição, exigiu que o encontro seja transmitido em directo pela televisão nacional.
 
Os protestos contra o Governo que se prolongam desde o início de Fevereiro e que degeneraram várias vezes em violência, saldam-se até ao momento em 39 mortos e centenas de feridos e detidos.

Paul Kagame Volta a Criticar França no Aniversário do Genocídio no Ruanda



Ruanda-As cerimónias oficiais do vigésimo aniversário do genocídio no Ruanda tiveram início segunda-feira passada em Kigali, com novas críticas do presidente Paul Kagame à França.
 
Num estádio completo e na presença de vários líderes internacionais, o chefe de Estado ruandês celebrou um país “renovado” e aproveitou a oportunidade para voltar a apontar responsabilidades à França na “preparação” do massacre de 1994.
 
Kagame afirmou que “as pessoas que planearam e executaram o genocídio eram do Ruanda, mas a História e as raízes estendem-se muito além deste maravilhoso país. É por isso, que os ruandeses continuam a procurar uma explicação mais abrangente para tudo o que aconteceu”.
 
No estádio de Kigali, os relatos de sobreviventes da tragédia provocaram fortes reações em vários espetadores, obrigando à intervenção de socorristas.
 
Durante a manhã de ontem, no memorial do genocídio, o presidente ruandês, acompanhado pelo secretário-geral da ONU, acendeu a “Chama do Luto”, que arderá durante cem dias, tantos quantos durou o massacre.
 
O genocídio no Ruanda é uma das manchas na história das Nações Unidas, incapazes de impedir a chacina de 800.000 pessoas segundo estatística oficial, mas há quem diga Um Milhão na maioria tutsis, num massacre que fez também centenas de milhares de deslocados.

Nigéria: A Nigéria Ultrapassa África do Sul e Já é a Maior Economia de África


Nigéria-A Nigéria é a nova maior economia africana, com um produto interno bruto (PIB) calculado em 509 mil milhões de dólares no final de 2013, cerca de 371,3 mil milhões de euros, segundo estatísticas oficiais do país.

A Nigéria ultrapassa assim a África do Sul, cujo PIB estava avaliado em 370,3 mil milhões de dólares (270 mil milhões de euros) no final de 2013.

As estatísticas agora reveladas já incluem as indústrias das telecomunicações, tecnologias da informação, música, vendas online, indústria da aviação e da produção cinematográfica.

Ainda assim, os números não são vistos por todos de forma positiva. Citado pela BBC, o analista financeiro nigeriano Bismark Rewane considera os números revelados como «uma vaidade».

«A população da Nigéria não ficará melhor depois deste anúncio, que não põe dinheiro no banco, nem mais comida no estômago. Não muda nada», criticou.

O analista dá como exemplo o facto de a Nigéria ter 170 milhões de habitantes, uma população três vezes maior do que a sul-africana o que faz com que, o PIB per capita seja sobejamente menor na Nigéria.

Guiné-Bissau Recebe 15 Milhões de Dólares do Banco Mundial para Desenvolvimento Comunitário, Pagamento Temporário dos Salários

Soares Sambú, Ministro da Economia e da Integração Regional da Guiné-Bissau (esq.) e Vera Songwe do Banco Mundial (dir.)
Soares Sambú, Ministro da Economia e da Integração Regional da Guiné-Bissau (esquerda) e Vera Songwe do Banco Mundial (direita)
 
Guiné-Bissau – O Banco Mundial disponibilizou 15 milhões de dólares para a Guiné-Bissau, no quadro do seu apoio para o desenvolvimento das áreas rurais, através da preservação e fortalecimento dos serviços básicos de saúde e educação para as populações mais pobres .
 
O acordo foi assinado na passada quinta-feira (3 de Abril), nas instalações do Banco Mundial em Dakar, pelo Ministro da Economia e da Integração Regional da Guiné-Bissau e pela Directora das Operações do Banco Mundial para a Guiné-Bissau.
 
Soares Sambú e Vera Songwe rubricaram este acordo em representação da parte guineense e do Banco Mundial, respectivamente, na presença do embaixador da Guiné-Bissau em Senegal, Idrissa Embaló.
 
Este financiamento faz parte da resposta do Banco Mundial à recente crise na Guiné-Bissau, segundo a indicação desta instituição financeira mundial
 
Comparando a Guiné-Bissau com “uma criança doente”, o governante guineense espera que esta seja a primeira entre várias outras ajudas que virão do Banco Mundial para ajudar a Guiné-Bissau para assumir o comando do seu destino.
 
Por sua vez, Vera Songwe indicou que o financiamento está em linha com as orientações do vice-presidente do Banco Mundial para aquela região africana, Makhtar Diop.
 
Para além de apoiar o sector rural, esta concessão de 15 milhões vai ajudar a Guiné-Bissau para o fornecimento da água potável, o melhoramento das estradas e o pagamento temporário dos salários dos professores e outros profissionais de saúde, entre Janeiro e Junho de 2014.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Portugal.: Recuos e Avanços no dabate do Salário Mínimo

Portugal-O debate à volta do salário mínimo nacional é uma espécie de discussão-harmónio: há um ano, o Governo não admitia qualquer subida deste indicador por não haver "espaço orçamental para políticas expansionistas", meses depois começou a admitir a discussão sobre o tema e ontem o primeiro-ministro deu mesmo abertura à negociação com os parceiros sociais no sentido de rever um aumento ainda este ano.
 
Tudo isto entre propostas e contra-propostas da oposição e dos parceiros sociais, num avança e recua e volta a avançar sobre um tema revelante para a vida das empresas e de quem delas depende.
 
A reivindicação é antiga e muitas propostas de aumento têm esbarrado nos argumentos de que a subida do salário mínimo pode agravar os custos das empresas, esfriar a tendência de criação de emprego ou, em último caso, acabar mesmo por incentivar redução de postos de trabalho. Mas há outros argumentos que também não podem ser ignorados.

Os salários sofreram um ajustamento agressivo nos últimos tempos, levando os trabalhadores a receber menos, mesmo trabalhando o mesmo ou ainda mais - daí que um aumento do valor mínimo pode ajudar a melhorar esses rendimentos e a compense as perdas. Além disso, e numa altura em que a economia tem de mostrar mais competitividade do que nunca, a subida do salário mínimo é uma condição básica para estimular o mercado de trabalho. Daí que esta abertura do Governo a uma negociação com os parceiros possa ser um sinal positivo para a economia e um bom incentivo para as empresas e os seus recursos.