sexta-feira, 28 de março de 2014

Soldados Chineses Mortos na Guerra de Correia do Sul Regressam à China 60 Anos Depois

China-60 anos depois, estão de regresso à China os restos mortais de mais de quatro centenas de soldados falecidos durante a Guerra da Coreia.
 
A cerimónia de repatriação teve lugar no aeroporto internacional de Incheon, na Coreia do Sul, um momento histórico nas relações entre antigos inimigos, que foi tornado possível através de um tratado assinado entre Seul e Pequim, em Dezembro do ano passado, depois de uma visita à China da Presidente sul-coreana.
 
Trata-se do maior repatriamento de soldados chineses caídos durante a Guerra da Coreia, o conflito, entre 1950 e 1953, onde a China combateu ao lado da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul.
Dos cerca de um milhão e 300 mil soldados que Pequim enviou para a península, aproximadamente 135 mil morreram em combate.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Portugal: A Recuperação Económica Está a Chegar

Portugal-O Banco de Portugal divulgou ontem as suas previsões económicas mais recentes e, ao contrário do que foi habitual durante os últimos anos, apresentou boas notícias. As projecções foram revistas em alta.
 
Ou seja, a economia portuguesa não só regressou ao crescimento, como vai crescer acima do que era esperado antes. É verdade que a subida do PIB ainda ficará abaixo dos 2% mas, ainda assim, hoje temos uma tendência positiva, o oposto do passado recente.
 
A segunda boa notícia é que a economia está a recuperar com um modelo de crescimento mais equilibrado e saudável. Está a ocorrer uma recuperação do consumo das famílias, o que é positivo depois de anos de forte contracção, mas não está a ocorrer uma explosão do consumo privado.
 
As famílias regressaram ao consumo com equilíbrio, mantendo uma taxa de poupança aceitável. Isto nota-se nas importações, que também subiram em resultado da maior procura interna, mas sem colocarem em causa o excedente da balança das relações económicas com o exterior.
 
Desta vez, a economia está a crescer mas os portugueses não se estão a endividar junto do exterior porque o motor da recuperação está baseado nas exportações. Por fim, mais uma notícia positiva: o investimento vai recuperar. Desta forma, há condições para melhorar o potencial de crescimento da economia. Só falta que o desemprego comece a descer de forma mais acentuada e que esta recuperação chegue aos bolsos dos portugueses. Para já, as sementes estão lançadas e a germinar.

Visita de Presidente Chinês a França Vale Acordos de 18 Milhões de Euros


França -A visita oficial do presidente Chinês Xi Jinping a França por ocasião dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países já rendeu contratos económicos no valor de 18 mil milhões de euros.
 
Depois de Lyon, o chefe de Estado chinês viajou até Paris onde se encontrou com o homólogo francês François Hollande, no segundo de três dias de visita.
 
18 mil milhões de euros em contratos significam emprego, crescimentos e perspectiva de crescimento para os próximos anos”, declarou o presidente francês, François Hollande.
 
“A China e a França são duas nações com influência global. Decidimos reforçar a nossa cooperação nos assuntos internacionais e propor ideias e soluções para estabelecer uma nova ordem política internacional que seja mais justa e equilibrada”, afirmou o chefe de Estado chinês, Xi Jinping.
 
Agricultura, energia e transportes foram as principais áreas dos acordos, em particular no que diz respeito à venda de aviões Airbus e a entrada do fabricante chinês de automóveis DongFeng no capital da gaulesa PSA Peugeot Citroën.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Portugal: Uma Execução Orçamental Suportada pelos Contribuintes



Portugal-Os últimos dados da execução orçamental continuam a dar boas notícias ao Governo. De acordo com a síntese divulgada ontem pela Direcção Geral do Orçamento, as receitas fiscais chegaram ao final de Fevereiro com bons resultados:
Subiram 6,2%, para 7,2 mil milhões de euros, acima dos próprios objectivos traçados no Orçamento do Estado para este ano.
Os maiores contribuintes para este aumento? Um deles foi o IRS que, só em dois meses, rendeu ao Estado 2,3 mil milhões de euros (mais 17,7%) e o IVA, que somou 2,9 mil milhões de euros. E estes são apenas alguns dos indicadores.
Podem avançar-se muitas explicações para a boa performance fiscal. Como dizer que estes são os primeiros resultados das novas medidas de combate à evasão e à fraude fiscal, argumentam as Finanças. Ou que serão um sinal da melhoria das condições de mercado que permitem, por um lado, que as empresas criem mais emprego e, por outro, que gerem mais receitas.
Pode ainda ser por uma retoma de consumo que leva os portugueses a gastarem e a comprarem mais, o que dá um novo impulso à receita fiscal. Pode ser tudo isso e muito mais. Mas há uma justificação que, seguramente, está na origem desta boa performance: o colossal reforço da carga fiscal que famílias e empresas sofreram e estão a pagar. É uma factura que, a bem ou à força, está a sair directamente das carteiras dos contribuintes.

terça-feira, 25 de março de 2014

Portugal: O Perigoso Fenómeno dos Novos Pobres

Portugal-Os últimos dados sobre a pobreza em Portugal são preocupantes. É um dos efeitos mais claros da crise económica, financeira e social que afecta o país.
 
O risco da pobreza já atinge um quinto da população portuguesa. E, além disto, o fenómeno dos novo pobres chega a cerca de 500 mil famílias. São famílias que têm emprego, rendimentos, mas o que ganham não é suficiente para viverem acima do limiar da pobreza.
 
Ou seja, mesmo com emprego, precisam de ajuda. Estes fenómenos explodiram no ano passado, claramente em resultado da crise que retirou rendimentos aos portugueses. Por um lado, descidas nos salários líquidos por efeito do agravamento da carga fiscal.
 
Por outro lado, o corte generalizado nas prestações sociais - subsídio de desemprego, subsídio de doença, RSI... No passado, as prestações do Estado foram as medidas mais eficientes para retirar portugueses da pobreza. E agora? Esta é a questão difícil de responder. A fraca saúde das contas o Estado não permite que as prestações sociais voltem ao nível antes da crise.
 
Os credores vão manter a pressão para um forte controlo da despesa e uma redução do défice orçamental e da dívida pública. Portanto, resta apostar no crescimento económico, que continua a ser a melhor maneira de retirar pessoas da pobreza. Veja-se o exemplo dos países emergentes. E, além disto, reformar o Estado social para que o pouco dinheiro público chegue a quem realmente necessita.

Rússia Fora de G8: Não é Uma Granda Trazédia, Diz Kremlim

Holanda-Os líderes do G7 e da União Europeia (UE) decidiram segunda-feira última, na Holanda, não participar em mais encontros com a Rússia, no formato G8, até que o Kremlin “mude de rumo” em relação à Ucrânia.
 
Os responsáveis dos sete países mais industrializados do mundo e da UE surgiram muito sorridentes no seu encontro, aparentemente indiferentes à ameaça que o fracasso em garantir a integridade territorial da Ucrânia representa para o Tratado de Não-Proliferação nuclear e para a paz no mundo.
 
Moscovo não vê um grande problema na exclusão do G8. Segundo Serguei Lavrov, “o G8 é um clube informal. Ninguém entrega uma carta de membro e, por definição, ninguém pode correr com ninguém. Se os nossos parceiros ocidentais acham que este formato está gasto, que assim seja. Não estamos agarrados a este formato e não vemos uma grande tragédia se o G8 não se reunir. Podemos até fazer uma espécie de experiência: Esperar um ano, um ano e meio e ver como sobrevivemos sem ele”, pareceu ironizar o chefe da diplomacia russa.
 
À margem da Cimeira sobre Segurança Nuclear, em Haia, Moscovo e Kiev tiveram também, segunda-feira passada, a primeira reunião ao mais alto nível diplomático desde o início da crise na Ucrânia.
 
Segundo James Franey, “em 2009, foi o Presidente norte-americano que disse querer um novo começo nas relações com a Rússia. Agora, o mesmo homem, Barack Obama, conduziu as conversas para suspender a Rússia do G8. Uma nova Guerra Fria? Talvez não. Mas enquanto Washington tem falado do reforço da segurança na Ásia, é claro que as fronteiras da Europa se tornaram, de novo, no epicentro da geopolítica global”.

Primeiro Encontro Oficial Ucrânia-Rússia

Ucrânia -O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, encontrou-se  segunda-feira última com o seu homólogo ucraniano Andrii Dechtchitsa, pela primeira vez desde a crise diplomática provocada pela incursão russa na Crimeia.
 
O encontro teve lugar à margem da cimeira sobre segurança nuclear a decorrer em Haia. O ministro ucraniano sublinhou que o seu país não vai desistir da Crimeia:
 
“Acreditamos numa coexistência pacífica, mas a Ucrânia não desiste da Crimeia. Continuaremos a desenvolver esforços em conversas bilaterais e junto da comunidade internacional, para que a Crimeia regresse à Ucrânia”
 
A Ucrânia decidiu apresentar à Assembleia Geral das Nações Unidas um projecto de resolução que invalidaria o referendo de anexação da Crimeia à Federação Russa.
 
O texto, tornado público na segunda-feira passada, inspira-se no projecto de resolução que a Rússia bloqueou no Conselho de Segurança, usando do direito de veto.
 
O documento declara que o referendo de 16 de Março, que abriu caminho à anexação da península, “não é válido e não pode servir de base a uma alteração do estatuto da República Autónoma da Crimeia ou da cidade de Sebastopol”.
 
Entretanto, as tropas ucranianas começam a abandonar a Crimeia, depois de as forças russas terem conseguido tomar de assalto as bases militares da região.
 
Não foi, porém, dado a todos voltar – um militar disse que o comandante ficou para trás, pois foi raptado:
“Durante o último mês, todos nós e principalmente o nosso comandante, que infelizmente continua retido na Crimeia, estivemos encurralados numa enorme tensão. Agora espero que possamos finalmente descontrair”.
 
Os soldados deixam a Crimeia com as suas famílias, Kiev aposta agora na diplomacia.