quarta-feira, 5 de março de 2014

A Consequência dos conflitos na Ucrânia


Ucrânia -A crise na Ucrânia tornou-se um "rabo-de-galo" explosivo de jogos diplomáticos, interesses económicos e manobras militares. Há demasiado em jogo neste conflito, desde acesso a portos estratégicos ao controlo de parte significativa da distribuição de gás natural na Europa, passando por um braço-de-ferro político onde se tenta discutir quem tem mais poder ou manda mais numa determinada região do planeta.
 
E certo é que os lados se começam a alinhar: num está a autoritária Rússia a ameaçar com invasões, ataques e cortes no fornecimento energético à população ucraniana, no outro estão Europa e Estados Unidos a forçar a paz à custa de sanções económicas e da exclusão dos grandes fóruns de decisão mundial, como o G8.
 
Ninguém quer acreditar que o mundo está à beira de uma nova guerra fria, mas o braço-de-ferro entre Rússia e Ocidente começa a desenhar-se e a deixar reféns, não apenas os cidadãos ucranianos (as principais vítimas desta crise), mas também as bolsas e as economias, em especial da zona euro. O que, numa altura em que a recuperação económica ainda apresenta grandes fragilidades, é deveras preocupante e pode abalar a confiança, ainda fresca, das empresas, dos investidores, dos consumidores.
 
Por isso, mais do que exibir controlo económico ou poder militar, os governantes mais próximos ou envolvidos neste conflito têm o dever de forçar uma solução diplomática para a crise ucraniana.Porque o seu impacto, bom ou mau, vai muito para além das suas próprias fronteiras.

terça-feira, 4 de março de 2014

África do Sul, China e Portugal Lideram novos Investimentos em Moçambique em 2013

África-A nova vaga de investimento chinês em Moçambique  é cada vez mais de natureza privada e não efectuado por empresas estatais como na fase inicial e, além da indústria extractiva visa a produção local, de acordo com um estudo da Universidade de Stellenbosch.
Num trabalho publicado no relatório anual do Centro de Estudos Chineses da universidade sul-africana, os investigadores Daouda Cissé e Yejoo Kim afirmam que a necessidade de matérias-primas por parte da China vai manter a África com “importância significativa na agenda chinesa de investimentos no exterior”, com os agentes privados a terem um papel crescente.
“A procura de oportunidades de negócio no estrangeiro, relacionada com o acesso a mercados em crescimento e teste das capacidades das empresas operarem num ambiente estrangeiro leva as empresas privadas chinesas a operar em África”, afirmam.
Por outro lado, sublinham, estas empresas têm menos acesso a financiamento, em comparação com empresas estatais ou grandes multinacionais, deparando-se ainda com aumentos nos custos de trabalho e produção.
A deslocação de produção “oferece oportunidades para o sector industrial em África”, afirmam os autores, citando exemplos na Etiópia e África do Sul, fenómeno que pode permitir a estes países “diversificar as suas exportações, ainda fortemente baseadas em matérias-primas.”
Moçambique deverá tornar-se em breve um produtor e exportador de automóveis este ano com o investimento da China Tong Jian Investment, que está também a atrair outras empresas do sector a instalarem-se no país.
A construção da fábrica, avaliada em 200 milhões de dólares, surge em cumprimento de um acordo assinado em 2010 que prevê que o empreendimento garanta, numa primeira fase, a produção de cerca de 10 mil viaturas por ano, 30% das quais para o mercado nacional e o remanescente para exportação.
Localizada na zona da Machava, nas antigas oficinas da estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, a unidade vai produzir camiões, autocarros e viaturas ligeiras de marca Matchedje, de acordo com a imprensa moçambicana.
No artigo para a Universidade de Stellenbosch, os dois investigadores salientam o crescente número de grupos privados e de pequenas e médias empresas da China a actuar em África.
Este é o caso de Cabo Verde, onde recentemente o governo deu a conhecer o interesse chinês na privatização da companhia de aviação Transportes Aéreos de Cabo Verde.
Em Janeiro, a publicação electrónica Cargo News noticiou que a empresa chinesa China Road & Bridge Corporation (CRBC) vai construir um porto de águas profundas e um terminal de cruzeiros e reparar os estaleiros da Cabnave na ilha cabo-verdiana de São Vicente.
Também nas últimas semanas, o governo de Cabo Verde deu o seu apoio “inquestionável” ao projecto de investimento turístico que um empresário de Macau pretende erigir no ilhéu de Santa Maria, diante da Praia.
Seja de onde for o investimento, afirmam os dois investigadores, apenas se “bem gerido, com regulação e execução em países africanos adequada e regularmente ajustada, pode assegurar criação de emprego e transferência de tecnologia e conhecimentos”.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Produção de Petróleo Cai 29% no Sudão do Sul

Sudão do Sul-Os conflitos no Sudão do Sul provocaram uma queda de cerca de 29% na produção de petróleo do país, apontam dados oficiais do governo. No domingo passado, o secretário de imprensa do presidente Salva Kiir, Ateny Wek Ateny, afirmou que "o Sudão do Sul ainda está produzindo mais de 175 mil barris (de petróleo) por dia".

O número, no entanto, está abaixo da produção diária de 245 mil barris registrada antes do início dos combates, em meados de Dezembro, entre forças as forças de apoio ao actual presidente e militantes leais ao ex-vice-presidente Riek Machar. Fonte: Dow Jones Newswires.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

MALi :Mais de 3 Milhões de Pessoas sofrem de Insegurança Alimentar, 50 Mil Crianças Podem Morrer de Fome em 2014

 
Mali-No Mali, cerca de 136 mil crianças sofrem de desnutrição aguda, patologia que regista uma alta taxa de mortalidade, e outros 360 mil sofrem de desnutrição moderada.
 
Segundo os últimos dados obtidos pelo Fundo para a Infância das Nações Unidas, se não receberem alimentação adequada no decorrer de 2014 no país africano podem morrer de fome cerca de 50 mil crianças. Para prevenir e limitar esta tragédia humanitária, foi recentemente apresentado um plano de Assistência das Nações Unidas que prevê a distribuição de um concentrado de alimentos nutrientes que reanimam a criança desnutrida de forma rápida e eficaz.
 
O objetivo do plano humanitário é melhorar o acesso aos serviços sociais de base no sector da saúde, educação, nutrição e higiene. Está também previsto um aumento das actividades que protegem os grupos mais vulneráveis da população, como os deslocados internos, as comunidades de acolhimento, os repatriados, e limitar as consequências da crise alimentar através da agricultura.
 
 No total, mais de 3 milhões de pessoas que sofrem de insegurança alimentar, a maior parte no norte do país, por causa do conflito interno e da ocupação desta área por grupos armados irregulares. O conflito provocou o deslocamento de mais de quinhentas mil pessoas dentro do país e para nações vizinhas.

Guiné-Bissau: Repartições das Finanças Registam Queda nas Receitas


Guiné-Bissau- O Ministério das Finanças guineense, através das suas repartições da área fiscal, está a deparar-se com quedas na recolha de receitas para o tesouro público há já algum tempo.

«Em relação ao ano passado, neste período, temos registado um fraco pagamento de impostos ao Estado, sobretudo por parte dos proprietários das viaturas particulares», disse o secretário da repartição da Área Fiscal , Costantino Camala.

Apesar de reconhecer as dificuldades que os proprietários das viaturas enfrentam para cumprirem as suas obrigações ao Estado, o responsável lembrou que o pagamento de impostos é um imperativo para os mesmos.

«Em toda parte do mundo pagar impostos é um dever cívico de cada cidadão», advertiu Costantino Camala.

Para inverter a situação, o secretário da repartição fiscal alertou que, fora dos prazos estabelecidos pela lei os juros de mora serão cobrados e os infractores passam incorrer  multas.

Costantino Camala destacou ainda que a questão do pagamento de salários aos funcionários públicos tornou-se numa dificuldade evidente para o Governo de transição.

«Os nossos dados em termos de registos estão a decrescer em relação aos anos anteriores, com maior incidência para as dificuldades no que diz respeito ao pagamento de salários a tempo», revelou a fonte.

Neste sentido, o responsável informou os guineenses que as actuais despesas do Governo de transição consistem estritamente nas despesas com receitas internas e que estão a ter maiores dificuldades no pagamento dos salários aos servidores do Estado.

De referir que a população não paga impostos ao Estado, tendo esta obrigação fiscal ficado apenas reservada aos funcionários públicos, aos proprietários de veículos de transporte público e táxis
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

África: Presidente de Uganda Sanciona o Casamento Homossexuais

Uganda-O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, assinou segunda-feira última uma lei que torna mais duras as penas contra homossexuais e criminaliza o cidadão que não denunciar à polícia alguém que as pessoas suspeitam que seja gay – o que torna impossível assumir a homossexualidade no país. Segundo o porta-voz do governo, Ofwono Opondo, ao sancionar o texto, o presidente quis reafirmar a “independência de Uganda diante da pressão e provocação do Ocidente”. O presidente Barack Obama já havia advertido que a legalização do projeto afetaria as relações entre os dois países. O democrata descreveu o texto como uma “afronta e um perigo para a comunidade gay”.
 
Relacionamentos homossexuais já são considerados ilegais no país. A nova lei agrava as punições. Quem for condenado pela primeira vez pode ficar até catorze anos na cadeia e prevê pena de prisão perpétua para reincidentes acusados de “homossexualidade agravada”. A “promoção ou reconhecimento” de relações gays, “por meio ou com o apoio de qualquer entidade governamental ou não governamental dentro ou fora do país” também está sujeita a até catorze anos de prisão. Pela primeira vez, relações lésbicas são mencionadas na legislação. Inicialmente, o texto previa pena de morte em alguns casos, mas o trecho foi removido diante das críticas da comunidade internacional. Grupos activistas já afirmaram que vão recorrer.

O texto, que começou a ser debatido em 2009 e tem o apoio de grupos religiosos e de muitos cidadãos do país, chegou a ser descartado brevemente depois que países europeus ameaçaram cortar a ajuda financeira ao país. Em Dezembro de 2013, no entanto, o Parlamento aprovou o projeto, com o argumento de que ele “reforçaria a capacidade da nação para lidar com as crescentes ameaças internas e externas à família tradicional heterossexual”.
 
No final do mês, o presidente escreveu aos parlamentares dizendo que haviam ocorridos erros processuais e que um estudo mais aprofundado se fazia necessário antes de dar prosseguimento à aprovação da proposta.
 
A sanção nesta segunda aparenta ser uma mudança de posição do mandatário, que no mês passado havia dito que vetaria o projeto por considerar os gays pessoas que precisam de tratamento, não de prisão. Ao mudar de opinião, ele argumentou que cientistas determinaram a não existência de um gene da homossexualidade, o que transforma a condição em um desvio de comportamento. Na última semana, ele disse que consultaria cientistas americanos antes de tomar sua decisão final. A assinatura ocorreu na residência oficial, diante de autoridades do governo, jornalistas e uma equipe de cientistas ugandenses.
 
“Nenhum estudo mostrou que alguém pode ser homossexual por natureza. É por isso que eu concordei em assinar a lei”, disse o presidente, em declarações reproduzidas pelo jornal inglêsThe Guardian. “Estrangeiros não podem ditar nossas ações. Este é o nosso país. Eu aconselho os amigos ocidentais a não fazer disso um problema, porque se isso acontecer, eles vão perder. Se o Ocidente não quer trabalhar conosco por causa dos gays, então temos espaço suficiente para nós mesmos aqui”.

Washington é um dos maiores doadores do governo de Uganda, ressaltou o jornal The New York Times. Além disso, Museveni é um importante aliado do Ocidente nos esforços para combater a militância islâmica na Somália – Uganda faz parte da força de paz da União Africana no país.
 
Este mês, o presidente ugandense já havia assinado uma lei contra a pornografia que determina um código de vestimenta e prevê punições para quem vestir roupas “provocativas”, proíbe artistas a aparecerem seminuas em programas de TV do país e monitora o que os cidadãos veem pela internet.
 
Em janeiro, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, assinou uma lei similar para punir o casamento gay com prisão. Depois da aprovação, os actos de violência contra gays multiplicaram-se no país, inclusive na capital, Abuja. A homossexualidade é ilegal em 38 países africanos.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

José Eduardo dos Santos é o 3º Melhor Presidente de África


Símbolo internacional da paz e da defesa dos direitos humanos
 
Melhor Presidente de África-O site internacional, especializado em diversos rakings internacionais, iniciou uma votação em todo o mundo para aferir dos internautas de todo o mundo quem é o melhor presidente de África. Nelson Mandela ocupa o primeiro lugar, apesar de não mais estar em vida.
 
Os votos dirigidos a José Eduardo dos Santos, são motivados pelo seu historial de pacificação de Angola, por possuir uma das economias que mais continua a crescer, a sua diplomacia pela paz em África, a possibilidade de posicionar Angola como país de Rendimento Médio, o facto de ter avançado nos Índices de Desenvolvimento Humano, e a abertura democrática e estabilidade interna reinante no país.
 
Este “raking” acaba por demonstrar que o presidente angolano é admirado além fronteiras e seus feitos são conhecidos por milhões de cidadãos de todo mundo. O curioso é que se os angolanos votarem, José Eduardo poderá ter melhor classificação, considerando que a maioria dos votos veio da Europa, América e do Norte de África.
 
Na classificação, O presidente dos angolanos ocupa o terceiro lugar atrás de Mohamed Morsi, que ocupa o 2º lugar.
 
Para alguns, este lugar é o reflexo de uma nova Angola que cresce todos os dias sob a direcção de José Eduardo dos Santos. Já não se pode negar os avanços enormes que Angola teve em tão pouco tempo de paz. Para nós, é sempre bom que o país seja referência ao nível internacional.
 
Práticamente, se considerarmos que os dois primeiros já não são presidentes de facto, então o Presidente de Angola acaba por ser o melhor entre aqueles que estão no exercício pleno de funções presidenciais.