quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A Nova Presidente Centro-Africana

República Centro-Africana-Empresária, Samba-Panza tem reputação de lutadora e tornou-se prefeita de Bangui em 2011 e foi eleita no segundo turno de votações no parlamento, derrotando Desire Kolingba ─ filho de um ex-presidente do país. Em seu discurso da vitória, a nova presidente pediu para que as milícias cristãs e muçulmanas ponham fim ao conflito religioso que duram meses.
 
Ela assume o lugar Michel Djotodia que tornou-se presidente  interino após o grupo rebelde Seleka tomar o poder do país em 2013, tornando-se o primeiro presidente muçulmano em um país de maioria cristã. Djotodia pediu renuncia do cargo no último dia 10, após pressão internacional.
 
“Mostre seu apoio a minha nomeação dando um sinal forte: abaixe suas armas”, disse a nova presidente, apelando para os grupos de conflito.  Samba-Panza é cristã, mas não fez campanha com base religiosa. “Começando hoje, eu sou a presidente de todos os centro-africanos, sem exclusões”, afirmou.
 
Em paralelo, a comunidade internacional prometeu US$ 496 milhões em ajuda para a República Centro-Africana em 2014, informaram União Europeia e Nações Unidas (ONU), na conferência de países doadores organizada em Bruxelas (Bélgica) com o objetivo de pôr fim à grave crise humanitária.
 
Os ministros das relações Exteriores da União Europeia também aprovaram segunda-feira passada uma operação militar sob a bandeira do bloco europeu na CAR, em apoio às tropas francesas e africanas.
 
Com isso, o número de soldados pode chegar a 500 e a missão deles será garantir a segurança no aeroporto de Bangui e de seus arredores, onde se estima que possam estar mais de 100 mil pessoas refugiadas. As primeiras tropas devem chegar no final de Fevereiro e somente a Estônia anunciou o envio de soldados com pelo menos 55 homens.
 
Atualmente o país conta com 1,6 mil soldados franceses e com as forças da Missão Internacional de Suporte a República Centro-Africana (MISCA), da União Africana, com 4,4 mil homens.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Síria: A ONU Retira o Convite ao Irão Para Participar na Conferência de Paz

Síria-As Nações Unidas retiraram segunda-feira o convite ao Irão para participar na conferência sobre a paz na Síria, devido à recusa de Teerão apoiar os apelos a um governo de transição.
 
No domingo, Ban Ki-moon tinha convidado oficialmente o Irão para a conferência sobre o futuro da Síria.
 
“O secretário-geral está profundamente desapontado com as declarações públicas do Irão feitas que não são de forma alguma consentâneas com o comunicado adotado.
 
Continua, no entanto, a inisistir para que o Irão se junte ao consenso global do comunicado de Genebra. Ele decidiu que o encontro de um dia em Montreux vai realizar-se sem a participação do Irão”, disse o porta-voz de Ban Ki-moon.
 
Em resultado da retirada do convite ao Irão, a oposição síria já comunicou a sua vontade de participar na conferência.
 
“O Irão não satisfez os requisitos mínimos para esse convite. Agradecemos ao secretário-geral ter aceitado a carta enviada pelo líder da Coligação Nacional, Ahmed al-Jerba, a esse respeito”, sublinhou Anas Abda, da Coligação Nacional Síria.
 
O Irão, aliado do regime de Damasco, já tinha declarado que não aceitaria condições para a sua participação nas conversações de Montreux.
 
“A crise síria não pode ser resolvida sem a interferência de todos os intervenientes. O Irão é um dos principais intervenientes nesta crise, quer se goste ou não. Isso é um facto”, referiu o analista político Paul Morcos.
 
As expectativas de um acordo para pôr fim ao conflito que já fez mais de 130 mil mortos e milhões de refugiados, surgem, para já, num cenário bastante cinzento.

Cinco Cidadãos Sírios Detidos em Cabo Verde Reconduzidos ao Senegal

Cabo Verde-Cinco cidadãos sírios detidos, sábado último, no aeroporto internacional da Cidade da Praia, em Cabo Verde, com passaportes falsos, foram reconduzidos para Dacar (Senegal), donde vinham num voo da companhia aérea senegalesa Air Senegal.
 
A notícia, divulgada em primeira mão pela Rádio de Cabo Verde (RCV), dava conta que os cinco Sírios, com idade compreendida entre os 35 e os 45 anos, pretendiam embarcar, a partir da capital cabo-verdiana, para as ilhas Canárias para, depois, seguirem para um outro destino na Europa.
 
No entanto, os serviços da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto internacional Nelson Mandela, notaram que os mesmos eram portadores de passaportes falsos. Três deles pretendiam passar como cidadãos suecos, ao passo que um como francês e outro como lituano, de acordo com a Direcção de Estrangeiros e Fronteiras.
 
Os viajantes foram retidos nas próprias instalações do aeroporto para a sua posterior recondução ao ponto de partida donde viajaram para a capital cabo-verdiana. A rádio pública cabo-verdiana, que cita fontes oficiais, revelou também que este não foi o primeiro caso de cidadãos sírios desejosos de ir para a Europa com escala em Cabo Verde, aludindo a uma família síria que conseguiu chegar a Lisboa via Cidade da Praia e que, depois, pediu asilo às autoridades portuguesas.
 
O caso mais mediático de tentativa de cidadãos da Síria, país que vive actualmente uma situação de guerra civil que já provocou vários milhares de mortos e de refugiados, aconteceu a 10 de Dezembro de 2013, na Guiné-Bissau.
 
Naquela ocasião, a companhia aérea portuguesa TAP foi obrigada, pelas autoridades dos serviços de fronteira local, a embarcar, num voo da capital da Guiné-Bissau para Lisboa, 74 passageiros sírios, detentores de passaportes turcos falsificados.
 
Os viajantes acabaram por ser detidos ao chegarem à fronteira, na capital portuguesa, e colocados sob custódia das autoridades enquanto aguardam pelo desfecho do processo relativo ao pedido de concessão de estatuto de refugiado político por parte de Portugal.
 
Na sequência do incidente, a TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau, uma decisão que foi interpretada pelo Governo português como uma grave falha de segurança no aeroporto internacional de Bissau.

África:Um Continente Muito Exigente


África-Para construir um negócio em África com as mesmas dimensões do que foi conseguido na China ou na Índia, ou outros mercados emergentes para onde as empresas se voltaram há décadas demorará mais tempo, isto porque “África é um lugar exigente para fazer negócios, exigindo mais das empresas do que outros mercados”, conclui um estudo elaborado pela empresa de consultoria global The Bonston Consulting Group (BCG).
 
Para vencer nesse mercado, adianta a BCG, “é preciso fazer os investimentos certos, no momento certo, e com a abordagem certa”. Ou seja, as empresas que querem vencer em África têm que ter em conta cinco realidades próprias desse continente.
 
Primeiro, ter em conta que o ambiente de negócios atual é desafiador e significa que hoje há menos concorrência do que noutros mercados, mas “isso não vai durar”, por isso, “o tempo para entrar em África é agora, mas para ter sucesso as empresas terão que garantir que os seus altos executivos estão completamente empenhados na operação, com deslocações a esses mercados”.
 
As empresas devem ter em conta que precisam de abordar a diversidade africana, isto é, o continente é uma coleção de diferentes mercados. Clusters de países africanos partilham língua, cultura, fronteiras e acordos de comércio e financeiros, mas “todos eles exigem diferentes abordagens para a estratégia, organização e negócios”.
 
Os empresários que querem apostar em África devem pensar em construir agora os recursos para 2020, isto porque os riscos políticos e económicos permanecem em muitos mercados.
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ministro guineense Fernando Vaz candidato a primeiro-ministro pelo Fórum Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-O ministro de Estado e porta-voz do Governo de transição na Guiné-Bissau, Fernando Vaz, é o escolhido pelo grupo de 23 partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau para candidato a primeiro-ministro nas eleições gerais de 16 de Março.
Foi o próprio Fernando Vaz quem o revelou na sequência de uma reunião do Fórum Guiné-Bissau, realizada no domingo em Bissau, na qual ficou também decidido que Afonso Té será o candidato do grupo para a Presidência da República.
 
Líder da União Patriótica Guineense (UPG), Fernando Vaz disse que a meta do Fórum é atingir o poder e trabalhar para mudar a imagem interna e externa da Guiné-Bissau.
 
"A nossa grande aposta é tirar a Guiné-Bissau do buraco em que se encontra, melhorar a imagem interior e exterior do país, dos políticos e fazermos aquilo que é o normal em toda parte do mundo, isto é: levar a cabo políticas que conduzam a um crescimento económico e bem-estar de todos", afirmou Fernando Vaz.
 
O candidato disse acreditar que não será difícil "mudar a Guiné-Bissau" estando o Fórum Guiné-Bissau no poder a partir das eleições gerais de 16 de Março.
 
"Queremos promover uma forma diferente de governar o país, o que não é difícil, pois passados 40 anos desde a independência estamos a marcar o passo no mesmo sítio", observou Vaz.
 
Candidato à presidência do país, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), afirmou que o Fórum Guiné-Bissau pretende assumir o poder por via democrática e desta forma desencorajar golpes de Estado no país.
 
"Para nós, do Fórum, queremos que este seja o ultimo golpe de Estado" na Guiné-Bissau, disse Afonso Té, referindo-se ao levantamento militar de Abril de 2012 do qual resultou o atual Governo de transição, em que é conselheiro do primeiro-ministro para a área da Defesa e Segurança.
 
O grosso de partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau é constituído por apoiantes desde a primeira hora do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012, que destituiu os órgãos eleitos.
 
"Sabemos que o ambiente não é propício, mas vamos trabalhar para acabar com a bipolarização do poder na Guiné-Bissau, que tem sido muito nociva para a democracia e para o próprio país", observou Té, aludindo ao PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e ao PRS (Partido da Renovação Social).
 
Juntas, as duas forças políticas representam cerca de 95 por cento de assentos na Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense).

Egipto Diz Sim a Nova Constituição da República

Egipto-Referendo no Egipto dá vitória à nova constituição. O “Sim” venceu, amplamente, mas o número de votantes ficou nos cerca de 38% dos eleitores. Ainda assim, este resultado ultrapassa o conseguido no referendo constitucional de 2012, ainda com Mohamed Morsi. 98% dos votantes deram, assim, o seu aval ao novo documento.
 
Os jovens foram aqueles que decidiram não participar neste referendo. O governo justifica o fenómeno com o facto de se estar a passar por um período de exames escolares. Contas feitas o resultado é, de todas as formas, positivo:
 
“A maioria das pessoas votou “sim” porque está cansada e muitos acreditam que a nova constituição vai melhorar os padrões de vida. Alguns votaram “não” e temem a Irmandade Muçulmana”, explica o diretor da Rede Árabe para a Informação dos Direitos do Homem, Gamal Eid.
 
Para a representante da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o resultado desta votação demonstra o apoio da população ao processo em curso no país.

Sudão do Sul: O Exército Recupera o Controlo de Bor

Sudão do Sul-O governo do Sudão do Sul autorizou os jornalistas a viajar até à cidade de Bor, cujo controlo foi recuperado sábado pelas tropas governamentais.
 
Apesar de continuar a enfrentar os rebeldes em Malakal, o exército regular assumiu o controlo de Bor, capital do estado petrolífero de Jonglei, duas semanas depois de ter lançado uma ofensiva contra as forças rebeldes fiéis ao antigo vice-presidente Riek Machar.
 
Desde o início do conflito no território sul-sudanês, em meados de dezembro último, a cidade de Bor, a 200 quilómetros a norte da capital Juba, tem sido controlada alternadamente pelas forças governamentais e pelos rebeldes e é um dos principais cenários dos confrontos.