terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Síria: A ONU Retira o Convite ao Irão Para Participar na Conferência de Paz

Síria-As Nações Unidas retiraram segunda-feira o convite ao Irão para participar na conferência sobre a paz na Síria, devido à recusa de Teerão apoiar os apelos a um governo de transição.
 
No domingo, Ban Ki-moon tinha convidado oficialmente o Irão para a conferência sobre o futuro da Síria.
 
“O secretário-geral está profundamente desapontado com as declarações públicas do Irão feitas que não são de forma alguma consentâneas com o comunicado adotado.
 
Continua, no entanto, a inisistir para que o Irão se junte ao consenso global do comunicado de Genebra. Ele decidiu que o encontro de um dia em Montreux vai realizar-se sem a participação do Irão”, disse o porta-voz de Ban Ki-moon.
 
Em resultado da retirada do convite ao Irão, a oposição síria já comunicou a sua vontade de participar na conferência.
 
“O Irão não satisfez os requisitos mínimos para esse convite. Agradecemos ao secretário-geral ter aceitado a carta enviada pelo líder da Coligação Nacional, Ahmed al-Jerba, a esse respeito”, sublinhou Anas Abda, da Coligação Nacional Síria.
 
O Irão, aliado do regime de Damasco, já tinha declarado que não aceitaria condições para a sua participação nas conversações de Montreux.
 
“A crise síria não pode ser resolvida sem a interferência de todos os intervenientes. O Irão é um dos principais intervenientes nesta crise, quer se goste ou não. Isso é um facto”, referiu o analista político Paul Morcos.
 
As expectativas de um acordo para pôr fim ao conflito que já fez mais de 130 mil mortos e milhões de refugiados, surgem, para já, num cenário bastante cinzento.

Cinco Cidadãos Sírios Detidos em Cabo Verde Reconduzidos ao Senegal

Cabo Verde-Cinco cidadãos sírios detidos, sábado último, no aeroporto internacional da Cidade da Praia, em Cabo Verde, com passaportes falsos, foram reconduzidos para Dacar (Senegal), donde vinham num voo da companhia aérea senegalesa Air Senegal.
 
A notícia, divulgada em primeira mão pela Rádio de Cabo Verde (RCV), dava conta que os cinco Sírios, com idade compreendida entre os 35 e os 45 anos, pretendiam embarcar, a partir da capital cabo-verdiana, para as ilhas Canárias para, depois, seguirem para um outro destino na Europa.
 
No entanto, os serviços da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto internacional Nelson Mandela, notaram que os mesmos eram portadores de passaportes falsos. Três deles pretendiam passar como cidadãos suecos, ao passo que um como francês e outro como lituano, de acordo com a Direcção de Estrangeiros e Fronteiras.
 
Os viajantes foram retidos nas próprias instalações do aeroporto para a sua posterior recondução ao ponto de partida donde viajaram para a capital cabo-verdiana. A rádio pública cabo-verdiana, que cita fontes oficiais, revelou também que este não foi o primeiro caso de cidadãos sírios desejosos de ir para a Europa com escala em Cabo Verde, aludindo a uma família síria que conseguiu chegar a Lisboa via Cidade da Praia e que, depois, pediu asilo às autoridades portuguesas.
 
O caso mais mediático de tentativa de cidadãos da Síria, país que vive actualmente uma situação de guerra civil que já provocou vários milhares de mortos e de refugiados, aconteceu a 10 de Dezembro de 2013, na Guiné-Bissau.
 
Naquela ocasião, a companhia aérea portuguesa TAP foi obrigada, pelas autoridades dos serviços de fronteira local, a embarcar, num voo da capital da Guiné-Bissau para Lisboa, 74 passageiros sírios, detentores de passaportes turcos falsificados.
 
Os viajantes acabaram por ser detidos ao chegarem à fronteira, na capital portuguesa, e colocados sob custódia das autoridades enquanto aguardam pelo desfecho do processo relativo ao pedido de concessão de estatuto de refugiado político por parte de Portugal.
 
Na sequência do incidente, a TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau, uma decisão que foi interpretada pelo Governo português como uma grave falha de segurança no aeroporto internacional de Bissau.

África:Um Continente Muito Exigente


África-Para construir um negócio em África com as mesmas dimensões do que foi conseguido na China ou na Índia, ou outros mercados emergentes para onde as empresas se voltaram há décadas demorará mais tempo, isto porque “África é um lugar exigente para fazer negócios, exigindo mais das empresas do que outros mercados”, conclui um estudo elaborado pela empresa de consultoria global The Bonston Consulting Group (BCG).
 
Para vencer nesse mercado, adianta a BCG, “é preciso fazer os investimentos certos, no momento certo, e com a abordagem certa”. Ou seja, as empresas que querem vencer em África têm que ter em conta cinco realidades próprias desse continente.
 
Primeiro, ter em conta que o ambiente de negócios atual é desafiador e significa que hoje há menos concorrência do que noutros mercados, mas “isso não vai durar”, por isso, “o tempo para entrar em África é agora, mas para ter sucesso as empresas terão que garantir que os seus altos executivos estão completamente empenhados na operação, com deslocações a esses mercados”.
 
As empresas devem ter em conta que precisam de abordar a diversidade africana, isto é, o continente é uma coleção de diferentes mercados. Clusters de países africanos partilham língua, cultura, fronteiras e acordos de comércio e financeiros, mas “todos eles exigem diferentes abordagens para a estratégia, organização e negócios”.
 
Os empresários que querem apostar em África devem pensar em construir agora os recursos para 2020, isto porque os riscos políticos e económicos permanecem em muitos mercados.
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ministro guineense Fernando Vaz candidato a primeiro-ministro pelo Fórum Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-O ministro de Estado e porta-voz do Governo de transição na Guiné-Bissau, Fernando Vaz, é o escolhido pelo grupo de 23 partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau para candidato a primeiro-ministro nas eleições gerais de 16 de Março.
Foi o próprio Fernando Vaz quem o revelou na sequência de uma reunião do Fórum Guiné-Bissau, realizada no domingo em Bissau, na qual ficou também decidido que Afonso Té será o candidato do grupo para a Presidência da República.
 
Líder da União Patriótica Guineense (UPG), Fernando Vaz disse que a meta do Fórum é atingir o poder e trabalhar para mudar a imagem interna e externa da Guiné-Bissau.
 
"A nossa grande aposta é tirar a Guiné-Bissau do buraco em que se encontra, melhorar a imagem interior e exterior do país, dos políticos e fazermos aquilo que é o normal em toda parte do mundo, isto é: levar a cabo políticas que conduzam a um crescimento económico e bem-estar de todos", afirmou Fernando Vaz.
 
O candidato disse acreditar que não será difícil "mudar a Guiné-Bissau" estando o Fórum Guiné-Bissau no poder a partir das eleições gerais de 16 de Março.
 
"Queremos promover uma forma diferente de governar o país, o que não é difícil, pois passados 40 anos desde a independência estamos a marcar o passo no mesmo sítio", observou Vaz.
 
Candidato à presidência do país, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), afirmou que o Fórum Guiné-Bissau pretende assumir o poder por via democrática e desta forma desencorajar golpes de Estado no país.
 
"Para nós, do Fórum, queremos que este seja o ultimo golpe de Estado" na Guiné-Bissau, disse Afonso Té, referindo-se ao levantamento militar de Abril de 2012 do qual resultou o atual Governo de transição, em que é conselheiro do primeiro-ministro para a área da Defesa e Segurança.
 
O grosso de partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau é constituído por apoiantes desde a primeira hora do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012, que destituiu os órgãos eleitos.
 
"Sabemos que o ambiente não é propício, mas vamos trabalhar para acabar com a bipolarização do poder na Guiné-Bissau, que tem sido muito nociva para a democracia e para o próprio país", observou Té, aludindo ao PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e ao PRS (Partido da Renovação Social).
 
Juntas, as duas forças políticas representam cerca de 95 por cento de assentos na Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense).

Egipto Diz Sim a Nova Constituição da República

Egipto-Referendo no Egipto dá vitória à nova constituição. O “Sim” venceu, amplamente, mas o número de votantes ficou nos cerca de 38% dos eleitores. Ainda assim, este resultado ultrapassa o conseguido no referendo constitucional de 2012, ainda com Mohamed Morsi. 98% dos votantes deram, assim, o seu aval ao novo documento.
 
Os jovens foram aqueles que decidiram não participar neste referendo. O governo justifica o fenómeno com o facto de se estar a passar por um período de exames escolares. Contas feitas o resultado é, de todas as formas, positivo:
 
“A maioria das pessoas votou “sim” porque está cansada e muitos acreditam que a nova constituição vai melhorar os padrões de vida. Alguns votaram “não” e temem a Irmandade Muçulmana”, explica o diretor da Rede Árabe para a Informação dos Direitos do Homem, Gamal Eid.
 
Para a representante da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o resultado desta votação demonstra o apoio da população ao processo em curso no país.

Sudão do Sul: O Exército Recupera o Controlo de Bor

Sudão do Sul-O governo do Sudão do Sul autorizou os jornalistas a viajar até à cidade de Bor, cujo controlo foi recuperado sábado pelas tropas governamentais.
 
Apesar de continuar a enfrentar os rebeldes em Malakal, o exército regular assumiu o controlo de Bor, capital do estado petrolífero de Jonglei, duas semanas depois de ter lançado uma ofensiva contra as forças rebeldes fiéis ao antigo vice-presidente Riek Machar.
 
Desde o início do conflito no território sul-sudanês, em meados de dezembro último, a cidade de Bor, a 200 quilómetros a norte da capital Juba, tem sido controlada alternadamente pelas forças governamentais e pelos rebeldes e é um dos principais cenários dos confrontos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ctalunha Aprova Data Para Referendo Sobre à Independência


Espanha-O chefe do governo regional da Catalunha está determinado a convocar o referendo sobre a independência da região.
 
Após mais de um ano de conflito aberto com o governo central de Madrid, o governador Artur Mas fixou, com o apoio da maioria no parlamento regional, a data de 09 de novembro de 2014 para a consulta.
 
Decidido a defender o projeto no exterior, Artur Mas enviou uma carta aos líderes dos países da União Europeia, na qual defende que a consulta poderia ser organizada de acordo com a Constituição, desde que Madrid mostre alguma vontade política.
 
O que pensa o presidente da Comissão Europeia:
“Se há um território de um país que pretende sair desse país é um outro Estado. E teria que pedir, se o desejasse, a adesão à União Europeia e outros países teriam que aceitá-lo para que ele seja membro”.
 
No entanto, o líder do governo espanhol conservador, Mariano Rajoy, respondeu imediatamente de Madrid que o voto é inconstitucional e não deverá acontecer.
 
A Catalunha, uma das mais ricas das 17 regiões autónomas de Espanha com uma forte cultura linguística entre os seus 7,5 milhões de habitantes, tem manifestado um forte impulso para a independência em grande parte como resultado da crise económica que tem alimentado o ressentimento contra o governo central.