segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Egipto Diz Sim a Nova Constituição da República

Egipto-Referendo no Egipto dá vitória à nova constituição. O “Sim” venceu, amplamente, mas o número de votantes ficou nos cerca de 38% dos eleitores. Ainda assim, este resultado ultrapassa o conseguido no referendo constitucional de 2012, ainda com Mohamed Morsi. 98% dos votantes deram, assim, o seu aval ao novo documento.
 
Os jovens foram aqueles que decidiram não participar neste referendo. O governo justifica o fenómeno com o facto de se estar a passar por um período de exames escolares. Contas feitas o resultado é, de todas as formas, positivo:
 
“A maioria das pessoas votou “sim” porque está cansada e muitos acreditam que a nova constituição vai melhorar os padrões de vida. Alguns votaram “não” e temem a Irmandade Muçulmana”, explica o diretor da Rede Árabe para a Informação dos Direitos do Homem, Gamal Eid.
 
Para a representante da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o resultado desta votação demonstra o apoio da população ao processo em curso no país.

Sudão do Sul: O Exército Recupera o Controlo de Bor

Sudão do Sul-O governo do Sudão do Sul autorizou os jornalistas a viajar até à cidade de Bor, cujo controlo foi recuperado sábado pelas tropas governamentais.
 
Apesar de continuar a enfrentar os rebeldes em Malakal, o exército regular assumiu o controlo de Bor, capital do estado petrolífero de Jonglei, duas semanas depois de ter lançado uma ofensiva contra as forças rebeldes fiéis ao antigo vice-presidente Riek Machar.
 
Desde o início do conflito no território sul-sudanês, em meados de dezembro último, a cidade de Bor, a 200 quilómetros a norte da capital Juba, tem sido controlada alternadamente pelas forças governamentais e pelos rebeldes e é um dos principais cenários dos confrontos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ctalunha Aprova Data Para Referendo Sobre à Independência


Espanha-O chefe do governo regional da Catalunha está determinado a convocar o referendo sobre a independência da região.
 
Após mais de um ano de conflito aberto com o governo central de Madrid, o governador Artur Mas fixou, com o apoio da maioria no parlamento regional, a data de 09 de novembro de 2014 para a consulta.
 
Decidido a defender o projeto no exterior, Artur Mas enviou uma carta aos líderes dos países da União Europeia, na qual defende que a consulta poderia ser organizada de acordo com a Constituição, desde que Madrid mostre alguma vontade política.
 
O que pensa o presidente da Comissão Europeia:
“Se há um território de um país que pretende sair desse país é um outro Estado. E teria que pedir, se o desejasse, a adesão à União Europeia e outros países teriam que aceitá-lo para que ele seja membro”.
 
No entanto, o líder do governo espanhol conservador, Mariano Rajoy, respondeu imediatamente de Madrid que o voto é inconstitucional e não deverá acontecer.
 
A Catalunha, uma das mais ricas das 17 regiões autónomas de Espanha com uma forte cultura linguística entre os seus 7,5 milhões de habitantes, tem manifestado um forte impulso para a independência em grande parte como resultado da crise económica que tem alimentado o ressentimento contra o governo central.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Europa Dá Mais 165 Milhões à Síria


Síria-A Conferência Internacional de Doadores, que se realiza no Kuwait, esta quarta-feira, 15 de Janeiro, vai dar uma resposta à crise humanitária que se vive na Síria, com o anúncio de ajudas adicionais por parte da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos da América (EUA). A Comissão Europeia promete um reforço de 165 milhões de euros e os norte-americanos doarão mais 278 milhões.

Com este novo financiamento, o executivo comunitário eleva para 1,1 mil milhões de euros o total de ajudas desde o início da guerra civil, mas esta verba ultrapassa os dois mil milhões se forem somadas as contribuições dos Estados membros, entre 2011 e 2013.
 
Antes do encontro, a comissária de Ajuda Humanitária da UE, Kristalina Georgieva, manifestou-se esperançada no anúncio de mais doações, «a única forma de evitar a deterioração desta crise humanitária massiva».

Georgieva, citada pelas agências internacionais, recordou que o número de refugiados e deslocados multiplicou-se por «quatro ou cinco vezes nos últimos 12 meses» e que «as pessoas que permaneceram na Síria, onde a violência e a morte são uma realidade diária, travam uma luta constante pela sobrevivência».

Segundo dados da ONU, o número de pessoas a precisar de ajuda dentro da Síria aumentou cerca de 230 por cento, no último ano, atingindo agora os 9,3 milhões. A quantidade de deslocados internos subiu 540 por cento, até aos 6,5 milhões, e o número de refugiados nos países vizinhos – Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque, Egito e nações do Norte de África – eleva-se para 2,3 milhões, o que representa um aumento de 460 por cento num ano.
 

Tribuna Internacional Julga Presumíveis Assassinos de Rafik Hariri


Haia-Em Haia, Holanda, o julgamento à revelia dos presumíveis autores do assassínio do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri é considerado “sem precedentes”.
 
Quatro suspeitos do movimento libanês Hezbollah, aliado do regime sírio vão ser julgados à revelia a partir desta quinta-feira, pelo atentado que provocou a morte ao chefe do governo e de outras 22 pessoas, no dia 14 de Fevereiro de 2004 em Beirute.
 
Esta especialista em Justiça internacional e direitos humanos refere: “ Sabemos há muitas pessoas prontas a cometer assassinatos políticos, com objetivos políticos. É por isso que eu não acho que este tipo de crime vá desaparecer no Líbano porque fizemos este julgamento em tribunal”
 
Apesar do longo inquérito do Tribunal Especial para o Líbano e da ausência dos acusados o processo é considerado indispensável para o apuramento da verdade.
 
O Hezbollah já acusou o tribunal especial de ser um “instrumento político” dos Estados Unidos e de Israel e recusa entregar os elementos alegadamente envolvidos no atentado.
 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

França: Hollande Mete o Socialismo na Gaveta

França-O fim das quotizações familiares das empresas, a redução dos custos do trabalho, simplificação da burocracia e do sistema fiscal, cortes profundos na despesa pública, tudo até 2017: François Hollande não só meteu o socialismo na gaveta, como declarou ser “social-democrata”, mas os chefes de redação queriam era saber das alegadas infidelidades do presidente francês.
 
“Os assuntos privados tratam-se em privado”, respondeu o presidente à primeira pergunta que lhe foi colocada por um dos cerca de 600 jornalistas presentes no Eliseu para a tradicional conferência de imprensa do ano novo. François promete esclarecimentos sobre a situação conjugal “dolorosa” que atravessa antes da visita aos Estados Unidos, já em Fevereiro.
 
De regresso à economia, Hollande recordou que “em 2014, o que está em jogo não é simplesmente que a França recupere o crescimento (…) mas que o crescimento seja o mais vigoroso possível” e isso só irá acontecer “com a mobilização de todos e nomeadamente das empresas”.
 
Já este ano, o presidente francês promete poupar às empresas 15 mil milhões de euros para participar na redução dos custos do trabalho. Até 2017, são 50 mil milhões de euros que vão ser cortados na despesa pública. Em troca, Hollande exige a criação de empregos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Bruxelas Não Quer Guiné-Bissau na Cimeira UE-África

Cimeira UE-África-A União Europeia não convidou a "Guiné-Bissau, Madagáscar e a República Centro-Africana para participarem na Cimeira União Europeia - África, que se realiza em Bruxelas, a 2 e 3 de Abril, porque estes países estão suspensos pela União Africana. Além disso Bruxelas não reconhece" os Governos que actualmente estão no poder, disse ao Expresso fonte da União Europeia.
 
"Se daqui até à data da cimeira a situação destes países evoluir de forma positiva, poderão vir a ser convidados", para a reunião de 2 e 3 de Abril.
 
Na Cimeira UE-África têm assento todos os 28 Estados-membros da União Europeia e mais de cinquenta países da União Africana, à exceção da República Saharaui, que Bruxelas não reconhece como Estado independente.
 
Na cimeira ao nível de chefes de Estado ou de Governo participam como observadores países que tenham relações com África - como é o caso dos EUA, China e Japão, entre outros - e organizações como as Nações Unidas, o Banco Europeu de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento.
 
A primeira cimeira União Europeia/África teve lugar em Portugal como um dos principais promotores e realizou-se em 2000, no Cairo, altura em que as duas partes expressaram o empenho em criar as condições para dar uma nova dimensão às relações entre os dois continentes.
 
A segunda realizou-se em Lisboa, em 2007, e permitiu equilibrar as relações entre África e Europa, avançando-se das tradicionais doações para um sistema de parceria económica, de forma a enfrentar os novos desafios e as novas oportunidades geradas pela globalização da economia.