quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Tribuna Internacional Julga Presumíveis Assassinos de Rafik Hariri


Haia-Em Haia, Holanda, o julgamento à revelia dos presumíveis autores do assassínio do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri é considerado “sem precedentes”.
 
Quatro suspeitos do movimento libanês Hezbollah, aliado do regime sírio vão ser julgados à revelia a partir desta quinta-feira, pelo atentado que provocou a morte ao chefe do governo e de outras 22 pessoas, no dia 14 de Fevereiro de 2004 em Beirute.
 
Esta especialista em Justiça internacional e direitos humanos refere: “ Sabemos há muitas pessoas prontas a cometer assassinatos políticos, com objetivos políticos. É por isso que eu não acho que este tipo de crime vá desaparecer no Líbano porque fizemos este julgamento em tribunal”
 
Apesar do longo inquérito do Tribunal Especial para o Líbano e da ausência dos acusados o processo é considerado indispensável para o apuramento da verdade.
 
O Hezbollah já acusou o tribunal especial de ser um “instrumento político” dos Estados Unidos e de Israel e recusa entregar os elementos alegadamente envolvidos no atentado.
 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

França: Hollande Mete o Socialismo na Gaveta

França-O fim das quotizações familiares das empresas, a redução dos custos do trabalho, simplificação da burocracia e do sistema fiscal, cortes profundos na despesa pública, tudo até 2017: François Hollande não só meteu o socialismo na gaveta, como declarou ser “social-democrata”, mas os chefes de redação queriam era saber das alegadas infidelidades do presidente francês.
 
“Os assuntos privados tratam-se em privado”, respondeu o presidente à primeira pergunta que lhe foi colocada por um dos cerca de 600 jornalistas presentes no Eliseu para a tradicional conferência de imprensa do ano novo. François promete esclarecimentos sobre a situação conjugal “dolorosa” que atravessa antes da visita aos Estados Unidos, já em Fevereiro.
 
De regresso à economia, Hollande recordou que “em 2014, o que está em jogo não é simplesmente que a França recupere o crescimento (…) mas que o crescimento seja o mais vigoroso possível” e isso só irá acontecer “com a mobilização de todos e nomeadamente das empresas”.
 
Já este ano, o presidente francês promete poupar às empresas 15 mil milhões de euros para participar na redução dos custos do trabalho. Até 2017, são 50 mil milhões de euros que vão ser cortados na despesa pública. Em troca, Hollande exige a criação de empregos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Bruxelas Não Quer Guiné-Bissau na Cimeira UE-África

Cimeira UE-África-A União Europeia não convidou a "Guiné-Bissau, Madagáscar e a República Centro-Africana para participarem na Cimeira União Europeia - África, que se realiza em Bruxelas, a 2 e 3 de Abril, porque estes países estão suspensos pela União Africana. Além disso Bruxelas não reconhece" os Governos que actualmente estão no poder, disse ao Expresso fonte da União Europeia.
 
"Se daqui até à data da cimeira a situação destes países evoluir de forma positiva, poderão vir a ser convidados", para a reunião de 2 e 3 de Abril.
 
Na Cimeira UE-África têm assento todos os 28 Estados-membros da União Europeia e mais de cinquenta países da União Africana, à exceção da República Saharaui, que Bruxelas não reconhece como Estado independente.
 
Na cimeira ao nível de chefes de Estado ou de Governo participam como observadores países que tenham relações com África - como é o caso dos EUA, China e Japão, entre outros - e organizações como as Nações Unidas, o Banco Europeu de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento.
 
A primeira cimeira União Europeia/África teve lugar em Portugal como um dos principais promotores e realizou-se em 2000, no Cairo, altura em que as duas partes expressaram o empenho em criar as condições para dar uma nova dimensão às relações entre os dois continentes.
 
A segunda realizou-se em Lisboa, em 2007, e permitiu equilibrar as relações entre África e Europa, avançando-se das tradicionais doações para um sistema de parceria económica, de forma a enfrentar os novos desafios e as novas oportunidades geradas pela globalização da economia.


Presidente e Primeiro-ministro da República Centro-Africana Renunciam

República Centro-Africana-O presidente interino da República Centro-Africana (RCA), Michel Djotodia, e o primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye, renunciaram sexta-feira passada ao cargo. O anúncio foi feito pelos chefes de Estado que participam da Conferência Extraordinária da África Central, em N'Djamena, capital do Chade, país vizinho da RCA, localizado no Centro-Norte do Continente Africano.
 
Os dirigentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) "tomaram nota da demissão" do presidente e do primeiro-ministro, indica o comunicado final do encontro de cúpula, lido na sessão plenária.
 
A pedido dos líderes africanos, também participam da conferência em N'Djamena, os 135 deputados da RCA. A intenção é elaborar uma proposta sobre o futuro de Djotodia.
 
Em Bangui, capital da RCA, milhares de manifestantes foram para as ruas exigir a saída do presidente de transição, acusado pela comunidade internacional de não conseguir pôr fim à violência que assola o país desde o início de Dezembro.
 
"Queremos que Djotodia se afaste. Precisamos de uma nova pessoa para liderar o país", disse um manifestante, enquanto outro acrescentou que Djotodia deveria "ficar em N'Djamena" e se responsabilizar "por um massacre".
 
Michel Djotodia foi convocado para a conferência e questionado sobre a incapacidade de lidar com a violência entre muçulmanos e cristãos. Segundo a Federação Internacional dos Direitos Humanos, os conflitos na República Centro-Africana fizeram mais de mil mortos no mês passado.
 
Com 4,5 milhões de habitantes, a RCA mergulhou no caos desde o golpe de Estado, em Março passado, organizado pela coligação rebelde Séléka, que afastou do poder o presidente François Bozizé e declarou Michel Djotodia novo presidente do país.
 
Cerca de 1.600 soldados franceses e 4 mil soldados africanos tentam restabelecer a ordem e restaurar a segurança na antiga colônia francesa. 

Egipto Leva a Nova Constituição a Referendo e Apela à participação

 
Egipto-O Egipto coloca em referendo, esta terça e quarta-feira, a aprovação de um novo texto para a Constituição do país, depois de a última revisão ter sido votada e aprovada sob o governo do presidente, entretanto deposto e detido, o muçulmano Mohamed Morsi, mas com quase 70 por cento de abstenção nas mesas de voto. A participação popular é, por isso, uma das grandes prioridades neste regresso dos egípcios às urnas.
 
Nas ruas, têm sido muitas as manifestações de apoio ao “sim” ao novo texto e, por arrasto, também ao regime militar que o elaborou depois de tomar conta do país após a deposição de Morsi em Julho passado. O apelo da oposição islâmica ao “não” e, sobretudo, ao boicote ao referendo, tem sido, por outro lado, de acordo com algumas testemunhas, reprimido pelas autoridades, numa atitude apontada como antidemocrática.
 
Muitos egípcios estão, porém, ao lado do regime militar de transição no país e, ao mesmo tempo que apelam à participação no referendo, têm vindo também a apelar ao general Al Sisi, que lidera o atual governo, para que seja candidato nas próximas eleições presidenciais.
 
Para o analista político e editor-chefe do jornal cristão “Al Watani”, Youssef Sidhom, o apoio popular a Al Sisi tem explicação “pelo papel que ele teve a 30 de Junho, ao apoiar o povo no golpe de Estado e pela forma como a ala militar apoiou a vontade popular”.
 
A ala islâmica de apoio ao presidente Mohamed Morsi não baixa, contudo, os braços e, entre os apelos ao boicote neste referendo, têm-se manifestado também pelo respeito ao texto da Constituição aprovado anteriormente.
 
Há quatro dias registaram-se, inclusive, confrontos com apoiantes da Irmandade Muçulmana. Pelo menos, 17 pessoas morreram em todo o Egito.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

EUA: Fraude na Atribuição de Incapacidade por Traumas Devidos de 11 de Setembro


EUA-Oitenta polícias e bombeiros reformados de Nova Iorque foram acusados de fraude à Segurança Social, após simularem incapacidade por sofrerem traumas devido aos atentados do 11 de setembro.
 
A ata de acusação assinala que os organizadores deste esquema dirigiram centenas de solicitações ao Seguro de incapacidade da Segurança Social e mentiram sobre as suas condições mentais.
 
O comissário do departamento de polícia de Nova Iorque referiu que os acusados “desonram” os que verdadeiramente sofreram com o 11 de setembro.
 
“Estas detenções são um esforço para que a memória de quem contribuiu com a vida e a saúde durante o 11 de Setembro, não seja conspurcada com as ações destes 72 antigos membros da polícia de Nova Iorque”, disse William Bratton.
 
Os acusados recebiam anualmente entre 22.000 a 37.000 euros, por estarem totalmente incapacitados, no entanto em várias redes sociais da internet exibiam fotografias onde a realidade era bem mais agradável.
 
A acusação refere ainda que ao longo dos anos este esquema custou aos contribuintes centenas de milhões de dólares.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Israel: Emigrantes Africanos Protestam em Tel Aviv

Israel-Em Tel Aviv, milhares de imigrantes africanos, maioritariamente oriundos do Sudão e da Eritreia, protestaram contra a prisão de compatriotas detidos como trabalhadores ilegais e pediram a sua libertação.
 
Os protestos surgem após Israel ter adotado em 10 de Dezembro uma lei que permite deter até um ano, sem processo, imigrantes clandestinos.
 
Vários grupos de Direitos Humanos apontam para mais de 300 detenções desde então.
 
“Pedimos ao governo israelita três coisas simples. A primeira é cancelar a nova lei e a libertação dos detidos. A segunda, tratar e analisar com transparência e de forma justa os nossos pedidos de asilo. Em terceiro lugar, dar os direitos humanos básicos incluindo o direito ao trabalho, ao serviço de saúde, etc.”, afirmou um imigrante vindo da Eritreia.
 
“O problema reside no facto de pessoas que clamam por direitos humanos terem vindo para um país democrático em busca de alguma segurança, serem tratadas como prisioneiros, como criminosos, como cancros. Em Israel há quem lhes chame cancro”, disse uma estudante israelita.
 
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sublinhou que “não se trata de refugiados, mas de pessoas que infringem a lei e que serão tratadas como tal”. Segundo as autoridades israelitas, desde 2006 cerca de 60 mil imigrantes, entraram em Israel através da fronteira com o Egito.