quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sudão do Sul: O Presidente Sugere Diálgo Enquanto Combates se Alastram

Sudão do Sul-Os combates que fizeram 500 mortos e milhares de deslocados desde domingo passado na capital do Sudão do Sul alastram-se agora para as províncias circundantes de Juba.
 
Depois da ONU ter denunciado a violência, o presidente Salva Kiir propõe agora dialogar com o ex-vice-presidente Riek Machar, que acusa de liderar a tentativa falhada de golpe de Estado.
 
Segundo as Nações Unidas, os confrontos entre as diferentes fações militares deslocaram-se de Juba para pelo menos quatro províncias  do país.
 
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, apelou ao governo para “cooperar plenamente” com a missão das Nações Unidas no país e “com o seu mandato de proteção, que inclui assistência básica aos civis e investigações a alegações de abusos dos direitos humanos nos últimos dias”.
 
Entre 15 e 20 mil pessoas fugiram aos combates, procurando refúgio nas instalações das Nações Unidas em Juba.
 
O regime do Sudão do Sul rejeitou as afirmações da ONU sobre o risco de um novo conflito étnico, sublinhando que os combates têm uma origem política.

Vinte e Oito Obtêm Importante Acordo Sobre a União Bancária

Bruxelas-Os líderes europeus chegam a Bruxelas com um importante acordo no bolso: na véspera da última Cimeira do ano, os ministros das Finanças dos Vinte e Oito concluíram um importante acordo sobre a união bancária, destinado a evitar uma nova crise financeira na zona euro.
 
O comissário europeu responsável pelo Mercado Interno, Michel Barnier, explicou que estão a “introduzir mudanças revolucionárias no setor financeiro da Europa, para que os contribuintes não voltem a ter de pagar a factura quando os bancos fazem erros ou enfrentam crises, pondo fim à era dos planos de resgate massiços”.
 
O acordo vai permitir a criação de um mecanismo único de resolução, encarregue de organizar a eventual falência de bancos da zona euro.
 
Este mecanismo deverá entrar em vigar em 2015 e será completada com um fundo único financiado pelo próprio setor bancário.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sudão do Sul: 500 Mortos e 16000 Refugiados em Três Dias de Combates


Sudão do Sul-A ONU diz que pelo menos 500 pessoas perderam a vida e outras oitocentas ficaram feridas nos últimos três dias de combates no Sudão do Sul, na sequência da tentativa falhada de golpe de Estado.
 
O governo de Juba anunciou ter detido dez importantes figuras políticas e ordenado a captura do ex-vice-presidente Riek Machar, acusado de liderar a ação contra o poder.
 
Apesar das informações avançadas pelas Nações Unidas, com base em fontes hospitalares, o ministro da Defesa do Sudão do Sul disse que “a tranquilidade regressou à capital e o Exército tem a situação sob controlo”.
 
Numa das bases da ONU em Juba, o ministro da Informação também afirmou que “já não há combates”, acrescentando que “agora, devem voltar todos para casa”.
 
Mas, receosas e desconfiadas das informações avançadas, cerca de 16.000 pessoas procuraram refúgio nos últimos dias nos complexos das Nações Unidas. Um número que, segundo a ONU, continua a aumentar.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Guiné-Bissau Anuncia que Vai Criar Companhia Aérea



Guiné-Bissau-Guiné-Bissau prepara-se para "muito brevemente" criar a sua própria companhia aérea, anunciou o presidente do conselho de administração da Agência de Aviação Civil, Nuno Na Bian.

Sem apontar datas nem outros detalhes, aquele responsável afirmou, no domingo passado, que o Governo de transição "está a trabalhar afincadamente" na concretização da ideia.
"Como se pode ver recentemente, a TAP cancelou os voos para Bissau. Temos problemas para ter voos para Dacar. Este governo de transição, em colaboração com outras instituições, tem vindo a trabalhar na busca de soluções", referiu Na Bian.
As declarações surgem depois de autoridades guineenses terem forçado a tripulação da TAP do voo Bissau - Lisboa de terça-feira última a levar 74 passageiros com passaportes falsos para Lisboa.
A situação foi classificada como um grave incidente pelas autoridades portuguesas e europeias e levou à suspensão dos voos directos da TAP entre os dois países.
Sobre o caso, Na Bian remeteu qualquer comentário para o Governo de transição. Este responsável pela aviação civil na Guiné-Bissau vê a criação de uma companhia como resposta para o que diz ser o "isolamento" do país em termos de transportes aéreos.
"A criação de uma companhia inteiramente nacional ou em parceria com outras companhias aéreas que existem pelo mundo, com direito ao tráfego [aéreo], com o nome da Guiné-Bissau, é uma saída", defendeu Nuno Na Bian.

Já Está Formada Grande Coligação na Alemanha

Alemanha-Na Alemanha, tomou posse o novo governo de Angela Merkel, um regresso à grande coligação que junta os democratas cristãos da CDU/CSU aos sociais democratas do SPD.
 
Mesmo se o partido de Merkel teve uma votação histórica nas últimas eleições, a quebra da votação nos tradicionais aliados do FDP obrigaram a CDU a coligar-se novamente com os rivais.
 
Sigmar Gabriel, líder do SPD, consegue o cargo de vice-chanceler e o super-ministério da Economia e Transição Energética.
 
“Uma grande coligação é uma coligação para grandes tarefas. Juntos, queremos fazer com que as pessoas, em 2017, estejam numa situação melhor que agora”, afirmou Angela Merkel.
 
Outra novidade neste novo governo é a nomeação de uma mulher de origem turca, Aydan Özoguz, para o cargo de secretária de Estado da Integração, dos Refugiados e das Migrações.

Educação é Uma das Prioridades da Nova Presidente de Chile


Chile-Um dia depois de vencer as presidenciais no Chile, Michelle Bachelet prometeu importantes reformas fiscais e definiu a Educação como uma das grandes prioridades do seu regresso à chefia do Estado.
 
No domingo, a candidata socialista obteve o melhor resultado de qualquer presidencial chilena desde o fim da ditadura de Pinochet.
 
Segunda-feira última, Bachelet frisou que um dos pastos mais importantes do seu governo será “o do Ministro da Educação. Terá de ser alguém com uma grande motivação para avançar com as reformas educativas e que responda claramente aos desejos e sonhos dos estudantes”.
 
Bachelet foi ontem recebida pessoalmente pelo presidente cessante, Sebastián Piñera, que a tinha substituído no cargo há quatro anos.
 
Os Estados Unidos felicitaram a candidata socialista e disseram esperar dar continuidade à “colaboração próxima” que mantiveram com o governo de Piñera.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Povo da África do Sul Ingressa em Período de Perigosa Incerteza Política

África do Sul Pós-Mandela--No momento em que se despede de Mandela, a África do Sul ingressa em um período de perigosa incerteza política.
Enquanto os sul-africanos ficam horas na fila para velar Nelson Mandela, os bastidores políticos estão agitados. A partir desta segunda-feira, depois de terminar o funeral, uma nova era vai começar. Uma era incerta.
No próximo ano haverá eleições presidenciais na África do Sul. A primeira sem a presença e sem a influência de Mandela. Por isso, o ANC, partido que está no poder desde o fim do apartheid, terá uma guerra interna pelo legado político do herói do país

O ANC - Congresso Nacional Africano - se mistura com a luta contra a segregação racial. Muitos que homenagearam Mandela na semana passada usavam as cores e símbolos do partido.
O actual governo, do presidente Jacob Zuma, enfrenta uma queda de popularidade jamais vista. Com denúncias de corrupção, Zuma sofreu a humilhação de ser vaiado na cerimônia de terça-feira, no Soccer City.
Zuma dificilmente vai continuar no poder. Há pelo menos seis políticos de olho no seu cargo dentro do ANC. Um deles, o ex-presidente Thabo Mbeki, que substituiu Mandela em 1999.
Também há uma nova força política no cenário. Julius Malema, que foi expulso do ANC, criou o Partido dos Combatentes da Liberdade Econômica. Malema tem um discurso populista, radical e racista contra a minoria branca. Ele apareceu em frente à casa de Mandela e se coloca como herdeiro de Madiba.
Duas décadas depois do fim da política de segregação racial, a África do Sul tem graves problemas sociais. O maior deles é o desemprego, em torno de 25%. Não é possível mais botar a culpa no governo dos opressores do apartheid.
A população começa a perceber isso e também que não haverá mais um Mandela. Terão que se conformar com a liderança de políticos normais e com um ano de incertezas.