segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Acnur Diz que 62 Mil Chegaram ao Iémen Através do Golfo de Aden em 2013

Acnur-O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, alertou que 62 mil pessoas chegaram ao Iémen este ano, ao atravessar o Golfo de Aden.
 
A agência continua preocupada com a grande quantidade de pessoas a arriscar a vida na travessia pelo mar, numa viagem considerada perigosa no Corno de África.
 
Rotas Marítimas
 
Segundo o Alto Comissariado da ONU, o número de pessoas que chegam ao país tem aumentado pelos últimos seis anos consecutivos. Este ano, os dados são mais baixos do que em 2012, quando mais de 107 mil realizaram a travessia pelo mar para chegar ao Iémen. 
 
Mesmo assim, o Acnur avisa que o Golfo de Aden continua a ser uma das rotas marítimas mais usadas por migrantes ou pessoas em busca de asilo no mundo inteiro.
 
Desde que a agência da ONU começou a recolher informações sobre o movimento na região, mais de 500 mil pessoas à procura de asilo, refugiados ou migrantes, chegaram ao Iémen pelo mar.
 
Etíopes e Somalís
 
A maioria é composta por etíopes, principalmente devido à difícil situação económica do país. Os cidadãos do país também aproveitam para seguir do Iémen para outros países da região.
 
Os somalís que chegam ao Iémen recebem automaticamente o estatuto de refugiado pelas autoridades do país. O Acnur disse que a travessia da região do Corno de África para o Iémen é uma das mais perigosas.
 
A agência indica que centenas de pessoas, incluindo refugiados sírios, morreram na região nos últimos meses a tentar realizar a travessia do Mediterrâneo para a Europa. 
 
Situação
 
Para lidar com a situação, o Acnur encoraja a cooperação entre os países mais atingidos pelo fluxo de migração. O Alto Comissariado para Refugiados informou que apoia a conferência promovida pelo governo iemenita, marcada para a próxima semana.
 
No encontro, os participantes vão debater a situação do asilo e da migração por toda a região do Corno de África.

Milhares de Imigrantes Ilegais Deixam a Arábia Saudita


Arábia Saudita-Milhares de imigrantes ilegais entregaram-se domingo à polícia  depois de uma noite de confrontos num bairro pobre de Riad, relacionados com a campanha de repressão da imigração clandestina.
 
No sábado à noite, duas pessoas, incluindo um saudita, morreram e 68 ficaram feridas durante confrontos no bairro de Manfouha, onde vivem os imigrantes originários do Corno de África, sobretudo etíopes.
 
Esta onda de violência foi a primeira, depois das autoridades sauditas terem começado a expulsar imigrantes clandestinos depois do fim do prazo (a 4 de Novembro) de sete meses fixado para estes regularizarem a sua situação ou abandonarem o milionário reino petrolífero.
 
Domingo, ao longo de todo o dia, milhares de homens, mulheres e crianças africanas, carregaram malas e embarcaram em dezenas de autocarros disponibilizados pela polícia para que abandonassem Manfouha, no sul de Riad em direcção a centros de acolhimento, montados especialmente para acelerar as formalidades da sua expulsão.
 
No bairro de Manfouha, a polícia não explicou se os autores da violência eram estrangeiros em situação irregular mas anunciou em comunicado ter “retomado o controlo da situação”. Testemunhas disseram que terão sido sauditas e residentes estrangeiros, encorajados pela campanha contra a imigração clandestina, que atacaram com paus e pedras, imigrantes ilegais que acusaram de terem transformado o bairro num “antro de deboche”. A situação de violência acabou por se agravar e a polícia interveio depois de ter avisado que “dava uma oportunidade às pessoas em situação ilegal que desejassem entregar-se a polícia com as suas famílias”.
 
Desde o início de 2013, já deixaram a Arábia Saudita mais de 900 mil estrangeiros em situação irregular. No reino de 27 milhões de habitantes, nove milhões são imigrantes, mas o governo quer diminuir esse número para favorecer o emprego de sauditas, num país com uma taxa de desemprego de 12,5%.
 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Estátua de Chavéz Inagurada na Bolívia

Bolívia-A estátua, de três metros de altura foi inaugurada quarta passada na avenida principal da cidade de Riberalta, na Bolívia. Hugo Chávez, o antigo presidente da Venezuela, aparece de uniforme militar, com a mão direita no peito e a esquerda estendida.
 
Na cerimónia esteve presente o presidente boliviano Evo Morales. Chávez é considerado um benemérito na cidade depois de ter contribuído para vários projetos sociais.

Análises Indicam Envenenamento de Yasser Arafat Com Polónio

 
Palestina-“Yasser Arafat foi envenenado com polónio”. Quem o afirma é Saha, a viúva do líder histórico da Organização de Libertação da Palestina (OLP), com base no relatório das análises efetuadas ao cadáver pelo Instituto de Radiofísica de Lausana, na Suíça.
 
Segundo o relatório (que a Al-Jazeera publicou aqui), “os resultados indicam moderadamente a hipótese de a morte ter sido consequência de um envenenamento com polónio-210.”
 
“O veneno deve ter sido colocado no chá, no café ou na água. Alguém que esteve próximo dele, deve ter-lho dado. Por isso, é difícil de acreditar, mas deve ter sido alguém próximo”, aventa a viúva.
 
Yasser Arafat morreu há quase 9 anos, a 11 de novembro de 2004, após uma doença curta e misteriosa, num hospital militar francês, para onde fora transferido com o acordo de Israel. Foi enterrado em Ramallah sem autópsia. O corpo foi exumado em novembro de 2012.
 
O comité executivo da Organização de Libertação da Palestina já veio pedir a criação de uma comissão internacional de inquérito. Saha Arafat não tem dúvidas: Trata-se de um “verdadeiro crime, um assassinato político.”

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sede Partidária Vandalizada por Grupo de Desconhecidos na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-A sede da União Patriótica Guineense, partido liderado por Fernando Vaz, um dos três ministros de Estado do governo de transição da Guiné-Bissau, foi vandalizada por um grupo de desconhecidos, anunciou o partido em comunicado.

O ataque à sede da UPG aconteceu às 09.30 horas, em Bissau, depois de um outro ministro de Estado, Orlando Viegas, ter sido espancado, na noite de terça-feira passada, na sua residência, também na capital.

De acordo com um comunicado da UPG, a sede nacional do partido "foi invadida e vandalizada por quatro homens não fardados", que seguiam numa viatura de cabina dupla branca, com vidros escuros e sem matrícula.

Segundo um funcionário da sede, os invasores "perguntaram pelo presidente da UPG" e quanto este respondeu que não estava, "começaram a dirigir palavras insultuosas", rasgaram fotografias de Fernando Vaz e provocaram outros estragos.

Tentaram ainda, sem sucesso, entrar no gabinete do líder do partido, acrescenta o comunicado.

OCDE e Brics Estudam Como Recuperar Dinheiro de Paraísos Fiscais

OCDE-Países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e da África do Sul), por meio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) estudam como apertar o cerco a paraísos fiscais. Em questão está o pagamento de impostos e a fuga de divisas, uma vez que grandes corporações se aproveitam de brechas no sistema tributário internacional para não pagar taxas aos países.

O assunto é tema de encontro do Brics com a OCDE que começou quarta-feira passada no Rio de Janeiro e que se estenderá até a sexta-feira. No evento, os países estudam um programa de ação de 15 pontos elaborados pelo Beps, sigla em inglês para Erosão Tributária e Transferência de Lucro, do Comité de Assuntos Fiscais da OCDE.

O diretor de Política Tributária da OCDE, Pascal Saint-Amans, diz que não é possível precisar qual o montante de recursos que os países deixam de arrecadar com as brechas atuais. Porém, cita levantamento dos Estados Unidos, que identificou U$ 2 trilhões de lucro de empresas americanos não tributados. "Isso dá sinais da quantia de recursos que os países querem recuperar dos paraísos", disse.

No Beps (,base erosion and profit shifting) ou (erosão da base e lucro deslocando) o Brasil propõe que os impostos sejam pagos no país onde o produto foi produzido ou consumido, já que o mercado interno brasileiro é bastante grande. Porém, os países em desenvolvimento avaliam que a tributação deve ser feita onde está a matriz ou a estrutura organizacional que deu origem ao produto.
 
"Temos o debate entre os países emergente e desenvolvidos. Porém, o que está em questão é trazer esse dinheiro de volta para o sistema e depois ver como distribuir. É tempo de parar de encolher a torta", disse Sainta-Amans.

Nas contas do secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto, que participa do evento, o Brasil identificou cerca de R$ 110 bilhões não tributados. Ele explicou que a evasão desse dinheiro significa menos recursos públicos. "Na medida em que se tem um cenário internacional que permite ou facilita que as empresas possam obter vantagens por meio de planejamento tributário agressivo, vantagem essa que é pagar menos tributo sobre a renda, isso prejudica substancialmente vários países, não apenas o Brasil'.

Além disso, por conta da falta de entendimento entre os países, inclusive entre os Brics, ele explicou que a OCDE ainda não publicou nenhuma norma que obrigue a implementação do programa de 15 pontos do Beps pelos países. O plano da OCDE começou a ser elaborado em Setembro deste ano e a previsão é que seja concluído em Dezembro de 2015. Em Março do ano que vem, os Brics se reúnem em Fortaleza, quando devem voltar ao tema.

Espancamento de Ministro "Evidencia Espiral de Violência" na Guiné-Bissau

Bissau- A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) considerou hoje que o espancamento de um membro do Governo de transição "evidencia de forma inequívoca a espiral de violência e insegurança generalizada" na Guiné-Bissau.
 
Em comunicado, a LGDH denuncia a agressão de um dos ministros de Estado do Governo de transição da Guiné-Bissau, Orlando Viegas, que foi espancado por desconhecidos na última noite, tal como avançaram fontes governamentais e das Nações Unidas.
 
Aquele membro do executivo, dirigente nacional do PRS - Partido da Renovação Social, tem a pasta dos Transportes e Comunicações e é um dos três ministros de Estado do Governo de transição guineense.
 
Solidarizando-se com o seu vice-Presidente, a formação política condenou a acção que, sem rodeios, atribuiu aos homens fardados, encapuzados e artilhados com armas automáticas.