quarta-feira, 6 de novembro de 2013

República Democrática de Congo: " o Exército Acaba Com Movimento Rebelde M23"

República Democrática do Congo-O exército congolês conseguiu acabar com a rebelião do M23. Os últimos combatentes do movimento surgido há 18 meses nas montanhas do Norte-Kivu, próximo do Ruando e do Uganda, renderam-se esta terça-feira.
 
É a primeira grande vitória militar do país desde a independência, mas a guerra ainda não acabou, como lembra o porta-voz do exército, Ariu Olivier:
 
“Ainda não é o fim da guerra porque ainda há grupos que detêm armas no território congolês e teremos que os desarmar pela força, se não quiserem fazê-lo pacificamente”.
 
O exército da República Democrática do Congo, que tem vindo a ganhar eficácia e organização, precisou de dez dias para reocupar o território em que estava implantado o M23 e contou com o apoio logístico da força das Nações Unidas no país.
 
Face à derrota, o movimento rebelde anunciou que põe fim à rebelião e que tenciona fazer-se ouvir pela via pacífica.
 
Alguns especialistas alertam para o risco de o vazio deixado no terreno por estes combatentes poder vir a ser ocupado pelas Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), na tentativa de alargar a sua influência sobre os tutsi do leste do Congo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Terminou a Guerra na República Democrática de Congo


República Democrática do Congo-O Governo da República Democrática do Congo anunciou uma vitória, em toda a linha, sobre os guerrilheiros do M23.

Desde quinta-feira que o exército tem vindo a ocupar locais estratégicos, obrigando os guerrilheiros a um recuo e ao abandono de posições importantes.

Os combates intensificaram-se desde então, sobretudo, ao longo de Kivu Norte, onde havia algumas bolsas de resistência.

Kinshasa diz que as forças da ONU controlam agora toda a região.

Um porta voz do M23 disse, entretanto, que o seu movimento depôs às armas e que abdicou, definitivamente, da guerra.

Os grupos de guerrilha já tinham recuado para o território do Ruanda, há cinco dias. Na altura, o M23 disse que se tratava unicamente de uma retirada estratégica, para facilitar um entendimento nas negociações de paz, em Kampala, a capital do Uganda.

Mas o Governo do presidente Kabilá recusou-se a regressar à mesa das negociações. Acusou os rebeldes de continuarem a receber armas e homens vindos do Ruanda e a deslocar populações, para a região ruandesa de Rutshuro, sem dar conhecimento às forças da ONU.
   

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Oposição Sírio Quer Bashar al-Assad Fora do País e Irão Fora das Conversações de Genebra

Síria-O início das negociações em Genebra, para o fim do conflito sírio, continua comprometido.
 
A oposição síria revelou este domingo duas pré-condições que podem dificultar o início dos trabalhos: um calendário para que Bashar al-Assad deixe o poder e a não presença do Irão nas negociações.
 
O presidente da Coligação Nacional Síria, Ahmed Jarba, afirmou no Cairo: “Decidimos não entrar nas negociações de Genebra a não ser com dignidade e enquanto não houver um calendário de transferência de poderes de todas as instituições. Também não queremos o Irão na mesa da mediação”.
 
Os atrasos sucessivos da conferência, denominada Genebra II, têm ficado a dever-se às divisões entre a comunidade internacional sobre a presença do Irão neste processo e às posições antagónicas entre o regime de Assad e os rebeldes.
 
O enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, diz que ainda tem esperança que os obstáculos sejam ultrapassados nas próximas semanas.
 
A conferência está prevista para este mês de novembro. A Liga Árabe lançou um apelo à oposição síria para que compareça em Genebra, apesar das divergências.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Milionários em África Vão Quase Duplicar até 2018

África-O número de milionários em África vai quase duplicar nos próximos cinco anos, um crescimento que será o segundo maior em todo o mundo até 2018, atrás da China apenas. Segundo um estudo do banco Crédit Suisse, o número de indivíduos com uma fortuna superior a um milhão de dólares no continente africano vai subir de 90 mil este ano para 163 mil em 2018, um aumento de 81%, muito acima do crescimento global de milionários, que irá aumentar 50%.
 
De acordo com o Global Wealth Report 2013, nos próximos cinco anos o continente africano irá produzir mais 73 mil novos milionários, à medida que a economia regista uma das maiores taxas de expansão em todo o mundo nos sectores das matérias-primas, infra-estruturas ou telecomunicações.
 
Até 2018, África será assim a segunda região com o ritmo mais elevado de crescimento de milionários, só ultrapassada pela China.
 
O país asiático, que detém o maior mercado interno mundial, vai ver o número de milionários subir 88%, de 1,1 milhões para 2,1 milhões nos próximos cinco anos. De acordo com o Crédit Suisse, serão as economias emergentes as ‘fábricas’ de grandes fortunas nos próximos anos. O número de milionários vai disparar 72% na Ásia-Pacífico, 64% na América Latina e 66% na Índia. Os valores são bastante superiores aos previstos para as economias mais desenvolvidas: crescimento de 41% na América do Norte e de 47% na Europa.
 
O relatório do banco suíço aponta que, apesar do forte crescimento das grandes fortunas em África, o continente continua a acusar uma forte desigualdade entre a população. A região coloca várias individualidades no ranking mundial dos 100 mais ricos, mas mais de 90% da população está no escalão mais baixo de rendimento, os que vivem com menos de 10 mil dólares por ano.
 
Segundo a revista Forbes, Aliko Dangote é o homem mais rico em África e o 76.º em todo o mundo, com uma fortuna de 16 mil milhões de dólares feita no sector dos cimentos. Já Isabel dos Santos é a mulher com maior fortuna no continente, com dois mil milhões de dólares.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Guiné-Bissau Banco Mundial só Paga Salários em Atraso a professores Guineenses em Janeiro

Guiné-Bissau-A comissão, criada em Julho, elaborou uma proposta de Plano de Urgência para vários sectores da Guiné-Bissau, segundo a qual são necessários cerca de cinco milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes
 
Os ordenados em atraso estão a motivar uma greve de professores com a duração de três meses e que arrancou a 28 de Setembro, data em que devia ter começado o ano lectivo, mas as escolas públicas continuam paralisadas.
 
Os autores do Plano de Urgência procuraram um apoio directo ao Orçamento do Estado para pagar os salários em dívida, mas o Banco Mundial "negou essa possibilidade", explicou Huco Monteiro.
 
Em vez disso, o organismo internacional "vai entregar as verbas através de organizações não-governamentais e outras, com ações no terreno no interior da Guiné-Bissau, e que actuam no âmbito da educação e ensino".
 
Será desta forma que se vai fazer chegar o dinheiro aos professores do ensino público, explicou, sendo que a modalidade e fatias a entregar estão ainda a ser definidas.
 
Huco Monteiro receia que, se não houver outras formas de pagar os salários em atraso, o ano letivo "possa estar comprometido".
 
Entretanto, várias escolas e jardins-de-infância privadas da Guiné-Bissau fecharam as portas na terça-feira e voltam a estar paralisados em solidariedade para com os alunos das escolas públicas.
 
A ação foi promovida pela Confederação Nacional das Associações Estudantis (Conaeguib), cujo dirigente, Lamine Injai, receia que este seja "o pior ano letivo" da história da Guiné-Bissau.

Guiné-Bissau Vai Ter "Eleições Gucci" com Orçamento Inflacionado

Guiné-Bissau-A Guiné-Bissau vai ter umas "eleições Gucci", ironizou o representante especial da ONU José Ramos-Horta, ao revelar que os parceiros internacionais aceitaram um orçamento inflacionado para desbloquear o processo.
"É um orçamento de quase 20 milhões de dólares (14,5 milhões de euros), quando se podia fazê-lo por 10 ou 12 milhões (7 ou 9 milhões de euros)", admitiu durante uma mesa-redonda no Instituto Real de Relações Internacionais, conhecido por Chatham House, em Londres.
 
O valor, disse o antigo presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, foi acordado para pôr fim a uma discussão sobre "orçamentos altamente inflacionados" que se prolongava desde Junho.
 
Porém, no mês passado, Ramos-Horta sentou-se à mesa com representantes de vários parceiros, nomeadamente a França e a União Europeia e propôs: "Vamos render-nos, senão não saímos daqui".
 
O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau usou o nome de uma marca de roupa e acessórios de luxo para ironizar sobre a questão.
 
"Com 20 milhões de dólares têm de ser umas eleições Gucci. Terão de comprar t-shirts da Gucci, mas genuínas e não chinesas, e relógios Gucci para todos. É por isso que custará 20 milhões de dólares", gracejou.
 
A maioria do dinheiro está mobilizada, sendo Nigéria e Timor-Leste os dois principais, cada um com seis milhões de dólares (4,3 milhões de euros), mas referiu que algumas das promessas de apoio ainda terão de ser materializadas.
 
Se forem reunidos todos os fundos prometido pelos países, salientou, algum do dinheiro em excesso será aplicado em situações de emergência nas áreas da saúde e educação.
 
José Ramos-Horta apontou Fevereiro ou Março de 2014 "o mais tardar" para a realização de eleições, em vez de 24 de Novembro, como chegou a estar definido no acordo que instituiu um primeiro-ministro e o Presidente interinos após o golpe de Estado militar de Abril de 2012.
 
Além do impasse sobre o orçamento, lamentou a demora na escolha do sistema de voto, que o Presidente Serifo Nhamadjo pretendia inicialmente que tivesse tecnologia biométrica.
 
"Aparentemente, ele esteve em consultas que demoraram até Agosto e só então nos foi dito que não seria o biométrico, mas aquele que a ONU aconselhou, um sistema manual avançado que é suficientemente bom, seguro e transparente", sublinhou.
 
Ramos-Horta deu conta dos esforços junto dos políticos para acordarem na formação de um Governo inclusivo, com representantes dos principais partidos.
 
Porém, esta solução só poderá resultar se forem eleitos "dois indivíduos extraordinários - um Presidente que deve ser conciliatório e reconciliados e construtor de pontes e é preciso um primeiro-ministro que seja um gestor excecional de Governo e de pessoas".
 
O representante da ONU está também já a pensar no período pós-eleições e na necessidade de a comunidade internacional, incluindo instituições como a União Africana e o Banco Mundial, pensarem num programa de três a cinco anos "para reconstruir o Estado".
 
O antigo dirigente timorense defendeu que deve ser definida uma estratégia para modernizar, nomeadamente, o Ministério das Finanças, o banco central, o sector das pescas, as alfândegas, a agricultura, ou a extração de minério.
 
"Se a comunidade internacional não tiver visão e determinação, seis meses ou um ano depois das eleições o país pode estar na bancarrota", advertiu.

O Director de NSA Disse Que Foram os Europeus Que Espiaram Para os EUA


Estados Unidos-Os Estados Unidos rejeitam categoricamente as acusações recentes de espionagem de comunicações telefónicas na Europa e afirmam que os dados recolhidos foram fornecidos por vários serviços secretos europeus.
 
As declarações foram feitas pelo diretor da Agência Nacional de Segurança, perante uma comissão do Congresso norte-americano.
O general Keith Alexander frisou que existem “dados recolhidos legalmente pela NSA, bem como dados fornecidos por parceiros europeus” e sublinhou que “para deixar perfeitamente claro, [os Estados Unidos] não recolheram informações sobre cidadãos europeus”.
 
As afirmações de Alexander seguiram as revelações do Wall Street Journal que, citando fontes anónimas, disse que foram os serviços secretos franceses e espanhóis que forneceram os dados telefónicos à NSA.
 
Em visita a Washington para debater as acusações de espionagem, o deputado alemão do Parlamento Europeu, Elmar Brok, defendeu que “não se deve espiar os aliados. Tudo o que é feito, no sentido clássico de espionagem, deve ser de mútuo acordo. E no que diz respeito aos cidadãos comuns, isso não deve ser aceite”.
 
O jornal francês Le Monde, o espanhol El Mundo e o italiano L’Espresso noticiaram, nos últimos dias, que a NSA espiou dezenas de milhares de conversas telefónicas em França, Espanha e Itália.