sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Impasse nos EUA Perto do Fim

EUA-A paralisação nos serviços públicos dos Estados Unidos pode estar perto do fim. A administração Obama começou as negociações com os republicanos na Câmara dos Representantes para acabar com o braço-de-ferro que faz com que grande parte dos serviços do Estado esteja fechada há dez dias.
 
O presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, acredita num desfecho positivo: “É altura de mostrar capacidade de liderança. Temos de começar estas negociações e esperar que o presidente as veja como uma oportunidade de encontrar uma posição que esteja a meio caminho do que ele exigiu para que as negociações pudessem começar”.
 
Os republicanos abandonaram uma grande parte das exigências a propósito da reforma do sistema de saúde. As duas partes procuram agora um consenso para poder aumentar o teto da dívida e prolongar a possibilidade de financiamento do Estado para lá da data limite de 17 deste mês: “O presidente está feliz por os espíritos parecerem agora mais calmos na Câmara dos Representantes. Pelo menos, pelo facto de todos reconhecerem que o incumprimento não pode ser uma opção”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
 
A perspetiva de uma resolução rápida para este caso teve já um efeito positivo nos mercados. A bolsa de Wall Street teve o maior ganho desde Janeiro. O Dow Jones fechou a subir 2,2%.

Probreza Severa Atinge Três Milhões de Espanhóis

Espanha-Mais de três milhões de espanhóis vivem em situação de pobreza severa, ou seja, subsistem com 307 euros por mês.
 
A incidência do fenómeno duplicou desde o início da crise financeira em 2008.
 
Estes dados alarmantes são do Observatório da Realidade Social apresentado quinta-feira última pela Cáritas espanhola.
 
A organização constata que o fosso entre os cidadãos que têm acesso a bens e serviços e os que não têm é cada vez maior na sociedade espanhola.
 
“Tive que recorrer à sopa dos pobres porque só trabalho ao sábado e domingo num lar de idosos e ganho 320 euros”. “Estou há bastante tempo sem trabalho e recebo o subsídio mínimo”.
 
Para os organismos de ajuda social, o diagnóstico é simples:
“O facto de ter que haver cantinas sociais e que tenhamos sido obrigados a abrir mais, é o fracasso de uma sociedade, o fracasso de todas as políticas sociais que temos tido nos últimos anos”, afirma o responsável de uma cantina social.
 
Só em 2012, a Cáritas espanhola deu assistência a quase dois milhões de pessoas: famílias em situação de precaridade causada pela crise, idosos, crianças e imigrantes. Um total de 276 milhões de euros de fundos, na maioria provenientes de doações privadas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Caos Político na Líbia


Líbia-O primeiro-ministro líbio está de regresso à sede do governo, depois de ter sido sequestrado durante várias horas por um grupo de ex-rebeldes.
 
A célula de operações dos revolucionários da Líbia, que depende oficiosamente do ministério do Interior e da Defesa, tinha indicado o rapto, dizendo que agia por ordem da procuradoria geral.
 
O sequestro teve lugar cinco dias depois da captura, em Trípoli, de Abou Anas al-Libi, um suposto chefe da Al-Qaeda, por parte de um comando norte-americano.
 
A operação provocou a ira de grupos de ex-rebeldes e partidos políticos, embaraçando o governo líbio, que a qualificou de “sequestro” e disse não ter sido informado.
 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Parlamento da Etiópia Elege Veterano Diplomata Como Presidente


Etiópia-O Parlamento etíope elegeu segunda-feira passada o experiente diplomata e veterano político independente Mulatu Teshome como novo presidente do país, um cargo de caráter simbólico e honorífico.
 
As duas câmaras legislativas decidiram o nome do novo presidente do país do Chifre da África em uma sessão conjunta que inaugurou o novo curso político etíope após um parêntese de dois meses.
 
Mulatu, cujo último destino diplomático foi a Turquia, onde trabalhou como embaixador etíope, substitui assim o antigo presidente, Girma Woldegiorgis, que ocupou o cargo durante 12 anos.
 
O novo presidente, de 55 anos, desempenhou a profissão de diplomata em diversas embaixadas etíopes, a maior parte delas na Ásia, onde representou seu país na China, Japão e Tailândia.
 
"Estamos construindo um futuro brilhante para a Etiópia, com um crescimento econômico constante de mais de 10%", declarou o presidente em fim de mandato, que se considerou "afortunado" por fazer parte desta etapa histórica do país.
 
A escolha de Mulatu foi recebida como uma prova da mudança tranquila e da transição no poder que a Etiópia está experimentando.
 
O atual primeiro-ministro, Hailemariam Desalegn, chegou ao poder em Setembro do ano passado, após a morte de seu antecessor no cargo, Meles Zenawi, que dirigiu o país de forma autoritária durante mais de 20 anos.
 
Hailemariam era vice-primeiro-ministro e chanceler no governo de Meles, e foi investido pela Suprema Corte no cargo mais importante no sistema político etíope.
 
Apesar disso, sua eleição representou a primeira renovação de peso da elite governante do país, que deve realizar eleições em 2015.
 
Hailemariam pertence a uma nova geração de políticos do governamental Frente Revolucionária Democrática do Povo Etíope (FRDPE) que não participou da guerra civil e que, com Meles à frente, forçou em 1991 a queda do governo de Mengistu Haile Mariam, líder da Junta Militar que controlou o país de 1974 a 1987.
 
No entanto, organizações de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch, seguem denunciando a existência de presos políticos na Etiópia e acusam o governo de utilizar a lei antiterrorista para praticar a censura e deter jornalistas críticos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Três Países Africanos Tornam-se Doadores do Fundo Africano de Desenvolvimento

Paris - O grupo de países doadores do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) acaba de conquistar outros três integrantes provenientes da própria África. São eles: Angola, Egito e Líbia.
 
A África do Sul era o único país africano doador do FAD e um dos três guichés do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), responsável por emprestar dinheiro com taxas concessionais aos países africanos de baixo rendimento.
 
A adesão das três nações foi formalizada no final do mês de Setembro, durante a 13ª reconstituição do FAD, em Paris. Na ocasião, foram anunciadas contribuições na casa dos US$ 7,3 bilhões.
 
Entre os objetivos do FAD estão a integração econômica, o desenvolvimento do setor privado, condições de igualdade de gênero e ações que melhorem as condições econômicas do continente.

Guiné-Bissau: Eleito Líder do Partido da Convergência Democrática


Guiné-Bissau-O advogado e empresário Vicente Fernandes foi eleito domingo, presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD) da Guiné-Bissau durante a terceira convenção nacional da organização.
 No encontro realizado na cidade de Gabú (leste do país), Vicente Fernandes prometeu desenvolver um programa de Governo que refunde o Estado guineense, que promova a justiça social, a juventude e os quadros profissionais.
 
O novo líder defendeu uma "terceira via" no cenário político, dominado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS).  Vicente Fernandes admitiu ainda juntar-se a uma "ampla coligação" de partidos que comunguem dos mesmos ideais que o PCD.
 
A convenção nacional que decorreu durante o fim-de-semana em Gabú reuniu cerca de 350 delegados do partido também conhecido por "baguera" (abelha, em crioulo), formado por jovens quadros guineenses depois da abertura do país ao multipartidarismo, nos anos 90.
 
O presidente eleito, empresário do setor da água mineral, era o único candidato à sucessão de Vítor Mandinha, antigo ministro das Finanças, líder do PCD desde a fundação, em 1991.  O Partido da Convergência Democrática nunca ganhou eleições na Guiné-Bissau, nas quais sempre participou.
 
Vítor Mandinga é o único deputado do PCD na Assembleia Nacional Popular, embora representando a coligação formada com a Frente Democrática (FD), liderada pelo seu irmão, Jorge Mandinga.

Partido no Poder na Guiné-Conacri Lidera Resultados Provisórios das Legislativas

Guiné-Conacri-O partido no poder na Guiné-Conacri segue à frente no escrutínio parcial provisório das eleições legislativas de 28 de Setembro, cuja anulação foi pedida pela oposição, segundo resultados divulgados no domingo à noite.

Os dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral Independente apontam o Movimento do Povo Guineense, com 16 eleitos, à frente do escrutínio que teve por objetivo a eleição uninominal de 38 deputados, sendo os restantes 76 atribuídos proporcionalmente.
 
Uma semana após o escrutínio, a comissão eleitoral e os peritos internacionais que apoiam o processo eleitoral na Guiné-Conacri continuam a recusar fazer qualquer projeção sobre o resultado final das legislativas, as primeiras em mais de 10 anos.
 
Contudo, o partido no poder reivindica a vitória desde sexta-feira, assegurando ter a maioria garantida no futuro parlamento. Dos 31 lugares já atribuídos, o principal partido da oposição, a União das Forças Democráticas da Guiné conquistou 12, a União das Forças Republicanas dois e a União para o Progresso da Guiné um, segundo a informação disponível no site da comissão eleitoral.
 
Estes três partidos reclamaram já a anulação do escrutínio invocando fraudes maciças e ameaçando apelar a manifestações caso a sua pretensão seja rejeitada, o que aumenta os receios de uma explosão de violência no país.
 
Desde o início do ano, meia centena de pessoas morreu em incidentes relacionados com o processo eleitoral.
 
A lentidão na publicação dos resultados das eleições fez aumentar a tensão entre os partidos, tanto mais que as circunscrições cujos resultados ainda não foram divulgados podem ser cruciais para o equilíbrio político na futura assembleia.
 
O objetivo destas eleições é sair da transição iniciada em Dezembro de 2008, após a morte de Lansana Conté, Presidente do país durante quase 24 anos.
 
Após dois anos de transição caótica, sob domínio militar, o opositor histórico Alpha Condé tornou-se, em finais de 2010, o primeiro Presidente eleito democraticamente neste país de 11 milhões de habitantes, com uma história marcada pela violência política, militar e étnica desde a independência de França em 1958.
 
Condé, chefe do Movimento do Povo Guineense, bateu na segunda volta das eleições Cellou Dalein Diallo, chefe da União das Forças Democráticas da Guiné, que se tornou o seu principal opositor.
 
As legislativas deveriam ter lugar nos seis meses a seguir à investidura do novo Chefe de Estado, em Dezembro de 2010, mas foram sucessivamente adiadas, com acusações de manipulação dos ficheiros eleitorais e com a comissão eleitoral a ser contestada.
 
Primeiro exportador mundial de bauxite, a Guiné-Conacri possui jazidas de ferro, ouro, diamante e petróleo, mas apesar dos recursos naturais a grande maioria dos seus habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, segundo as Nações Unidas.