sexta-feira, 4 de outubro de 2013

EUA: Impasse Orçamental Sem à Vista, Obama Não Vai Negociar Com oa Republicanos"

EUA-Prossegue o impasse sobre o orçamento federal dos EUA. Barack Obama “não vai negociar com os republicanos sobre a necessidade do Congresso agir para reabrir os serviços públicos ou sobre elevar o limite de endividamento para pagar as contas”, declarou a Casa Branca depois do presidente ter estado reunido na Sala Oval, durante mais de uma hora, com os líderes do Congresso.
 
À saída do encontro, o líder republicano da Câmara dos Representantes insistiu na linha que o partido tem vindo a seguir: pediu “apenas uma discussão” sobre o Obamacare e disse esperar que “o presidente e os colegas democratas no Senado escutem o povo americano e sentem-se à mesa para uma discussão séria sobre como resolver as diferenças”, declarou John Boehner.
 
A discussão sobre o orçamento mistura-se com a negociação sobre o aumento do teto da dívida, que terá de ser alargado ainda este mês, sob pena dos Estados Unidos entrarem em incumprimento pela primeira vez na história.
 
Nancy Pelosi, líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes considera que “o debate sobre o teto da dívida devia ser retirado da mesa”, até porque “os Estados Unidos irão sempre honrar os seus compromissos”.
 
Com os serviços públicos não-essenciais encerrados por tempo indeterminado, a contestação nas ruas promete aumentar, algo que, segundo os analistas, poderá levar o partido republicano a ceder.
 
"Numa batalha política em que tanto está em jogo é difícil descortinar uma saída fácil e haverá vítimas. Os primeiros são já os milhares de funcionários públicos federais e as suas famílias. Têm contas, rendas e hipotecas para pagar. Cada dia que passam sem salário ficam mais perto do abismo".

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PGR Admite Elementos de Bloqueio no Combate ao Narcotráfico

Guiné-Bissau-O procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Abdú Mané, admitiu, terça-feira passada, a existência de "elementos de bloqueio" à luta contra o tráfico de droga no país.

"Há bloqueios internos. Não é fácil. Há muitos bloqueios internos, há contrariedades, mas há um empenhamento grande dos magistrados perante os compromissos que assumimos. Cumprir a lei e fazer cumprir a lei é o lema do Ministério Público e da Polícia Judiciária", disse o procurador-geral aos jornalistas, depois da incineração de 4,4 quilos de cocaína, apreendida pela Polícia Judiciária (PJ) guineense entre Março e Agosto, no aeroporto internacional de Bissau.

Abdú Mané recusou-se a dizer que "bloqueios" enfrenta a PJ, mas assegurou que as autoridades continuarão a respeitar os compromissos internacionais sobre o combate ao narcotráfico.

"É um trabalho para continuar enquanto estivermos aqui. O país está envolvido em compromissos internacionais que queremos respeitar escrupulosamente", frisou.

A droga agora destruída pertencia a uma cidadã cabo-verdiana, um maliano, dois nigerianos e dois cidadãos da Serra Leoa.

População Mundial Atingirá os 9.731 Milhões de Pessoas em 2050 - Estudo

população mundial-A população mundial irá atingir os 9.731 milhões de pessoas em 2050, muito acima dos 7.141 milhões atuais, revela um estudo independente publicado pelo Instituto francês de Estudos Demográficos.
 
As projeções do organismo, que realiza os seus próprios estudos em paralelo com os das Nações Unidas e do Banco Mundial, estimam para 2010 que a população do planeta varie entre 10.000 milhões e 11.000 milhões de pessoas.
 
Em 2050, as mesmas previsões, indicam que um quarto da população estará em África, mais do dobro das pessoas que habitam atualmente aquele continente.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Estudo do FMI Prevê Crescimento de 5,5% em 2013 e 2014 na África Subsaariana

FMI-Estudo do FMI prevê crescimento de 5,5% em 2013 e 2014 na África subsaariana.

 
No relatório, assinado por Montfort Mlachila, Seok Gil Park e Masafumi Yabara, explica-se que os bancos dos 45 países que compõem a região subsaariana, e nos quais se incluem Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, resistiram bem à crise financeira dos últimos anos porque "não estavam alavancados, tinham genericamente níveis de capitalização elevados, ampla liquidez, pouca dependência de financiamento externo e tinham pouca ou nenhuma exposição a ativos tóxicos".
 
No documento, também se abordam as razões que levaram a que estes países africanos não tenham sido sugados para uma recessão, ficando-se por um abrandamento no crescimento, que regista actualmente um aumento de riqueza anual na ordem dos 5,4%, em média, para estes países.
 
Os peritos sublinham a melhoria nas políticas económicas, as reformas comerciais e de regulamento, a que correspondeu um afastamento do Estado da economia, um aumento do desempenho do setor bancário e, claro, a diminuição dos conflitos armados, como algumas das razões para esta manutenção do crescimento da economia mesmo em tempos de crise económica global.
 
Os autores sublinham que os bancos têm vários desafios pela frente, nomeadamente o crescimento integrado em vários países, a grande informalidade que ainda é um traço caracterizador de África, a pouca literacia financeira dos clientes, a deficiente moldura judicial, normativa e regulatória, bem como a pequena dimensão dos mercados.
 
Os autores não fazem referência a países específicos de língua oficial portuguesa, mas deixam claro que as "pressões nos bancos portugueses podem ter um efeito adverso de contágio aos sistemas bancários nalguns países lusófonos", acrescentando, ainda assim, que "a dependência nas fontes de financiamento internas deve garantir uma proteção sólida para a maioria das subsidiárias".

Líder militar da Guiné-Bissau acusa Governo de Corrupção e Pede Verbas para Forças de Segurança

Bissau- O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, acusou o Governo de transição de corrupção e pediu verbas para as forças de segurança e militares, sob pena de haver instabilidade.
 
O general que liderou os militares no golpe de Estado de Abril de 2012 falava na segunda-feira durante um encontro dedicado aos serviços de segurança guineenses, no Clube Militar de Bissau. " Fizemos este golpe para mudar e melhorar a situação do país, mas na realidade está pior", referiu, deixando um aviso: "se estão a brincar com este país, fiquem a saber que nós, os militares, não estamos na brincadeira e apenas vos chamámos para governar".

 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Acordo Com a Troika Torna a Vida dos Portugueses Ainda Mais Difícil

Portugal-o PSD foi punido nas autárquicas com um dos piores resultados de sempre. O PS venceu, mas também perdeu alguns municípios importantes como Évora, Beja e Loures para os comunistas ou ainda o feudo de Braga e a Guarda para o centro-direita.
 
Pedro Passos Coelho promete não mudar de rumo: “Quero reiterar, como presidente do PSD e como primeiro-ministro me continuarei a bater pelo caminho que temos vindo a percorrer, que é um caminho indispensável à recuperação da crise económica, recuperação da confiança e do crescimento para Portugal”.
 
“Sabemos evidentemente que há sempre um preço a pagar pela forma como estamos na política. O facto de esta campanha ter mostrado que as candidaturas que suportávamos não cediam ao populismo e, antes pelo contrário, se mantinham com os pés bem assentes na terra acaba sempre por trazer consequências eleitorais, não tenho dúvida”, afirmou na sede nacional dos sociais-democratas.
 
O PSD perdeu, entre outros, o Porto, Gaia, Sintra e foi humilhado em Lisboa (22,37%) e menos de metade dos votos do que em 2009, onde o socialista António Costa conseguiu o melhor resultado de sempre de um partido na capital, (50,91%).
 
Na Invicta, um independente chega pela primeira vez à liderança da autarquia: Rui Moreira (39,25%) venceu Luís Filipe Menezes (21,06%), o ex-autarca de Gaia acabou em terceiro, atrás do PS (22,68%).
 
O Partido Socialista obtém, apesar de tudo, o melhor resultado de sempre nas autárquicas e reconquista a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, o que já não acontecia desde 2001.
 
O CDS sai reforçado das autárquicas passando a liderar cinco câmaras contra apenas uma há quatro anos e ainda pode orgulhar-se do apoio dado a Moreira no Porto.
 
O PCP recupera grandes municípios enquanto o Bloco de Esquerda praticamente desaparece do mapa autárquico perdendo Salvaterra de Magos e não conseguindo eleger vereadores nem em Lisboa, nem no Porto.

Guiné-Bissau Espera Ajuda do Brasil Para a Realização de Eleiçoes de Novembro

Nova York-O presidente de transição da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, disse que seu país conta com a ajuda do Brasil para realizar as eleições gerais, marcadas para dia 24 de Novembro.
 
Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, pouco antes de discursar na Assembleia Geral, Nhamadjo elogiou o apoio dado pelo Brasil há vários anos, mas disse que receia mudanças por causa da situação política gerada com o golpe de 12 de Abril na Guiné.
 
A respeito da possível ajuda do sistema de urnas eletrônicas do Brasil, o presidente avalia que seria um óptimo auxílio. Mas, ponderou: "O ex-presidente Ramos Horta, o representante da ONU na Guiné-Bissau esteve lá, eu não sei o que é que se evoluiu".
 
"Acredito que dentro da comunidade CPLP, da posição que tem em relação aos acontecimentos de 12 de Abril, poderá contribuir para esse recuo na participação do Brasil. Não sei, não sei...".
 
O Brasil lidera a estratégia de paz para a Guiné-Bissau na Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas. O País também realiza ações de apoio ao desenvolvimento no contexto da Cooperação Sul-Sul.
 
Apesar dos receios de Nhamadjo, ele reconhece a boa relação com outras nações lusófonas dentro da CPLP. "Cabo Verde é um país de relações históricas muito sólidas, não são esses pequenos incidentes que vão criar problemas ou que vão pôr em causa essa nossa relação histórica, e com São Tomé a mesma coisa", avalia.
 
E ele continua: "Falando de São Tomé, fala-se de Angola e de Moçambique. São todos países irmãos e nós temos uma cumplicidade histórica, que é impensável dizer que teremos problemas de maior. Há um incidente, que deve ser analisado e situado no seu momento, no seu contexto, para que depois das eleições, o país se reencontre com todos esses países irmãos, para o desenvolvimento que todos desejamos".
 
Ao retornar à tribuna da Assembleia Geral, após dois anos sem discursar na casa, o presidente da Guiné-Bissau pediu o apoio de todos os países da ONU para restaurar a ordem constitucional no País. "Aguarda o apoio internacional para que possamos iniciar o recenseamento, sem o qual as eleições não poderão ter lugar", solicitou.
 
O Escritório das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Uniogbis, que é liderado pelo ex-presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, está trabalhando junto com autoridades guineenses no apoio da realização das eleições.
 
Segundo Ramos Horta, vários doadores internacionais estão à espera de um protocolo claro sobre a realização do pleito para que possam fazer suas promessas de doação financeira.