quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Delegação Internacional pede "Vontade Política" das Autoridades no Combate às Drogas

Bissau - "Uma delegação internacional dedicada ao combate às drogas pediu terça-feira passada "determinação e vontade política" das autoridades da Guiné-Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.  
 
O apelo foi feito por uma delegação da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental após três dias de visita ao país. 
 
A comitiva foi liderada pelo antigo presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão, que foi criada em Janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas. 
 
Integraram ainda a delegação, Christine Kafondo, activista do Burkina Faso em defesa de causas relacionadas com a saúde pública, e Alpha Diallo, médico e líder juvenil na Guiné-Bissau.  
 
"É necessário que o país demonstre determinação e vontade política para lutar contra este flagelo", referiu Christine Kafondo, numa conferência de imprensa em que foram apresentadas as recomendações feitas ao Estado guineense após a visita. 
 
Apesar de não apresentar números relativamente ao uso de estupefacientes, a delegação sublinhou que "o consumo de drogas é um problema real", para além das acusações de facilitação do tráfico - que fazem com o que o país seja considerado um "narco-Estado". 
 
 "É um problema reconhecido pelo Estado e, como dizem os médicos, o diagnóstico está feito. Isso quer dizer que estamos prontos para chegar a uma solução, para começar o tratamento", destacou Olusegun Obasanjo
 
De acordo com aquele ex-dirigente, "a solução passa exactamente pela vontade política" e "passa por ver quais são os problemas e levá-los à justiça".
 
A delegação recomendou ainda que a Guiné-Bissau receba "assistência especial da comunidade internacional" para lutar contra as drogas e que promova estratégias de combate de âmbito regional, com outros países da África ocidental. 
 
Entre as fragilidades detectadas, está a falta de recursos para patrulhar as mais de 80 ilhas que compõem o arquipélago das Bigajós
 
Foi também sugerido que a Guiné-Bissau avance com investigações no terreno que permitam elucidar sobre "a real situação de consumo e tráfico" de estupefacientes.
 
A 04 de Abril, uma brigada de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos capturou Bubo Na Tchuto,  antigo chefe da marinha guineense, acusando-o de tráfico de drogas, e Washington manifestou também a intenção de deter o actual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que refuta as acusações".

ONU Quer Provas sobre Ataque Químico na Síria

Síria-"ONU diz que é necessária clareza sobre as acusações de ataque químico na Síria.
 
A oposição da Síria afirma que 1.300 pessoas, muitas delas mulheres e crianças, morreram num ataque das forças do governo Assad, com suposto uso de armas químicas, num um subúrbio de Damasco.
 
Jan Eliasson, secretário-geral adjunto da Nações Unidas declarou:
“Isto representa uma grave escalada da violência com graves consequências humanitárias e consequências humanas. Temos muita esperança de que seremos capazes de conduzir a investigação. Dr. Sellstrom e sua equipa estão no local do ataque em Damasco. Esperamos que tenham acesso à área pelo governo”. O comando militar sírio negou as informações de uso de armas químicas .
 
A Rússia, aliada do governo do contestado presidente Bashar al-Assad, pede prudência e exigiu uma investigação".

Arábia Saudita Vai Ajudar Egipto

Arábia Saudita-"O Rei Abdullah avisou que o reino saudita “vai permanecer do lado do Egipto e contra todos os que tentarem interferir nas questões internas".
 
Esta declaração do Rei Abdullah, publicada na última segunda-feira pelo "The New York Times", vem baralhar ainda mais o cenário de pré-guerra civil que se vive no Egipto. A Arábia Saudita, apesar de tradicional aliada dos Estados Unidos, assume, desta forma, uma clivagem relativamente à posição americana e da própria União Europeia (UE), que pretendem um cessar do derramamento de sangue a que se tem assistido nos últimos eventos.
 
Tanto Obama, presidente americano, como líderes europeus, entre os quais Merkel e Hollande, líderes políticos da Alemanha e França, respectivamente, têm instado os generais egípcios para que busquem uma solução de compromisso político.
 
Depois de americanos e europeus assumirem cortar nas ajudas financeiras ao Egipto, o regime de Riade garantiu, na segunda-feira, que irá compensar qualquer corte financeiro que o Ocidente venha a aplicar ao regime vigente em Cairo. Riade põe em causa o esforço de pressão, do Ocidente, sobre os generais egípcios, no sentido de maior moderação, além de diminuir a capacidade de influência americana na região.
 
De acordo com o "The Nex York Times", Cairo conta com o apoio de mais dois aliados americanos naquela zona do globo. Trata-se de Israel e dos Emirados Árabes Unidos, que apesar da proximidade diplomática com Washington, pretendem assegurar a quebra de influência política da Irmandade Muçulmana, que encaram como inimiga da estabilidade e pacificação regional. A monarquia saudita pretende, acima de tudo, evitar a criação de um movimento islamita democrático.
 
O apoio financeiro saudita, anunciado uma semana depois da tomada do poder pelos militares, será de 12 mil milhões de dólares contra os 1,5 mil milhões dos Estados Unidos e 1,3 mil milhões de dólares da UE. Este nível de ajuda altera substancialmente o paradigma tradicional de influência americana no Egipto, quando, por exemplo, durante a vigência militar do consulado de Mubarak, antigo presidente, era a principal financiadora do regime. 
 
Um artigo da revista alemã “Der Spiegel” refere que o regime actual, liderado por generais, juntamente a alguns antigos apoiantes de Mubarak, tem comparado a Irmandade Muçulmana ao crescimento do regime Nazi nos anos 30 do século passado. Este artigo sublinha que a retórica sustentada pelo regime vigente defende que na Alemanha também foi “a via militar dos aliados a destituir Hitler”.
 
Com os últimos desenvolvimentos, o regime saudita assume-se como o principal aliado do regime militar, que comanda os destinos egípcios, depois do exército ter deposto o anterior presidente, democraticamente eleito, Mohamed Morsi. O retomar do poder por parte dos militares, cuja influência remonta ao regime de Mubarak, que foi deposto na sequência dos primeiros eventos da primavera Árabe, tem significado um movimento reaccionário contra a Irmandade Muçulmana, que havia conquistado o poder nas eleições de Junho de 2012".

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vaga de Calor e Incêndios em Portugal

Portugal_"Sete incêndios de grandes dimensões lavram no centro e norte do país nas últimas 48 horas e estão a ser combatidos por mais de mil bombeiros.
 
1.075 elementos estão envolvidos nas operações de combate às chamas em sete localidades dos distritos da Guarda, Santarém,
Viseu, Castelo Branco, Viana do Castelo e Coimbra.
 
O incêndio que mobiliza mais operacionais é o da localidade de Roda Cimeira, no concelho de Góis, no distrito de Coimbra. Algumas habitações estiveram ameaçadas.
 
As autoridades portuguesas pediram ajuda à Espanha e França de forma a reforçar os meios aéreos de combate aos incêndios florestais, sendo esperados dois Canadair espanhóis já esta quarta-feira.
 
Na Madeira, os bombeiros procedem apenas a trabalhos de rescaldo e vigilância das áreas ardidas nos últimos dias".

Egiptp: "Mubarak Pode Sair em Liberdade"

Egipto-"O tribunal egípcio vai avaliar, na quarta-feira, um pedido de libertação de Hosni Mubarak.
 
O antigo ditador foi colocado em liberdade condicional,  segunda-feira última, num processo sobre corrupção, mas fica detido por uma outra acusação.
 
O advogado de Mubarak afirma que os últimos desenvolvimentos não estão em nada relacionados com a saída da Irmandade Muçulmana do poder.
 
“As anteriores decisões de libertação, nos casos apresentados contra Mubarak e os seus filhos, foram emitidos quando a Irmandade estava no poder. O sistema judiciário não está relacionado com a política.

O juiz analisa o caso e se considerar que merece ser libertado, então ele decide. Se considerar que deve mantê-lo sob custódia, mantém-no detido. Isso não está relacionado com a política,” assegura o advogado Fareed Deeb.
 
Hosni Mubarak, de 85 anos, foi condenado a prisão perpétua no ano passado por não ter impedido a morte de manifestantes durante a revolta de 2011, mas após recurso está novamente a ser julgado".

Carência Alimentar Severa Aumenta na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-A situação afeta sobretudo a população rural e os números vão ser detalhados num inquérito que começa a ser preparado para haver resultados em setembro, num país com cerca de 1,6 milhões de habitantes.
 
A má campanha de caju, principal receita das famílias rurais, e a crise causada pelo golpe de Estado de Abril de 2012, são as principais razões para os guineenses, sobretudo das zonas rurais, não terem dinheiro para comprar comida e por isso reduzirem refeições e comerem apenas frutos silvestres.
 
De acordo com Rui Fonseca, encarregado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Bissau, um inquérito realizado em 2011 mostrava que «20 por cento da população rural estava num estado de insegurança alimentar severa», correspondendo «a cerca de 179 mil pessoas».
 
«Estamos a ter a ideia de que esta percentagem aumentou», devendo agora rondar um valor «de 30 a 35 por cento, não sendo exagerado dizer 40», estima Rui Fonseca, com base num inquérito rápido realizado pela organização em Junho.
 
Partindo do valor de população rural afetada em 2011, as previsões atuais apontam para que pelo menos 260 mil pessoas estejam a passar por «carência alimentar severa» na Guiné-Bissau.

Produtor Mundial de Platina Quer Despedir 6.900 Trabalhadores na África do Sul


África do Sul-"O principal produtor mundial de platina, a empresa Amplats, anunciou o despedimento de 6.900 funcionários na África do Sul a partir de 01 de Setembro, o que levou os trabalhadores a ameaçar com uma greve.
 
A empresa, sedeada em Joanesburgo, deu assim início ao "aviso prévio destinado aos funcionários que serão dispensados a partir de 01 de Setembro", afirmou o director executivo da Amplats,Chris Griffith, citado pela agência AFP.
 
Este plano levado a cabo pelo maior produtor mundial de platina, que pressuporá o encerramento de 6.000 minas, deverá permitir uma poupança anual de 400 milhões de dólares (cerca de 230 milhões de euros).
 
O número final de funcionários a abandonar a empresa dependerá "do número de pedidos de rescisão voluntária, de reformas antecipadas, de reafetações e do preenchimento de vagas internas".
O plano de cortes, anunciado em Maio, concretiza-se agora depois de negociações com o Governo e com sindicatos.
 
Entretanto, os sindicatos dos trabalhadores do setor mineiro prometem contestar os despedimentos e ameaçam avançar para a greve.
 
A Amplats, empresa responsável por quase 40% das vendas de platina ao nível mundial, tinha apresentado um plano de extinção de 14 mil postos de trabalho".