sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Austrália Enviou Primeiro Grupo de Refugiados Para a Papua Nova Guiné

Austrália-Um primeiro grupo de requerentes de asilo foi  enviado pela Austrália para a Papua Nova Guiné, no âmbito da nova política de imigração que pretende conter o número de refugiados que chega ao território australiano.

Os cerca de 40 requerentes de asilo, de nacionalidades afegã e iraniana, que tentaram chegar à costa australiana por via marítima, foram transferidos de avião do centro australiano de detenção na ilha Christmas, no oceano Índico, para a ilha Manu, na Papua Nova Guiné.
 
O ministro da Imigração australiano, Tony Burke, disse que o governo de Camberra demonstra assim que o respeito da política do seu governo de não acolher nenhum requerente de asilo na Austrália "é sério".
 
"A promessa dos traficantes de que os refugiados poderão viver e trabalhar na Austrália agora é inútil", salientou. O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, assinou no mês passado um acordo com o homólogo da Papua Nova Guiné, Peter O`Neill, para transferir todos os pedidos de asilo de quem tentar chegar à Austrália por via marítima para esse país.
 
Mesmo que os requerentes de asilo obtenham o estatuto de refugiados, eles terão de ficar na Papua Nova Guiné, não sendo autorizados a residir na Austrália, no âmbito do acordo bilateral, que foi criticado pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
 
A transferência de requerentes de asilo coincide com o compromisso australiano de financiar projetos de infra-estruturas na Papua Nova Guiné com cerca de 450 milhões de dólares (337 milhões de euros).
 
Mais de 15 mil pessoas, a maioria procedente do Afeganistão e do Iraque, tentaram este ano chegar de forma ilegal à Austrália, por via marítima, uma viagem perigosa, durante a qual dezenas de imigrantes perdem a vida. Fonte: RTP Notícias

Patriota Anuncia Perdão de 98% da Dívida da Guiné Equatorial

Guiné Equatorial-O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a República da Guiné Equatorial vai se beneficiar  do perdão da dívida que o país tem com o Brasil. Segundo ele, isso facilitará a concessão de créditos e intensificará comércio e investimentos. O perdão envolve 98% da dívida, restando US$ 200 mil para pagamento.
 
“O acordo foi alcançado e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional antes do fim do ano”, afirmou Patriota, em entrevista coletiva após o encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné, Louncény Fall. “O perdão da dívida vai aliviar as finanças do país, que poderá investir em grandes projetos de infra-estrutura como barragens e estradas”, disse Fall.
 
Durante a comemoração do aniversário de 50 anos da União Africana, em Maio, a presidente Dilma Rousseff anunciou o perdão ou a renegociação da dívida de 12 países africanos com o Brasil. O total da dívida perdoada ou renegociada é de quase US$ 900 milhões e beneficiará República do Congo, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão, Senegal, República da Guiné, Mauritânia, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Sudão e Guiné Bissau.
 
Patriota destacou que, com a criação de uma nova directoria para a África no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com a instalação do escritório do banco em Joannesburgo, na África do Sul, comércio, investimentos e cooperação econômica devem ser aprofundados com os países africanos. Fonte: Jornal do Brasil

Guiné-Bissau Sem Água e Luz

Guiné-Bissau-A empresa de electricidade e água da Guiné-Bissau (EAGB) deu uma conferência de imprensa. A empresa está tecnicamente falida  e sem soluções à vista, por esses motivos a água e a luz vão continuar a ser elementos ausentes nos lares dos habitantes da capital guineense.

A ausência de electricidade e água na Guiné-Bissau parece não ter um fim à vista. A certeza foi dada pelo director da empresa de electricidade e água da Guiné-Bissau (EGAB), em conferência de imprensa, que afirmou que não têm em mãos uma solução imediata para o problema já que tecnicamente a empresa está falida.

Papai Danfá referiu que a EAGB tem actualmente pouco mais de 27 mil clientes registados, 13 mil dos quais com contadores pré-pagos, ou seja, pagam adiantado para ter o serviço, mas nem a esses a empresa tem conseguido fornecer energia e água regularmente.

Questionado sobre qual seria a solução ideal para a EAGB, Danfá defendeu que, tal como já foi sugerido num estudo do Banco Mundial, o melhor é promover uma profunda reforma da empresa.

O director da EAGB afirma que com o elevado preço do petróleo no mercado internacional e atendendo ao poder de compra dos guineenses será sempre difícil que a empresa consiga rentabilizar-se, pelo menos enquanto o país não tiver fontes de energia alternativas.

Os poucos pontos de luz que existem durante a noite em Bissau e em algumas povoações do país provêm de geradores dos estabelecimentos comerciais e de habitações particulares. Para que a água corra nas torneiras é necessário ter um furo, depósito ou bomba.
 Fonte: RFI

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fundo Mundial Para a Natureza alerta para Crimes Ambientais na África Austral

Maputo - A directora do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) em Moçambique, Anabela Rodrigues, considerou   quarta-feira última  que as redes criminosas que actuam sobre recursos ambientais ameaçam a indústria do Turismo e segurança dos Estados na África Austral.   
 
Numa nota enviada à Lusa, a WWF refere que Moçambique perdeu, entre 2009 e 2012, mais de 2500 elefantes, a maioria dos quais mortos pelos caçadores furtivos dentro de áreas de conservação, nomeadamente em Niassa e Cabo Delgado, onde "pelo menos três elefantes são mortos diariamente".  
 
Citada no comunicado, Anabela Rodrigues afirmou que "a par da ameaça directa à flora e fauna moçambicana, as redes criminosas que operam impunes na região da África Austral também ameaçam a segurança nacional destes Estados, o que afecta sobremaneira a indústria do Turismo na região".  
 
A intensificação de respostas para estancar os crimes ambientais, em particular a caça furtiva do elefante e rinoceronte, foi uma das recomendações feitas num encontro de capacitação de técnicos de diversos ministérios, organizado pela Rede de Monitoria de Comércio de Espécies Protegidas (TRAFFIC), Direcção Nacional de Terras e Florestas e WWF de Moçambique.  
 
O chefe do departamento de Fauna Bravia no Ministério da Agricultura, Marcelino Foloma, disse que "Moçambique reconhece as ameaças económicas e à segurança resultantes das redes criminosas transfronteiriças que desenvolvem estas actividades", pelo que "o país está comprometido a encontrar soluções para estes problemas".  
 
 A formação de técnicos dos ministérios da Agricultura, Turismo, Finanças, Interior, Ambiente e da Direcção Nacional das Alfândegas pretende estabelecer mecanismos formais de partilha de informação sobre a caça e comércio ilegal de produtos de fauna e flora, bem como tomar medidas para o fortalecimento da actual legislação.  
 
Nos últimos meses, vários moçambicanos têm sido acusados de caça furtiva no Parque Nacional do Limpopo e no Kruger Park, na África do Sul. Fonte: Angolapress


Libertados Polícias Cabo-verdianos Detidos na Guiné-Bissau

Praia-A Ministra da Administração Interna cabo-verdiana revelou terça-feira passada que os dois polícias detidos na Guiné-Bissau chegariam ontem (quarta-feira) ao país.

Os dois agentes policiais, que estavam detidos desde 12 de Julho na Guiné-Bissau, «estão bem de saúde», disse a governante.

Numa curta declaração à imprensa, Marisa Morais explicou que os polícias se encontravam num hotel em Bissau na companhia do embaixador de Cabo Verde em Dakar, Francisco Veiga, e que regressariam na quarta-feira, num voo da Air Senegal. Fonte: TVi 24

Antigo Director-geral da CPLP Anuncia Candidatura à Presidência

Lisboa - O antigo director-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz, indicou  quarta-feira à Lusa que vai candidatar-se à presidência da Guiné-Bissau e promete fazer "tudo diferente" para que o país se possa tornar na "Suíça de África".  
 
"Acredito numa Guiné-Bissau positiva, com a excelência dos seus recursos humanos e recursos naturais ainda por explorar", disse Hélder Vaz à agência Lusa.  
 
Neste sentido, o responsável disse acreditar que a Guiné-Bissau pode "vir a tornar-se na 'Suíça de África', afirmar-se pela diferença e ser um país especial. Tudo depende dos seus filhos".  
 
Hélder Vaz referiu que a sua candidatura é "supra-partidária" e quando questionado sobre o que pode fazer pelo seu país, disse: Vou fazer tudo diferente".  
 
"A minha vida é o espelho daquilo que posso fazer de diferente", disse, explicando que a diferença é que não pretende "ir buscar votos às etnias", mas sim juntá-las em torno da sua candidatura por acreditar que representa "a pluralidade dos guineenses".  
 
"Temos de nos reconciliar enquanto povo, de ter a capacidade de perdoar os infractores para que vitimas e perpetradores possam reconciliar-se na sua humanidade e acabem com os sentimentos de vingança. Temos de ser capazes de trabalhar em conjunto, de desenvolver um plano colectivo que some vontades e atenue as diferenças", escreveu o candidato na "1ª Mensagem aos Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau", que serviu para lançar a sua candidatura.  
 
Hélder Vaz, de 54 anos, disse que é apoiado por "um conjunto de personalidades que pretendem mudar a Guiné-Bissau" e justifica assim a escolha do nome da candidatura: Aliança Patriótica para a Salvação da Guiné-Bissau.  
  O candidato defendeu ainda que "chegou a altura de o poder político assumir o seu papel e da estrutura militar assumir o seu", considerando que "o papel dos militares é defender a Pátria das agressões externas". 
 
"Precisamos de dignificar a vida dos antigos combatentes e dar condições aos militares no activo e na reserva para prosseguirem a sua vida com dignidade social e com oportunidades económicas para que possam ter escolha nas suas opções de vida e de futuro", disse, defendendo que os militares devem ser isentos "de influências e manipulações políticas".  
 
A Guiné-Bissau tem um historial de vários golpes de Estado nos últimos anos, tendo o último, a 12 de Abril de 2012, afastado do poder o então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que também anunciou na terça-feira à Lusa a sua intenção de concorrer à presidência.  
 
Assumindo-se como "o rosto daqueles que acreditam no projecto político de Amílcar Cabral", de quem disse ser um "humilde e modesto continuador", Hélder Vaz estabeleceu como prioridade para o país a educação.  
 
No entanto, pretende também, com a ajuda dos parceiros da Guiné-Bissau, "criar uma estratégia nacional de combate ao crime organizado, nomeadamente ao crime transnacional, movendo um combate cerrado e sem tréguas ao narcotráfico".   
 
A candidatura de Hélder Vaz às presidenciais de 24 de Novembro próximo é a quarta a ser conhecida, depois de Carlos Gomes Júnior e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau. Nascido em Bissau, licenciado em filosofia e mestre em administração e gestão pública, Hélder Vaz foi deputado no parlamento da Guiné-Bissau (1994 -2004) e ministro da Economia e do Desenvolvimento Regional (2000-2001) no primeiro Governo de Coligação, constituído no seguimento da crise político-militar na Guiné-Bissau. 
 
Entre 1999 e 2004 foi presidente da RGB-MB (Resistência da Guiné-Bissau - Movimento Bafatá), tendo sido Secretário-Geral do mesmo partido entre 1991-1996
 
Após a extinção do RGB e uma derrota nas eleições legislativas de 2004, às quais se candidatou numa grande coligação de partidos da oposição, Hélder Vaz abandonou a política activa e regressou a Portugal.  
 
De 2004 a 2007 esteve ligado à UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas) e, antes disso, fora consultor de várias entidades, nomeadamente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, da USAID, do TIPS (Trade and Investment Project Support) e do Grupo Águas de Portugal. 
 
Assumiu o cargo de primeiro director-geral da CPLP a 31 de Janeiro de 2008, em que se manteve até ao último dia 18. Fonte: Angop África 
 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Confronto Étnico na Guiné Deixa Quase 100 Mortos

Guiné-Conacry-Ao menos 95 pessoas morreram nos últimos três dias em confrontos entre duas etnias no sudeste da Guiné-Conacry, informou quarta-feira passada o governo, que deteve mais de 130 suspeitos pelos incidentes.
 
"Segundo o último boletim, há ao menos 95 mortos e mais de 100 feridos" no conflito entre as comunidades guerze e konianke na selva da Guiné-Conacry, declarou o porta-voz do governo, Albert Damantang Camara.
 
Os guerza - majoritários na região - e os konianke já se enfrentaram entre 15 e 17 de Julho, primeiro em Koule e depois em N'Zerekore e Beyla, distantes uma dezena de quilômetros.
 
A onda de violência na Guiné-Conacry teve início no dia 14 de Julho, em Kule (40 km ao norte de N'Zerekore), onde três jovens konianke foram torturados por guardas de um posto de gasolina por suspeita de roubo.
 
Horas após o incidente, dois dos jovens torturados morreram devido aos ferimentos, o que gerou uma espiral de violência entre as comunidades konianke e guerze, segundo a polícia. Fonte: Terra ofertas