quarta-feira, 17 de julho de 2013

UE/África do Sul: Excedente do Comércio de Bens Sobe Para 6,1 Mil ME em 2012

Bruxelas-- O comércio internacional de bens da União Europeia com a África do Sul registou um excedente de 6,1 mil milhões de euros em 2012, acima dos 4,4 mil milhões de euros de 2011, segundo dados do Eurostat.

De acordo com os números do gabinete oficial de estatísticas comunitárias, divulgados em vésperas da VI Cimeira União Europeia (UE)-África do Sul, as exportações atingiram um pico de 26,6 mil milhões de euros em 2012 (acima dos 26,2 mil milhões de euros registados em 2011), enquanto as importações totalizaram 20,5 mil milhões de euros (abaixo dos 21,8 mil milhões de euros de 2011).

Entre os Estados-membros da UE, a Alemanha foi o primeiro país exportador para a África do Sul em 2012 (cerca de 8,8 mil milhões de euros, o equivalente a 33% do total das exportações), seguindo-se o Reino Unido (cerca de 4,1 mil milhões de euros, 16% do total) e a Holanda (cerca de 2,5 mil milhões de euros, cerca de 9% do total). Fonte: Visão

 

Comércio Entre Países Africanos Atingiu Apenas 11,3% do Total do Comércio Com o Resto do Mundo


África- As trocas comerciais entre países africanos representaram em 2011 apenas 11,3% do total de bens e serviços transacionados entre os países do continente africano e o resto do mundo, totalizando 130 mil milhões de euros, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
 
Num relatório, divulgado a semana passada em Nova York, sobre o Desenvolvimento Económico em África - 2013, a UNCTAD revelou que o comércio intra-africano aumentou consistentemente, passando de 19,3% em 1995 para um pico de 22,4% em 1997, mas desde então caiu para 11,3% em 2011, uma tendência "que pode ser atribuída a uma taxa de crescimento do comércio com o resto do mundo mais alta que a do comércio entre países africanos e não a um abrandamento das trocas comerciais dentro de África".
 
De 1996 a 2011, nota o relatório, "o comércio intra-africano cresceu a uma taxa robusta de 8,2% ao ano, em média, mas o comércio de África com o resto do mundo cresceu mais depressa, a 12% por ano, em média".O documento com 158 páginas defende que o comércio entre países africanos é fundamental para acelerar o desenvolvimento económico e argumenta que os governos têm de dar ao sector privado as condições necessárias para que o dinamismo empresarial beneficie quem vende e quem compra os produtos e serviços africanos.
 
As exportações africanas para o resto do mundo cresceram a um ritmo anual de 12,2% entre 2007 e 2011, ultrapassando o aumento nos mercados emergentes e nos países mais industrializados (9,9 e 7,4%, respectivamente).Ainda assim, nota o documento de 158 páginas que faz uma análise do desenvolvimento económico em África para concluir que o sector privado tem um papel crucial na melhoria das condições de vida dos africanos, o continente continua a ser um 'jogador' marginal no que ao comércio mundial diz respeito, representando apenas 2,8% das trocas comerciais em todo o mundo entre 2000 e 2010.
 
No que diz respeito ao comércio entre países africanos, os números revelam uma subida, tendo passado de 45,9 mil milhões em 1995, para 130 mil milhões em 2011, o que representa um crescimento de exportações a um ritmo anual de 2,6% no período entre 2001 e 2006 e 3,2% entre 2007 e 2011.
 
O relatório inclui ainda uma lista das relações entre os países, constatando-se que os cinco maiores importadores de serviços e produtos de Angola são a África do Sul, o Ghana, Moçambique, Costa do Marfim e Nigéria.
 
No caso de Cabo Verde, os maiores clientes são Ghana, Senegal, Moçambique, Líbia e Guiné-Bissau.A Guiné-Bissau, por seu lado, exporta principalmente para Mali, Gâmbia, Senegal, Costa do Marfim e Tunísia.Moçambique exporta principalmente para a África do Sul, Zimbabué, Malawi, Ilhas Maurícias e Botswana.
 
Por último, e entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, São Tomé e Príncipe vende os seus bens e serviços para a Nigéria, Quénia, Camarões, África do Sul e Zimbabwe.Fonte: África21

terça-feira, 16 de julho de 2013

Rebeldes de Casamança Libertam Nove Reféns


Cassolol (Guiné-Bissau) - Nove sapadores raptados a 03 de Maio, pelos rebeldes de Casamança, região do Sul do Senegal assolada por uma rebelião independentista, foram libertados hoje (sexta-feira), próxima da fronteira com a Guiné-Bissau, noticiou à AFP.

Os nove reféns, foram libertados próximo da aldeia de Cassolol, em território bissau-guineense, na presença de responsáveis militares bissau-guineenses, de notáveis de Casamança e de dirigentes de Mon Ku Mom, uma organização da Guiné-Bissau implicada na mediação dos conflitos nesse país.

"Liberto os sapadores em nome do Casamança", disse, numa breve declaração, César Atoute Badiate, líder da facção do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC, rebelião independentista), que tinha raptado os sapadores.

Os nove reféns, visivelmente bem tratados, foram entregues aos responsáveis de Mon Ku Mom, que estava implicada na mediação visando a sua libertação.

Essa ONG, deve os entregar sábado as autoridades senegalesas durante uma cerimónia oficial prevista em São Domingos, uma vila bissau-guineense situada próxima da fronteira senegalesa.

Três mulheres, que tinham sido feito reféns com os nove homens libertados sexta-feira, foram postas em liberdade a 27 de Maio, após uma mediação da Guiné-Bissau e de Mon Mu Mom.    

Os doze mineiros tinham sido raptados a 03 de Maio na aldeia de Kailou, à 15 quilómetros de Ziguinchor.

Os sapadores trabalhavam por conta da Mecham, operadora sul-africana ligada ao Centro nacional das acções anti-minas do Senegal (CNAMS), no quadro dum projecto financiado pela União Europeia.     

A MFDC, se bate desde 1982, pela independência de Casamança, região sul do Senegal separada da sua parte norte da Gâmbia.

O conflito, causou desde há 30 anos várias vítimas, nomeadamente de minas anti-pessoal, e de dezenas milhares de  refugiados. Fonte. Angop Press
              

França Concede seis Milhões de Euros à Guiné Conacri Para Projetos Rurais

Conacri - A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) concedeu ao Governo guineense uma nova subvenção de seis milhões de euros, anunciou um comunicado da Embaixada de França, citado pela Panapress.
 
Esta subvenção destina-se, lê-no texto, a apoiar a fase 2 do Programa de Apoio às Comunidades Camponesas (PACV) implementado pela Coordenação Nacional do PACV sob a tutela do Ministério guineense da Administração do Território e Descentralização.
 
O empreendimento é cofinanciado igualmente pelo Banco Mundial (BM) e pelo Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), segundo a nota.
 
O novo apoio da AFD efetivou-se quinze dias depois da assinatura de um contrato de anulação da dívida e de desenvolvimento de 75 milhões de euros entre as duas partes, diz o comunicado.
 
O PACV é tido como um dos elementos essenciais de redução da pobreza, cujos objetivos são fixados pelo Documento de Estratégia de Redução da Pobreza da Guiné (DSRP3) recentemente aprovado pelo Governo guineense.
 
O objetivo primeiro do PACV permanece o acesso a serviços sociais básicos para as populações das 304 comunas rurais da Guiné-Conacri mediante o financiamento de infra-estruturas coletivas, tais como a água, a educação, a saúde, a agricultura, entre outros. prioritárias por estas localidades.
 
Acompanhar e reforçar as capacidades destas comunas rurais em matéria de planificação, de orçamento e de gestão do desenvolvimento económico do seu território fazem igualmente parte destas metas.
 
A segunda fase do PACV deverá apoiar as autoridades nas suas reformas de descentralização e os primeiros impactos esperados deste programa são de ordem social na medida em que as realizações deverão  permitir contribuir para o equipamento das zonas rurais, a melhoria do acesso aos serviços sociais básicos e o desenvolvimento mais equilibrado do território guineense, de acordo com o comunicado.
 
Estas atividades visam igualmente reforçar as instituições guineenses centrais, descentralizadas e desconcentradas, indica-se.Fonte: África21

Papua Nova Guiné: Soldados Armados Invadem Hospital


Bandeira da Papua Nova Guiné
Papua Nova Guiné-Um grupo de soldados armados forçaram a entrada num hospital na capital da Papua Nova Guiné e começaram indiscriminadamente a atacar pessoas, deixando um estudante de medicina gravemente ferido, informou a polícia  segunda-feira.

O incidente ocorreu, no domingo, no Hospital Geral de Porto Moresby, e foi entretanto condenado pelo comissário de polícia Simon Kauba, que criticou os soldados por atacarem «as próprias pessoas que juraram proteger e defender».

«Isto é totalmente desnecessário e um comportamento inaceitável por membros de uma organização disciplinada», disse em comunicado.

O governo australiano anunciou entretanto que vai enviar para a Papua Nova Guiné um contingente formado por 50 agentes da polícia para reforçar as missões de segurança, após o aumento dos crimes de sangue neste país. Fonte: TVI24

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Rebeldes Acusam Milícia Pró-governo de Ataque Contra Missão de Paz em Darfur

Darfur-Um grupo rebelde de Darfur, Sudão, acusou  domingo uma milícia pró-governo de ter realizado o ataque que matou sete capacetes azuis tanzanianos da força conjunta de manutenção da paz ONU-União Africana (Minuad) no sábado.

"Não temos nenhuma dúvida de que este ataque foi cometido por uma milícia pró-governamental, porque essas milícias agem na região de Khar Abeche", declarou Abdullah Mursal, porta-voz da facção Minni Minnawi do Exército de Libertação do Sudão (SLA-Minnawi).

O ataque ocorreu perto de uma base da Minuad situada em Manawashi, ao norte de Nyala, principal cidade de Darfur, e a 25 km de outra base, localizada em Khar Abeche.

"Esta região está completamente sob controle do governo", insistiu Mursal.

Sete capacetes azuis tanzanianos foram mortos e dezassete ficaram feridos na emboscada preparada por um "grupo ainda não identificado", segundo a Minuad.

Trata-se do ataque com o maior número de vítimas em cinco anos de operações da missão no país.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, "condena este ataque odioso contra a Minuad, o terceiro em três semanas, e espera que o governo do Sudão adote enérgicas iniciativas para levar os culpados à justiça", indicou seu porta-voz, Martin Nesirk.

África do Sul Celebra Passagem dos 50 Anos da Captura dos Líderes do ANC pelo Apartheid

África do Sul-Assinalou-se quinta-feira  a passagem dos 50 anos da captura dos líderes seniores do Congresso Nacional Africano (ANC) pelo regime de segregação racial, o Apartheid. Segundo reza a história, a 11 de Julho de 1963, uma busca policial na farma de Liliesleaf em Rivonia, a norte de Joanesburgo, culminou com a captura de toda a liderança do ANC. Dos 17 capturados figuram nomes de Nelson Mandela, Walter Sisulu, Govan Mbeki (pai do antigo Presidente Thabo Mbeki) e Arthur Goldreich.
 
Este acontecimento viria a ser conhecido como “Caso Rivonia”, que resultou na condenação de altas patentes do ANC à prisão perpétua e outros à pena capital. A farma de Liliesleaf tinha-se tornado em 1963 o quartel general do braço armado do ANC, “Umkhonto we Sizwe”, e onde os seus líderes se encontravam refugiados. As forças de segurança do Apartheid, disfarçadas e fazendo-se transportar num carro de limpeza, dirigiram-se ao local e efectuaram as detenções.
 
A data viria a mudar o curso da história da luta contra o Apartheid e da própria África do Sul, pois dos capturados, e que fizeram parte do Caso Rivonia, somente quatro continuam vivos, e três a gozar de boa saúde.
 
Para se assinalar a data, os três sobreviventes deslocaram-se ao local onde tudo começou. Porém, Nelson Mandela, que viria a ser conhecido como o “acusado número 1”, encontra-se hospitalizado. “Teria sido maravilhoso se ele estivesse aqui, sentimos a sua falta”, afirmou Denis Goldberg, um dos últimos sobreviventes, a par de Ahmed Kathrada e Andrew Mlangeni.
 
Ao trio juntou-se Bob Hepple, que escapou à detenção em 1963 porque no tal dia não se encontrava no local. As celebrações desta quinta-feira incluíram o lançamento de uma medalha para se assinalar a passagem dos 50 anos da captura e da fuga de alguns detidos do Centro Prisional Marshall Square, localizado no centro de Joanesburgo, e o início do julgamento dos líderes do ANC. R.
 
Anderson, que em 1963 era repórter do jornal The Star, destacado para cobrir o Caso Rivonia, aproveitou para celebrar a passagem dos 50 anos da cobertura do melhor evento da sua carreira jornalística. “Isto foi uma demonstração do poder dos nacionalistas Afrikaners”, defendeu Anderson, que, apesar de ser jornalista, não escapou à paranóia do Estado.
 
Ao longo dos fins-de-semana, agentes da polícia do regime passavam sempre pela sua casa, querendo saber da identidade dos que lhe visitavam. O julgamento deu a Anderson um grande destaque. O Palácio de Justiça de Pretória ofereceu-lhe uma cópia do veredicto por 10 randes. Enquanto o juiz da causa, Quartus de Wet, lia as sentenças, o The Star, publicava a cópia.