segunda-feira, 15 de julho de 2013

ONU Atenta a Violações dos Direitos Humanos nas Eleições


 
Guiné-Bissau-O secretário-geral adjunto da ONU para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, que quinta-feira, terminou uma visita à Guiné-Bissau, disse que a comunidade estará atenta às violações dos direitos humanos naquele país, para perceber se há ou não condições para eleições livres e justas.

Simonovic disse ter falado com «os ministros da Justiça e do Interior» que «garantiram que farão tudo» para assegurar as liberdades de expressão, de reunião e o direito de manifestação durante o período eleitoral.

«Avisei que, se não for o caso, sem essas garantias, a comunidade internacional poderá reagir e haverá consequências», assegurou.

Ivan Simonovic esteve em Bissau desde segunda-feira a convite das autoridades de transição guineenses, tendo-se reunido com governantes e membros da sociedade civil e participado numa conferência sobre impunidade e Direitos Humanos.

Mandela Pode deixar Hospital em Breve, diz Mbeki

 
Nelson Mandela em Junho de 2010: ex-presidente sul-africano de 95 anos está internado há cinco semanas

 
Johanesburgo -Conforme o jornal Exame, o ex-presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, disse esperar que Nelson Mandela possa deixar o hospital em breve e concluir sua recuperação em casa.

A emissora de rádio sul-africana Eyewitness News informou  domingo que Thabo Mbeki fez as declarações durante um serviço memorial realizado no sábado.

Mandela está hospitalizado há mais de cinco semanas para o tratamento de uma infecção pulmonar recorrente. Amigos que o visitaram disseram que ele respira com a ajuda de aparelhos. As informações oficiais mais recentes sobre sua saúde dizem que o estado de saúde de Mandela é crítico, mas estável.

O líder contra o apartheid passou 27 anos na prisão antes de se tornar o primeiro presidente da África do Sul em 1994. Ele fez 95 anos na quinta-feira. Fonte: Associated Press.

Cinco Condenados a Prisão Perpétua por Atentado Contra Presidente

Alpha Condé, presidente da Guiné (foto AP)
Guiné-Conacry-Cinco pessoas foram condenadas(segundo o jornal Abola),  sábado pssado, a prisão perpétua por terem participado numa tentativa falhada para assassinar o presidente da Guiné-Conacry, Alfa Condé, em Julho de 2011, pondo fim a um julgamento que a oposição acusa de ter tido motivações políticas.

Entre os arguidos estava um oficial militar e um político da oposição que foram condenados por terem planeado no ataque que ocorreu em Julho de 2011, do qual Alpha Condé saiu ileso, mas dois guarda-costas morreram e vários ficaram feridos na sequência do atentado na casa do presidente.

Entre os condenados está Mamadou Oury Bah, fundador do partido da oposição UFDG, que foi julgado à revelia, uma vez que se encontra exilado em França, negando as acusações.

Também Alpha Oumar Diallo Boffa, membro da guarda pessoal do anterior presidente Lansana Conte, que treinou várias gerações de soldados guineenses, foi julgado à revelia e continua a negar qualquer envolvimento no ataque.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Obama Gera Polémica Com Apoio à Homossexualidade Africana

Obama-Durante a sua excursão pela África, no Senegal, o presidente americano levantou a problemática da discriminação aos homossexuais, pedindo uma igualdade de direitos. Obama comentou sobre esta questão, após o encontro com o presidente Macky Sall.
 
O presidente senegalense respondeu, dizendo que o Senegal era um país tolerante, mas que não se encontra em condições de receber esta abertura nem preparado para descriminalizar a homossexualidade. O povo africano ainda é um povo reservado, e a homossexualidade é vista como um crime. A imensa popularidade do presidente Barack Obama sofreu um revés, mesmo no Quénia o país natal do seu pai.
 
Os actos homossexuais são ainda um crime em 38 países africanos, onde a maioria das pessoas possuem visões religiosas conservadoras. Obama sofreu críticas, inclusive de um pastor que a propósito disse que “nós como cristãos não podemos apoiar o homossexual qualquer que seja o custo”.
 
O presidente americano acredita que os hábitos, costumes, religião devem ser respeitados, porém a lei deve ser de igualdade para todos.Contudo, apesar das críticas, a declaração de Obama causou alegria e esperança entre homossexuais em África.
 
Alguns homossexuais disseram que Obama estabeleceu um exemplo que esperam ser seguido por outros, porque, segundo eles, o que eles querem é viver em paz e sem medo.
 
Obama defrauda quenianos
 
O presidente dos EUA, de raízes quenianas, tem que provar a um público desiludido que dá importância ao país de seu pai.
 
Muitos africanos sentem um vínculo com Obama, que é filho de um queniano já falecido, mas manifestam frustração com o facto de ele não ter mantido com o continente o mesmo envolvimento que os seus antecessores, George W. Bush e Bill Clinton. Durante o seu primeiro mandato, Obama apenas fez uma visita de um dia ao continente africano, no Gana.
 
Após muitas críticas e até tarde, o presidente americano, encontra-se a fazer visitas em alguns países democráticos da África-subsariana com objectivo de reforçar os laços de cooperação económica e política. Obama fez uma  excursão pelo Senegal, África do Sul e Tanzânia.
 
Quenianos manifestaram um desagrado desta visita, uma vez que o Presidente americano tem laços sanguíneos de origem queniana e não visitou o país.
 
Em resposta às reclamações e críticas levantadas, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a “cronometragem não estava certa” para ele viajar a terra natal de seu pai, durante sua actual turnê em África.
 
Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sul-africano Jacob Zuma, em Pretória, Obama disse que a sua ausência do Quénia dependia de questões “sensíveis” e organizativas do próprio Quénia que tem trabalhado sobre o assunto com a comunidade internacional.
 
Obama referia-se ao julgamento iminente de Kenyatta, pelo seu suposto papel na violência mortal que matou de mil pessoas após as eleições de 2007 no Quénia.
 
“O momento não era certo para mim, como presidente dos Estados Unidos visitar o Quénia, quando essas questões precisam ser trabalhadas”, disse Obama.
 
Para finalizar o presidente salientou que tem expectativas futuras de pisar a terra natal.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Guiné-Bissau: Aumentam Casos de Cólera na Região de Tombali

Bissau – Tal como a PNN avançou a 4 de Julho, relativamente à existência de casos de cólera na região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, o facto foi confirmado terça-feira, 9 de Julho, pelo Representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF).
 
Abubacar Sultan, o Representante da UNICEF que falava durante um encontro com apresentadores e animadores de diferentes rádios e da imprensa escrita, onde a PNN esteve presente, pediu o engajamento de todos na sensibilização e no combate à cólera.

«Ninguém mais deve morrer da cólera. A região de Tombali está afectada e, oficialmente, o problema continua confinado a Tombali», disse o responsável da agência das Nações Unidas em Bissau.

Sobre o assunto, as autoridades sanitárias do país não se pronunciaram, tal como aconteceu em 2012. Contudo, os técnicos da saúde, através do Instituto Nacional de Saúde (INASA), actualizam diariamente os dados sobre a evolução da cólera naquela região.

O INASA apontou que, até às primeiras horas de 9 de Julho, foram registados 156 casos da doença, que geraram 18 mortes.

Em comunicado de imprensa enviado à PNN, a UNICEF disse estar a contribuir para o reforço da resposta ao combate a cólera na região afectada, assim como para a preparação de uma campanha de combate à doença em todo o país.

Conforme dados avançado pelo INASA, este número corresponde a uma taxa de mortalidade de 11,5% desde que os primeiros casos foram detectados, em Março de 2013, confirmando-se assim o aumento da incidência nas localidades afectadas.

A nota da UNICEF indica ainda que, com o objectivo de prevenir o alastramento da epidemia a outras regiões, o Comité Nacional de Gestão de Epidemias, ao qual pertence a UNICEF, está a proceder à activação das suas repartições ao nível regional.

A terminar, a agência das Nações Unidas em Bissau anunciou o envio dos materiais necessários para facilitar a montagem dos centros de tratamentos de cólera em Catio e Komo, tendo em contas as dificuldades com que se depara o Hospital Regional «Musna Sambu», em Catio.

OMC e ONU Querem Fortalecer Comércio Africano

 
OMC e ONU-A Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (CEA) assinaram esta semana um memorando de entendimento para fortalecer a assistência técnica e a capacitação ao comércio nos países africanos. A informação foi divulgada em nota pela OMC.

“A capacitação ao comércio é um passo essencial para a maior participação da África na economia global”, afirmou o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, de acordo com a nota. “A Comissão Econômica para a África está posicionada de forma única para a parceria com a OMC para garantir mais efetividade no [programa] Ajuda para o Comércio na África”, destacou.

Carlos Lopes, secretário-executivo da CEA, ressaltou que as necessidades crescentes dos países africanos por assistência técnica relacionada ao comércio e capacitação na área requerem esforços concentrados.

“Por meio deste acordo, a CEA e a OMC reafirmam seu compromisso em ajudar os países africanos, fortalecendo sua participação no sistema de comércio multilateral e sua total participação nas negociações da Agenda de Desenvolvimento de Doha, como colocado na Declaração Ministerial de Doha”, disse Lopes, segundo a nota, referindo-se à Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, que ocorre no âmbito da OMC.

As duas partes destacaram a importância de usarem suas influências na implementação do acordo conjunto. O foco da CEA em promover a integração regional, diz a nota, terá um papel fundamental em facilitar uma maior participação dos países africanos no sistema de comércio multilateral por meio de análises e pesquisas bem fundamentadas.

O programa de Assistência Técnica Relacionada ao Comércio (TRTA, na sigla em inglês) será gerenciado pelos dois organismos e ministrado a participantes selecionados nos países africanos, tendo seu custo dividido entre as partes. Outras ações de assistência técnica serão determinadas de acordo com as necessidades específicas de cada país.

Países Mais Pobres Podem Crescer Sem Nunca se Tornarem Desenvolvidos

Países mais Pobres-A desaceleração do crescimento dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- pode estar impedindo a expansão da economia global. No Brasil, surgiu uma onda de insatisfação pela estagnação no padrão de vida. Mas um problema mais grave talvez esteja espreitando por trás das manchetes: o crescimento meteórico das economias emergentes pode não ser mais possível.

Os indícios disso vêm de pelo menos quatro direções. Primeiro: as máquinas podem realizar cada vez mais funções na indústria e, às vezes, até nos serviços. Isso dificulta que os países emergentes compitam via salários baixos. Segundo: as cadeias de suprimento estão atualmente espalhadas pelos países. O sucesso em uma parte da cadeia não acarreta sucesso em outras, o que beneficiaria a economia de forma mais ampla. A Tailândia, por exemplo, cortejou com sucesso as montadoras de automóveis, mas as autopeças geralmente vêm do exterior.

Richard Baldwin, professor de economia internacional no Instituto de Pós-Graduação, em Genebra, vê um novo mundo com "enclaves de desenvolvimento", em que determinadas partes dos países se tornam avançadas, sem transformar o resto.

Terceiro: Outra barreira é a dificuldade de sustentar um esforço de equiparação econômica. A ascensão econômica da Coreia do Sul exigiu sacrifícios de milhões de pessoas em termos de horas trabalhadas, poupança e investimentos educacionais. Muitas das nações mais pobres da actualidade parecem estar a mais de 20 anos de distância dos líderes globais. Esse longo caminho pode desencorajar alguns.

Quarto:Finalmente, muitos países de renda mais baixa ficarão velhos antes de ficarem ricos. A população da China, por exemplo, está envelhecendo rapidamente, por causa da política governamental do filho único e do declínio nas taxas de natalidade que acompanha a ascensão da renda. O que é menos sabido é que as taxas de fertilidade em grande parte do Oriente Médio e norte da África também estão caindo rapidamente. Populações que encolhem e envelhecem, naturalmente, limitam o crescimento econômico futuro.
 
Os padrões de vida das nações mais pobres não precisam se estagnar. Elas podem melhorar as condições para alguns cidadãos, pelo menos, por meio da venda de serviços, como na Índia, com os call centers de Bangalore. As chances de progresso permanecem, mas essas nações talvez nunca fiquem iguais aos países desenvolvidos. Havia algo de especial na fórmula de empregos industriais bem pagos do século 20, que criou uma classe média que assumiu controle significativo do governo.

A ideia de equiparação econômica mudou, o que significa que a política das nações em desenvolvimento pode mudar também. Nações que recentemente passaram a crescer se veem em um mundo mais estratificado, sem desenvolver histórias igualitárias que fortaleçam as instituições políticas ou as expectativas econômicas.

O caminho dos países em desenvolvimento pode ser muito diferente do que costumava ser. Os próximos vencedores dos mercados emergentes poderão manter enormes bolsões de pobreza. Embora Seul atualmente se pareça bastante com Los Angeles, é possível que La Paz, Acra e Dacca nunca fiquem muito parecidas com Seul.