segunda-feira, 3 de junho de 2013

Abbas Inicia Processo para Formação de Novo Governo Palestino

Jerusalém- O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, iniciou domingo o processo de escolha do novo primeiro-ministro palestino, após aceitar a renúncia de Salam Fayyad, que estava à frente do executivo da ANP desde 2007.

Fayyad aceitou permanecer como interino até a formação de um novo executivo. Fontes ligadas à presidência palestina asseguraram que o novo primeiro-ministro será designado nos próximos dias.

Após ser nomeado, o novo chefe do Executivo terá um prazo de três semanas (prorrogáveis por mais duas) para formar seu governo.

Entre os nomes que se ventilam como possíveis substitutos de Fayyad estão os do economista Mohammed Mustafa, diretor do Fundo Palestino de Investimentos; do empresário Mazen Sonokrot, ex-ministro da Economia; e de Rami Hamdala, presidente da Universidade Al Najah, em Nablus.

Tanto entre os cidadãos como entre vários líderes políticos se escutam pedidos para que Abbas aproveite a renúncia de Fayyad para cumprir os acordos de reconciliação com o movimento islamita Hamas (que governa de facto a Faixa de Gaza) e nomear um executivo de união nacional.

Este governo deveria ser formado por tecnocratas designados pelas principais facções e teria como objetivo a convocação de eleições gerais e presidenciais.

Azam al-Ahmad, alto cargo do movimento nacionalista Fatah (que governa na ANP e cuja autoridade abrange essencialmente à Cisjordânia), assegurou à emissora Voz da Palestina que Abbas emitirá em breve dois decretos presidenciais, um deles para nomear o próximo chefe do governo e outro para convocar eleições.

No entanto, Salah el Bardawel, um dos líderes do Hamas em Gaza, declarou que "até agora não houve nenhum contato conosco sobre a formação de um governo transitório de unidade". Segundo Bardawel, Abbas "não está interessado realmente em acabar com a divisão e poderia formar outro governo com um primeiro-ministro que substitua Fayyad e mantenha a divisão".

A Jihad Islâmica também exige que se aproveite a situação para superar os desencontros e avançar rumo à reconciliação nacional.Desde Junho de 2007, quando o Hamas assumiu o controle de Gaza, a sociedade palestina sofre com a divisão.

"Pedimos ao presidente Abbas que forme imediatamente um governo de união nacional e comece a implementar agora os acordos de reconciliação acertados no Cairo e Catar em 2011", declarou Khaled Al Batsh, líder da Jihad em Gaza.

Para Batsh, "se a renúncia de Fayyad levar à reconciliação, será um sinal positivo, mas se não, a divisão crescerá e será muito difícil de solucionar".

No Fatah imperava hoje um sentimento de alegria com a saída de Fayyad, em parte pelas críticas do movimento a sua gestão.

Amin Makbul, secretário do Conselho Revolucionário do Fatah, mostrou-se satisfeito com a renúncia e assinalou que Fayyad "fracassou" na hora de solucionar os problemas econômicos" da Autoridade Nacional Palestina (ANP), informou à agência palestina "Maan".

Makbul considerou que "existe muita gente na Palestina que pode dirigir o governo de forma mais transparente" e disse que acredita em um governo de união nacional liderado pelo próprio Abbas.

"Se o Hamas actuar para acabar com a divisão e implementar a reconciliação, Abbas presidirá um novo governo até que se realizem eleições gerais", declarou. 

PAIGC e PRS Bloqueiam Formação do Governo em Bissau

Foto de Miguel Martins
Guiné-Bissau-Apesar de existir luz verde do Presidente e do Primeiro ministro da Guiné Bissau, continua adiada a formação do governo inclusivo, em Bissau, devido a bloqueio do PAIGC e do PRS, os dois principais partidos.

Quando tudo apontava para a formação do novo governo de inclusão na Guiné Bissau, segundo os desígnios do Presidente guineense Serifo Nhamadjo, do seu Primeiro ministro, Rui Duarte de Barros e da comunidade internacional, eis que uma vez mais, tudo fica adiado, devido a divergências dos dois principais partidos, o PAIGC e o PRS, sobre a partilha das pastas ministeriais.

O PAIGC, exige mais do que as quatro pastas ministeriais que lhe foram destinadas pelo Primeiro ministro, Rui Duarte de Barros, o mesmo acontecendo com o PRS que não ficou satisfeito com as apenas três pastas, sem dizer que as duas principais formações políticas guineenses não estão igualmente satisfeitas com os intitulados dos ministérios a que tiveram direito, segundo as escolhas do Presidente e do Primeiro ministro desse governo de inclusão.

África é o "Novo Campo de Batalha" entre Japão e China

Japão-Tóquio recebe um conjunto de líderes africanos para debater o desenvolvimento sustentável e as perspetivas para os próximos anos, num encontro marcado também pela rivalidade entre a China e o Japão.
 
Para além de todos os países africanos, a V Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD) conta também com um conjunto de organizações não governamentais, entidades internacionais e organismos institucionais, que se juntam sob a organização do Japão, Nações Unidas, Banco Mundial e União Africana.
 
A realização desta conferência quinquenal surge num momento de afirmação da China como um dos principais investidores no continente africano, mas o Japão espera, com esta e outras iniciativas, 'disputar a corrida' rumo a um dos continentes com mais recursos naturais ainda por explorar do mundo.
 
De acordo com as agências internacionais, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, já se comprometeu com uma ajuda financeira de dez mil milhões de dólares (7.670 milhões de euros) a África nos próximos cinco anos, numa tentativa de recuperar terreno sobre a China: actualmente, os chineses têm cinco vezes o volume de trocas comerciais e oito vezes o investimento directo estrangeiro do Japão, mas os nipónicos argumentam que "a abordagem é diferente".
 
O embaixador do Japão na TICAD, Makoto Ito, lembrou na quinta-feira à AFP que "a China não está ligada" ao comité de desenvolvimento e ajuda da OCDE, destinado a reduzir a pobreza e melhorar os direitos humanos, acrescentando que uma das principais diferenças é que "a ajuda ao desenvolvimento [de África] dado pelo Japão sempre teve e sempre terá a ênfase na propriedade africana" desse desenvolvimento.
 
Também por isso o Japão "reconhece a necessidade de reforçar os laços com os países africanos", disse um responsável do Ministério da Economia japonês, precisando que "o crescimento da classe média em África mostra a importância do continente enquanto parceiro comercial", oferecendo novos mercados a uma base empresarial nipónica que vê nas exportações uma solução para contrabalançar o fraco crescimento do consumo interno.
 
A conferência, realizado em Tóquio não é o único fórum internacional sobre África. A União Europeia, a China, Índia, Coreia do Sul e Turquia têm modelos semelhantes para cortejar os líderes africanos, à procura de novos mercados e de um manancial de recursos naturais, mas o Japão parte para a conferência com redobrado interesse não só económico, mas também em termos de segurança.
 
Em Janeiro, a atenção do país voltou-se para a Argélia, onde uma refinaria de gás foi atacada por islamitas armados, matando dez japoneses, e lançou a discussão sobre os perigos de procurar negócios em regiões ricas em recursos naturais, mas instáveis e inseguras.

UE Quer Criar Uma zona de Livre Comércio Com o Mercosul

União Europeia e Mercosul-A União Europeia (UE) está a negociar com Mercosul a criação de uma zona de livre comércio entre a Europa e os países daquele bloco, disse  em Caracas o embaixador chefe da delegação da UE na Venezuela.

"As negociações com o Mercosul estão activas e queremos impulsionar o estabelecimento de uma zona de livre comércio entre o Mercosul e a União e a Europeia", disse António Cardoso Mota.
 
Advogado nascido em Faia, Portugal, e presidente da delegação da UE desde 2009, António Cardoso Mota falava em Caracas durante o evento sobre oportunidades para o desenvolvimento de negócios e a Europa e a América do Sul, que reuniu mais de uma centena de empresários.
 
O embaixador frisou ainda que "a entrada da Venezuela no bloco e o facto de que vai assumir a presidência do Mercosul, já dentro de dias, abrirá outras possibilidades para actuar com o governo venezuelano".
 
"A UE continuará a apoiar e a estimular tanto as empresas venezuelanas como europeias para conseguir penetrar nos mercados do seu interesse, impulsionando assim não só o crescimento das empresas mas também os altos benefícios que a atividade económica trás às comunidades e à população em geral", frisou.
 
Por outro lado precisou que a UE "alberga atualmente 7 % da população mundial" mas "representa mais de um quarto do PIB mundial".
 
"O seu comércio externo supõe aproximadamente 20 % do total das exportações e importações no mundo, ou seja, um quinto do comércio mundial passa pela UE. Isto converte-a na maior potência comercial do mundo, de 550 milhões de consumidores, de 27 países membros e dentro de um mês de 28", disse.
 
Segundo António Cardoso Mota, atualmente a UE é "também o maior investidor e a maior economia em termos de PIB, e também o principal recetor de investimento estrangeiro".
 
"A UE considera o comércio como uma das suas prioridades e percebe a América Latina como uma região de enorme potencial, de muita riqueza e importância estratégica", disse, sublinhando que a União Europeia "é o segundo parceiro comercial na região" e que o comércio de bens mais que duplicou na última década.
 
"A UE continua a ser, além do comércio, o principal investidor na região. Somos o número um, o que representa em euros 385.000 milhões em investimento estrangeiro directo, o que é equivalente a 43 % do total do investimento estrangeiro na região", disse.
 
Segundo o embaixador, o "mercado europeu continua a ser, de longe, apesar da actual crise económica que levou à contração de algumas economias nacionais e, evidentemente, da economia global, em todos os critérios a maior economia do mundo".
 
O Mercosul é um bloco económico da América do Sul criado a 26 de Março de 1991, tem atualmente como membros a Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e a Venezuela.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Trabalhadores Independentes Têm mais 30 dias Para Entregar "Anexo SS"

Portugal-Os trabalhadores independentes que não entreguem o novo “Anexo SS” juntamente com o IRS poderão enviar aquele documento até ao final de Junho, sem que sejam aplicadas coimas. No entanto, isto não implica qualquer adiamento no prazo de entrega da declaração de IRS.
 
Este é o primeiro ano em que os contribuintes têm de preencher este novo anexo na declaração fiscal já que, no ano passado, esta informação foi remetida directamente para a Segurança Social através de um processo autónomo. Ou seja, os trabalhadores independentes tiveram de declarar duas vezes os seus rendimentos: uma, através do IRS, e outra à Segurança Social. A partir deste ano as duas obrigações passam a ser cumpridas no mesmo momento.
 
“Tendo em conta que este é o primeiro ano de entrega deste anexo através do IRS, não haverá coimas se o contribuinte entregar o anexo nos 30 dias subsequentes” ao final do prazo de preenchimento do IRS (31 de Maio), apurou o Diário Económico junto de fonte do Ministério da Solidariedade e Segurança Social. Em breve, haverá um despacho nesse sentido.
 
O preenchimento deste novo documento tem gerado várias dúvidas, com os contribuintes a alegar desconhecimento sobre as novas regras de entrega e sobre quem é obrigado a preencher o anexo.
 
Os trabalhadores independentes terão agora mais 30 dias para enviar o documento mas importa salientar que os prazos de entrega do IRS serão mantidos. Ou seja, só o “anexo SS” pode ser entregue mais tarde.

Queda de Bebê em Tubo de Esgoto na China foi Acidente, diz Polícia

China-O bebê recém-nascido que foi resgatado em uma tubulação de esgoto em um prédio em Jinhua, na China, depois de cair no vaso sanitário, está em estado estável, informou quarta-feira (29 de Maio) a imprensa local, citando o hospital.
 
A queda foi acidental, e a mãe não será indiciada, informaram as autoridades locais quarta-feira.A mãe da criança, uma mulher solteira de 22 anos, escondeu a gravidez e deu à luz de maneira surpreendente quando estava em um vaso de estilo turco no sábado.O recém-nascido caiu na tubulação e ficou preso, informou a polícia de Jinhua, na província oriental de Zhejiang.
 
Os serviços de resgate demoraram mais de uma hora para cortar o trecho da tubulação de 10 centímetro de diâmetro, utilizando serras e alicates para retirar o bebê."Nossas investigações mostram que foi um acidente", disse à AFP uma fonte policial, que pediu anonimato e confirmou que mãe não será acusada.
 
O bebê de 2,3 quilos permaneceu preso de duas a três horas e sofreu alguns cortes no rosto, pernas e braços. A criança foi levada para um hospital e colocada em uma incubadora.O diretor do hospital, Wu Xinhong, disse que o bebê está bem e pronto para receber alta.
 
"O estado dele é bom, mas os familiares ainda não vieram buscá-lo", disse à AFP.A mãe do recém-nascido está em condição grave por complicações durante o parto. As autoridades ainda procuram o pai da criança.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Governo de Transição da Guiné-Bissau Fixa preço Mínimo do Caju em 0,32 cêntimos



Bissau - O governo de transição da Guiné-Bissau anunciou que fixou em 210 francos CFA (0,32 cêntimos) o preço mínimo para o quilo de caju, o principal produto de exportação do país.
 
Na presente época do caju, que já começou há cerca de dois meses, o governo não fixou um preço de referência, ao contrário do que tem sido prática noutros anos, alegando que seria o mercado a definir um preço.
 
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa dos ministros das Finanças, Abubacar Demba Dahaba, e do Comércio e Indústria, Abubacar Baldé, depois de dois dias de intensas reuniões com agricultores, intermediários, empresários e setor bancário.