segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nawaz Sharif Declara a Vitória nas Eleições no Paquistão e Imran Khan Felicita-o

Paquistão-Uma vitória oficial só será declarada com a confirmação da comissão eleitoral, mas Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro e líder da Liga Muçulmana (PLM-N), anunciou poucas horas depois do fecho das assembleias de voto que era vencedor das eleições legislativas sábado passado no Paquistão, depois de cinco anos passados na oposição.
 
“Devemos agradecer a Alá ter dado à PLM-N outra oportunidade de servir o Paquistão”, afirmou frente a uma multidão de apoiantes na cidade de Lahore. “Os resultados continuam a cair, mas temos já a confirmação de que a PML-N vai emergir como o principal partido.” O seu principal rival, Imran Khan do Movimento para a Justiça (PTI) reconheceu a derrota e felicitou Sharif.

Mais tarde, num discurso na televisão a partir do hospital onde recupera de uma forte queda, Imran Khan saudou o avanço democrático que esta eleição representa, mas evocou as acusações de fraude feitas por membros do seu partido. Sem dar pormenores, anunciou que o PTI “publicaria um dossier” fazendo um levantamento dessas irregularidades.
 
Domingo, e quando estava escrutinada mais de metade dos votos, segundo a AFP, a Liga Muçulmana tinha garantido 115 dos 272 assentos parlamentares decididos por eleição, a uma distância confortável do Movimento para a Justiça (PTI) de Imran Khan, antiga estrela do críquete e do Partido do Povo (PPP, da dinastia Bhutto) no poder desde 2008 mas que deverá terminar em terceiro.O Parlamento dispõe de 342 lugares, mas 60 estão reservados a mulheres e dez a membros das minorias não muçulmanos.
 
A participação estimada de 60%, a confirmar-se, será a mais alta desde 1977, apesar da violência que resultou em 26 mortes em atentados em Karachi, Peshawar e noutras localidades e depois duma sangrenta campanha em que 150 pessoas terão morrido em acções ligadas às eleições no último mês.
 
Nawaz Sharif prepara-se para formar um governo de coligação para, como disse, “resolver os problemas do país”. O líder da Liga Muçulmana, que regressa ao poder depois de ter sido deposto num golpe militar em 1999, tem como principais desafios a economia e os taliban, escreve a AFP.
 
Para o Paquistão, esta é uma eleição histórica por ser a primeira vez desde a independência que um governo democraticamente eleito dá lugar a outro que chega ao poder em eleições e não através de um golpe militar.

EUA Vão Capturar mais Pessoas na Guiné Bissau Por Causa da Droga, Avisa Ramos-Horta

Guiné-Bissau-O representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos Horta, considera que "mais cedo ou mais tarde" os Estados Unidos vão "capturar mais uma pessoa" relacionada com o tráfico de droga.

Questionado numa entrevista à rádio ONU, em Nova Iorque, sobre o problema do tráfico de droga na Guiné Bissau, o responsável timorense explicou que "ao permitir ou serem indiferentes que os gangs criminosos da Colômbia, da Bolívia, do Peru usem o seu território como um ponto de transição, mais cedo ou mais tarde, eles [os líderes locais] terão alguém - neste caso os americanos -, aterrando no seu território e entrando em ação" e por isso considerou que "é melhor que sejam as próprias autoridades da Guiné-Bissau a tomar esta atitude".
 
Assim, Ramos Horta faz um apelo: "Indivíduos na Guiné-Bissau, no Exército ou política, que estejam envolvidos, cessem todas as atividades e cooperem com as autoridades. Acabem com as drogas. Se eles estiveram envolvidos no passado, terminem com tudo completamente. Eu estou a avisar: mais cedo ou mais tarde, os americanos vão capturar mais uma pessoa" para encher "as cadeias de Manhattan".
 
Na entrevista, o político timorense considera que os norte-americanos e os europeus têm razão em intervir localmente na questão do tráfico de droga porque este é "um problema sério" e argumenta que "quando você vê centenas de milhares de americanos morrendo por causa da droga, quando você vê os cartéis de drogas infiltrando instituições e criando instabilidade, seja nos Estados Unidos ou na Europa, você não pode culpar os americanos ou os europeus por agirem".
 
Ainda sobre este tema, Ramos Horta lembrou o exemplo da captura de bin Laden para sustentar que os norte-americanos não devem ser subestimados: "Se eles foram capazes de capturar a Al-Qaeda nas cavernas do Iémen, no Afeganistão e no Paquistão, pegar alguém na Guiné-Bissau ou em qualquer lugar da África Ocidental é `piquenique` para eles".
 
No âmbito da sua atuação como representante de Ban Ki-moon no acompanhamento da situação na Guiné Bissau, Ramos Horta defendeu um "governo inclusivo" e sublinhou a dificuldade do seu trabalho, exemplificando: "Os políticos da Guiné-Bissau, como em qualquer parte do mundo, gostam de poder, de privilégios e uma vez que você tem o poder político, você acha difícil ter que compartilhá-lo. As pessoas dizem uma coisa de manhã, outra à tarde e outra à noite. É difícil. Você tem que ser muito paciente e saber ouvir e não dar nada por garantido".

Fitch Atribuiu Notação BB- a Angola, com 'Perspectiva Positiva'

  
 Angola-A agência de notação Fitch atribuiu BB- a Angola, com "perspectiva positiva", na mais recente análise sobre o comportamento da economia angolana, divulgada esta semana.
 
A "perspectiva positiva" da Fitch é justificada com a "redução da vulnerabilidade externa", que reflecte o compromisso de Angola com reformas macroeconómicas e "políticas prudentes".
 
Estes aspectos contribuíram para assegurar o superavit nas contas correntes, com reservas acumuladas disponíveis para pagar importações no período de 6,8 meses, contra os 3,7 meses registados em 2008.
 
O "forte crescimento" do PIB garantiu a diversificação da economia, bem como o "rápido crescimento" da renda "per capita", que a Fitch considera ter sido o mais rápido das economias da África subsaariana, prevendo que em 2013 a economia angolana cresça 8,2 por cento, e em 2014 o crescimento deverá ser mais moderado: 7,8 por cento.
 
A queda da inflação para um dígito, o que acontece pela primeira vez em décadas, assinala, "reflecte a estabilidade cambial e a melhoria da política monetária, uma tendência que se espera continue a verificar-se".
 
Quanto à dívida de Angola relativamente ao PIB, a Fitch encontra também melhorias, tendo passado dos 36 por cento de 2010 para 22 por cento em 2012.
 
A "elevada dependência" de Angola das exportações de bens, particularmente do petróleo, representa para a Fitch um dos pontos fracos da economia angolana devido ao perigo da "sobreexposição" ao preço dos hidrocarbonetos.
 
A Fitch assinala ainda que, segundo os indicadores do Banco Mundial, "a administração pública e o clima económico" são mais fracos quando comparados com outros países.
 
"O ambiente de negócios é marcado por custos elevados, excessiva burocracia, corrupção e ainda extrema pobreza no cumprimento de contrato. O governo está a envidar esforços para desenvolver infra-estruturas, sobretudo na energia, estradas e infra-estruturas sociais", destaca.
 
 
 
 
 
 

África Tem Que Utilizar Recursos Para Melhorar Vida das Pessoas - Africa Progress Panel

Cidade de Cabo-- A África tem uma oportunidade extraordinária de utilizar a riqueza dos seus recursos naturais para melhorar a vida de milhões de pessoas, conclui o relatório do Africa Progress Panel, liderado por Kofi Annan.
 
“Embora os recursos naturais tenham fomentado uma década de rápido crescimento económico, a maioria dos africanos ainda não testemunhou os benefícios”, diz o Relatório do Progresso em África divulgado, que alerta que, “em muitos países, as receitas dos recursos naturais estão alargar o fosso entre os ricos e os pobres”.
 
O Africa Progress Panel está convicto que África pode fazer mais na gestão da sua vasta riqueza em recursos naturais para melhorar as vidas das pessoas da região, estabelecendo programas de acção nacionais arrojados para fortalecer a transparência e a responsabilidade.
 
O documento anual do painel liderado pelo antigo secretário-geral das Nações Unidas considera que os responsáveis políticos africanos têm de tomar decisões críticas.
 
“Podem optar por investir as receitas dos seus recursos naturais nas pessoas para gerar empregos e oportunidades para milhões no presente e para as futuras gerações ou podem desperdiçar esta oportunidade, permitindo a proliferação do crescimento do desemprego e da desigualdade”, declara.
 
Kofi Annan afirmou que “a elisão e a evasão fiscal são questões globais que afectam a todos (…), mas, em África, esta situação tem um impacto directo nas vidas das mães e das crianças”.
 
“Em todo o mundo, milhões de cidadãos precisam que os seus líderes tomem uma posição e liderem. Felizmente, o impulso necessário para a mudança parece estar a ganhar força”, acrescentou.
 
Assim, o relatório desafia todos os países da OCDE a reconhecerem os custos da inacção nesta área fundamental, considerando inaceitável que alguma empresas, geralmente apoiadas por representantes governamentais desonestos, recorram à elisão fiscal e à propriedade anónima de empresas para maximizar os seus lucros, enquanto milhões de africanos são privados de acesso a nutrição, saúde e educação adequadas.
 
Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade e membro do Africa Progress Panel, defendeu que, “se as recomendações [do relatório] forem tomadas em consideração, África irá acelerar o seu progresso”.
 
“Mais crianças irão à escola, menos mulheres vão morrer durante o parto, mais crianças vão sobreviver à sua infância”, disse.
 
O Africa Progress Panel, composto por dez membros, defende ao mais alto nível um desenvolvimento equitativo e sustentável para África.

África do Sul Pede que Banco de Fomento do Grupo BRICS Fique no Continente Que Mais Precisa

Joanesburgo, África do Sul- O presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu que o banco de fomento do bloco de países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) fique sediado em África.
 
"África sente que o banco deve fixar-se aqui porque é o continente africano que mais precisa dele", afirmou Zuma durante o Fórum Económico Mundial sobre África, que se realiza hoje e sexta-feira na Cidade do Cabo.
 
Zuma espera que os pormenores sobre o arranque do banco de fomento das maiores economias emergentes sejam decididos na próxima reunião do bloco, que se realiza em 2014 no Brasil.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

África Será a Nova “Locomotiva” da Economia Mundial

África será a nova “locomotiva” da economia mundial

África-A África pode substituir a Índia e a China no papel de “locomotiva” do crescimento econômico global, afirma o relatório do FMI sobre as perspectivas de desenvolvimento econômico da África nos próximos anos.

 
Segundo peritos, este ano, o crescimento econômico na África Subsaariana será de 5,6% e no próximo ano – de 6,1%. Se as previsões se tornarem realidade, a África poderá ultrapassar a Ásia e ocupar o primeiro lugar em termos de crescimento.
 
Uma componente importante desse desenvolvimento estável é o rápido aumento dos preços globais de matérias-primas desde 2002.

Angola Participa Fórum de Finanças e Investimento em África em Genebra

 
 
 
 



África-Entidades públicas e privadas angolanas participam em Genebra, nos dias 13 e 14 de Junho, no Fórum de Finanças e Investimento em África (AFIF), evento anual de criação de parcerias organizado pela EMRC International.

Na iniciativa, que tem a colaboração do Banco Mundial, do International Finance Corporation, do Grupo Banco Mundial e do Afreximbank (Trade Finance Bank for Africa), participam, designadamente, a Associação Industrial de Angola (AIA) e a Federação de Mulheres Empresárias de Angola (FMEA).
 

Estarão ainda presentes empresas privadas angolanas e representações de entidades públicas governamentais angolanas, como a Agência Nacional de Investimento Privado de Angola (ANIP).

Portugal vai estar representado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), enquanto, por Cabo Verde, está confirmada a participação da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Sotavento e a Associação de Jovens Empresários de Cabo Verde.
 

Segundo a organização do evento, é esperada a presença de mais de 200 participantes no AFIF2013, que prevê ainda a organização das "business-to-business" (B2B), reuniões pré-agendadas sob medida, de forma a potenciar o sucesso de parcerias de negócios que decorram durante o evento.

"Estas parcerias irão oferecer aos participantes maiores e melhores oportunidades de ter acesso aos líderes empresariais africanos e europeus e ganhar acesso direto e pessoal a representantes da banca, peritos financeiros e diretores do setor privado, para que se realizem negócios concretos e se criem oportunidades reais de parcerias durante o Fórum", disse à Lusa Lina Silveira, da EMRC.

A edição de 2013 tem como tema "Promoção das trocas comerciais para o crescimento e desenvolvimento", no seguimento da visão da comunidade internacional de que o comércio regional é indispensável para o crescimento económico sustentável a longo prazo na África subsaariana.

A EMRC foi criada em 1992 e integra uma rede de empresários, financiadores e consultores, cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento económico sustentável do setor privado em África, através de parcerias.