quarta-feira, 20 de março de 2013

África Com Menos Pessoas na Classe Média

África-A África subsariana (incluindo Angola) vai continuar a ter a proporção mais baixa da classe média, nos próximos 15 anos, depois da América Central e do Sul que, até 2030, terá 10 por cento mundial desta estrutura social.

De acordo com o Relatório do PNUD sobre o Índice de Desenvolvimento Humano, a Ásia-Pacífico responderá por mais de 75 por cento da classe média mundial, acontecendo o mesmo com a sua quota-parte no consumo total.

Estima-se ainda que, até 2025, o consumo anual nas economias dos mercados emergentes aumente dos 12 mil milhões de dólares, em 2010, para cerca de 30 mil milhões de dólares, e que três quintos dos mil milhões de famílias que ganham mais de 20 mil dólares por ano vivam nos países em desenvolvimento. O PNUD acredita que o crescimento contínuo da classe média venha a ter um impacto profundo na economia mundial.

Os extraordinários números da população desses países – milhares de milhões de consumidores e cidadãos – multiplicam, a nível mundial, as consequências para o desenvolvimento humano das medidas tomadas por governos, empresas e instituições internacionais, de acordo com o estudo, que reconhece que o Hemisfério Sul emerge, hoje, ao lado do Norte, como terreno fértil para a inovação tecnológica e o empreendedorismo criativo. O estudo do PNUD diz que a escolarização está igualmente a aumentar em todo o Mundo. Prevê-se que o número de pessoas com mais de 15 anos sem educação formal diminua de 12 por cento para três por cento da população mundial e que a percentagem da população com ensino secundário ou terciário seja de 64 por cento, em 2050, contra 44 por cento em 2010.

Equilíbrio mundial

O Hemisfério Sul (que compreende os países em desenvolvimento) é responsável, no seu conjunto, por cerca de metade do produto mundial, contra cerca de um terço em 1990. Os PIB combinados de oito dos grandes países em desenvolvimento - Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia - equivalem ao Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que continua a ser, de longe, a maior economia nacional a nível mundial.

Ainda em 2005, o peso económico combinado dessas oito nações praticamente não atingia metade do dos Estados Unidos.Até 2050, segundo as projecções do PNUD, o Brasil, a China e a Índia em conjunto serão responsáveis por 40 por cento do produto mundial, contra 10 por cento em 1950.

No entanto, ressalta o relatório sobre o ìndice de Desenvolvimento Humano 2013, este aumento da sua quota-parte no produto económico pouco significaria em termos de desenvolvimento humano, se não tivesse sido acompanhado por uma redução na privação e um alargamento sem precedentes nas capacidades humanas.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Guiné-Bissau: Pansau Ntchama Acusado de «Crime de Traição à Pátria»


Bissau - Cerca de duas dezenas de pessoas, acusadas de envolvimentos no acontecimento de 21 de Outubro, compareceram, terça-feira, 12 de Março, para efeitos de audiência, discussão e julgamento, perante os juízes do Tribunal Militar Regional de Bissau.Entre os presentes destacaram-se o Capitão Pansau Ntchama, tido como líder do acontecimento, bem como o então vice-Chefe do Estado-maior da Armada guineense, Jorge Sambu.Ambos são acusados, pela justiça militar, de um alegado «atentado contra a segurança do Estado e traição à Pátria».

Trata-se de um total de 17 pessoas, que contam com uma defesa composta por 16 advogados, integrada pelo actual Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins. Alguns magistrados foram nomeados apenas um dia antes, pela Ordem de Advogados. O colectivo de juízes militares é formado por cinco elementos.

Pouco depois da leitura da acusação, os advogados levantaram as suas preocupações relativamente à falta de contacto com os seus constituintes, bem como ao não permitido acesso ao texto de acusação, dias antes do início da sessão do julgamento.

A leitura de referido documento foi presenciada pela chefia do Estado-maior General das Forças Armadas, na ausência de António Indjai, que se encontra fora do país.

Perante familiares, amigos e conhecidos, o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) esteve representado, nesta primeira sessão, que deverá ainda decorrer durante toda a semana.

No primeiro dia do julgamento, apenas Jorge Sambu foi ouvido pelos juízes, sobre a denúncia de que é alvo no processo em causa.

Papa Francisco: "Foram Quase Até ao Fim do Mundo Para Me Buscar"

Vaticano-O novo Papa foi eleito quarta-feira. O fumo branco saiu às 18h06 da chaminé da Capela Sistina, indicando que um nome recolheu os votos de dois terços dos cardeais. Uma hora depois, Francisco falou pela primeira vez como Papa: "Vocês sabem que o dever do conclave era dar um bispo a Roma. Parece que os meus irmãos cardeais foram quase até ao fim do mundo para me buscar. Mas aqui estamos." O resumo do dia, minuto a minuto.

O Papa Francisco não gosta de viajar. Quem o conta é o bispo auxiliar de Buenos Aires, Eduardo Garcia. “Não o vejo como como um Papa viajante. Na verdade Bergoglio não gosta de viajar”, declarou García à cadeia de Todo Noticias. García disse ainda que a escolha de Bergoglio é um reconhecimento do trabalho feito na região. “Na América Latina, trabalhamos de forma muito intensa na nossa missão e na evangelização.”
 
A Argentina é um país de católicos, mas também de futebol. E surge a curiosidade de o clube de futebol San Lorenzo se congratular pelo facto de o novo Papa ser seu adepto. “É um orgulho para a instituição saber que o primeiro Papa seja sul-americano e sócio do San Lorenzo”, disse o clube, numa mensagem na rede social Twitter. Na mensagem, o San Lorenzo publicou uma foto do cartão de sócio de Bergoglio, com o número 88.235.Os argentinos festejam a eleição do primeiro Papa sul-americano.
 
Francisco e não Francisco I. Depois de inicialmente até mesmo o site do Vaticano se referir ao novo Papa como Francisco I, o porta-voz do Vaticano pediu para que o novo Papa seja tratado apenas como Francisco. "Será Francisco I depois de termos um Francisco II”, disse Federico Lombardi, citado pela AP.
 
Francisco deverá escolher um novo secretário de Estado. Alguém em “quem ele confie”, disse o porta-voz do Vaticano. "Auguro que o caminho que hoje começamos será frutífero para a Igreja". Esta foi uma das promessas deixadas pelo novo Papa.
 
Maria Cecília é colombiana mas vive há dois anos em Roma e trabalha como guia no Museu do Vaticano. “Vivi este conclave muito de perto e tinha todas as esperanças… Agora, posso acreditar que Deus existe e que a justiça existe. Porque havia muitas coisas que não iam bem, eu sei isso, porque trabalho ali dentro”, disse.
 
“Com este Papa as minhas esperanças de mudança podem tornar-se reais. A justiça existe e acredito que hoje tenha começado uma mudança importante para toda a humanidade.”Cavaco Silva foi um dos primeiros chefes de Estado a reagir e mostra esperança nas boas relações com o novo Papa.

Sofia Lorena, em Roma "Podes imaginar o que é que estou a sentir? O que é que significa para mim o Papa ser argentino?Perguntou-nos Susana, uma católica da Argentina que teve a sorte de estar no Vaticano no momento em que o mundo ficava a saber que o próximo Papa se chama Francisco e é o primeiro latino-americano eleito Sumo Pontífice.Não, respondemos com sinceridade".

Sofia Lorena, em Roma Católicos de todo o mundo estavam na Praça de São Pedro quando saiu fumo branco e ali continuaram à espera até conhecerem o novo Papa. Nem todos o reconheceram de imediato, quando surgiu à varanda, às 20h13 (19h13 em Portugal), mas nem um minuto tinha passado e já se ouviam muitos gritos em espanhol, com uma pronúncia particular. “Deus, Deus, Deus”, exclamava Susana. “Deus, meu Deus”, respondeu-lhe Maria Cecília, que é colombiana, mas explicou que se sente como se fosse argentina, ou como se o novo Papa fosse colombiano. “E a bandeira?”, perguntou a Susana. “Não sei, não trouxemos”, respondeu-lhe a argentina, enquanto pulava e gritava e aplaudia, tudo ao mesmo tempo. E a seguir, já com lágrimas a saltarem-lhe do rosto: "Deus, é argentino. Não posso acreditar."
 
Vaticano confirma que a primeira missa celebrada por Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco será realizada na próxima terça-feira (19 de Março). Após a sua eleição, Jorge Mario Bergoglio telefonou ao Papa emérito Bento XVI. Segundo o Vaticano, Francisco I irá visitar o seu antecessor “muito em breve”.                      
 
Começam a surgir as primeiras reacções à escolha do primeiro Papa sul-americano. "Recebemos o Papa Francisco, o primeiro Papa latino-americano", congratulou-se Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia. A escolha de Francisco foi uma das mais rápidas do último séculoOpõe-se ao aborto e à eutanásia, mantém a posição da igreja relativamente à homossexualidade e condenou fortemente a legislação para permitir o casamento gay na Argentina, introduzida em 2010, mas sublinha a importância de respeitar as escolhas individuais.

Jorge Mario Bergoglio é um teólogo conservador que se distanciou do movimento da Teologia da Libertação da América Latina. Em 2004, um advogado e activista dos direitos humanos apresentou uma queixa contra o cardeal – sem apresentar provas - acusando-o de ter conspirado com a junta militar em 1976 para permitir o rapto de dois padres jesuítas a quem ele, como superior da Companhia de Jesus da Argentina, tinha ordenado que deixassem de fazer o seu trabalho pastoral, por entrar em conflito com a ditadura militar. Um porta-voz do Bergoglio negou as acusações.O novo Papa Francisco desempenhou vários cargos administrativos na Cúria, enquanto cardeal, mas não estava entre os favoritos por causa da sua idade (76 anos). Diz-se que no conclave de 2005 foi um rival de Ratzinger na votação.
 
Além de ser o primeiro Papa sul-americano, Francisco é também o primeiro jesuíta a chegar a Sumo Pontífice. A primeira oração de Francisco foi em homenagem a Bento XVI. O novo Papa apelou à fraternidade na Igreja. Falou em italiano e despediu-se dizendo que vai rezar à virgem Maria amanhã e desejando boa noite e bom repouso a todos.
 
O novo Papa fez um discurso bem-humorado, dizendo que os cardeais tanto escolheram que o foram buscar ao outro lado do mundo. Francisco já fala aos peregrinos: "Rezem por mim para que seja abençoado". Bergoglio nasceu em Buenos Aires, a 17 deDezembrode 1936, filho de um ferroviário. Tornou-se padre em 1969 e era arcebispo de Buenos Aires.O novo Papa tem 76 anos e será o primeiro sul-americano a sentar-se na cadeira de Pedro.Jorge Maria Bergoglio, ordenado cardeal em 2001 por João Paulo II, é jesuíta. O novo Papa é o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, que adoptará o nome de Francisco I.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Troika Dá Mais Um Ano a Portugal Para Cumprir défice


Portugal-A troika decidiu dar mais um ano a Portugal para cumprir o défice, avança a Reuters.O país terá assim até 2015 (e não até 2014) para colocar o défice abaixo dos 3 por cento, avança a agência que cita fontes próximas da avaliação.

«Há um grande esforço de ajustamento, que está a ser reconhecido.Há um consenso (entre os credores) que a envolvente externa piorou e que Portugal precisa de mais um ano para reduzir o défice abaixo dos três por cento», disse uma das fontes.

Durão Barroso já tinha levantado o véu. Reuters vem agora avançar que país terá mesmo meta aliviada até 2015 «A recessão na Europa é um dado importante e é por isso que a troika está a ser flexível», disse outra fonte, assinalando que as contas externas de Portugal se ajustaram mais rápido do que o previsto.

Já no fim-de-semana, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso,
tinha levantado o véu: «Confirmo que a Comissão Europeia vai propor ao Conselho Europeu que o prazo para a correção do défice excessivo seja estendido», disse ao semanário «Expresso».

Barroso defende que a extensão do prazo permitirá reforçar as condições para o crescimento do país e o combate ao desemprego.

Já em relação à renegociação dos prazos e condições para pagamento do empréstimo, lembrou apenas que Bruxelas tem apoiado os países que se esforçam.

Esta cedência da troika surge numa altura em que os técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia estão em Portugal a concluir a sétima avaliação ao programa de ajustamento.

Segundo noticia hoje o jornal «i», o Governo «bateu o pé» à troika no que toca ao subsídio de desemprego, indemnizações por despedimento e cortes de salários da função pública.

Tudo indica que o Executivo só dê a conhecer as
medidas concretas do lado da despesa, no valor de quatro mil milhões de euros, quando sair a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado para este ano.

Por agora, o único alívio, ainda não oficial, é de que o país terá mais tempo para cumprir as metas do défice. «Esta meta (3%) será atingida em 2015. A recessão este ano vai ser maior, em torno de 2%, o que torna a execução orçamental mais difícil», fez notar a primeira fonte à Reuters.

O défice de 2012 ficou nos 5%, 604 milhões abaixo do limite, mas a queda da receita fiscal e os gastos com subsídios de desemprego (dada a subida galopante da taxa) têm, de facto,
complicado as contas e previsões do Governo. Em Janeiro, a receita com impostos cresceu apenas 2,4%, muito abaixo da despesa.

terça-feira, 12 de março de 2013

Referendo Nas Malvinas decide Soberania Das Ilhas

Malvinas-A população das Malvinas foi convocada para ir às urnas no domingo (10) e na segunda-feira última (8) para um referendo de autodeterminação que vai decidir o seu vínculo com a coroa britânica, iniciativa que a Argentina não reconhece em meio a tensões com o Reino Unido pela soberania das ilhas.

Ninguém duvida da vitória do 'Sim' nesta consulta que as autoridades das ilhas, chamadas também de Falklands, esperam reafirmar diante da comunidade internacional seu direito à autodeterminação e, inclusive, mudar a opinião de alguns governos em relação à disputa territorial que já provocou uma guerra relâmpago entre os dois países em 1982.

"O referendo mostrará que a maioria das pessoas está muito contente por ser Território Ultramarino Britânico", declarou à AFP Jan Cheek, membro da assembleia legislativa do arquipélago do Atlântico Sul. "Estaríamos enganados se pensássemos que a Argentina vai mudar (de atitude) da noite para o dia, mas esperamos que seja uma mensagem forte para eles e para outros", acrescentou uma moradora da ilha de sexta geração.

O governo britânico, que controla o arquipélago desde 1833 e recusa qualquer diálogo com o país sul-americano sobre o tema da soberania, apoia o referendo. "Os habitantes das Falkland têm direito a ser ouvidos e a determinar o futuro que querem para eles e para as próximas gerações", declarou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores. "Esperamos que o resultado demonstre, além de qualquer dúvida, a opinião da população".

A Argentina, que reivindica historicamente estas ilhas situadas a 400 quilômetros de sua costa, já anunciou, no entanto, que ignorará o resultado de uma consulta que qualifica de ilegal ao considerar que seus habitantes são população "implantada" pelo Reino Unido e, como tal, não têm direito à autodeterminação.

"Este referendo carece de base legal. Não está aprovado nem será reconhecido pelas Nações Unidas ou pela comunidade internacional", disse nesta semana a embaixadora argentina no Reino Unido, Alicia Castro. A diplomata, em um encontro com jornalistas, qualificou esta votação de "pouco mais que um exercício de relações públicas".

A votação será realizada em dois dias para que os 1.672 eleitores tenham a possibilidade de participar. Apesar de a maioria viver na capital, o governo das ilhas irá montar colégios eleitorais móveis para chegar aos lugares mais remotos do arquipélago cuja população total é de cerca de 2.500 pessoas, aos que se somam 1.300 militares britânicos. Sua organização custará às Malvinas cerca de 73.000 libras (110.000 dólares ou 84.000 euros), e os resultados foram divulgados na noite de segunda-feira última, poucas horas depois do fim da votação às 18H00 locais e também horário de Brasília.

Em caso de uma inesperada vitória do 'Não' à pergunta "Deseja que as Ilhas Falkland mantenham seu atual estatuto político de Território Ultramarino do Reino Unido?", se organizaria outro referendo para determinar o futuro status político do arquipélago. Para dar garantias ao processo, a votação será realizada sob a supervisão de uma equipe de observadores internacionais que não foi anunciada oficialmente, mas entre os observadores, segundo a imprensa britânica, deve haver representantes do Uruguai e do Peru, mas nenhum da Argentina.

O governo da presidente Cristina Kirchner insiste em que a disputa territorial deve se resolver mediante negociações bilaterais entre Londres e Buenos Aires, como pedem as Nações Unidas desde 1965, sem interferência dos habitantes das ilhas.Porém, o Reino Unido sempre recusou esta opção, alegando que os habitantes das ilhas são os únicos que devem decidir seu futuro.

"Somos razoáveis, estamos abertos ao diálogo em várias coisas", disse à AFP Dick Sawle, outro representante da assembleia das ilhas. "O que não vamos falar é de soberania porque a gente não quer", emendou. A tensão entre os dois países pelas Malvinas aumentou com a retomada de uma campanha de prospecção de petróleo britânica, no início de 2010, nas ilhas que antes viviam da criação de quase meio milhão de ovelhas e hoje das licenças pesqueiras.

Contudo, os ânimos esquentaram ainda mais no ano passado coincidindo com o 30º aniversário da guerra que deixou 649 soldados argentinos e 255 britânicos mortos.

Henrique Capriles Confirma Que Será Candidato à Presidência da Venezuela

Venezuela-O governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, anunciou na noite domingo último que vai enfrentar o presidente interino Nicolás Maduro nas urnas no próximo dia 14 de Abril, quando acontecem as eleições presidenciais na Venezuela. Em coletiva de imprensa, o principal opositor não poupou críticas ao governo e ao candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv).

"Eu vou lutar junto com todos vocês. Nicolás, eu não vou deixar o caminho livre para você. Você vai ter que me derrotar com votos.Eu vou lutar por esse país, custe o que custar!", disse Capriles. Ele também fez um apelo pelo apoio dos demais partidos de oposição. "O que eu posso oferecer é uma pátria unida. Nicolás não é Chávez. E vocês sabem", provocou.

"Vocês usam o corpo do presidente para fazer campanha", acusou.Capriles voltou a criticar o governo venezuelano e acusou o presidente interino, Nicolás Maduro, de ter mentido sobre a saúde de Hugo Chávez. "Vocês sabem que o presidente Chávez não assinou nenhum decreto! Vocês sabem que o presidente Chávez nunca se recuperou", afirmou.

O opositor voltou a ler trechos da Constituição para criticar a autorização dada pelo Supremo Tribunal de Justiça para que Maduro seja presidente interino e candidato ao mesmo tempo. Ele informou que fará o registro de sua candidatura segunda-feira à tarde. Capriles ainda pediu desculpas aos companheiros de partido por eventuais erros que tenha cometido na campanha passada.
 
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela convocou novas eleições para o dia 14 de Abril. De acordo com a Constituição, em caso de falta absoluta do presidente - como foi o caso com a morte de Hugo Chávez - um novo pleito directo deve escolher que comandará o país até o final do mandato.

Na eleições presidencial de 7 de Outubro, Capriles teve 6.591.304 votos, 1,6 milhão a menos que Chávez. Ele representou a Mesa da Unidade Democrática (Mud), que realizou primárias e uniu vários grupos de oposição em um único candidato.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Guiné-Bissau: Organizações Juvenis Congratulam as Manifestações dos Estudantes

Bissau - As três maiores organizações guineenses da juventude congratularam os alunos das escolas públicas do país, afectados pela greve em curso há mais de três semanas, no sector da Educação.
 
«Congratulamos plenamente as manifestações pacíficas que estão a ser protagonizadas pelos alunos, em reivindicação dos seus direitos de escolaridade», comunicaram as organizações, em nota de imprensa.

A posição do Conselho Nacional da Juventude, do Fórum Nacional da Juventude e População e da Rede Nacional de Associações Estudantis, surge na sequência da vigília levada a cabo por parte dos alunos, a 7 de Março, junto da Presidência da República, exigindo a reabertura das aulas nas escolas públicas.

Durante a vigília, os alunos foram recebidos por um dos Conselheiros do Presidente de transição, Arsene Djibril Balde, que era secretário-geral do Ministério da Educação.

Na ocasião, o responsável disse que as preocupações dos alunos vão ser entregues ao Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo.

«Antes de chegarem aqui já tínhamos a vossa mensagem. Depois deste acto vamos convocar os ministros da Educação e das Finanças para analisarmos as modalidades de pagamento dos salários aos professores contratados», referiu Arsene Balde.

Os dois sindicatos do sector do Ensino da Guiné-Bissau, nomeadamente o Sindicato Nacional de Professores e o Sindicato Democrático dos Professores, anunciaram uma greve entre 18 de Fevereiro e 29 de Março, na qual reclamam o pagamento de salários aos professores contratados, de entre outras exigências.

Para inverter a situação, as organizações da juventude guineense apelaram a negociações céleres e francas que conduzam a resultados duráveis e satisfatórios, como forma de salvar o presente ano lectivo, chamando o Governo de transição a assumir as responsabilidades, o que passa pela procura de soluções que possam melhorar a situação do ensino no país.