segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Camelo Oferecido Por Kadhafi Gera Revolução na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-Na vila de Bissorã, norte da Guiné-Bissau, há um camelo oferecido pela Líbia, que destrói culturas e ataca pessoas quando "está com o calor" e está a dar origem a uma pequena "revolução".
 
Dois anos depois do início da revolução líbia, que levou à queda e morte de Muammar Kadhafi, a pequena vila de Bissorã vive também um clima de rebelião, contra o camelo que já enviou duas pessoas para o hospital e já matou um burro.

"Estamos cansados, se o camelo voltar vamos matá-lo". O grito de revolta é deixado por Fatumaté Camará, a presidente da Associação Nho Dema (Ajuda Mútua, em dialeto mandinga), que junta 150 residentes em Bissorã, 144 deles mulheres.

Mãos molhadas da rega, catana em punho e lenço na cabeça, é com voz revoltada que conta que o animal, uma fêmea, volta e meia aparece na horta comunitária e lhes come as couves. As hortaliças, vendidas nos arredores e até em Bissau, são o sustento de pelo menos 150 famílias.

O animal (na verdade um dromedário) fazia parte de um grupo de cinco oferecido à Guiné-Bissau em Maio de 2008 por Muammar Kadhafi (que na altura ofereceu camelos a 25 países da África subsaariana). Quatro morreram e ficou apenas aquele que hoje tira o sono a Bissorã, onde a população está farta de pedir às autoridades para que resolvam o problema: "ou o matam ou o devolvem à procedência".

Como não há forma de manter o animal fechado a fêmea passeia-se por onde quer e quando está "com o calor" (com o cio) torna-se mais agressiva. No mês passado, contou à Lusa uma autoridade de Bissorã que pediu para não ser citada, a camelo atacou uma mulher que levava um filho às costas. "A mulher foi levada para o hospital porque perdeu os sentidos", disse.

País Entra Numa Longa Semana


Tunis – A imprensa tunisina destaca que o país entra numa "longa Semana" para sair da crise política, numa altura em que o primeiro-ministro Hamadi Jebali, em conflito com o seu próprio partido politico islamista, tenta formar um governo de tecnocratas.

O site da revista líderes sublinha que “os tunisinos retêm a sua respiração, olhando para Hamadi Jebali que começa essa segunda-feira a sua semana mais longa semana".

O site questiona "Será que ele (primeiro ministro) vai conseguir vencer o grande desafio que lançou-se a si mesmo, também a sua própria formação Política (Ennahda), aos outros dois parceiros, e todos da classe política?

Já o jornal “La Presse” titulou assim um artigo "Imbróglio permanece intacto" e observa que "a crise de legitimidade do poder actual está a piorar ", enquanto os ministros do Congresso para a República (CPR), partido do presidente Moncef Marzouki, poderá renunciar segunda-feira.

O diário qualificando de "louvável", a iniciativa de Jebali, mas sublinha no entanto, que um”governo de consenso não tem interesse se abrange um amplo espectro do cenário político."

O Primeiro-ministro prometeu demitir-se se não conseguir formar a sua equipa até o meio da semana.

Islamitas Malianos sob Mandados de Captura Internacional


Bamako- A Justiça maliana lançou mandados de captura contra 28 pessoas pertencentes aos grupos islamitas terroristas, entre os quais, o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), o Ansardine, a Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), anuncia um comunicado do procurador-geral junto do Tribunal de Apelação de Bamako, citado pela AFP.
 
Constam ainda o Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) e outros narcotraficantes.
 
o documento refere que estes diferentes responsáveis da rebelião tuaregue e dos grupos islamitas armados, que ocupavam o norte do Mali, há 10 meses, são acusados, entre outros, de atentado contra a segurança do Estado, de terrorismo, de sedição, de utilização
ilegal da força e de destruições de bens públicos.
 
Entre os acusados figuram o líder do Ansardine, Iyad Ag Rhaly, os deputados Ag Bibi e Intallah, Senda Ould Boumana da AQMI, e Bilal Ag Acherif, líder do MNLA.
 
O comunicado precisa que o Tribunal Penal Internacional (TPI), já foi contactado sobre este caso qualificado de "crimes contra a humanidade e crimes de guerra".

Violência-África: Ataque no Sudão do Sul Deixa Mais de Cem Mortos


Sudão do Sul- - Pelo menos 116 pessoas morreram em um ataque de milicianos tribais contra criadores de gado do clã Alaunuir no Sudão do Sul, no Estado de Yonglei, segundo informou o governador da província, Kuol Manyang.

Em entrevista à televisão oficial do Sudão do Sul, Manyang explicou que o ataque foi lançado na sexta-feira passada por homens armados da tribo Al Morley, contrária ao governo do país.

Os criadores levavam o gado escoltados por soldados do Exército.O dirigente informou que 102 civis e 14 militares morreram. "Eles foram atacados por pessoas em grande força. Muitas crianças e mulheres estão desaparecidas", afirmou Manyang.

Trata-se da pior demonstração de violência no estado desde que 900 pessoas foram mortas no local em ataques tribais ligados a disputas por gado em 2011, disse a Organização das Nações Unidas (ONU).

O ministro de Informação, Barnaba Marial Benjamin, disse que a actividade dos rebeldes e a tensão entre as distintas tribos aumentaram nos último dias em Yonglei.

Benjamin apontou que o Exército está investigando o ataque dos milicianos e que o governo não divulgou um número preciso de vítimas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha enviou uma equipe médica para tratar os feridos.

As autoridades do Sudão do Sul advertiram recentemente sobre o aumento dos actos de violência entre as tribos Murle e Lou Nuer, que em Janeiro deixaram cerca de 150 mortos e obrigaram o deslocamento de mais de 60 mil pessoas.

Situado no leste do país, Yonglei acolhe em seu vasto território tribos como a Dinka Boor, Anyuak, Jie, Murle e Lou Nuer, que apesar coexistir há anos na mesma zona, se viram submergidas em uma espiral de violência desde a independência do Sudão do Sul em Julho de 2011.

Os choques entre as distintas tribos são motivados principalmente pela propriedade do gado e do território utilizado para o pastoreio e a migração.

Mais de 1.500 pessoas foram mortas em Yonglei desde a independência, de acordo com a ONU.

O Sudão do Sul acusa ainda o Sudão de fornecer armas e munição para os rebeldes, acusação negada por Cartum.

A violência em Yonglei está atrapalhando planos do governo de explorar uma grande concessão de petróleo com a ajuda da francesa Total.

Bancos Centrais de África Querem Rigor

As instituições que regulam as políticas monetárias no continente fixaram objectivos específicos sobre os fluxos de capitais
 
África-Os governadores dos bancos centrais africanos, reunidos quinta-feira passada no Quénia, no quadro de um Conselho de Regulamentação Financeira apoiado pelo G-20, resolveram reforçar o papel das autoridades regulamentares financeiras e controlar com rigor o sector do micro crédito.

O governador adjunto do Banco Central da África do Sul, Lesetja Kganyago, e o governador do Banco Central queniano, Njuguna Ndung'u, que presidiram à reunião, declararam ter discutido o endurecimento da regulamentação para assegurar que o apoio dos ministérios das Finanças neste sector não causa problemas.

Segundo um comunicado do Banco Central do Quénia, divulgado quinta-feira passada à noite, os governadores dos Bancos Centrais de Angola, Botswana, Gana, Quénia, Maurícias, Namíbia, Nigéria, África do Sul e Tanzânia, e os ministros das Finanças africanos, decidiram fixar os objectivos específicos sobre os fluxos de capitais, o crescimento rápido do crédito, nomeadamente para os sectores de crescimento da economia, como o sector industrial.

Os governadores debruçaram-se igualmente sobre os riscos de exposição às novas potências económicas – Brasil, China e Índia – e reconheceram a importância de quadros macroeconómicos prudentes para completar a “vigilância microprudencial tradicional”, a favor das “lições tiradas da crise financeira mundial”. Os governadores e ministros reuniram-se no quadro do Grupo Africano do Conselho de Estabilidade Financeira, formado pelo G-20 em 2009, para enfrentar a crise financeira mundial.

O grupo integra países não membros do G-20 e tem como responsabilidade ajudar a limitar as repercussões da crise financeira mundial e do crédito europeu.No espírito de promover equilíbrios sociais no continente, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) organiza um fórum, de dois dias, sobre as populações indígenas em África, em Tunes, segundo comunicado do BAD emitido na quinta-feira.

O encontro vai analisar o compromisso futuro do BAD sobre as questões do desenvolvimento a favor das populações indígenas em África, com a participação de peritos e outros actores importantes nesta matéria.


“O fórum oferece às populações indígenas a oportunidade de beneficiarem de uma grande audiência e melhorarem a sua participação nas discussões com o BAD, de modo a garantir que tenham uma palavra a dizer sobre as questões do desenvolvimento económico”, sublinha o comunicado.

O encontro favorece as discussões sobre como melhorar a participação das populações indígenas nas instâncias de tomada de decisão em matéria de desenvolvimento e como garantir benefícios de forma inclusiva e sustentável às comunidades indígenas.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

As Instituições da União Europeia


A União Europeia tem por base um sistema institucional único no mundo.

Os Estados-Membros consentem, com efeito, delegações de soberania a favor de instituições independentes que representam simultaneamente interesses comunitários, nacionais e dos cidadãos. A Comissão defende tradicionalmente os interesses comunitários, cada governo nacional está representado a nível do Conselho da União e o Parlamento Europeu é directamente eleito pelos cidadãos da União. Direito e democracia constituem, assim, os fundamentos da União Europeia.

A este "triângulo institucional" juntam-se outras duas instituições: o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas. Cinco órgãos completam o edifício.

 



Parlamento Europeu

Eleito por um período de 5 anos por sufrágio universal directo, o Parlamento Europeu é a expressão democrática de 374 milhões de cidadãos europeus. No Parlamento Europeu estão representadas, a nível de formações políticas paneuropeias, as grandes tendências políticas existentes nos países membros.

O Parlamento tem três funções essenciais:

  1. Partilha com o Conselho a função legislativa, ou seja, adopta a legislação europeia (directivas, regulamentos, decisões). A sua participação contribui para garantir a legitimidade democrática dos textos adoptados.
  2. Partilha com o Conselho a função orçamental, ou seja, pode alterar as despesas comunitárias. Em última instância, adopta o orçamento na sua íntegra.
  3. Exerce um controlo democrático sobre a Comissão. Aprova a designação dos seus membros e dispõe do direito de votar uma moção de censura. Exerce igualmente um controlo político sobre o conjunto das instituições.

 



Conselho da União Europeia

O Conselho constitui a principal instância de decisão da União Europeia. É a expressão da vontade dos Estados-Membros, cujos representantes se reúnem regularmente a nível ministerial.

Em função das questões a analisar, o Conselho reúne-se em diferentes formações: política externa, finanças, educação, telecomunicações, etc.

O Conselho assume várias funções essenciais:

  1. É o órgão legislativo da União; em relação a um grande conjunto de competências comunitárias, exerce este poder legislativo em co-decisão com o Parlamento Europeu.
  2. Assegura a coordenação das políticas económicas gerais dos Estados-Membros.
  3. Celebra, em nome da Comunidade, os acordos internacionais entre esta e um ou vários Estados ou organizações internacionais.
  4. Partilha a autoridade orçamental com o Parlamento.
  5. Aprova as decisões necessárias à definição e à execução da política externa e de segurança comum com base em orientações gerais definidas pelo Conselho Europeu.
  6. Assegura a coordenação da acção dos Estados-Membros e adopta as medidas no domínio da cooperação policial e judiciária em matéria penal.

 



Comissão Europeia

A Comissão Europeia materializa e defende o interesse geral da União. O presidente e os membros da Comissão são nomeados pelos Estados-Membros após aprovação pelo Parlamento Europeu.

A Comissão é o motor do sistema institucional comunitário:

  1. Graças ao direito de iniciativa legislativa, propõe os textos legislativos que são apresentados ao Parlamento e ao Conselho.
  2. Instância executiva, assegura a execução da legislação europeia (directivas, regulamentos, decisões), do orçamento e dos programas adoptados pelo Parlamento e pelo Conselho.
  3. Guardiã dos Tratados, zela pelo respeito do direito comunitário, juntamente com o Tribunal de Justiça.
  4. Representante da União a nível internacional, negocia acordos internacionais, essencialmente em matéria comercial e de cooperação.

 



Tribunal de Justiça

O Tribunal de Justiça Europeu garante o respeito e a interpretação uniforme do direito comunitário. É competente para apreciar litígios em que podem ser partes os Estados-Membros, as instituições comunitárias, as empresas e os particulares. Em 1989 foi-lhe associado o Tribunal de Primeira Instância.

 



Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas Europeu fiscaliza a legalidade e a regularidade das receitas e despesas da União e garante a correcta gestão financeira do orçamento comunitário.




Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu define e executa a política monetária europeia ; dirige as operações de câmbio e assegura o correcto funcionamento dos sistemas de pagamento.

 



Comité Económico e Social

O Comité Económico e Social Europeu representa, perante a Comissão, o Conselho e o Parlamento Europeu, os pontos de vista e interesses da sociedade civil organizada. É obrigatoriamente consultado sobre questões de política económica e social e pode, além disso, emitir parecer sobre matérias que se lhe afigurem importantes.

 



Comité das Regiões

O Comité das Regiões zela pelo respeito da identidade e das prerrogativas regionais e locais. É obrigatoriamente consultado nos domínios, designadamente, da política regional, do ambiente e da educação. É composto por representantes das autoridades regionais e locais.

 



Banco Europeu de Investimento

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição financeira da União Europeia. Financia projectos de investimento que contribuam para o desenvolvimento equilibrado da União.

 



Provedor de Justiça Europeu

O Provedor de Justiça Europeu pode ser consultado por pessoas singulares (particulares) ou colectivas (instituições, empresas) que residam na União e considerem ser vítimas de um acto de "má administração" por parte das instituições ou dos órgãos comunitários.

Líderes Europeus Chegam a Acordo Sobre Orçamento Comunitário

União Europeia-Os líderes europeus chegaram hoje, em Bruxelas, a acordo sobre o orçamento comunitário para os próximos sete anos, anunciou o Conselho Europeu.O acordo foi alcançado após mais de 24 horas de maratona negocial e depois de o presidente do Conselho europeu, Herman van Rompuy, ter apresentado quatro propostas de compromisso desde o início das negociações, em Novembro. O Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia (UE)2014-2020 é, pela primeira vez, inferior ao anterior e tem que ser aprovado pelo Parlamento Europeu.