quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Guiné-Bissau: José Mário Vaz Continua Detido

Bissau - O ex-Ministro das Fianças do Governo derrubado pelos militares golpistas a 12 de Abril de 2012, José Mário Vaz (JOMAV), continua detido, pelo segundo dia consecutivo, junto das instalações da Polícia Judiciária, em Bissau.
 
Perante uma tripla de magistrados do Ministério Público composta por Badoo, Teresa e Gildo, JOMAV foi interrogado, esta terça-feira, 5 de Fevereiro, durante todo o dia acerca do molde como geriu o dinheiro do Tesouro Público no período entre o fim de 2009 e Abril de 2012, data em que desempenhou as funções de ministro das Finanças.

A par desta audição, Mário Vaz foi ouvido juntamente com o seu Tesoureiro-geral naquela altura, César Augusto Fernandes, sobre a mesma matéria, a forma de gestão de tesouro público no período das suas vigências.

A PNN apurou que os trabalhos de terça-feira última foram interrompidos sob alegações de magistrados pela falta de iluminação, apesar de alguns deles terem abandonado a sala de audiências horas antes do fim dos trabalhos.

Contactado pela PNN, o advogado de defesa de JOMAV, Octávio Lopes, disse que prefere não falar ainda do assunto, reportando para a altura em que terminarem as audições.

José Mário Vaz ainda se encontrava nas instalações da PJ guineense esta quarta-feira, 6 de Fevereiro, cerca das 11 horas de Bissau.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Número de Cristãos na África Chega a 500 Milhões e Continente Poderá Ser o Maior reduto da Religião no Mundo

Número de cristãos na África chega a 500 milhões e continente poderá ser o maior reduto da religião no mundo
África-A África poderá se tornar o continente com maior concentração de cristãos em todo o mundo. Essa é a conclusão do estudo realizado pela Universidade Censur em El Jadida, Marrocos a respeito das religiões nos países africanos.

A população cristã tem crescido em taxas mais altas que os muçulmanos no continente, e hoje, 46% das pessoas na África são cristãs, contra 40% de muçulmanos e 12% de adeptos a religiões de matriz africana.
 
Em termos globais, os cristãos da África atualmente somam 500 milhões de pessoas, o que representa 20% dos cristãos de todo o mundo. Em 1900, o continente possuía apenas 10 milhões de cristãos, o que representava apenas 2%.
 
A pesquisa concluiu ainda que o cristianismo é a religião predominante em 31 países africanos, contra 21 de predominância islâmica e 6 de maioria religiosa afro, segundo informações do Noticia Cristiana.
 
No relatório da Universidade Censur há ainda uma previsão de que, mantido o ritmo, a África poderá se tornar o continente com maior concentração de cristãos em todo o mundo, superando a América.
 
Há a preocupação, por parte dos responsáveis pelo estudo, que esse crescimento possa resultar em maior perseguição religiosa, devido às transformações sociais e culturais que o aumento da população cristã causará nesses paises.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Grupo Saudita Participa na Construção da Primeira refinaria de Petróleo


Maputo - O Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique e o grupo saudita Radyolla Holding Co. assinaram quarta-feira, em Maputo, um acordo para a construção da primeira refinaria de petróleo em Moçambique, noticiou a Lusa.

Em conferência de imprensa, o presidente do Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique (IGEPE), entidade que cuida dos interesses empresariais do Estado moçambicano, Apolinário Panguene, disse que ainda vão ser realizados estudos, para a definição do custo e prazos de construção da refinaria.

O empreendimento será instalado na cidade de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, que alberga um dos maiores portos de águas profundas do mundo.

"O IGEPE identificou um conjunto de projectos a serem implementados no país juntamente com outros parceiros e a Radyolla tem a vantagem de ter o músculo financeiro suficiente para nos ajudar a implementar o projecto de refinaria", afirmou Apolinário Panguene.

Além de fornecer petróleo a Moçambique, a refinaria vai também abastecer países vizinhos, acrescentou o presidente do IGEPE.

Por seu turno, o presidente da Radyolla Holding Co., Abdul Aziz, afirmou que o grupo "vai fazer o melhor na implementação dos projectos com que se comprometeu em Moçambique".

O Governo moçambicano considera a futura refinaria essencial para a redução do preço de importação dos combustíveis.

Ministério de Trabalho Recusou Pedidos de Autorização de Trabalho a 17 Portugueses em Dezembro

Maputo - Dezassete portugueses tiveram os seus pedidos de autorização de trabalho em Moçambique recusados em Dezembro pelo Ministério do Trabalho, informou quinta-feira última em comunicado a tutela do sector laboral moçambicano.

Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério do Trabalho de Moçambique aponta "manobras de contorno à legislação laboral em vigor" como a causa para o indeferimento dos pedidos de autorização laboral.
 
"A exigência de que só se recrute um expatriado em caso de, internamente, não houver mão-de-obra qualificada para o posto, bem como a exigência de integração de trabalhadores nacionais capazes nas diversas áreas de maior complexidade técnica, administrativa ou de gestão nas empresas.Estas últimas áreas têm sido violadas", indica a nota de imprensa.

Outra razão, explica o Ministério do Trabalho, sem se referir especificamente aos trabalhadores portugueses, é "o recrutamento de estrangeiros com dados viciados ou sem as mínimas qualificações académicas ou profissionais exigidas para os postos indicados".
 

Além de trabalhadores portugueses, as autoridades laborais moçambicanas também indeferiram em Dezembro pedidos de autorização de trabalho a um sul-africano e a um indiano, de um total de 28 pedidos submetidos nesse mês.

Paulo Gomes: "A comunidade Internacional Está Passiva em Relação à Guiné"

Guiné-Bissau-Se a Guiné-Bissau recebe 900 quilos de heroína por dia, por que é que a comunidade internacional está tão passiva?, pergunta Paulo Gomes, economista e promotor do I Fórum Económico da Guiné-Bissau.
 
Em Abril de 2012, um golpe de Estado afastou o Governo eleito na Guiné-Bissau, que era liderado por Carlos Gomes Júnior. A tomada do poder pelos militares fez com que parte da comunidade internacional, Portugal incluído, tenha...

Mais de um Terço dos Despachantes da Guiné-Bissau Suspensos por Suspeitas de Fraude fiscal

Bissau-Conforme a Lusa, mais de um terço dos despachantes oficiais da Guiné-Bissau foram suspensos por suspeitas de fraude fiscal, disse o ministro das Finanças do Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.
 
A medida, de acordo com um documento do Ministério das Finanças, atinge 29 funcionários, entre despachantes oficiais, ajudantes despachantes e caixeiros despachantes, que estão a ser investigados pelo Ministério Público por suspeita de desvio de dinheiros do Estado.
 
Aos visados foram-lhe suspensas as cédulas de exercício da profissão e impedido o acesso ao sistema informático aduaneiro, o Sydónia.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau Reinicia, 36 Anos Depois, Exportação de Amendoim

Guiné-Bissau

Um grupo de empresários chineses está a trabalhar com uma empresa guineense para voltar a comprar toda produção de amendoim da Guiné-Bissau, disse na terça-feira Botche Candé, administrador da empresa Cuba Limitada.

 
De acordo com Botché Candé, ministro do Comércio no governo deposto em Abril passado, a intenção da sua empresa é retomar a exportação de amendoim interrompida há 36 anos.
 
Tendo como compradores empresários chineses que já se encontram no país, a empresa do antigo ministro pretende comprar de imediato quatro mil toneladas de amendoim, quantidade que o próprio Botché Candé reconhece ser difícil de atingir.
 
No ano passado, Guiné-Bissau foi grande exportador de amendoim, tendo inclusive, em 1980, exportado para vários países do mundo, 25 mil toneladas do produto. Nos últimos anos, com o cultivo acentuado do cajú, o país deixou de produzir outras culturas.
 
A partir dos anos 90 do século passado, o cajú passou a ser o principal produto de exportação da Guiné-Bissau. Em 2010, o país exportou cerca de 180 mil toneladas, tendo rendido 156 milhões de dólares aos cofres do Estado, indicam dados do Governo.
 
A última colheita de cajú foi substancialmente mais fraca e houve dificuldades de exportação, devido ao golpe de Estado e à baixa de preço do produto no mercado internacional.
 
O grupo chinês que agora pretende comprar o amendoim guineense e visa, no futuro, abrir uma unidade de processamento do produto no país com o qual vai empregar 200 pessoas, disse Botché Candé.