sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Grupo Saudita Participa na Construção da Primeira refinaria de Petróleo


Maputo - O Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique e o grupo saudita Radyolla Holding Co. assinaram quarta-feira, em Maputo, um acordo para a construção da primeira refinaria de petróleo em Moçambique, noticiou a Lusa.

Em conferência de imprensa, o presidente do Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique (IGEPE), entidade que cuida dos interesses empresariais do Estado moçambicano, Apolinário Panguene, disse que ainda vão ser realizados estudos, para a definição do custo e prazos de construção da refinaria.

O empreendimento será instalado na cidade de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, que alberga um dos maiores portos de águas profundas do mundo.

"O IGEPE identificou um conjunto de projectos a serem implementados no país juntamente com outros parceiros e a Radyolla tem a vantagem de ter o músculo financeiro suficiente para nos ajudar a implementar o projecto de refinaria", afirmou Apolinário Panguene.

Além de fornecer petróleo a Moçambique, a refinaria vai também abastecer países vizinhos, acrescentou o presidente do IGEPE.

Por seu turno, o presidente da Radyolla Holding Co., Abdul Aziz, afirmou que o grupo "vai fazer o melhor na implementação dos projectos com que se comprometeu em Moçambique".

O Governo moçambicano considera a futura refinaria essencial para a redução do preço de importação dos combustíveis.

Ministério de Trabalho Recusou Pedidos de Autorização de Trabalho a 17 Portugueses em Dezembro

Maputo - Dezassete portugueses tiveram os seus pedidos de autorização de trabalho em Moçambique recusados em Dezembro pelo Ministério do Trabalho, informou quinta-feira última em comunicado a tutela do sector laboral moçambicano.

Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério do Trabalho de Moçambique aponta "manobras de contorno à legislação laboral em vigor" como a causa para o indeferimento dos pedidos de autorização laboral.
 
"A exigência de que só se recrute um expatriado em caso de, internamente, não houver mão-de-obra qualificada para o posto, bem como a exigência de integração de trabalhadores nacionais capazes nas diversas áreas de maior complexidade técnica, administrativa ou de gestão nas empresas.Estas últimas áreas têm sido violadas", indica a nota de imprensa.

Outra razão, explica o Ministério do Trabalho, sem se referir especificamente aos trabalhadores portugueses, é "o recrutamento de estrangeiros com dados viciados ou sem as mínimas qualificações académicas ou profissionais exigidas para os postos indicados".
 

Além de trabalhadores portugueses, as autoridades laborais moçambicanas também indeferiram em Dezembro pedidos de autorização de trabalho a um sul-africano e a um indiano, de um total de 28 pedidos submetidos nesse mês.

Paulo Gomes: "A comunidade Internacional Está Passiva em Relação à Guiné"

Guiné-Bissau-Se a Guiné-Bissau recebe 900 quilos de heroína por dia, por que é que a comunidade internacional está tão passiva?, pergunta Paulo Gomes, economista e promotor do I Fórum Económico da Guiné-Bissau.
 
Em Abril de 2012, um golpe de Estado afastou o Governo eleito na Guiné-Bissau, que era liderado por Carlos Gomes Júnior. A tomada do poder pelos militares fez com que parte da comunidade internacional, Portugal incluído, tenha...

Mais de um Terço dos Despachantes da Guiné-Bissau Suspensos por Suspeitas de Fraude fiscal

Bissau-Conforme a Lusa, mais de um terço dos despachantes oficiais da Guiné-Bissau foram suspensos por suspeitas de fraude fiscal, disse o ministro das Finanças do Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.
 
A medida, de acordo com um documento do Ministério das Finanças, atinge 29 funcionários, entre despachantes oficiais, ajudantes despachantes e caixeiros despachantes, que estão a ser investigados pelo Ministério Público por suspeita de desvio de dinheiros do Estado.
 
Aos visados foram-lhe suspensas as cédulas de exercício da profissão e impedido o acesso ao sistema informático aduaneiro, o Sydónia.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau Reinicia, 36 Anos Depois, Exportação de Amendoim

Guiné-Bissau

Um grupo de empresários chineses está a trabalhar com uma empresa guineense para voltar a comprar toda produção de amendoim da Guiné-Bissau, disse na terça-feira Botche Candé, administrador da empresa Cuba Limitada.

 
De acordo com Botché Candé, ministro do Comércio no governo deposto em Abril passado, a intenção da sua empresa é retomar a exportação de amendoim interrompida há 36 anos.
 
Tendo como compradores empresários chineses que já se encontram no país, a empresa do antigo ministro pretende comprar de imediato quatro mil toneladas de amendoim, quantidade que o próprio Botché Candé reconhece ser difícil de atingir.
 
No ano passado, Guiné-Bissau foi grande exportador de amendoim, tendo inclusive, em 1980, exportado para vários países do mundo, 25 mil toneladas do produto. Nos últimos anos, com o cultivo acentuado do cajú, o país deixou de produzir outras culturas.
 
A partir dos anos 90 do século passado, o cajú passou a ser o principal produto de exportação da Guiné-Bissau. Em 2010, o país exportou cerca de 180 mil toneladas, tendo rendido 156 milhões de dólares aos cofres do Estado, indicam dados do Governo.
 
A última colheita de cajú foi substancialmente mais fraca e houve dificuldades de exportação, devido ao golpe de Estado e à baixa de preço do produto no mercado internacional.
 
O grupo chinês que agora pretende comprar o amendoim guineense e visa, no futuro, abrir uma unidade de processamento do produto no país com o qual vai empregar 200 pessoas, disse Botché Candé.

Homem Mais Rico da África do Sul Vai Doar metade da Fortuna aos Carenciados

África do Sul-O milionário sul-africano Patrice Motsepe anunciou quarta-feira que vai doar metade da sua fortuna a uma fundação de solidariedade, respondendo desta forma a uma campanha internacional dos filantropos norte-americanos Bill Gates e Warren Buffett.
Natural do Soweto, a sul de Joanesburgo, Patrice Motsepe, de 51 anos, controla o grupo mineiro African Rainbow Minerals e é a oitava fortuna do continente africano, avaliada em 2,65 mil milhões de dólares (cerca de 1,95 mil milhões de euros), segundo a revista norte-americana Forbes.
«As necessidades e os desafios são grandes e espero que este compromisso encoraje outros na África do Sul e em outras economias emergentes a dar e a fazer o mundo um lugar melhor», afirmou o milionário, num comunicado.

Presidente da Guiné Conakry Lamenta Intervenção Francesa no Mali que Considera "Vergonha para África"

Guiné Conakry

Conakry - A intervenção militar francesa no Mali para ajudar este país a combater os rebeldes islamitas é "uma vergonha" para África, sessenta anos depois das independências, declarou o Presidente guineense, Alpha Condé, terça-feira em Conakry no seu regresso ao país depois de participar na XX Cimeira da União Africana (UA) em Addis Abeba, na Etiópia.
 
O Presidente Condé afirmou que um dos temas da próxima Cimeira da instituição continental, prevista para 25 de Maio próximo em Addis Abeba para comemorar o 50º aniversário da Organização da Unidade Africana (OUA) tornada UA, abordará a gestão pelos africanos das resoluções dos conflitos em curso no continente.
 
"Apesar de toda África ter saudado a intervenção das forças militares francesas no Mali atormentada pela instalação no seu território de islamitas e outros narcotraficantes, é uma vergonha para nós que, depois de sessenta anos de independência, França resolva este problema no continente", disse.
 
Contudo, ele reconheceu que se França não tivesse intervindo a instalação dos islamitas e outros narcotraficantes seria "uma catástrofe" para o Mali ou para toda a sub-região e o mundo inteiro.
 
O Presidente Condé apelou a uma reflexão no seio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre as soluções africanas a encontrar no futuro para tais problemas, porque, segundo ele, a África Central resolveu, sem o concurso do Ocidente, o problema na República Centro Africana (RCA).
 
O chefe do Estado guineense, que anunciou recentemente o envio ao Mali dum contingente de 125 militares do seu país para reforçar as forças africanas já desdobradas ao lado dos militares franceses, afirmou que a Guiné vai conceder, sem precisar o montante, uma contribuição para a soma requerida em benefício do Mali.
 
"Como disse o defunto Presidente Ahmed Sékou Touré, a Guiné e o Mali são dois pulmões de um mesmo corpo. Então somos obrigados a dar a nossa contribuição a favor do Mali que se bate por uma causa nobre e justa para que o segundo pulmão não morra", declarou.
 
De um orçamento previsional de mais de 900 milhões de dólares americanos proposto pela CEDEAO, a reunião de doadores em Addis Abeba registou promessas de financiamentos de 455 milhões de dólares americanos destinados à logística, à manutenção das forças africanas, inicialmente estimadas em três mil e 300 homens, mas atualmente composta por mais do que o dobro, e à formação do Exército maliano.