segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Hollande e Merkel Celebram reconciliação Franco-alemã

   A chanceler Angela Merkel e o presidente François Hollande se cumprimentaram com beijos no rosto.  
Aniversário de Reconciliação-Em meio a uma crise nas relações franco-alemãs, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, deram início, em Reims (França) às celebrações dos 50 anos da reconciliação entre os dois países, após a Segunda Guerra Mundial. O evento foi manchado pela profanação de 51 túmulos de soldados alemães em um cemitério de região.

A descoberta dos atos de vandalismo, feitos nas cruzes dos túmulos, ocorreu à noite, na véspera do encontro entre os dois governantes. Um cemitério de Ardennes, onde repousam combatentes da Primeira Guerra Mundial, foi atacado. “Em relação a acontecimentos ocorridos, digo que nenhuma força obscura, e ainda menos a estupidez que lhe alimenta, não poderá alterar o movimento de profunda amizade franco-alemã”, declarou Hollande, domingo, ao lado de Merkel. “Nossa amizade inspira a Europa. Nós não queremos dar lições. Nós desejamos simplesmente dar o exemplo”, acrescentou.

Antes, o presidente francês havia recebido a chanceler alemã, sob uma chuva constante, em frente à catedral de Reims, para onde os dois se dirigiram juntos a pé. No local, onde o general Charles de Gaulle e o chanceler Konrad Adenauer celaram a reconciliação em 8 de Julho de 1962, os líderes discursaram. Merkel defendeu a união política da Europa.

"Hoje, à união econômica e monetária, nós devemos amparar o nível político. É um trabalho hercúleo, mas a Europa é capaz de fazê-lo", afirmou. "A Europa é muito mais do que uma moeda, e a relação franco-alemã é incontornável neste aspecto. Ela marcou fortemente a unificação europeia e a fez progredir", disse, destacando que não se trata de "uma relação exclusiva", mas sim convida os demais países "a se associarem".

O discurso complementa declarações recentes de Hollande, que demonstrou a vontade de alargar a liderança franco-alemã na Europa para países como Itália e Espanha, que tentam há meses participar mais das decisões. Merkel - que havia ignorado o socialista durante a campanha eleitoral francesa, devido à sua intenção de renegociar o pacto fiscal europeia se mostrou conciliadora, chamando Hollande de “caro François” e terminando o discurso com um “Vive l’amitié franco-allemande” (“Viva a amizade franco-alemã”, em francês).

Na França, a oposição vem criticando o governo socialista por ter “degradado as relações” com a vizinha em apenas poucas semanas.Hollande buscou apoio dos colegas italiano e espanhol para inserir um “pacto de crescimento” ao pacto fiscal, que para Merkel sempre foi não-negociável.

Soldados Franceses e Malinenses Tomam o Controle do Aeroporto de Gao

 
Mali-Soldados franceses e malinenses tomaram sábado o controle do aeroporto de Gao, um reduto islamita situado 1.200 km a nordeste de Bamaco, informaram fontes da segurança de Mali, onde um grupo rebelde propôs negociar a libertação de um refém francês.
 
"As forças francesas tomaram a zona do aeroporto de Gao e a ponte de Wabary de Gao", afirmou o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, em um comunicado difundido sábado passado.
 
Segundo fontes ligadas ao ministro, os combates continuam nesta zona onde há uma forte tensão. Outra fonte garantiu que esses dois lugares estratégicos estão completamente sob o controle das forças malinenses e francesas.O aeroporto fica situado 6 km a leste de Gao. A ponte fica na entrada sul da cidade.
 
Paralelo a isso, uma coluna de soldados e blindados chadianos, posicionada em Niamey, no Níger, partiu rumo a Ualam, perto da fronteira com o Mali, de onde, junto com soldados nigerianos, se dirigirão a Gao.
 
Gao, uma das principais cidades do norte do Mali, é o reduto dos islamitas do Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO).
 
O MUJAO anunciou sábado passado à AFP que está disposto a negociar a libertação do refém francês que mantém em seu poder há meses.
 
Foi o que informou Walid Abu Sarhaui, porta-voz do movimento, referindo-se ao francês Gilberto Rodriguez Leal, sequestrado em novembro de 2012 no oeste do Mali.
 
"Queremos negociar. Quanto à guerra entre muçulmanos, podemos nos entender", afirmou o porta-voz quando indagado se sua vontade de negociar estava relacionada com a situação na zona.
 
A grande maioria dos combatentes islamitas evacuou a cidade nos últimos dias para fugir dos ataques aéreos franceses contra "campos de treinamento, infraestruturas e depósitos logísticos", segundo uma fonte oficial francesa.
 
A tomada do aeroporto de Gao ilustra a vontade das forças malinenses e francesas de reconquistar o norte do Mali, depois de ter ocupado Diabali (oeste), Konna e Douentza (centro).
 
Na sexta-feira, as tropas francesas tomaram o controle de Hombori (norte de Bamaco), que se converteu na primeira cidade do norte do Mali reconquistada.
 
Neste sábado, uma coluna de soldados malinenses e franceses avançava para Timbuctu, a cidade símbolo do Islã na África.As tropas francesas e malinenses avançam em meio a uma degradação da situação humanitária nas grandes cidades do norte.
 
A associação Ação Contra a Fome (ACF) dá conta de inúmeros casos de má nutrição infantil aguda.A situação também é crítica em Timbuctu, onde não há eletricidade há três dias.
 
Por sua parte, os chefes do Estado-Maior dos países oeste-africanos se reuniram de emergência em Abidjan para desenvolver a Missão Internacional de Apoio ao Mali (MISMA).A União Africana decidiu na sexta-feira aumentar os efetivos da força africana no Mali.
 
A Comunidade Econômica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO) prevê enviar 4.000 homens às operações no Mali.Mil homens desses efetivos já se encontram no Mali, para onde se dirigem outros 2.000 soldados do Chade, com muita experiência em guerra no deserto.
 
Por sua parte, o ministro francês da Defesa anunciou sábado passado, no 16º dia de intervenção militar contra os grupos islamitas armados no Mali, que 3.700 militares franceses estão mobilizados na Operação Serval, sendo que 2.500 já operam em território malinense.

Brasil Participa de Cúpula Entre América Latina, Caribe e UE


Dilma Rousseff
 






 
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau: Aristides Ocante da Silva Lança Candidatura à Presidência do PAIGC

Bissau - O ex-ministro da Função Pública do Governo deposto a 12 de Abril procedeu, quarta-feira, 23 de Janeiro, ao lançamento da sua candidatura à Presidência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Aristides Ocante da Silva disse que a sua corrida à liderança do partido consiste numa candidatura espontânea, em resposta ao chamamento as regras regulamentares do partido e resultado de uma reflexão dos militantes do PAIGC na sua reafirmação.

«Esperamos continuar a expirar a confiança com a nossa tarefa envolvida no início de um percurso político», referiu o antigo governante.

O candidato disse que esta iniciativa visa colocar o partido «em marcha» e anunciou estar pronto para aceitar o resultado que obtiver no congresso.


«É uma candidatura animada com espírito de camaradagem e de harmonia no seio do partido. Aceitamos qualquer resultado que venha a acontecer», declarou.

O respeito às leis, com base nos estatutos do PAIGC, as reformas nos sectores estruturais do partido e a formação de militantes foram, de entre outras, metas definidas por Ocante da Silva.

«Após uma reflexão pessoal profunda decidi que, depois de 37 anos como militante, estou na altura de implementar os ideais do partido promovendo valores de luta de libertação nacional», destacou o ex-ministro.

Além de aspectos anteriormente levantados, Aristides Ocante da Silva disse que, caso seja eleito, vai promover a unidade interna do PAIGC, para que possa congregar os seus militantes e ganhar as próximas eleições.

Com base na realidade da Guiné-Bissau, este político disse ser necessário atacar os problemas estruturais do país.

Além de Aristides Ocante da Silva, alguns militantes manifestaram igualmente as suas intenções de concorrer à liderança do PAIGC, tal como Domingos Simões Pereira, Carlos Gomes Júnior e Braima Camará.

A Nova Economia: Adeus à China, Saudações à África?

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África-A África ocupará o lugar da China... Os recursos de mão-de-obra no “Império Celeste” estão prestes a serem esgotados. Este é um desafio sério a toda a economia moderna.

Alguns analistas reputam que a salvação virá do continente africano que irá tornar-se uma nova fonte de mão-de-obra barata e, futuramente, o centro da produção mundial.

Será assim mesmo?

A base do “milagre chinês” foi a fusão de um sistema autoritário rígido com uma reserva enorme da mão-de-obra barata. Mas quaisquer reservas não são infinitas. Jack Goldstone, professor da Universidade de Jorge Maisson, Washington, declarou no Fórum Gaidar-2013, realizado em Moscou,Moscovo, que dentro de alguns anos o crescimento da mão-de-obra chinesa vai ceder lugar à recessão devido ao envelhecimento geral da população.
 
Isto quer dizer que os modelos econômico e social dos últimos trinta anos estarão ameaçados. O professor americano reputa que as áreas de produção asiáticas devem deslocar-se gradualmente para a África.
 
Tanto os economistas, como os especialistas em estudos orientais estão de acordo de que o recurso básico da China será esgotado em breve. Eis a opinião de Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto do Extremo Oriente junto da Academia de Ciências Russa.
 
"Com efeito, a mão-de-obra chinesa torna-se cada vez mais cara e dentro de uns dez anos o seu preço será comparável ao respectivo parâmetro de Taiwan, Hong-kong, Coréia e Japão. O nível salarial irá subir substancialmente todos os anos.
 
O problema está ligado basicamente ao fato de que a partir de 2016 vai diminuir a cota economicamente ativa na população da China.Por isso, irá crescer o custo da mão-de-obra. Além disso, irá exercer a sua influência a elevação da qualificação dos quadros."
 
Ao mesmo tempo, os peritos encaram com ceticismo a tese a respeito do futuro papel da África. Eis a opinião de Ruslan Grinberg, diretor do Instituto de Economia junto da Academia de Ciências Russa:
 
"Quanto à idéia de que depois do preço da mão-de-obra na China atingir o nível europeu toda a produção vai passar para a África, esta idéia é totalmente exótica. Na África não existem condições necessárias e é pouco provável que a produção seja transferida para este continente. Falta também a respectiva infra-estrutura.A sua edificação é toda uma epopéia. Neste caso deve existir a força de vontade do Partido Comunista, o que se deu na China. Ou a exemplo do Partido Comunista, na Coréia. Creio que no caso da África isto não dará certo."
 
Com efeito, os investimentos afluem para os países do Continente Negro. Todavia o perito em estudos orientais Andrei Ostrovski constata que tanto os EUA, como a China, investem nos ativos relativos à matéria-prima, de que necessitam para o desenvolvimento da produção nos seus próprios territórios.Mas a questão básica não é a África. O trabalho mal pago tornou-se uma das causas da crise econômica.
 
O trabalho barato não somente freia as tecnologias, mas também intensifica a desigualdade social. Aliás, Ruslan Grinberg ressalta que jamais faltam as produções que requerem o trabalho braçal.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Primeiro-ministro Vence Eleição em Israel, Mas Precisa de Aliança Para Governar

Israel-O partido Likud, do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, venceu a eleição legislativa em Israel, terça-feira, e terá 31 das 120 cadeiras do Parlamento. No entanto, o atual chefe de governo precisará do apoio dos atuais adversários da centro-esquerda para poder governar.

A nova coalizão que comandará o Estado judaico começará a ser montada na quinta (24), dia em que o presidente Shimon Peres inicia as negociações com os partidos. Ele terá até 40 dias para congregar forças políticas que formarão a maioria, que deve ter, no mínimo, 61 parlamentares.


Segundo os resultados oficiais, o Likud Beitenu, coalizão formada por Netanyahu e o ex-chanceler Avigdor Lieberman, conseguiu 31 das 120 cadeiras do Parlamento. O partido é a maioria entre os militantes da direita, que possuem 41 assentos.

Eles, no entanto, perderam para a centro-esquerda o posto de maior grupo ideológico na Casa. Os partidos, que faziam oposição a Netanyahu neste mandato, conseguiram 48 vagas. O maior destaque foi a surpresa provocada pelo partido Yesh Atid, que obteve 19 cadeiras.

Os árabes-israelenses, de tendência esquerdista, conseguiram 12 assentos e a extrema-direita, 19. Considerando apenas os blocos majoritários, entre esquerda e direita, cada um conseguiu 60 deputados, o que complica a pretensão de Netanyahu de aprovar os projetos de governo do Likud.

ALIANÇAS

Devido ao empate, Netanyahu será obrigado a buscar aliança com algum dos partidos de centro, em um cenário diferente do conseguido após a eleição de 2009, em que a direita obteve maioria. No entanto, o cenário mostra que a negociação será difícil.

A principal força da centro-esquerda, o recém-criado Yesh Atid, não comentou sobre coligações. No entanto, o Partido Trabalhista, de Shelly Yajimovitch, e o Hatnuá, da ex-chanceler Tzipi Livni, descartaram qualquer união com o atual premeiro-ministro. Os dois grupos possuem juntos 21 deputados.

Por outro lado, é improvável que a oposição consiga maioria, pois teria que se aliar aos ultra-ortodoxos para poder derrubar Netanyahu. Uma coalizão com o grupo seria complicada pelos eventuais conflitos com os oito deputados árabes da base de centro-esquerda.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nkosazana Zuma Deplora Ressurgimento de Novos Conflitos em África

Presidente da Comissão da União   Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma
Presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma

Addis Abeba (Dos enviados especiais) - A presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, deplorou, segunda-feira ,em Addis Abeba, o ressurgimento de novos conflitos em África, numa altura que a maioria dos países do continente estava ávido da paz e da estabilidade.

Intervindo na abertura da 25ª Sessão ordinária do Comité de Representantes Permanentes (órgão constituído por embaixadores dos países membros da União Africana), a diplomata sul-africana ao serviço da UA sublinhou que reemergiram os conflitos no leste da República Democrática do Congo (RDC), na Guiné Bissau e na República Centro Africana.

Para a presidente da CUA, a guerra do Mali e do Sahel, das quais a organização continental está a fazer face actualmente, representa um desafio multifacetado com implicações para as regiões vizinhas e continentais.

Por isso, apelou aos países membros, às comunidades Económicas Regionais, à União Africana para que continuem a envidar esforços conjuntos, com vista a manutenção da paz em África com a assistência da comunidade internacional.

Nkosazana Zuma sublinhou que gostaria de fazer um balanço equilibrado entre o alcance da paz e o desenvolvimento, no entanto, este facto não pode ser possível porque o continente não conseguiu avançar nestas duas frentes simultaneamente.

Salientou ainda que o seu balanço só poderá ser efectivo quando houver uma activa participação dos africanos na governação e no desenvolvimento, através de uma ampla mobilização de todos os sectores da sociedade civil e da diáspora, especialmente durante as celebrações do 50º aniversario da União.

Embora essas crises emergentes, a líder da CUA enfatizou no seu discurso os avanços registados para a operacionalização de uma Arquitectura da Africana de Paz e Segurança (APSA) que pode jogar um papel essencial para gestão desses conflitos.

A diplomata ao serviço da UA enalteceu também, na sua locução, os progressos registados na Somália, no conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul, e a crise no Madagáscar.

Discursou também na sessão de abertura o presidente do CRP, embaixador do Benin junto da UA, Ferdinand Montcho, que sublinhou que a África continua a registar a agravação da situação política e segurança cujas persistência foi agravada pela crise económica, vivida pelos países desenvolvidos.

Outrossim, sustentou o diplomata beninense, alem dos distúrbios sociais engendradas, desde há uma ano pela "Primavera Árabe" no norte de África em 2011, o continente foi assolado também em 2012 por uma serie de crises politicas e de segurança noutras regiões, com realce para o golpe de Estado, registado em Março de 2012 no Mali, cuja consequências evoluíram pela ocupação do norte do seu território por grupos islamistas e terroristas.

Ferdinand Montcho lamentou igualmente o golpe de Estado ocorrido na Guiné-Bissau em Abril de 2012, pondo, esses graves eventos em causa os princípios de negação de governos inconstitucionais, da não agressão e da Carta Africana da democracia, de eleições e da boa governação que os estados livremente adoptaram.

A Angola participa na 25ª sessão do CRP pelo seu embaixador na Etiópia, na UA e na Comissão Económica da ONU para a África, Arcanjo do Nascimento.