segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Brasil Participa de Cúpula Entre América Latina, Caribe e UE


Dilma Rousseff
 






 
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau: Aristides Ocante da Silva Lança Candidatura à Presidência do PAIGC

Bissau - O ex-ministro da Função Pública do Governo deposto a 12 de Abril procedeu, quarta-feira, 23 de Janeiro, ao lançamento da sua candidatura à Presidência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Aristides Ocante da Silva disse que a sua corrida à liderança do partido consiste numa candidatura espontânea, em resposta ao chamamento as regras regulamentares do partido e resultado de uma reflexão dos militantes do PAIGC na sua reafirmação.

«Esperamos continuar a expirar a confiança com a nossa tarefa envolvida no início de um percurso político», referiu o antigo governante.

O candidato disse que esta iniciativa visa colocar o partido «em marcha» e anunciou estar pronto para aceitar o resultado que obtiver no congresso.


«É uma candidatura animada com espírito de camaradagem e de harmonia no seio do partido. Aceitamos qualquer resultado que venha a acontecer», declarou.

O respeito às leis, com base nos estatutos do PAIGC, as reformas nos sectores estruturais do partido e a formação de militantes foram, de entre outras, metas definidas por Ocante da Silva.

«Após uma reflexão pessoal profunda decidi que, depois de 37 anos como militante, estou na altura de implementar os ideais do partido promovendo valores de luta de libertação nacional», destacou o ex-ministro.

Além de aspectos anteriormente levantados, Aristides Ocante da Silva disse que, caso seja eleito, vai promover a unidade interna do PAIGC, para que possa congregar os seus militantes e ganhar as próximas eleições.

Com base na realidade da Guiné-Bissau, este político disse ser necessário atacar os problemas estruturais do país.

Além de Aristides Ocante da Silva, alguns militantes manifestaram igualmente as suas intenções de concorrer à liderança do PAIGC, tal como Domingos Simões Pereira, Carlos Gomes Júnior e Braima Camará.

A Nova Economia: Adeus à China, Saudações à África?

áfrica, china

África-A África ocupará o lugar da China... Os recursos de mão-de-obra no “Império Celeste” estão prestes a serem esgotados. Este é um desafio sério a toda a economia moderna.

Alguns analistas reputam que a salvação virá do continente africano que irá tornar-se uma nova fonte de mão-de-obra barata e, futuramente, o centro da produção mundial.

Será assim mesmo?

A base do “milagre chinês” foi a fusão de um sistema autoritário rígido com uma reserva enorme da mão-de-obra barata. Mas quaisquer reservas não são infinitas. Jack Goldstone, professor da Universidade de Jorge Maisson, Washington, declarou no Fórum Gaidar-2013, realizado em Moscou,Moscovo, que dentro de alguns anos o crescimento da mão-de-obra chinesa vai ceder lugar à recessão devido ao envelhecimento geral da população.
 
Isto quer dizer que os modelos econômico e social dos últimos trinta anos estarão ameaçados. O professor americano reputa que as áreas de produção asiáticas devem deslocar-se gradualmente para a África.
 
Tanto os economistas, como os especialistas em estudos orientais estão de acordo de que o recurso básico da China será esgotado em breve. Eis a opinião de Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto do Extremo Oriente junto da Academia de Ciências Russa.
 
"Com efeito, a mão-de-obra chinesa torna-se cada vez mais cara e dentro de uns dez anos o seu preço será comparável ao respectivo parâmetro de Taiwan, Hong-kong, Coréia e Japão. O nível salarial irá subir substancialmente todos os anos.
 
O problema está ligado basicamente ao fato de que a partir de 2016 vai diminuir a cota economicamente ativa na população da China.Por isso, irá crescer o custo da mão-de-obra. Além disso, irá exercer a sua influência a elevação da qualificação dos quadros."
 
Ao mesmo tempo, os peritos encaram com ceticismo a tese a respeito do futuro papel da África. Eis a opinião de Ruslan Grinberg, diretor do Instituto de Economia junto da Academia de Ciências Russa:
 
"Quanto à idéia de que depois do preço da mão-de-obra na China atingir o nível europeu toda a produção vai passar para a África, esta idéia é totalmente exótica. Na África não existem condições necessárias e é pouco provável que a produção seja transferida para este continente. Falta também a respectiva infra-estrutura.A sua edificação é toda uma epopéia. Neste caso deve existir a força de vontade do Partido Comunista, o que se deu na China. Ou a exemplo do Partido Comunista, na Coréia. Creio que no caso da África isto não dará certo."
 
Com efeito, os investimentos afluem para os países do Continente Negro. Todavia o perito em estudos orientais Andrei Ostrovski constata que tanto os EUA, como a China, investem nos ativos relativos à matéria-prima, de que necessitam para o desenvolvimento da produção nos seus próprios territórios.Mas a questão básica não é a África. O trabalho mal pago tornou-se uma das causas da crise econômica.
 
O trabalho barato não somente freia as tecnologias, mas também intensifica a desigualdade social. Aliás, Ruslan Grinberg ressalta que jamais faltam as produções que requerem o trabalho braçal.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Primeiro-ministro Vence Eleição em Israel, Mas Precisa de Aliança Para Governar

Israel-O partido Likud, do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, venceu a eleição legislativa em Israel, terça-feira, e terá 31 das 120 cadeiras do Parlamento. No entanto, o atual chefe de governo precisará do apoio dos atuais adversários da centro-esquerda para poder governar.

A nova coalizão que comandará o Estado judaico começará a ser montada na quinta (24), dia em que o presidente Shimon Peres inicia as negociações com os partidos. Ele terá até 40 dias para congregar forças políticas que formarão a maioria, que deve ter, no mínimo, 61 parlamentares.


Segundo os resultados oficiais, o Likud Beitenu, coalizão formada por Netanyahu e o ex-chanceler Avigdor Lieberman, conseguiu 31 das 120 cadeiras do Parlamento. O partido é a maioria entre os militantes da direita, que possuem 41 assentos.

Eles, no entanto, perderam para a centro-esquerda o posto de maior grupo ideológico na Casa. Os partidos, que faziam oposição a Netanyahu neste mandato, conseguiram 48 vagas. O maior destaque foi a surpresa provocada pelo partido Yesh Atid, que obteve 19 cadeiras.

Os árabes-israelenses, de tendência esquerdista, conseguiram 12 assentos e a extrema-direita, 19. Considerando apenas os blocos majoritários, entre esquerda e direita, cada um conseguiu 60 deputados, o que complica a pretensão de Netanyahu de aprovar os projetos de governo do Likud.

ALIANÇAS

Devido ao empate, Netanyahu será obrigado a buscar aliança com algum dos partidos de centro, em um cenário diferente do conseguido após a eleição de 2009, em que a direita obteve maioria. No entanto, o cenário mostra que a negociação será difícil.

A principal força da centro-esquerda, o recém-criado Yesh Atid, não comentou sobre coligações. No entanto, o Partido Trabalhista, de Shelly Yajimovitch, e o Hatnuá, da ex-chanceler Tzipi Livni, descartaram qualquer união com o atual premeiro-ministro. Os dois grupos possuem juntos 21 deputados.

Por outro lado, é improvável que a oposição consiga maioria, pois teria que se aliar aos ultra-ortodoxos para poder derrubar Netanyahu. Uma coalizão com o grupo seria complicada pelos eventuais conflitos com os oito deputados árabes da base de centro-esquerda.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nkosazana Zuma Deplora Ressurgimento de Novos Conflitos em África

Presidente da Comissão da União   Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma
Presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma

Addis Abeba (Dos enviados especiais) - A presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, deplorou, segunda-feira ,em Addis Abeba, o ressurgimento de novos conflitos em África, numa altura que a maioria dos países do continente estava ávido da paz e da estabilidade.

Intervindo na abertura da 25ª Sessão ordinária do Comité de Representantes Permanentes (órgão constituído por embaixadores dos países membros da União Africana), a diplomata sul-africana ao serviço da UA sublinhou que reemergiram os conflitos no leste da República Democrática do Congo (RDC), na Guiné Bissau e na República Centro Africana.

Para a presidente da CUA, a guerra do Mali e do Sahel, das quais a organização continental está a fazer face actualmente, representa um desafio multifacetado com implicações para as regiões vizinhas e continentais.

Por isso, apelou aos países membros, às comunidades Económicas Regionais, à União Africana para que continuem a envidar esforços conjuntos, com vista a manutenção da paz em África com a assistência da comunidade internacional.

Nkosazana Zuma sublinhou que gostaria de fazer um balanço equilibrado entre o alcance da paz e o desenvolvimento, no entanto, este facto não pode ser possível porque o continente não conseguiu avançar nestas duas frentes simultaneamente.

Salientou ainda que o seu balanço só poderá ser efectivo quando houver uma activa participação dos africanos na governação e no desenvolvimento, através de uma ampla mobilização de todos os sectores da sociedade civil e da diáspora, especialmente durante as celebrações do 50º aniversario da União.

Embora essas crises emergentes, a líder da CUA enfatizou no seu discurso os avanços registados para a operacionalização de uma Arquitectura da Africana de Paz e Segurança (APSA) que pode jogar um papel essencial para gestão desses conflitos.

A diplomata ao serviço da UA enalteceu também, na sua locução, os progressos registados na Somália, no conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul, e a crise no Madagáscar.

Discursou também na sessão de abertura o presidente do CRP, embaixador do Benin junto da UA, Ferdinand Montcho, que sublinhou que a África continua a registar a agravação da situação política e segurança cujas persistência foi agravada pela crise económica, vivida pelos países desenvolvidos.

Outrossim, sustentou o diplomata beninense, alem dos distúrbios sociais engendradas, desde há uma ano pela "Primavera Árabe" no norte de África em 2011, o continente foi assolado também em 2012 por uma serie de crises politicas e de segurança noutras regiões, com realce para o golpe de Estado, registado em Março de 2012 no Mali, cuja consequências evoluíram pela ocupação do norte do seu território por grupos islamistas e terroristas.

Ferdinand Montcho lamentou igualmente o golpe de Estado ocorrido na Guiné-Bissau em Abril de 2012, pondo, esses graves eventos em causa os princípios de negação de governos inconstitucionais, da não agressão e da Carta Africana da democracia, de eleições e da boa governação que os estados livremente adoptaram.

A Angola participa na 25ª sessão do CRP pelo seu embaixador na Etiópia, na UA e na Comissão Económica da ONU para a África, Arcanjo do Nascimento.

Conflito-África 2: Radicais Islâmicos Ameaçam Novos Ataques

Mali - O grupo radical islâmico Os Mascarados ameaçou novamente hoje fazer novos ataques contra instalações estrangeiras após o fim do sequestro ao campo de gás de In Amenas, no sul da Argélia, que terminou no sábado.

A entidade reivindicou a ação, iniciada na quarta, em que mais de 800 pessoas foram sequestradas, entre funcionários argelinos e estrangeiros. Segundo as autoridades locais, pelo menos 23 reféns e 32 terroristas morreram após uma ação militar. Outros 25 corpos foram encontrados, mas ainda não foram identificados.

Em comunicado, a organização, que é ligada à Al Qaeda, disse que tentará fazer novos ataques enquanto não acabar a operação francesa no Mali. Eles alegam que tentaram negociar com as autoridades argelinas, que preferiram usar a força.

"Prometemos fazer novas ações se as autoridades que iniciaram a ocupação na região de Azawad (norte do Mali) não revertem sua decisão de entrar no conflito", disse o grupo, em nota distribuída à agência de notícias ANI, da Mauritânia.

Na última sexta-feira, os rebeldes haviam pedido a troca de dois reféns americanos por dois terroristas presos nos EUA e o fim da intervenção no Mali pela liberação dos retidos franceses e britânicos. As autoridades ocidentais e argelinos não aceitaram a proposta e iniciaram o ataque.

Mortos

Até o momento, foram confirmadas as identidades de 23 reféns mortos e 32 terroristas, mas sem mencionar nacionalidades. Um romeno também morreu no hospital após sair da Argélia para tratamento em seu país. Outras 792 pessoas foram resgatadas com vida.

Dentre os mortos estão seis filipinos, três britânicos, dois romenos, um americano e um francês. Ontem, foram encontrados outros 25 corpos, mas não há informações se são dos funcionários do campo de gás ou de sequestradores.


Os governos dos países que possuem cidadãos envolvidos no ataque informaram que ainda estão desaparecidos dez japoneses, três britânicos, cinco noruegueses, quatro filipinos e dois malaios.

Hoje, o Departamento de Estado dos EUA autorizou famílias dos diplomatas na Argélia a sair do país africano, em uma ação preventiva contra represálias após o sequestro em In Amenas.

O governo americano diz que a decisão foi tomada como medida de segurança para evitar sequestros. Também foram reforçadas as orientações a cidadãos americanos sobre a segurança no país.

Os EUA foram o primeiro país a fazer a retirada de parte de seus funcionários devido ao incidente no campo de gás.

Nomeação de Ramos-Horta é "Réstia de Esperança" - Carlos Júnior


Lisboa - O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau considerou hoje que a nomeação de José Ramos-Horta como representante da ONU no país representa "uma nova réstia de esperança de que haja paz e estabilidade" naquele Estado africano.

"A nomeação de Ramos-Horta é uma nova réstia de esperança de que haja paz e estabilidade na Guiné-Bissau dada a experiência que ele tem", disse Carlos Gomes Júnior à Lusa.
"Contamos com todo o seu apoio para que haja efetivamente paz definitiva e estabilidade", reiterou.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, designou no último dia de 2012 o ex-presidente timorense José Ramos-Horta como seu representante especial na Guiné-Bissau, para liderar a missão da UNIOGBIS -- criada para consolidar a paz no país.

Na segunda-feira, após uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, Ramos-Horta, admitiu que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral na Guiné-Bissau e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições.

Afirmou ainda que os países africanos, nomeadamente a Guiné-Bissau, são vítimas dos países produtores e consumidores de droga e que estes têm que fazer mais para combater o narcotráfico.

Hoje, escusando-se a comentar estas últimas declarações, Carlos Gomes Júnior concordou com o representante da ONU sobre as dificuldades de conquistar o apoio financeiro da comunidade internacional para as eleições guineenses.

Recordou que na primeira volta das eleições presidenciais de 2012, havia uma estimativa de que seriam necessários cinco milhões de dólares para a realização desse acto.

"Agora o governo de transição fala de uma estimativa de cerca de 20 milhões de dólares para a realização de todos os actos eleitorais e nós pensamos que, dada a crise que existe na comunidade internacional neste momento, será difícil conseguir apoio para o montante que está a perspectivar-se", disse.

No entanto, afirmou que os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições se pronunciarão, "a devido tempo", sobre se há ou não condições para a realização das eleições.

As eleições presidenciais de 2012 foram interrompidas por um golpe de Estado, a 12 de Abril, quando Carlos Gomes Júnior, que obtivera 49% dos votos na primeira volta, se preparava para defrontar Kumba Ialá na segunda volta.